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Determinação de umidade gravimétrica, textura, densidade de partículas, condutividade hidráulica, porosidade total, macro e microporosidade e densidade do solo

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA CATARINENSE 
CAMPUS RIO DO SUL 
CURSO DE AGRONOMIA 
 
DETERMINAÇÃO DE UMIDADE GRAVIMÉTRICA, TEXTURA, DENSIDADE DE 
PARTÍCULAS, CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA, POROSIDADE TOTAL, MACRO E 
MICROPOROSIDADE E DENSIDADE DO SOLO 
 
Adriano Atanazio¹, Gabriel Ganancini Zimmermann², Gustavo Henrique Janke 
Medeiros², Marcos Nienkötter², Sidinei Leandro Klöckner Stümer³ 
 
Os solos minerais são constituídos por uma mistura de partículas sólidas de natureza 
mineral e orgânica, ar e água, formando um sistema trifásico, sólido, gasoso e líquido. 
As partículas da fase sólida variam grandemente em tamanho, forma e composição 
química e a sua combinação nas várias configurações possíveis forma a chamada 
matriz do solo. A distribuição de poros dos solos condiciona seu comportamento físico-
hídrico, influenciando assim, os processos dinâmicos do ar e da solução do solo, bem 
como a potencialidade agrícola dos mesmos. A condutividade hidráulica do solo é uma 
propriedade que expressa a facilidade com que a água nele se movimenta, é 
importante para o manejo do solo, para a produção das culturas e para a preservação 
do solo e do ambiente. Textura é um termo empregado para designar a proporção 
relativa das frações argila, silte ou areia no solo. Estes se diferenciam entre si pelo 
tamanho de suas partículas (granulometria). Por fim, A análise física do solo determina 
as principais frações granulométricas que compõe um tipo ou classe de solo. A 
determinação dos atributos físicos do solo (textura, estrutura, densidade, porosidade, 
retenção de água e resistência mecânica do solo a penetração, entre outros) permite 
compreender as relações entre solo, água e planta, visando a máxima produtividade 
das culturas, assim como o melhor uso e manejo do solo. 
 
Palavras-Chave: Propriedades físicas do solo, análise física do solo, estrutura, 
textura, densidade, condutividade hidráulica e porosidade do solo. 
 
 
¹ Acadêmico do curso de Engenharia Mecânica do Centro Universitário Leonardo da Vinci 
² Técnico em Agropecuária, Acadêmico do curso de Agronomia do Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul 
³ Engenheiro Agrônomo, DSc., Professor do Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul 
INTRODUÇÃO 
A agregação é um dos 
parâmetros que podem ser utilizados 
para medir a qualidade do solo, pois a 
manutenção da estrutura do solo facilita 
a aeração e a infiltração de água e 
reduz a erodibilidade. A estabilidade 
dos agregados é influenciada por 
diversas características do solo, como 
textura, teor de óxidos de ferro e 
alumínio, teor de matéria orgânica e 
atividade microbiana e também pelo 
manejo do solo (CARPENEDO e 
MIELNICZUK, 1990). 
 O presente trabalhar teve como o 
objetivo esclarecer as técnicas 
utilizadas em aulas pratica para 
avaliação de um solo. O solo é um 
derivado de rocha tanto metamórfica, 
sedimentar ou magmáticas que 
sofreram intemperismo, onde ocorre 
processos lentos que causam a 
degradação e decomposição do solo, 
condições climáticas ou simplesmente a 
presença de organismos vivos na área 
aceleram a decomposição da rocha que 
é chamada de material de origem. 
 Há vários tipos de solos, como 
arenosos, argilosos, entre outros. Cada 
solo em seu processo de formação 
passa por condições diferentes, podem 
 
