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Compilação Epidemio 3 (1)

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BERNARDO
Estrutura etária
A estrutura etária mostra o percentual de jovens, adultos e idosos de uma população. Geralmente é representada em forma de pirâmide podendo ser classificada em base larga. Corpo afunilado e ápice da pirâmide. A base larga corresponde ao numero de jovens de um país, os quais correspondem aos indivíduos com faixa etária entre 0 e 19 anos. O corpo afunilado representa as pessoas com idade 25 a 59 anos. O ápice da pirâmide expõe as pessoas com idade superior a 59 anos. (FREITAS, S.D.)
Entre os anos 40 e 60 o Brasil sofreu uma queda no nível de mortalidade e manteve os níveis de fecundidade altos, produzindo uma população jovem e com rápido desenvolvimento. Quando se iniciou o processo de redução da fecundidade, no final da década de 60, por conseguinte houve também uma mudança na estrutura etária brasileira. Esta alteração pode levar a uma nova população com um perfil envelhecido e ritmo de crescimento baixíssimo, quase negativo. (CARVALHO, 2003)
É possível atingir um melhor entendimento do percurso da transição da estrutura etária brasileira entre 2000 a 2050, ao se observarem valores médios de crescimento anual de conjuntos etários mais característicos. As populações nas faixas de 0-14 e 15-24 anos, nascidas após 1975, sendo assim durante o período de queda da fecundidade, aumentarão, nos anos iniciais do presente século, as taxas muito inferiores do valor médio do total populacional. A datar de 2020 (grupo de 0-14 anos) e 2030 (grupo de 15 a 24 anos) apresentarão, inclusive, taxas de crescimento negativo. (CARVALHO, 2003)
ALEXIA
Envelhecimento populacional e transição demográfica
Desde o surgimento do homem até os dias atuais a população mundial está em constante dinamismo. Esta dinâmica é estudada pela ciência chamada Demografia, que, no dicionário, é definida como: “Ciência que tem por objeto o estudo quantitativo das populações humanas, de suas variações e de seu estado.” (DICIONÁRIO AURÉLIO, S.D.) Deste modo, temos que as populações estão sujeitas a alterações determinadas por diversos aspectos como: ambientais (terremotos, secas, tsunamis, enchentes), sociais (guerras, fome, desigualdade), culturais e religiosos.
A transição demográfica é um processo caracterizado pela mudança de um padrão populacional vigente, identificado por alguns indicadores abordados anteriormente (taxas de natalidade, fecundidade, mortalidade e morbidade) e que interfere no modo que as políticas governamentais devem ser direcionadas para o suprimento das necessidades deste novo padrão. Este processo é comumente dividido por demógrafos em 4 fases:
Fase 1: oscilação rápida da população;
Fase 2: queda nas taxas de mortalidade;
Fase 3: queda nas taxas de natalidade;
Fase 4: taxas baixas de natalidade e mortalidade, aumento no número de idosos. (UOL, S.D.)
Um exemplo típico de transição deu-se nos países desenvolvidos, no século XIX, com a Revolução Industrial. Esta revolução ampliou o êxodo rural e a urbanização, bem como aumentou a poluição e a degradação da natureza. Estas mudanças implicaram ações no sentido de desenvolver as cidades, como a adoção do saneamento básico, e também ações contra as novas doenças advindas da industrialização, como as doenças pulmonares, stress, etc.
Os censos demográficos (mensuração das taxas populacionais) indica que a medida que desenvolvem-se, os países apresentam como tendência, a priori, a diminuição das taxas de mortalidade e conseguinte, a diminuição das taxas de natalidade. Este comportamento está intimamente ligado a melhora das condições de vida, ao aumento da escolaridade,ao desenvolvimento da medicina e às práticas epidemiológicas. (CAMARANO, 2008)
A transição epidemiológica está intimamente ligada à demográfica, uma vez que estas dinâmicas são condicionadas por diversos fatores comuns.
A transição epidemiológica também é seccionada em algumas fases identificadas em países desenvolvidos, são elas:
Substituição das doenças transmissíveis por doenças não transmissíveis e causas externas;
Deslocamento da carga mortalidade e morbidade dos jovens para os idosos;
Transformação de uma predominância de mortalidade para morbidade. (SCHRAMM, 2004)
O Brasil difere-se dos países desenvolvidos uma vez que, apesar de encontrar-se, segundo o IPEA, na fase 4 da transição demográfica, com queda acentuada nas taxas de mortalidade e fecundidade (a taxa de fecundidade calculada foi de 1,83 filho por mulher, inferior inclusive, à taxa de reposição cujo valor é de 2,1 filho por mulher), não apresenta o mesmo desenvolvimento na transição epidemiológica, pois velhas e novas doenças coexistem. Segundo o indicador DALY, o grupo de doenças não transmissíveis representa 66,3% das doenças, seguido de doenças infecciosas, parasitarias, maternas, perinatais e nutricionais que representam 23,5% e por fim causas externas, 10,2%. (UOL, S.D.)
