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CONTINUIDADE DOS PARQUES - ANÁLISE.docx

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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS A DISTÂNCIA
TEORIA DA LITERATURA I - NARRATIVA
 
 
 
 
DOUGLAS MATAVELI ALVES FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTINUIDADE DO PARQUE – ANÁLISE DO CONTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Iúna-ES 
2017 
DOUGLAS MATAVELI ALVES FERREIRA 
 
 
 
 
 
CONTINUIDADE DO PARQUE - ANÁLISE DO CONTO
 
 
 
Análise do conto CONTINUIDADE DO PARQUE de Júlio Cortázar apresentada ao curso de Licenciatura em Letras Português – IFES, para a disciplina de Teoria da Literatura I - Narrativa, 1º período. Polo do IFES Campus Vitória em Iúna/ES, Junho de 2017. 
 
 
Prof. Nelson Martinelii Filho
Tutor à distância: Ângela Maria Soares 
Tutor Presencial: Luciano Dutra Ferreira
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Iúna-ES 
2017 
CONTINUIDADE DO PARQUE – ANÁLISE DO CONTO
Douglas Mataveli Alves Ferreira – mattavelle@gmail.com
(Aluno do Curso de Licenciatura em Letras Português)
Prof. Nelson Martinelli Filho
(Disciplina: Teoria da Literatura I - Narrativa)
Para análise deste conto, levarei em consideração as fases do enredo de uma narrativa expostas na apostila Unidade C – A Personagem e o Enredo. Pg.69. (MESQUITA. Op. cit, p. 23). Colocarei em exposição, também, minha interpretação a respeito do conto. 
Análise:
Da Apresentação: No sentimento que tive pela leitura (diversas) a primeira fase deste conto, a apresentação, seria o período que descrevo: Começara a ler o romance [...] pelo desenho dos personagens. 
Da Complicação e Do Desenvolvimento: A cerca dessas duas características, se for possível dizer que uma precede a outra, tal como, é possível observar que ambas se entrelaçam, e/ou andam juntas, concluo que começara antes o desenvolvimento em “Essa tarde, depois de escrever uma carta a seu procurador...”.
A complicação, ocorre no compasso que o autor produz uma miscelânea com a narrativa dos fatos, ou atos. Sejam esses atos, as cenas da trama, ou as atitudes das personagens. Que se misturam a tal modo, que em determinados momentos apenas um mínimo punhal determina a distinção de, a qual personagem o autor refere-se. Bem como, o uso de uma narrativa bastante densa que esfumaça a troca de cenários. Consegue o autor construir no leitor a sensação de estar ele narrando, quando não, a leitura que o protagonista está fazendo. 
Alguns mínimos gestos, detalhes, objetos e metáforas confundem e elucidam a interpretação do conto. Dividiria em três etapas fundamentais para compreensão, a discussão com capataz, a narrativa dos momentos em que os antagonistas passam na cabana e, a chegada da mulher em sua casa devido a riqueza dos detalhes. 	Comment by Marcos Paula Pereira: Eu particularmente considerei o casal de amantes como protagonistas. kkkkk
Do Clímax: “Primeiro entrava a mulher, receosa; agora chegava o amante,” a partir daí o Clímax da história, o ponto mais alto. O tema Central, a traição que culminou com o assassinato. Que aliás, entendo este momento como posterior ao fatídico momento.
Do Desenlace: “Já sem se olhar, ligado firmemente a tarefa que os aguardava [...] a cabeça do homem na poltrona lendo um romance”. O desfecho final vem, e na realidade, não se diz literalmente de homicídio e morte. Apenas a narrativa e o modo que se narra, nos conduz às imaginações de que ocorrera um ato funesto.
Enfim, gostei muito de lê-lo. Julguei pela discussão com o capataz no princípio do conto, e sua ausência no fim, ser ele o mal feitor. “Sua memória retinha [...] as imagens dos protagonistas”; “a fantasia novelesca absorveu-o quase em seguida”. A frase agora sublinhada me subentende ser uma metáfora para descrever o exato momento da punhalada. 	Comment by Marcos Paula Pereira: Justamente por esta frase no texto, julguei o casal de amantes como protagonistas...
“Afastar linha a linha daquilo que o rodeava, e sentir ao mesmo tempo que sua cabeça descansava comodamente no veludo do alto respaldo”, essa e algumas expressões que a sucedem descrevem o agonizar e o fim do fôlego de vida. E as últimas recordações do marido (leitor).
Como disse da complicação através de narrativas densas e esfumaçadas, começa a narrar a chegada da mulher e seu amante após o ato malicioso. O que entendo pela ferida no rosto e a resistência as primeiras carícias da mulher. Logo após o acalento do susto e do espanto, começam a se acariciar e planejar o sumiço do corpo.
Outra vez muda a cena, o que compreendo pelo punhal, detalhe dado pelo autor, agora, e no fim da narrativa. E logo outra vez, como num abrir e fechar de olhos, relata-se vários detalhes de lá e de cá.
Por fim, vai a mulher a sua casa, e esse desfecho (desenlace) me deixou muito interessado, uma narrativa muito elegante, e densa.
“Correu por sua vez, esquivando-se de árvores e cercas, até distinguir na rósea bruma do crepúsculo a alameda que levaria à casa. Os cachorros não deviam latir, e não latiram. O capataz não estaria àquela hora, e não estava. Subiu os três degraus do pórtico e entrou. Pelo sangue galopando em seus ouvidos chegavam-lhe as palavras da mulher: primeiro uma sala azul, depois uma varanda, uma escadaria atapetada. No alto, duas portas. Ninguém no primeiro quarto, ninguém no segundo. A porta do salão, e então o punhal na mão, a luz dos janelões, o alto respaldo de uma poltrona de veludo verde, a cabeça do homem na poltrona lendo um romance.”
	O passo a passo, o ponto a ponto, a sala, a varanda, o quarto. A porta do salão, o punhal na mão, a luz dos janelões, o alto respalde de uma poltrona de veludo verde, a cabeça do homem na poltrona lendo um romance. Levei um susto quando descobri que (eu) não estava lendo o romance que estava na mão daquele o homem. Mas a história dele. Parece que vi cada cômodo, cada figura, e a cabeça dele reclinada na poltrona, o sangue escorrendo em seus ouvidos, o punhal em sua mão. E para mim a continuidade dos parques seria, nada mais, nem menos, que a passagem deste plano para o outro. E a continuidade, a exposição da crença de vida após a morte.
Reflexão:
	Ao fim de minhas especulações a respeito deste conto, pus-me a arrazoar, se cada fase do enredo de uma narrativa seria exposta, ou interposta, realmente assim como fiz, uma após a outra. Ou se elas se entrelaçariam a todo momento de sorte que uma apresentação acontece não apenas no princípio do conto, mas, por diversas vezes ao longo dele. 
	Ou seja, contaríamos com a apresentação em cada cenário presente em um conto, a saber: O escritório, o bosque, a cabana, a chegada da casa, a varanda, o quarto, o caminho percorrido pela mulher, inclusive no interior da casa, até chegar aonde o homem estava.
	Dessa mesma sorte, teríamos vários pontos de complicação, desenvolvimento, clímax, e desenlace. Em cada cenário, ou ato, este mesmo enredo estaria ou aconteceria.

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