 
ser pelo relevo, clima ou organismos 
presentes. Devido a estes estas 
diferentes circunstancias os solos 
apresentam características físicas 
diferentes, pode ser: cor, espessura, 
estrutura, densidade do solo, densidade 
de partículas, porosidade e entre outros 
(PROCHNOW e ROSSI, 2009). 
 O solo é constituído por uma 
fração mineral, a qual é contido os 
minerais herdados do material de 
origem do solo (minerais primários), e 
também por minerais formados a partir 
de processos e reações ocorrentes na 
formação e desenvolvimento do solo 
(minerais secundários). 
 É considerado um meio trifásico, 
por apresentar em sua constituição três 
fases diferentes: Fase solida é formada 
por partículas que podem ser de 
natureza orgânica ou mineral, fase 
liquida é representada pelos espaços 
porosos no solo onde há capacidade de 
armazenamento de água, fase gasosa 
são os espaços porosos onde está 
contido o ar no solo. 
 A física do solo envolve um 
conjunto de técnicas onde busca 
proporcionar informações para se obter 
um solo que apresente boas condições 
de aeração, retenção de água, pouca 
resistência mecânica ao crescimento 
radicular, proporcionando assim 
condições excelentes para um bom 
desenvolvimento de raízes. As práticas 
de manejo do solo mal executadas 
podem interferir nas condições em que 
o solo se apresentam. 
MATERIAIS E MÉTODOS 
O trabalho foi realizado no 
Instituto Federal Catarinense – Campus 
Rio do Sul, localizado na 
comunidade da Serra Canoas, 
Município de Rio do Sul. O município 
está localizado no Alto Vale do 
Itajaí, a uma latitude 27°12’51’’ S e uma 
longitude de 49°38’35” W (entre a Serra 
do Mar e a Serra Geral) estando a uma 
altitude de 339,88m acima do nível do 
mar. A temperatura média anual é de 
18°c, (RIO DO SUL, 2011). De acordo 
com a classificação de Köppen, o clima 
e do tipo mesotérmico úmido com verão 
quente (CFA). Há uma predominância 
de solos do tipo Cambissolo húmico, 
caracterizando-se como solos em 
desenvolvimento e de menor 
profundidade, composto por argilas, 
arenitos e sedimentos glaciais (KLEIN & 
REITZ, 1964). 
As atividades foram realizadas a 
partir da coleta de amostras de solos em 
áreas distintas do setor agricultura 2 
localizado no Instituto Federal 
Catarinense – Campus Rio do Sul, em 
três locais distintos, sendo estas áreas 
a mata com vegetação natural intacta, 
lavoura área utilizada para o cultivo de 
plantas anuais, e área de campo onde a 
plantio de arvores com vegetação 
rasteira. Os processos foram realizados 
tanto para o horizonte A quanto para o 
B, a coleta e determinação dos 
horizontes foram elaborados após a 
abertura de uma trincheira, e 
determinação da profundidade de cada 
horizonte nos diferentes locais de 
coleta. 
Determinação da Umidade 
Gravimétrica 
 Após a coleta das amostras, estas 
foram encaminhadas para o laboratório, 
onde foi realizado a pesagem em 
balança semi-analítica, para obtermos a 
massa de solo úmido (MSU), 
posteriormente estas amostras foram 
adicionadas em Becker conhecendo a 
massa, e levadas à para estufa com 
temperatura controlada a 100oC no 
período de 48 horas. Após a secagem 
foi realizado uma nova pesagem para 
determinarmos a massa de solo seco 
(MSS), a partir da obtenção dos dados 
de massa podemos saber a quantidade 
de agua presente no solo, a partir da 
seguinte formula: 
Ug= 
𝑀𝑆𝑆−𝑀𝑆𝑈
𝑀𝑆𝑆
 