Outro aspecto importante é o momento demográfico atual do Brasil. O país atravessa um período conhecido como “Bônus Demográfico”. Este bônus caracteriza-se por uma população predominantemente adulta, o que significa uma grande População Economicamente Ativa (PEA). Este período é de suma importância para o país, uma vez que propicia o crescimento e desenvolvimento, menos gastos com aposentadoria e aumento das riquezas nacionais. (HAAG, 2012)
Contudo, deve-se atentar nesta fase para políticas que estimulem a educação, diminuam o desemprego e melhorem a saúde, pois o país, após este período, apresentará uma grande população idosa, o que requer muitos gastos governamentais.
"É uma janela que se fechará rapidamente, por volta de 2030, permitindo uma arrancada no desenvolvimento e um aumento na qualidade de vida, desde que esse bônus seja inteligentemente aproveitado. (...) Se perdermos essa chance ficaremos apenas com as desvantagens de uma população envelhecida, que pode significar a queda no crescimento econômico face à crise no mercado de trabalho e o peso dos velhos sobre os mais jovens” (DINIZ, 2012 apud HAAG, 2012)
O envelhecimento da populacional trata-se do aumento da proporção de idosos na população total e é identificado pelo aumento da idade média da população. Este envelhecimento pode ou não ser positivo para o país e isto dependerá das políticas governamentais implementadas no período que antecede esta fase. 
ANA PAULA
Medidas do Tipo Taxa
As medidas do Tipo Taxa são importantes para a Epidemiologia para determinar e expressar dados específicos de alguma pesquisa para o melhor entendimento de determinada ocorrência de algum evento. Essas Taxas mostram os dados equivalentes e a frequência em que ocorreram esses eventos, para isso se faz uma pesquisa e com o uso de cálculos se tem o resultado e se obtém todos os valores essenciais para a pesquisa, assim a visão da amostra estudada fica dividida em características específicas como exemplo Taxas de mortalidade e natalidade onde é somente analisado uma característica, e isso faz com que o estudo de uma determinada variável seja mais didático. Também é comum o uso de gráficos para apresentar e mostrar os valores obtidos na pesquisa. (MERCHÁN-HAMANN et al, 2000).
 Segundo os autores, para calcular as taxas o pesquisador deve usar em algumas características:
O numerador expressa um número simples de eventos em uma dimensão; em epidemiologia, geralmente corresponde ao número de pessoas que desenvolveram um evento incidente;
O denominador inclui, de alguma maneira, a dimensão de tempo; note-se que no coeficiente de incidência o tempo constitui uma referência básica mas ele não está incluído no cálculo da medida resultante;
A medida resultante da divisão expressa a magnitude de mudança em relação ao tempo, sendo matematicamente uma medida de função que segue o modelo da teoria do limite e que expressa mudança instantânea no tempo. (MERCHÁN-HAMANN et al, 2000).
 
Assim são obtidos os valores de uma pesquisa, onde estão sendo estudados dados de alguma variável. As taxas também podem ser subdivididasem ESPECÍFICAS ou BRUTAS. As taxas específicas determinam a pesquisa de um tema específico como, por exemplo, a Taxa de Natalidade ou Mortalidade, e são calculadas pela razão entre uma subpopulação e o seu total. O termo taxa é designado apenas quando ocorre um processo dinâmico. As taxas brutas são calculadas sobre toda a população. (CAMARANO, 2008). Um exemplo de taxa específica é a esperança ou expectativa de vida ao nascer, enquanto a taxa bruta de natalidade e mortalidade se constitui como um exemplo de taxa bruta. 
ABNER
Razão e Proporção: Conceito Geral
Tanto a Razão como a proporção são formas de realizar comparações, por meio dos números, de determinadas características analisadas numa determinada população ou em um conjunto de dados. (CAMARANO et al ,2008)
Diferenças entres Razão e Proporção
Enquanto a razão tem por finalidade traçar comparações entre subgrupos presente numas mesma população ou em um conjunto de dados, a proporção tem o objetivo de comparar um subgrupo da população ou de dados com a população em si ou com a totalidade de dados disponíveis. Dessa forma a razão constitui-se em uma relação entre subgrupos de uma determinada população e a proporção constitui-se como sendo a relação de um subgrupo populacional com a população total. (MERCHÁN-HAMANN et al, 2000).
