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O pensamento de Sócrates

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FILOSOFIA: Sócrates
O pensador é importante para a história da
filosofia por ter inserido no contexto da racionalidade as
preocupações com os homens. Assim, podemos dizer que
o autor traz preocupações “antropológicas” para o seu
tempo. É importante observar, que o filósofo produziu
seu pensamento mantendo a tradição oral. Não
encontramos nenhum escrito próprio a ele, porém,
algumas obras de Platão (seu aluno) traduzem com certa
fidedignidade seus pressupostos.
No contexto de Sócrates as cidades-estado
(Pólis), já estavam totalmente formadas e o mundo grego
já vivia no que chamamos de Democracia. As discussões
sobre a cidade e sobre os homens, se davam ao ar livre,
em área de grande circulação chamada Ágora – praça
pública. Quando falarmos em Sócrates, necessariamente
falaremos sobre a cultura e a sociedade ateniense.
Falar em cidade-estado é pressupor a figura do
cidadão, ou seja, aquele que pode votar e ser votado.
Que pode concorrer a cargos públicos e fazer as leis. O
conceito de cidadão inclui os homens, senhores de terras,
estudados. E exclui os escravos, imigrantes, as mulheres e
crianças, os comerciantes. Aqueles que não são cidadãos,
podemos chamar de povo.
Sócrates x Sofistas
Os sofistas eram os sábios da época. Eles frequentavam
a Ágora com seus alunos – jovens dispostos a aprender e
a pagar pelo conhecimento –. Os jovens (cidadãos em
potencial) eram iniciados no mundo da retórica e as artes
da política, futuramente, tornavam-se cidadãos. A
especialidade dos sofistas era a Retórica, compreendida
como “arte da persuasão” ou “arte do bem falar e
convencer sobre aquilo que é o certo”.
Contrário aos ensinamentos sofísticos, Sócrates
frequentava a Ágora e não cobrava para ensinar. Além
disso, o filósofo afirmava o seu compromisso com a
verdade. Por isso afirmava que a dialética (arte do
diálogo) era a melhor forma para atingir o conhecimento. 
Outro pressuposto socrático é a afirmação “Só sei
que nada sei”. Para ele o conhecimento é um processo
jamais encerrado. Além disso, ele afirmava-se como um
“parteiro de ideias”. Entenderemos melhor sobre este
conceito a seguir. Resumindo as ideias:
Sofista → Retórica → convencimento 
Sócrates → dialética → verdade
Método Socrático
Partindo da afirmação de que as ideias
existem independente do nosso conhecimento
delas, Sócrates observa que ensinar é “parir
ideias”, assim, ele desenvolveu um método para
que seus alunos chegassem as verdades. “Dessem
a luz as ideias verdadeiras”, assim como a mãe de
Sócrates tantas vezes ajudou as mulheres a dar a
luz. A base deste método consistia em propor um
assunto e observar as opiniões dos participantes
do diálogo. Com isso, formaríamos a tese. A
seguir, Sócrates começava a questionar os
participantes do diálogo, buscando problematizar
e observar o que poderia não ser verdadeiro
dentro daquelas opiniões. A este segundo
momento chamamos de antítese. Se vocês já
ouviram falar sobre a “Ironia socrática”, é na
antítese que ela se expressa. A ironia consistia em
fazer questionamentos “bobos” buscando a
expressão dos falantes de maneira mais extensa.
Por último, é no momento da síntese (conclusão)
que a maiêutica (Parto das ideias) se expressava.
Era o momento em que Sócrates fazia a sua
exposição sobre a verdade daquela discussão,
passando então das opiniões para o
conhecimento. Resumindo: 
Tese → opiniões
Antítese → questionamento “ironia socrática”
Síntese → “maiêutica” ou “parto das ideias 
verdadeiras”

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