Onde Ug: umidade gravimétrica, MSS= 
massa de solo seco, MSU: massa de 
solo úmido. Onde o resultado é 
expresso em gágua/gsolo, ou se 
multiplicarmos por cem (X 100%), para 
expressar o valor em porcentagem. 
Determinação da Densidade de 
Partículas (Dp) 
 Para determinação da densidade 
das partículas presentes no solo, foi 
realizado a pesagem de 20 g de solo de 
cada horizonte de TFSE (terra fina seca 
em estufa), em balança semi-analítica e 
transferidos para balões volumétricos 
de 50 mL. Com o auxílio de uma bureta, 
adicionamos 20 mL de álcool etílico, 
como solução penetrante, utilizado 
devido a baixa tensão superficial e 
maior capacidade de entrar nos micro 
agregados, para ocupar todos espaços 
vazios. Em seguida, as amostras foramagitadas e então colocadas no 
desumidificador, acoplado a uma 
bomba para proporcionar vácuo e 
fazendo com que o álcool penetre nos 
micro agregados, retirando qualquer 
quantidade de ar presente. Este 
processo foi realizado durante 
aproximadamente 15 minutos, sendo 
que as amostras apresentavam uma 
“efervescência”, o que significava a 
saída de ar de dentro das amostras. 
Posteriormente com a bureta 
devidamente zerada foram adicionados 
volumes de álcool, para as soluções 
atingirem a marca de 50 mL, anotando 
todos as quantidades gastas. Com o 
volume total de álcool adicionado aos 
balões e massa de solo presente em 
cada um, foi possível calcular a 
densidade de partículas, expressa em 
g.cm-3. 
 Dp= 
𝑀𝑝
𝑉𝑝
 
Onde: Dp= densidade de partículas, 
Mp= massa de partículas e Vp= volume 
de partículas. 
Determinação da Textura do Solo 
A determinação da textura do 
solo, pode ser realizada tanto a campo 
como em laboratório. A determinação 
ocorreu no laboratório, pelo método da 
pipeta. Primeiramente secamos o solo 
em estufa, após a secagem as amostras 
que estavam dentro de caixas de 
madeiras, foram desfragmentadas com 
um rolo destorroador, sendo realizado o 
peneiramento das amostras em peneira 
de 2mm, para secar as frações mais 
grosseira da fração mais fina, tendo 
somente a terra fina seca em estufa 
(TFSE). 
Foram realizadas 4 analises para 
cada tipo de solo e horizonte, 
totalizando 24 repetições, sendo desta, 
12 com adição de agua destilada para 
determinar a argila dispersa em água 
(ADA) e outras 12 com adição de 
dispersante químico, hidróxido de sódio 
(NaOH) para separação das partículas 
da argila total (AT). 
Com o auxílio do Erlemeyer de 
250 ml, foram colocadas 20g de cada 
amostra de terra fina seca em estufa, 
acrescentado 100 ml de água. Nas 
amostras para determinar argila total 
além dos 100 ml de água, foram 
adicionados 10 ml de NaOH. 
A agitação das amostras foi 
realizada a partir de agitador horizontal, 
após isso foram levadas para provetas 
de 1000 ml, onde passaram por uma 
peneira de 0,05 mm, sendo realizada a 
lavagem do material, retido na peneira 
com água. As amostras que ficaram na 
peneira (areia) foram coletadas e 
colocados em placas de petry, e 
levadas a estufa com temperatura de 
105º C para posterior secagem. 
As provetas que continha argila e 
silte foram completadas até o volume de 
1000 ml com agua e agitadas durante 1 
minuto, para uma melhor 
homogeneização do material. Após a 
Homogeneização foi realizada a 
medição da temperatura das amostras 
por um aparelho digital, e após a leitura 
da temperatura a partir das técnicas de 
preparação de amostras de solo, foi 
determinado o tempo para 
sedimentação das amostras e posterior 
pipetagem. 
Para se fazer a separação da 
argila e silte é necessário fazer a 
decantação do material, como o tempo 
de decantação da argila é maior que a 
do silte, a argila tende ficar na superfície 
e o silte descer. Após 3 horas de 
decantação a 20º C, com o auxílio de 
uma pipeta foi coletado 50 ml de cada 
amostra em suspensão, com cuidado 
para não provocar movimentação do 
material. Os materiais coletados foram 
colocados em Becker com massa 
conhecida, e levados a estufa para 
secagem com temperatura de 105º C. 
Após secagem foram pesadas as 
amostras, obtendo a massa de argila e 
areia presente em 20g de solo. 
A determinação da quantidade 
de cada fração granulométrica, é obtido 
a partir das seguintes equações: 
Areia (%)= 
peso da areia 
peso de solo corrigido 
X 100 
 
Argila (%) = 
Peso da argila ∗ 20 ∗ 100
peso de solo corrigido 
 
Silte (%)= 
100(%) – (argila + areia) 
 
 Com os dados de argila dispersa 
em água e argila total, podemos 
calcular o grau de floculação= 
 
GF= 
AT−ADA
ADA
X100 
 
Onde AT= argila total, ADA= argila 
dispersa em água. 
 