Exemplo de Razão: no censo realizado em 2010 constatou-se que o Brasil apresenta aproximadamente 97.348.809 mulheres e 93.406.990 homens, sendo assim entre esses dois subgrupos da população existe uma razão de 95,9 para cada 100, ou seja, há 95,9 homens para cada 100 mulheres.(IBGE, 2014)
Exemplo de Proporção: no censo realizado em 2010 a população total brasileira era de 190.755.799 da qual 93.406.990 pessoa eram homens, por isso os homens representavam aproximadamente 49% da população total brasileira.(IBGE, 2014)
Resumindo:
Razão = Quantidade do Subgrupo(I)
 Quantidade do Subgrupo(II)
Proporção = Quantidade do Subgrupo
 População Total
ANA TOBIAS
Transição demográfica 
Transição demográfica é a expressão utilizada para se referir às variações nas características da distribuição das populações. A tendência geral no mundo atual é a transição de um quadro de alta fertilidade associada à alta mortalidade para um modelo de baixa fertilidade com diminuição da mortalidade.
O exame da dinâmica demográfica brasileira das últimas décadas revela importantes transformações, com fortes impactos nas demandas por serviços públicos. A queda nos níveis de fecundidade no país tem acontecido de maneira rápida e generalizada. Nos países desenvolvidos, esse processo se deu em um período de tempo muito maior (CERQUEIRA e GIVIZIES, 2004). 
Entre 1949 e 1960, ocorreu um processo de rápido acréscimo à população brasileira, o qual deveu-se principalmente ao declínio da mortalidade, com a fecundidade mantendo-se em níveis elevados (CARVALHO e FRIAS, 1992). A partir da década de 70 teve início um processo rápido e generalizado de declínio da fecundidade. Apesar da ocorrência de diferenciais regionais, a queda se deu em todas as regiões do país.
A transição da fecundidade foi objeto de diversos estudos, os quais identificaram a educação e o acesso a meios de comunicação de massa como os determinantes socioeconômicos mais relevantes da mudança (WONG, 1998). O uso de métodos contraceptivos teria sido a mais relevante variável intermediária nesse fenômeno.
Para a análise da dinâmica demográfica de um país, é relevante a observação de pirâmides etárias de períodos diferentes. "A pirâmide etária é um importante instrumento de análise demográfica, pois permite afirmar se a população observada possui uma estrutura jovem ou envelhecida". Cada uma das barras que a compõem é determinada por três fatores: o efetivo de nascimentos de uma geração, a importância da mortalidade e a importância das migrações. Ao analisar a pirâmide etária brasileira da década de 1970, observamos base larga e topo estreito, indicando alta fecundidade e menor expectativa de vida. Com o passar dos anos e diversas mudanças na sociedade, observa-se um estreitamento da base da pirâmide e alargamento do topo, indicando queda de fecundidade e maior expectativa de vida. Tal situação permite inferir que estão ocorrendo também "profundas alterações nas demandas sobre o sistema de saúde, o emprego e a seguridade social do país, com um deslocamento do foco das políticas públicas da infância para a terceira idade" (CERQUEIRA e GIVIZIES, 2004).
Outro fator relevante da dinâmica demográfica é a mortalidade. Estima-se que ela seja o componente demográfico mais positivamente associado às melhorias das condições sociais do país. O Brasil experimenta um processo denominado transição epidemiológica, "representado pela queda nos níveis da mortalidade devido a doenças infectocontagiosas, e por uma elevação na participação dos óbitos por doenças de natureza crônico-degenerativa". Observa-se também queda nas taxas de mortalidade infantil e aumento significativo nas mortes por causas externas, principalmente entre os mais jovens (CERQUEIRA e GIVIZIES, 2004).
Podemos citar ainda a influência das migrações. No caso do Brasil, duas tendências caracterizaram o fenômeno migratório: a ocupação e abertura das fronteiras agrícolas e a crescente ocupação da população nas grandes cidades. Quanto ao êxodo rural, este foi precoce na região Sudeste em relação ao resto do país (CERQUEIRA e GIVIZIES, 2004).
