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Exposição Professor: Gustavo Holanda Disciplina: Biossegurança Exposição a HIV, HB e HCV Análise da Exposição • Atendimento aos profissionais que sofram exposição a material biológico com risco de soroconversão (HIV, HBV e HCV), estabelecendo conduta de atendimento inicial, orientação e seguimento dos trabalhadores acidentados, uso de quimioprofilaxia e notificação de casos. • Exposição a material biológico • Fluidos orgânicos potencialmente infectantes – sangue, sêmen, secreção vaginal, liquor, líquido sinovial, líquido pleural, peritoneal, pericárdico e amniótico. • Fluidos orgânicos potencialmente não-infectantes - suor, lágrima, fezes, urina e saliva. • Tipo de exposição • Lesão percutânea Análise da Exposição • Tipo de exposição • Exposição de mucosa Análise da Exposição • Tipo de exposição • Exposição de pele não-intacta. Análise da Exposição • Tipo de exposição • Mordidas resultantes em exposição do tecido subcutâneo. Análise da Exposição • O risco ocupacional após exposições a materiais biológicos é variável e depende do tipo de acidente e de outros fatores, como gravidade, tamanho da lesão, presença e volume de sangue envolvido, além das condições clínicas do paciente-fonte e uso correto da profilaxia pós-exposição. • O risco de infecção por HIV pós-exposição ocupacional percutânea - aproximadamente 0,3%. Após exposição de mucosa, aproximadamente 0,09%. • Risco de infecção por hepatite B (HBV) - o risco de infecção varia de seis a 30%, podendo chegar até a 60%. • O risco de infecção por HCV pós-exposição ocupacional percutânea - aproximadamente 1,8%. Análise da Exposição Análise da Exposição - HIV Análise da Exposição - HBV • O risco de contaminação pelo vírus da Hepatite B (HBV) está relacionado: • ao grau de exposição ao sangue no ambiente de trabalho e também. • presença ou não do antígeno HBeAg no paciente fonte. • Em temperatura ambiente, o HBV pode sobreviver em superfícies por períodos de até 1 semana. • Contato, direto ou indireto, com sangue ou outros materiais biológicos em áreas de pele não-íntegra, queimaduras ou em mucosas. • Hemodiálise (superfícies contaminadas). • O HBV também é encontrado em vários outros materiais biológicos, incluindo leite materno, líquido biliar, liquor, fezes, secreções nasofaríngeas, saliva, suor e líquido articular, porém em quantidades baixas. Análise da Exposição - HCV • O vírus da hepatite C (HCV) só é transmitido de forma eficiente através do sangue. • Casos de contaminações só ocorreram em acidentes envolvendo agulhas. • O risco de transmissão em exposições a outros materiais biológicos que não o sangue não é quantificado, mas considera-se que seja muito baixo. A transmissão do HCV a partir de exposições em mucosas é extremamente rara. Nenhum caso de contaminação envolvendo pele não-íntegra foi publicado na literatura. • Hemodiálise (superfícies contaminadas). Análise da Exposição - Notificação • Falta de notificação • No mundo existe aproximadamente de 385 mil acidentes percutâneos por ano. • Taxa de abandono do tratamento dos profissionais que, inicialmente, procuraram assistência e notificaram seus acidentes. • Um levantamento de um hospital público de ensino de São Paulo, aponta para uma taxa de abandono de 45% em 326 acidentes notificados. • Comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH). • Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) • Registro do acidente em CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). • Preenchimento da ficha de notificação do Sinan (Portaria n.