Determinação da Densidade do solo 
(Ds) 
Para determinação da densidade 
do solo, utilizamos o método do anel 
volumétrico, que consiste em cravar o 
anel, com volume conhecido, 
diretamente no solo. Antes da 
realização da coleta foi feita uma 
limpeza da superfície do solo, a fim de 
evitar que impurezas venham a interferir 
na coleta da amostra. Logo em seguida 
cravamos o anel no solo, depois de 
algumas batidas para melhor qualidade 
da amostra, retiramos o anel do solo, 
fizemos então a limpeza, com o auxílio 
de uma faca, cortando as bordas, 
fazendo com que o solo ocupe somente 
o volume conhecido por completo do 
anel. Assim que realizada a coleta dos 
horizontes A e B de seus respectivos 
usos, as amostras foram envoltas com 
papel alumínio, para que se evitasse 
perca de solo, e levadas para o 
laboratório onde foram atadas com 
pequenos atilhos finos, com o intuito de 
este absorver água e saturar as 
amostras. 
 Em laboratório, colocamos as 
amostras em uma bandeja, onde as 
amostras foram submetidas a imersão 
de agua até, próximo, ao limite da borda 
superior do anel, para que a água 
ocupasse os poros que houvessem na 
amostra, preenchendo-os lentamente 
por meio de capilaridade, assim 
também dando condições para que 
pudéssemos fazer a determinação de 
condutividade hidráulica (ks). 
 
Determinação da Condutividade (ks) 
Para determinar condutividade 
hidráulica e, simultaneamente a ela, a 
porosidade, fizemos uso do método de 
carga constante, sendo necessários 
que o anel receba mais um anel colado 
com fita sobre este, para estender a 
altura e forma coluna de água que 
proporciona a pressão constante. 
Após este processo, os anéis 
foram colocados em funis acoplados a 
suportes de madeira com copos 
plásticos previamente identificados em 
baixo de cada funil, para armazenar a 
água. As medições de condutividades 
foram realizadas por 30 minutos, sendo 
determinada a massa de água a cada 5 
minutos, mantendo sempre a altura de 
água 3 cm. 
 
Ks=
VA∗L
A∗T∗(H+L)
 
 
Onde: Va: volume de água 
coletada, em m-3, t: tempo em s, A: área 
da seção transversal da amostra em 
m2, L: comprimento da amostra em m, 
h: potencial de pressão no topo da 
amostra em m e Ks: condutividade 
hidráulica em m/s. 
Determinação da porosidade do solo 
Após determinar a condutividade 
hidráulica, os anéis foram pesados e 
levados para a mesa de tensão, com 60 
cm de coluna d’água, para realizar a 
saída da água, contida nos macroporos. 
Posterior a esse processo as amostras 
foram pesadas, para determinar a 
macroporosidade existente em cada 
solo. Em seguida, as amostras foram 
acondicionadas na estufa de circulação 
de ar á 105°C, para secagem. Com as 
amostras secas e pesadas 
Novamente, mais os valores 
anotados do solo saturado, 
possibilitaram descobrir a micro 
porosidade contida nas amostras. 
Tendo os valores da macro porosidade 
e da micro porosidade dos solos, 
podemos efetuar o cálculo para 
porosidade total do solo. 
PT= 1-
Ds
Dp
 