As alterações na distribuição espacial da população brasileira nas décadas mais recentes estão diretamente relacionadas ao processo de urbanização e, em menor grau, ao crescimento da importância relativa das regiões de fronteira agrícola (CUNHA, 2000). Quanto à distribuição entre as grandes regiões brasileiras a região Sudeste manteve sua participação relativa quase constante nas últimas três décadas. Já a participação das regiões Nordeste e Sul apresentou decréscimo, em detrimento do aumento da participação das regiões Norte e Centro- Oeste. A organização populacional sobre o território vem apresentando duas tendências, aparentemente contraditórias: a concentração nas regiões densamente povoadas e dinâmicas economicamente e a dispersão e interiorização pela sucessiva ocupação de novas fronteiras agrícolas. (CERQUEIRA e GIVIZIES, 2004).
Ao analisar a dinâmica demográfica das populações, deve ter em mente que os benefícios e os bônus demográficos, tal como os desafios, variam de acordo com cada sociedades. As políticas públicas devem levar diversos fatores em consideração, objetivando promover a justiça social, aproveitando as benesses proporcionadas pela transição demográfica, bem como enfrentando seus desafios da melhor forma possível. Esse processo encontra um desafio: as mudanças demográficas, ainda que possam ser previstas com margens pequenas de erro, costumam levar décadas para serem processadas. Isso coloca um obstáculo à formulação de políticas públicas, visto que estas se pautam em um período e tempo muito inferior. Assim, o que para a demografia é considerado curto prazo, para os formuladores de políticas é um período muito longo. (BRITO, 2007).
Dessa forma, faz-se necessário um diálogo entre demógrafos e planejadores, de modo que os estudos demográficos possam auxiliar a tomada de decisões pelos governos para beneficiar a população.
Fundamentos de demografia
A Demografia é a ciência que estuda as populações humanas, investigando aspectos tais como, seu tamanho, sua distribuição em determinado espaço, sua composição e mudanças em sua estrutura ao longo de tempo (CERQUEIRA e GIVIZIES, 2004). De acordo com Tinoco (1990), a tendência da maioria das populações humanas, na atualidade, é o crescimento, dados os avanços médicos e tecnológicos que surgem dia após dia em nossa era.
Um fator concernente no estudo das populações humanas é o tamanho das mesmas em determinado momento e os eventos que possam vir a causar variação nesse tamanho, tais como nascimentos,óbitos e migrações. O modo como esses componentes se relacionam entre si deve ser alvo constante de atenção (CERQUEIRA e GIVIZIES, 2004).
A Demografia também leva em consideração a composição da população por idade e sexo, devido à repercussão desses fatores sobre os fenômenos demográficos, econômicos e sociais. Outras características populacionais também são relevantes na compreensão de fenômenos de natureza social e econômica, tais como: estado civil, região geográfica de residência ou de nascimento, condição de atividade econômica, entre outros (CERQUEIRA e GIVIZIES, 2004).
Os aspectos da população podem ser basicamente divididos entre estáticos e dinâmicos. Os primeiros compreendem o tamanho e a composição. Os segundos englobam as mudanças e inter-relações entre as variáveis básicas da demografia – fecundidade, mortalidade e migração. (CERQUEIRA e GIVIZIES, 2004)
Os estudos demográficos são muito úteis, entre outros casos, no âmbito da saúde pública, pois permite planejar estratégias e direcionar esforços para combater agravos de saúde que atinjam a população. Uma das ferramentas mais utilizadas para esse fim é o recenseamento. Nele, são coletados dados “de natureza física, política, social, religiosa e educacional referente à população”. As limitações relativas ao recenseamento consistem no fato de ser um trabalho demorado e dispendioso, além de que as respostas auto-referidas pelas pessoas podem não corresponder totalmente à realidade. (TINOCO, 1990).
Conceitos e medidas relevantes em Demografia 
A idade é uma das variáveis de maior peso nos estudos demográficos, visto que em grande parte dos fenômenos demográficos a investigação deve levar em conta a faixa etária dos indivíduos em questão, para poderem ser estabelecidas relações e estimativas sobre os efeitos socioeconômicos desses eventos. “A idade de um indivíduo pode ser definida como o número de dias, meses e anos após seu nascimento”, sendo usual que se considere muitas vezes, a título de padronização, o número de anos completos (CERQUEIRA e GIVIZIES, 2004).
