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DIREITO amBIENTAL
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo
 Entende-se que Direito ambiental é um ramo do direito, constituído um conjunto de princípios jurídicos e de normas jurídicas, voltado à proteção jurídica da qualidade do meio ambiente. O direito ambiental que atravessa fronteiras, direito de todos, em razão de que as consequências oriundas dos danos ambientais representam problemas que refletirão em toda e qualquer comunidade local, regional, inclusive global. O trabalho abordar sobre o direito ambiental considerando os posicionamentos existentes sobre a referida temática. A relevância do assunto tem seu fundamento nas relações do homem com a natureza. O conceito de Direito Ambiental é impreciso, mas pode ser entendido como um conjunto de normas e princípios que visam a preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, essencial à qualidade de vida e apresentando a classificação do meio ambiente. Mostrando também as responsabilidades impostas às empresas.
Palavras-chave: Gestão ambiental; Direito Ambiental; Tutela.
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 1. INTRODUÇÃO
 Com a alta competitividade em vários setores da sociedade, as empresas de um modo geral, vem se adequando constantemente as frequentes mudanças capitalistas, pois essa atitude é um fator fundamental para se manterem ativas no mercado. 
 O Direito Ambiental desenvolveu-se vertiginosamente nos últimos anos. Há mais de vinte e cinco anos após a promulgação da principal lei ambiental do país. Conta-se que o direito ambiental em nossa legislação lei nº. 6.938, datada de 31 de agosto de 1981 que trata da Politica Nacional do Meio Ambiente, como o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica que permite abrigar a vida em todas as suas formas. A incidência de fenômenos naturais que tem afetado as condições de sobrevivência este que é evidenciado pela criação de novas leis de tutela reparadora e repressiva. Assim, a realização de uma gestão ambiental correta e sustentável, torna-se um importante diferencial. Nesse contexto, o objetivo do trabalho é apresentar o modelo de Sistema do Direitos Ambiental baseado em suas áreas e relações, apesar de a preocupação ambiental ter crescido muito nos últimos anos, o Direito Ambiental ainda é desconhecido por muitos, grande parte da população tem uma visão um tanto quanto reservada sobre o assunto, chegando a acreditar que a legislação ambiental torna-se um obstáculo ao desenvolvimento econômico.
 2. CONCEPÇÃO DE DIREITO AMBIENTAL
 
 A expressão meio ambiente tem sido cada vez mais assimilada pela população, por causa disso o seu uso constante pela mídia nacional e estrangeira. Tal situação decorre da multiplicação dos problemas e impactos ambientais que estão cada vez maiores e mais degradadores.
 No entender de Machado (2009) a referida lei definiu o meio ambiente da forma mais ampla possível, fazendo com que este se estendesse à natureza como um todo de um modo interativo e integrativo. Com isso a lei finalmente encampou a idéia de ecossistema, que é a unidade básica da ecologia, ciência que estuda a relação entre os seres vivos e o seu ambiente, de maneira que cada recurso ambiental passou a ser considerado como sendo parte de um todo indivisível, com o qual interage constantemente e do qual é diretamente dependente. . O físico Capra (1987) afirma que, uma visão sistêmica que encontra abrigo em ramos da ciência moderna e a exemplo da física quântica, segundo a qual o universo, como tudo que o compõe, é composto de uma teia de relações em que todas as partes estão interconectadas.
 Acreditava, ainda, que a natureza e a vida selvagem eram os dois fatores fundamentais para a preservação do mundo e da vida. A civilização e a sociedade urbana eram definitivamente responsáveis pela decadência e pela degradação da vida; entendia que a exaustão dos solos e das florestas uma das causas imediatas da derrocada de muitas civilizações (ANTUNES, 2000).
 