 Onde: Ds= densidade do solo, 
Dp= densidade de partículas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Textura do solo 
Com a análise de textura do solo 
realizada em laboratório foi possível 
determinar os teores de areia, argila e 
silte nos diferentes tipos de solos e 
horizontes. Os dados encontrados 
serão representados na tabela abaixo. 
Analisando os dados da tabela 1, 
nota-se que houve uma diferença 
relativamente expressiva entre os 
teores de areia, argilae silte de cada 
horizonte, sendo que as duas amostras 
foram coletadas a uma distância 
relativamente pequena, a apenas 
algumas dezenas de metros de 
distância e com o mesmo tipo de solo, 
diferenciando-se pelo fato do manejo 
deste solo. 
Como se pode observar na tabela 
houve um aumento da argila na área da 
lavoura, ocorrendo uma maior 
porcentagem de areia no horizonte A e 
maior porcentagem de argila no 
horizonte B, há pouca diferença entre os 
horizontes da área da mata, devido ao 
fato de pouca mobilização do solo, na 
área do campo houve um leve diferença 
nas porcentagem em relação aos 
horizontes. 
No campo houve diferenças 
mínimas entre os valores do Horizonte 
A e B, onde o Campo foi o solo que 
maior obteve a porcentagem de areia 
tendo valores de argila abaixo dos 
demais solos. 
 
A textura das análises é dada 
pelo triangulo textural, representado na 
figura 1. Através dos valores 
porcentuais de argila, areia e silte 
obtidos nas análises laboratoriais, foi 
então feito uso do Triangulo Textural, 
onde chegou-se as seguintes 
 Classificações para cada 
horizonte das áreas: 
Uso 
 
Hz 
 
 Areia Silte Argila ADA 
----------------------------(%)-------------------------- 
GF 
 
Mata A 30,0 35,3 34,6 8,4 76 
Mata B 32,7 36,0 31,3 11,6 63 
Lavoura A 24,2 45,7 30,1 12,0 60 
Lavoura B 20,0 39,9 40,2 15,0 63 
Campo A 47,9 30,4 21,7 15,3 23 
Campo B 46,1 31,7 22,2 17,1 23 
 Tabela 1 – Textura do solo 
 Fonte: Autores 
 
Mata A:Franco-argilosa 
Mata B:Franco-argilosa 
Lavoura A:Franca-argilosa 
Lavoura B:Argila 
Campo A:Franca 
Campo B:Franca 
 
Figura 1 – Triangulo Textural 
 
 Fonte: LEMOS, Santos, 1984. 
De acordo com os valores apresentados 
a textura da mata é Franco-argilosa, 
lavoura é Franca-argilosa e Argila, e o 
campo é Franca. 
As partículas de argila contida 
num solo podem ser classificadas como 
argila total (AT) e argila dispersa em 
água (ADA) também denominada argila 
natural. 
A argila dispersa em água, obtida neste 
caso pelo método da pipeta, não é 
adicionado (NaOH), que faz a 
desagregação do solo. Deste modo a 
ADA não soma a argila contida nos 
agregados do solo. Enquanto, a argila 
total leva em consideração toda a argila 
contida no solo, até mesmo a argila 
contida nos agregados. 
A argila apresenta condutas 
diferentes em relação ao uso de solo, 
especialmente pelo fato do 
revolvimento, movimentação deste 
solo, na mata a uma estrutura bem 
formada, como podemos ver a um alto 
grau de floculação e pouca argila 
dispersa em agua, já na lavoura e 
campo a um baixo grau de floculação, 
onde a um grande revolvimento do solo. 
Determinados estudos agrícolas 
também podem interferir da dispersão 
da argila, como o Tabela 2- Umidade 
Gravimétrica (Ug) excesso de calagem 
e aplicação de fertilizantes, aumentando 
a argila dispersa. 
Outra prática que pode aumentar a 
dispersão da argila é o revolvimento do 
solo, pois deixa o matéria orgânica 
suscetível à ação oxidante, diminuindo-
a. 
Umidade Gravimétrica 
Caracteristicamente, solos 
arenosos possuem menor porosidade 
total, porém uma maior quantidade de 
macroporos, e consequentemente, 
maior densidade do solo. Como 
podemos observar na tabela horizonte 
A da mata teve maior porosidade total e 
a segunda maior quantidade de 
Tabela 2 – Umidade Gravimétrica 
 