No cálculo de taxas e indicadores de fenômenos demográficos relativos a um ano calendário, é essencial que se defina a população que será inclusa no denominador, posto que a população constantemente. A rigor, o denominador deve indicar o número de pessoas-ano, ou seja, a soma dos tempos vividos (em anos) por cada integrante da referida população. No entanto, este conceito é de difícil aplicação, devido à ocorrência de nascimentos e mortes que influenciam o valor da população para mais ou para menos. Desse modo, usa-se como aproximação do total de pessoas-ano a população no meio do ano, supondo-se uniformidade na ocorrência de nascimentos e óbitos durante o ano. (CERQUEIRA e GIVIZIES, 2004)
Utiliza o “valor absoluto de uma população ou de qualquer evento vital observado num determinado território e num determinado período de tempo”. Por exemplo: segundo o Censo Demográfico de 2000, a população brasileira era de 169.799.170 habitantes. Os valores expressos pelas contagens de eventos populacionais configuram a base dos estudos demográficos (HAUPT; KANE, 1998). Outros indicadores úteis em estudo demográfico são: taxas, razão, proporção e esperança de vida ao nascer (CAMARANO, 2008).
ANDRÉ
Migração
Ao longo da história, a migração não tem ocupado uma posição primária nos estudos demográficos. Entretanto, em sua estratigrafia secundária, os fluxos migratórios tem a capacidade de influenciar os padrões e os níveis de fecundidade e mortalidade de uma determinada região. Segundo Welti (1998 apud CERQUEIRA E GIVISIEZ, 2004) isso pode ser explicado por diversos fatores: a) fatores de ordem conceitual, referindo à dificuldade de incluí-la dentro de relações analíticas e teóricas similares àquelas geradas para outros componentes demográficos; (b) dificuldades metodológicas para definir, medir, projetar e obter informações confiáveis sobre os processos migratórios; e (c) a despreocupação de certas escolas da Demografia com os movimentos populacionais.
Saldo Migratório
“O saldo migratório constitui, para determinado período, o resultado da diferença entre imigrantes e emigrantes de data fixa2, e leva em consideração os efeitos indiretos do fluxo.” (CARVALHO E GARGIA, 2002, apud CERQUEIRA E GIVISIEZ, 2004) O saldo migratório é, portanto, uma medida absoluta e, quando obtido por técnicas indiretas, é dado pela relação:
Taxa Líquida de Migração
A taxa liquida de migração é uma medida relatica e pode ser calculada de duas formas, dependendo do denominador da razão. Se a taxa líquida de migração for baseda na porpulação esperada, ela “corresponde à proporção em que a população fechado foi acrescida, se positiva, ou diminuída, se negativa, como consequência de fluxos migratórios do período”. (CERQUEIRA E GIVISIEZ, 2004). Com isso, a relação dessa taxa é dada pela expressão:
No caso de uso da população observada como denominador da razão, a taxa líquida de migração é “a proporção da população observada no segundo senso resultante do processo migratório, quando a taxa for positiva, e a proporção que a população seria acrescida na ausência de migração, se negativa”, (CERQUEIRA E GIVISIEZ, 2004). Neste caso, a razão é:
BRUNA E MATHEUS
Populações "Jovens" e "Velhas"
A classificação demográfica de uma população depende da proporção de indivíduos nas faixas etárias extremas. A tendência de países em desenvolvimento é ter suas médias etárias aumentadas com o tempo, o que significa um gradual envelhecimento da população, visualizado em nações já avançadas, como o Japão. O Brasil, por exemplo, em 1970, tinha uma população relativamente jovem, com 42% desta composta por pessoas abaixo dos 15 anos de idade. Em 2000, esse grupo passou a ocupar 30% do total de habitantes, resultado, entre outros aspectos, do desenvolvimento nacional. (COSTA et al, 2003)
Esse envelhecimento ocorre devido um processo chamado de "transição demográfica", em que ocorre alteração de uma situação de mortalidade e natalidade elevadas, com uma população majoritariamente jovem, para um cenário de mortalidade e natalidade baixas, gerando o aumento do número de idosos, o que altera, principalmente, as demandas do país. (COSTA et al, 2003)
Idade Mediana
É a idade em que ocorre a divisão da população em 2 metades, sendo uma delas abaixo do valor mediano, e a outra, acima. Em 2000, a idade mediana brasileira situava-se na faixa de 25 a 29 anos, e ao se admitir esse grupo populacional como homogêneo, encontra-se o valor de 25 anos. A título de comparação, o valor encontrado para os EUA, em 2005, foi de 36,3 anos, o que evidencia esta ser uma população sensivelmente mais velha que a brasileira. (COSTA et al, 2003)
Razão de sexos
Conceitua-se como a proporção dada entre homens e mulheres em uma determinada população de um local e período específicos. Expressa-se, geralmente, pelo número de homens para cada 100 mulheres:
RzS = (Número de Homens/Número de Mulheres)x100
Essa razão sofre variações de acordo com a idade. Ao nascimento, há, em média, 105 a 106 homens para cada 100 mulheres, sendo este um padrão internacional. Essa proporção, usualmente, declina com o tempo. Exemplifica-se segundo o Censo Demográfico de 2000 do IBGE, a razão da população brasileira foi de 97 homens para cada 100 mulheres. Nota-se, nessa análise, o progressivo decréscimo das proporções, pois, para o conjunto de menores de 15 anos, a mesma era de 103 homens por 100 mulheres, enquanto para indivíduos acima de 60 anos, de 82 homens para 100 mulheres. (COSTA et al, 2003)
Já a razão de dependência é aquela dada entre indivíduos considerados “dependentes” (0 a 14 anos e 60 ou mais) e os caracterizados como ativos (de 15 a 64 anos de idade):
RzD = [(Pop.menor que 15 anos + Pop maior ou igual a 60 anos) / Pop. de 15 a 59 anos] x 100
Trata-se de um indicador relativamente impreciso, pois há exceções em ambasas categorias, uma vez que há indivíduos ativos, porém tratados como “dependentes”, e vice-versa.