º 777) (BRASIL, 2004a). Após o acidente • Lavagem do local exposto com água e sabão nos casos de exposição percutânea ou cutânea. • Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água ou solução salina fisiológica. • Não há evidência de que o uso de antissépticos ou a pressão do local do ferimento reduzam o risco de transmissão, entretanto, o uso de antisséptico não é contra-indicado. • Não devem ser realizados procedimentos que aumentem a área exposta, tais como cortes e injeções locais. A utilização de soluções irritantes (éter, glutaraldeído, hipoclorito de sódio) também está contra-indicada. Acidentado – Orientações e Aconselhamentos • Com relação ao risco do acidente. • Possível uso de quimioprofilaxia. • Consentimento para realização de exames sorológicos. • Comprometer o acidentado com seu acompanhamento durante seis meses. • Prevenção da transmissão secundária. • Suporte emocional devido estresse pós-acidente. • Orientar o acidentado a relatar de imediato os seguintes sintomas: linfoadenopatia, rash, dor de garganta, sintomas de gripe (sugestivos de soroconversão aguda). • Reforçar a prática de biossegurança e precauções básicas em serviço. Quimioprofilaxia - HIV • Paciente-fonte HIV positivo. • Um paciente-fonte é considerado infectado pelo HIV quando há documentação de exames Anti-HIV positivos ou o diagnóstico clínico de aids. • Conduta: análise do acidente e indicação de quimioprofilaxia anti-retroviral (ARV)/Profilaxia Pós-Exposição (PPE). • PPE deverá ser iniciada o mais rápido possível, idealmente, nas primeiras duas horas após o acidente. • Prazo máximo - para início de PPE, seja de até 72 horas após o acidente. 1. Básico – ZIDOVUDINA (AZT) + LAMIVUDINA (3TC) – Preferencialmente combinados em um mesmo comprimido. 2. Expandido – AZT + 3TC + INDINAVIR OU NELFINAVIR (casos de alto risco ou persistência viral). Quimioprofilaxia - HIV Quimioprofilaxia - HIV Quimioprofilaxia - HIV • Paciente-fonte HIV negativo. • Envolve a existência de documentação laboratorial disponível e recente (até 60 dias para o HIV) ou no momento do acidente, através do teste convencional ou do teste rápido. Não está indicada a quimioprofilaxia anti-retroviral. • Paciente-fonte com situação sorológica desconhecida • Um paciente-fonte com situação sorológica desconhecida deve, sempre que possível, ser testado para o vírus HIV, depois de obtido o seu consentimento; deve-se colher também sorologias para HBV e HCV. • Paciente-fonte desconhecido • Na impossibilidade de se colher as sorologias do paciente-fonte ou de não se conhecer o mesmo (ex., acidente com agulha encontrada no lixo), recomenda- se a avaliação do risco de infecção pelo HIV, levando-se em conta o tipo de exposição, dados clínicos e epidemiológicos. Quimioprofilaxia - HBV Quimioprofilaxia - HBV Acidente com HCV • Não existe nenhuma profilaxia pós-exposição contra o HCV. • A incubação do HCV é de duas a 24 semanas (em média seis a sete semanas). • Pode ocorrer alteração na TGP em torno de 15 dias e a positividade do RNA-HCV aparece entre oito e 21 dias. • Tratamento comum ao HCV, como se fosse qualquer paciente com o vírus. Acidentes Acidentes Acidentes Prevenção • Ter a máxima atenção durante a realização dos procedimentos; • Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que envolvam materiais perfurocortantes; • As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou retiradas da seringa com as mãos; • Todo material perfurocortante (agulhas, scalp, lâminas de bisturi, vidrarias, entre outros), mesmo que estéril, deve ser desprezado em recipientes resistentes à perfuração e com tampa; Prevenção • Todo material perfurocortante (agulhas, scalp, lâminas de bisturi, vidrarias, entre outros), mesmo que estéril, deve ser desprezado em recipientes resistentes à perfuração e com tampa; • Os coletores específicos para descarte de material perfurocortantenão devem ser preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total e devem ser colocados sempre próximos do local onde é realizado o procedimento. • Resíduos de serviços de saúde –Seguir a Resolução RDC nº 33 de 25 de fevereiro de 2003 publicado no DOU de 05/03/2003 – ANVISA/ MS; Prevenção Perfurocortante Perfurocortante
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