 MSU+B MSS+B MB MSU MSS Ug 
 Uso Hz -----------------------------------(g)-------------------------- (%) 
 
Mata A 105,6 92,77 50,7 54,8 42,0 30,48% 
Mata B 107,0 94,98 49,7 57,3 45,2 26,71% 
Lavoura A 83,38 76,11 50,3 33,0 25,8 28,16% 
Lavoura B 104,35 93,42 49,1 55,2 44,3 24,69% 
Campo A 92,02 79,36 44,0 48,0 35,3 35,80% 
Campo B 148,20 128,94 57,3 90,9 71,6 26,89% 
 
 
Como podemos observar na 
figura 2, há uma média de 29% de 
umidade entre os usos, havendo uma 
maior umidade no solo do campo, e 
devido ao fato de haver uma umidade na 
data da coleta, não ocorreu grandes 
diferenças na umidade. 
 Fonte: Autores 
Nos horizontes mais superficiais 
a uma maior umidade, pelo fato de 
conter uma maior concentração 
de matéria orgânica, outro fator é a 
textura, quanto mais argiloso o solo, 
maior a adesão, mas quanto mais 
arenoso o solo menor a retenção de 
água nos horizontes. 
 
Densidade e Porosidade do Solo 
Tabela 3- Proporções relativas de Porosidade total (PT), Macro poros (MAC), 
Microporos (MIC) e Densidade do Solo (DS). 
 
 PT MAC MIC Ds 
 Uso Hz --------------------------(%)-------------------- (g.cm³) 
Mata A 63 17 45 0,86 
Mata B 49 5 44 1,25 
Lavoura A 42 5 38 1,38 
Lavoura B 45 6 39 1,33 
Campo A 50 3 3 1,31 
Campo B 41 47 39 1,43 
 
0%
10%
20%
30%
40%
Lavoura Campo Mata
A B
macroporos, perdendo somente para o 
Campo. 
Solos com uma maior dimensão 
no espaço poroso em relação do 
volume de sólidos, possuem uma menor 
densidade. As raízes que são 
encontradas nos horizontes 
superficiais, realizam a formação de 
bioporos, alternando para maior a 
porosidade do solo. Outro fator que 
podem influenciar a porosidade é a 
matéria orgânica, que serve como um 
agregado de partículas. Embora do 
grande teor de areia neste solo, a baixa 
densidade existente está relacionado 
pelo alto teor de matéria orgânica, onde 
a mesma possui densidade menor de 
1g.cm-3. Os solos que tem menor 
densidade, são mais propensos a 
compactação. 
O horizonte B ficou muito mais 
próximo do esperado, tendo porosidade 
total muito menor, quando comparada 
ao horizonte A do mesmo local. Isto 
representa que neste horizonte os 
fatores que alteram a porosidade 
estavam em menor concentração. Com 
menor porosidade total podemos 
claramente observar um aumento 
significativo da densidade, afetada pela 
textura. 
Neste caso, o solo da mata 
possuirá uma alta condutividade 
hidráulica, por causa da maior 
concentração de macroporos (quando 
comparado com a os demais, exceto o 
Hz B do Campo), porém menor 
retenção de água, que geralmente 
ocorre nos microporos (encontrados em 
maior quantidade no mesmo local). 
Quanto maior a concentração de argila 
maior será a quantidade de microporos, 
dando maior retenção de agua ao solo. 
No entanto, não houve grande 
variação de densidade entre os 
horizontes da lavoura, mesmo sendo 
um solo manejado. Sua densidade 
encontra-se entre 1,33 e 1,38 g.cm-3, 
característica de solos agrícolas, o que 
mostra que o manejo não alterou muito 
sua densidade. Novamente é possível 
perceber maior densidade no horizonte 
A, possivelmente devido ao tráfego de 
máquinas na área. Os valores de macro 
e microporos da lavoura correspondem 
a porosidade ideal, sendo 
aproximadamente 1/3 de macroporos e 
2/3 de microporos do volume total de 
poros. 
 