O Brasil, durante o período de 1950 a 1970, em função da elevada taxa de fecundidade, apresentava uma alta taxa de dependência, igual a 82. Em 2000, a razão de dependência foi de 55, ou seja, havia 55 pessoas em idade inativa para cada 100 ativos, representando uma sensível queda. É interessante lembrar que em casos de fecundidade reduzida, a proporção de dependência também se mostra alta, o que ocorre em função do envelhecimento da população. (COSTA et al, 2003)
ANELISE
Mortalidade
Segundo CERQUEIRA e GIVISIEZ (2004), ‘’A taxa bruta de mortalidade corresponde à relação entre o total de óbitos ocorridos durante um ano calendário e a população total. Tal medida representa o risco de uma pessoa de determinada população morrer no decorrer do ano". 
Principais causas de mortalidade segundo a OMS (2000-2010):
As prinicipais causas de mortalidade durante a década de 2000 a 2010 são: doença isquêmica cardíaca, acidente vascular cerebral, infecções respiratórias inferiores, diarreia, doença pulmonar obstrutiva crônica, e HIV/AIDS permaneceram como as principais causas de morte durante a última década A tuberculose não está mais entre os 10 principais motivos de óbito, mas ainda figura entre as 15 primeiras, sendo responsável pela morte de 1 milhão de pessoas em 2011.(OMS, 2013, apud NEWS.MED.BR, 2013) 
Outra tendência observada pelos autores relaciona-se às doenças crônicas, causando aumento do número de mortes em todo o mundo: cânceres de  pulmão (juntamente com os tumores malignos de traqueia e brônquio) causaram 1,5 milhão (2,7%) de óbitos em 2011; contra 1,2 milhão (2,2%) de óbitos em 2000. Da mesma forma, a diabetes causou 1,4 milhão (2,6%) de óbitos em 2011; contra 1 milhão (1,9%) de óbitos em 2000. Os acidentes de trânsito custaram cerca de 3.500 vidas por dia em 2011 - cerca de 700 a mais do que no ano de 2000 - tornando-se uma entre as 10 maiores causas de morte em 2011. A prematuridade foi responsável por menos 200.000 mortes infantis em 2011, comparado ao ano de 2000, mas permanece entre as 10 principais causas. .(NEWS.MED.BR, 2013) 
As doenças não transmissíveis foram responsáveis por dois terços de todas as mortes no mundo todo em 2011, acima dos 60% em 2000. Coletivamente, as condições maternas, perinatais e nutricionais e as doenças transmissíveis são responsáveis por um quarto das mortes globais, e os ferimentos causaram 9% de todas as mortes. O uso do tabaco é a principal causa de muitas doenças mortais do mundo - incluindo a doença cardiovascular, doença pulmonar obstrutiva crônica e câncer de pulmão. O consumo de tabaco é responsável pela morte de cerca de 1 em cada 10 adultos no mundo inteiro.(NEWS.MED.BR, 2013) 
Nos países de alta renda, sete em cada 10 mortes são de pessoas com 70 anos ou mais. Infecções respiratórias inferiores permanecem a única causa infecciosa líder de morte. Apenas 1 em cada 100 mortes é de criança com menos de 15 anos. Em países de baixa renda, quase 4 em cada 10 mortes são de crianças menores de 15 anos e apenas 2 em cada 10 mortes são de pessoas com 70 anos ou mais. Predominam as mortes por doenças infecciosas: infecções respiratórias inferiores, AIDS, doenças diarreicas, malária e tuberculose; sendo coletivamente responsáveis por quase um terço de todas as mortes nesses países. Complicações do parto, devido à prematuridade, asfixia durante o parto e nascimento e trauma estão entre as principais causas de morte, comprometendo a vida de muitos recém-nascidos e bebês. (NEWS.MED.BR, 2013). 