 3. CLASSIFICAÇÕES DO MEIO AMBIENTE 
3.1 Meio ambiente artificial 
 O meio ambiente artificial é formado pelos espaços urbanos, incluindo as edificações que são os espaços urbanos fechados, como por exemplo, um prédio residencial e os equipamentos públicos urbanos abertos, como uma via pública, uma praça. 
 Via de regra, o meio ambiente artificial tem seus olhos voltados para a cidade, o que em absoluto, não quer significar aversão ao rural, posto que no conceito de cidade está implícita a ideia relativa à espaços habitáveis, como um todo. 
3.2 Meio ambiente Natural
 
 Assim, o meio ambiente possui, pelo próprio conceito estabelecido pela Lei da Política Nacional do Meio Ambiente e da Constituição Federal, em especial o Artigo 225, uma conotação múltipla, tendo em vista a classificação estabelecida, cada qual com sua diferenciação especifica. O meio ambiente natural ou físico é composto pelos recursos naturais: água, solo, ar atmosférico, fauna e flora. 
 Está explicitado no Artigo 225 da Constituição Federal, sua tutela imediata se encontra no Parágrafo I, incisos I e VII do referido Artigo: 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. 
 § 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: 
I - Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas 
 
 VII - Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
3.4 Meio ambiente do trabalho 
 O meio ambiente do trabalho é o local onde homens e mulheres desenvolvem suas atividades laborais. Para que este local seja considerado adequado para o trabalho, deverá apresentar além de condições salubres, ausência de agentes que coloquem em risco o corpo físico e a saúde mental dos trabalhadores. 
 A tutela mediata do meio ambiente do trabalho se encontra no Artigo 225, já transcrito, em quanto que no Artigo 200, VIII, a (CF/88), tutela imediatamente o meio ambiente do trabalho, ao afirmar que compete ao Sistema único de Saúde- SUS, colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
 
3.5 Meio ambiente cultural 
 Considera-se meio ambiente cultural o patrimônio cultural nacional, incluindo as relações culturais, turísticas, arqueológicas, paisagísticas e naturais. 
 Este patrimônio está previsto expressamente nos Artigos 215 da Constituição Federal: 
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. 
§ 1º - O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional. 
§ 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais. 
 
 4. RESPONSABILIDADE CIVIL 
de culpa.[3OS
 Pricipios: No direito ambiental há alguns princípios entre eles a proporcionalidadeque esta entre a lei e o objeto de sua proteção. Os danos ambientais devem ser evitados onde entra o principio de prevenção e aquele que causar, dano ao meio ambiente deverá se responsabilizar de acordo o poluidor pagador. E em casos de ações degradadoras haverá uma cooperação entre estado e sociedade
 
 No que tange à responsabilidade civil por dano ao meio ambiente, destaca-se em nosso ordenamento jurídico a já citada Lei 6.938/81, que no parágrafo primeiro do seu artigo 14, temos:
Art 14 [...]
 
 § 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade.
A lei impõe, entretanto, a certas pessoas, em determinadas situações, a reparação de um dano cometido sem culpa. Quando isto acontece, diz-se que a responsabilidade é legal ou objetiva, porque prescinde da culpa e se satisfaz apenas com o dano e o nexo de causalidade. 
 
 Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato
 A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada pela primeira vezem Estocolmo, em 1972, intensificaram-se os debates relativos à necessidade de promoção do desenvolvimento sustentado, onde são feitos acordos e criadas normas.
 São infrações administrativas quaisquer ações ou omissões que violem regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. A Lei de Crimes Ambientais disciplinou as infrações administrativas em seus arts. 70 a 76, e foi regulamentada pelo Dec. 6.514/08
 Os efeitos da ação econômica desordenada podem ser vistos no esgotamento de recursos naturais não renováveis, na erosão do solo, na destruição de ecossistemas e em inúmeras doenças decorrentes da poluição. Assim sendo, incontestável é a preocupação dos empresários referente aos assuntos ambientais, o que aconselha-se a exigência da observância de princípios de responsabilidades éticas, não se esquecendo das leis, , além da responsabilidade legal no âmbito civil, também administrativa e penal.
 As empresas quando adotam uma postura ambiental irresponsável no mercado, como exemplo quando aprovam um projeto, sem atender às disposições legais existentes aplicáveis, unicamente em auferir vantagem econômica (lucro), estará diretamente colaborando com a atividade devastadora dos recursos naturais da terra.
PENALIDADES
Administrativas : Poluidor pode sofrer: embargo de obra; suspensão parcial ou total de atividades e, as restritivas de direitos, que consistem em cancelamento ou suspensão de registro, licença ou autorização; imposição de multa; perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais; suspensão de venda e fabricação do produto; perda ou suspensão da participação de linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito e proibição de contratar com a Administração Pública pelo período de até três anos.
 Civil- Busca-se reparação e/ou indenização dos danos.
 Penal - Sanções que prevêem, inclusive, a prisão dos administradores e funcionários diretamente ligados ao fato.
5. UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 
 Unidade de Conservação (UC) é a denominação dada pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) às áreas naturais passíveis de proteção por suas características especiais (Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000). São “espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção da lei” (art. 1º, I).
 Henry David Thoreau (1817-1862) um dos principais inspiradores dos modernos movimentos de defesa da natureza e do meio ambiente, considerado o “promotor” do movimento ambientalista. Thoreau destacava as preocupações relacionadas com a qualidade de vida, o desapego aos bens materiais, a liberdade individual e a proteção da natureza, como um conjunto de valores articulados e interdependentes. A natureza, para ele, é um referencial para a vida humana (ANTUNES, 2000). Pregava, assim, o ilustrado autor, os valores naturais como elementos fundamentais para a vida em sociedade (apesar de inspirar-se na natureza para defender a liberdade de consciência e a liberdade individual).
 
 
6. CONCLUSÃO
 O Direito Ambiental, trata das questões ambientais em relação a tutela e responsabilidades, que constam na legislação, 
 A o longo do presente estudo, tivemos um entendimento bem melhor a respeito das áreas do direito ambiental e a responsabilidades impostas, conclui-se que a responsabilidade ambiental pode apresentar-se como civil, penal ou administrativa, de acordo com o regime jurídico. As unidades de preservação e o papel das empresas em relação a sua responsabilidade e imagem. Assim, espera-se que as todos adotem internamente essa postura responsável, uma vez que sua atuação para a proteção ao meio ambiente contribuirá na sua continuidade e havendo alguma infração ocorrerá a aplicação de sanção civil ou penal.
 
 7. BLIBIOGRAFIA
CONTEÚDO JURIDICO, artigo, a tríplice responsabilidade por danos causados ao meio ambiente
Acesso em: http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-triplice-responsabilidade-por-danos-causados-ao-meio-ambiente,39777.html
DIREITO NET, artigos, responsabilidade ambiental das empresas
Acesso em: http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/5890/Responsabilidade-ambiental-das-empresas
FUTURA AMBIENTAL, direito ambiental, princípios.
Acesso em: http://futurambiental.blogspot.com.br/2010/02/direito-ambiental-principios-e.html
INFOESCOLA, direito, direito ambiental.
Acesso em: http://www.infoescola.com/direito/direito-ambiental
JUS, artigos, introdução ao direito ambiental. 
Acesso em: https://jus.com.br/artigos/23461/introducao-ao-direito-ambiental
	
JUSTIÇÃO FEDERAL SEÇÃO JUDICIARIA DE SANTA CATARINA, ambiental, opinião, meio ambiente.
 acesso em : http://www.jfsc.jus.br/ambiental/opiniao/meio_ambiente.html 
Referências 
ANTUNES, Paulo de Bessa. Dano Ambiental: uma abordagem conceitual. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2000.
CAPRA, Fritjof, Das Neue Denken, O Novo Pensamento, Alemanha, 1987. 
MACHADO, Paulo Affonso Leme, Direito à informação ambiental e qualidade do ar, 1ª Edição, São Paulo, Instituto de Energia e Meio Ambiente, 2009.