 
Densidade de Partículas 
Tabela 4-Densidade de Partículas 
Uso Hz Dp média 
(g/cm³) 
Mata A 2,40 
Mata B 2,47 
Lavoura A 2,40 
Lavoura B 2,47 
Campo A 2,39 
Campo B 2,66 
 Fonte: Autores 
 
Os horizontes superficiais 
apresentaram densidademenor, 
possivelmente pela maior concentração 
de matéria orgânica, que por sua vez, 
possui densidade média de 
aproximadamente 2,40g cm-3. Já os 
horizontes B apresentaram Dp maior, o 
que pode ter ocorrido principalmente 
pela redução do teor de matéria 
orgânica. A textura também é 
considerada um fator atuante na Dp. 
Solos mais arenosos como o campo 
apresentam maior Dp, devido ao fato de 
apresentarem quartzo como principal 
constituinte. 
Condutividade Hidráulica 
Tabela 5- Condutividade Hidráulica. 
Uso 
 
Hz 
 
Ks Média 
(mm/h) 
Mata A 3,28 
Mata B 14,97 
Lavoura A 0,01 
Lavoura B 5,49 
Campo A 0,17 
Campo B 7,19 
 Fonte: Autores 
 
 A partir dos dados obtidos 
(Tabela 05), constatamos que os solos 
da mata – principalmente no horizonte B 
– possuem maior condutividade 
hidráulica (Ks), favorecida 
principalmente pela presença de raízes 
e microrganismos que proporcionam a 
formação de bioporos. Outro fator 
influente na condutividade deste solo foi 
a textura, que em consequência da 
areia – encontrada em grande 
quantidade no campo – apresenta maior 
0,17
7,19
3,28
14,97
0,01
5,49T
ít
u
lo
 d
o
 E
ix
o
Ks(mm/h)
quantidade de macroporos, pelos quais 
grande parte da água é conduzida. 
No solo da lavoura esperava-se 
que a condutividade hidráulica fosse 
maior no horizonte A e menor no 
horizonte B, devido ao fato de que o 
horizonte B possui um menor teor de 
matéria orgânica, porem ocorreu uma 
grande diferença na condutividade. 
Valores de Ks superficiais podem ser 
submetidos a variações pelo uso de 
mecanização, e também a uma grande 
ligação com os microporos e também 
com os macroporos. 
CONCLUSÃO 
A porosidade total do solo (PT) e 
a densidade do solo (Ds) são umas das 
principais propriedades do estudo de 
física do solo, e estão extremamente 
relacionadas umas com a outra. É 
possível analisar que a densidade do 
solo é afetada pela textura, porosidade 
e o teor de matéria orgânica do solo. 
Como exemplo, o solo da mata tem uma 
baixa densidade, especialmente no 
horizonte A, onde a mesma relacionada 
pelo teor de matéria orgânica, onde tem 
a densidade menor que 1g/cm³. Para o 
horizonte B da mata, a porosidade total 
do solo é fator para o aumento da 
densidade do solo, juntamente com a 
textura, isso devido ao grande teor de 
argila. Avaliando os três casos, os 
elevados teores de argila e silte, podem 
ser os causadores pela alta retenção de 
agua do solo, devido a formação de 
microporos, que tem característica pela 
ancoragem da agua, outro fator da 
retenção, pode-se dita pela baixa 
condutividade hidráulica do solo. Deve-
se destacar a importância do cuidado do 
manejo do solo em relação ao trafego 
de maquinários e outras práticas 
agrícolas no solo. 
No solo da mata, mais respectivo 
no horizonte B, a ala condutividade 
hidráulica (Ks) esta relacionada a 
grande presença de raízes e 
microorganimos que causaram a 
formação de bioporos. No entanto, o 
solo da lavoura e campo, com o menor 
valor de condutividade hidráulica, 
poderá estar relacionada ao manejo, 
que influencia diretamente nas 
camadas superficiais. 
As propriedades físicas dos solos 
tem grande consequência na forma de 
manejo deste solo, como será utilizado 
aquele solo para que seja pouco 
danificado ou perdido, afim de formar 
um solo ideal para aquele local, levando 
em conta que as diferentes 
propriedades do solo tem uma grande 
interligação. 
 
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