Fonte: NEWS.MED.BR, 2013. 
Taxas específicas de mortalidade (TEMS)
As taxas específicas de mortalidade correspondem ao risco de morte em cada idade ou grupo etário, sendo obtidas como o quociente entre o total de óbitos, em um determinado ano, em cada idade ou grupo etário e a população correspondente no meio do ano. (CERQUEIRA e GIVISIEZ, 2004)
Mortalidade materna
Denomina-se mortalidade materna o conjunto de mortes de mulheres relacionado a causas diretamente ligadas à gestação, parto e puerpério. As causas mais frequentes de morte materna são a hipertensão arterial da própria gravidez (eclâmpsia), hemorragia, infecção e aborto, e outros. (COSTA et al, S.D.) 
Porém, a grande maioria é passível de ser prevenida, adotando simples modificações na área da saúde de atenção primária. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estimam que, em todo o mundo, cerca de meio milhão de mulheres morrem anualmente por causas maternas, 95% das quais ocorrem nos países em desenvolvimento – onde nem sempre os óbitos resultantes de morte materna são corretamente notificados pelas autoridades de saúde, seja por negligência, descaso ou ignorância. (COSTA et al, S.D.) 
Taxa de mortalidade infantil (TMI)
Representa o risco de um nascido vivo vir a falecer antes de completar 1 ano de idade. O cálculo para essa taxa é relativamente simples: razão entre os óbitos de menores de 1 ano ocorridos durante um ano calendário e o número de nascimentos do mesmo ano. (CERQUEIRA e GIVISIEZ, 2004)
onde:
0,j= número de óbitos de menores de 1 ano de idade ocorridos no ano j
Nj = número de nascidos vivos no ano j.
 
Exemplificando o cálculo, temos a demonstração das taxas na tabela a seguir: 
Fonte: IBGE, 1999
Considerando-se a evolução cronológica da mortalidade infantil no Brasil, observa-se declínio entre 1965/70 de forma estável e de maneira homogênea em todo o Brasil.
Ao avaliar-se as principais causas da mortalidade infantil, o IBGE cita, respectivamente: pneumonia, prematuridade, asfixia durante o parto, doenças diarreicas e trauma no nascimento. Muitas crianças, na África Subsaariana, sobrevivem no 1º ano de vida, mas morrem de malária antes de completar 5 anos, isto é um caso ainda a ser solucionado, para a erradicação (IBGE, 1999)
Por outro lado, modificações das políticas públicas, principalmente no que diz respeito à medicina preventiva, com medidas de implantação e, ou melhorias no acesso ao saneamento básico, implantação de programas de saúde materno-infantil, abrangentes campanhas de vacinação e programas de aleitamento materno e reidratação oral, tiveram importante papel da mudança nos padrões reprodutivos, com quedas acentuadas em níveis de fecundidade
(IBGE, 1999)
Esperança de vida ao nascer
Representa a esperança de vida de uma determinada idade, ou seja, o número médio de anos que um indivíduo viverá a partir daquela idade. Considerando os níveis de mortalidade naquela população. O cálculo da esperança de vida é feito em uma série de etapas, que podem ser resumidas em uma tabela de sobrevivência. Para ilustrar, é apresentada a seguir a tabela de sobrevivência feminina do Brasil no ano de 1991 (Tabela 1).
 Fonte: IBGE, 1999
A primeira coluna da tabela corresponde aos limites inferiores dos grupos etários; a seguinte, à amplitude destes intervalos, vindo em seguida as funções mais importantes da tábua de mortalidade, a saber:
nqx = probabilidades de morte entre as idades exatas x e x + n;
l(x) = número de sobreviventes à idade exata x;
ndx = número de óbitos ocorridos entre as idades x e x + n;
nLx = número de pessoas-ano vividos entre as idades x e x + n;
T(x) = número de pessoas-ano vividos a partir da idade x e
E(x) = esperança de vida à idade x.
HELENICE
Demografia e educação
O Ministério da Educação, por meio do Instituto de Estudos e Pesquisas em Educação (INEP), possui em seu sítio eletrônico um relevante banco de dados educacionais, relacionados à educação brasileira, com atualização anual. Dentre as bases de dados disponíveis, estão o Censo Escolar e o Censo do Ensino Superior. Estas bases possuem estatísticas educacionais de abrangência nacional, permitindo a realização de diagnósticos e análises sobre a realidade do sistema educacional do país, e assim, acabam por fomentardiagnósticos e análises sobre a realidade do sistema educacional do país. Desta forma, os dados gerados subsidiam a definição e implantação de políticas públicas voltadas para o setor. Estas bases e dados estão disponíveis no sítio eletrônico do INEP (www.inep.gov.br), além de diversas outras informações, relatórios, que podem ser consultados ou copiados (RIGOTTI e CERQUEIRA, 2004)
ARTHUR
Pirâmide Populacional
Pirâmide populacional ou pirâmide etária é uma representação gráfica realizada com o intuito de se classificar a população de determinada região conforme as faixas de idade, sendo que os diferentes sexos são agrupados separadamente. O gráfico se dá por superposição de barras em torno de um eixo, com as barras inferiores representando a população mais jovem, e com as barras superiores representando gradativamente as populações mais velhas.  Por convenção, o lado direito sempre indica a população feminina e o lado esquerdo a masculina. FONTE???
A pirâmide populacional pode ser utilizada como importante indicador da saúde de um país como um todo, e por consequência pode ser fundamento para a tomada de importantes decisões públicas, no sentido de reorganizar a estrutura social do Estado. Por exemplo, caso o país apresente elevadas taxas de natalidade, é interessante que se invista em fatores que no futuro auxiliarão a inclusão desses jovens no mercado de trabalho, sendo apropriado, nesse caso, que se desloque maior quantidade de verba para a educação pública, por exemplo; caso a população esteja ficando velha, é preciso que se incentive a natalidade, ou a imigração de mão-de-obra para as áreas que provavelmente apresentarão carência de força de trabalho, como se tem feito em alguns países, como no Canadá. FONTE???
Em termos gerais, pode-se classificar as pirâmides populacionais em quatro tipos, que se diferem quanto à quantidade relativa de jovens e velhos.
Pirâmide Jovem: possui uma base mais larga, em virtude dos altos índices de natalidade e um topo muito estreito, em função da alta mortalidade e da baixa natalidade em tempos anteriores. Esse tipo de pirâmide é visto com mais frequência em países subdesenvolvidos.
Pirâmide Adulta: possui uma base também larga, porém com uma taxa de natalidade menor em face da população infantil e jovem. A pirâmide brasileira acima representada é um exemplo de pirâmide adulta.
Pirâmide Rejuvenescida: apresenta um relativo aumento do número de jovens em relação a um período anterior, em função do aumento da fecundidade, geralmente em países desenvolvidos que estimulam a natalidade.
Pirâmide Envelhecida: a população adulta é predominante e a base bem reduzida, apresentando uma quantidade de idosos significativamente maior em comparação às demais pirâmides. Esse tipo de pirâmide é mais comum em países desenvolvidos.''(MELO, 20organ de Melo, O Envelhecimento da População Brasileira) PRECISO DA FONTE CORRETA!
De ordinário, países mais pobres apresentam populações mais jovens, com pirâmides de bases mais largas. Em geral, com o desenvolvimento econômico as taxas de natalidades vão caindo, como também diminuem as taxas de mortalidade, ocorrendo uma alteração na expressão gráfica da pirâmide do pais. FONTE???
A pirâmide etária brasileira.
O Brasil, país emergente que tem tido uma economia bastante acelerada em relação ao globo, ainda que não tanto em relação aos outros emergentse, tem sofrido em sua pirâmide, de acordo com a regra geral, uma diminuição da base e um alargamento do corpo e cume, assim como tem ocorrido com outros países que se encontram em situações geopolíticas semelhantes, como o México, a Rússia e a África do Sul, indicio, como já foi visto, de diminuição das taxas de natalidade e de mortalidade (PENA, S.D.). A seguir, a evolução do e as perspectivas para o quadro brasileiro:
1950
2000
2030
Fonte: IBGE, 2014
De acordo com o que foi dito, até os anos 80 o Brasil era tido com um país jovem; a medida que sua economia se desenvolve, sua população foi envelhecendo.
DAPHINE
Natalidade e Fecundidade
Natalidade é o total de nascidos de uma determinada população, que por sua vez é afetado pela fecundidade, que é a realização da capacidade de uma mulher de gerar filhos.
A fecundidade é o componente de maior influência na estrutura por sexo e idade de uma população. Uma redução nos seus níveis diminui a proporção da população nas idades mais jovens, resultando no envelhecimento populacional pela base. Ou seja, a base da pirâmide se contrai e as barras das idades mais avançadas se alargam. (CAMARANO,2008). 
 
Esses parâmetros demográficos podem ser calculados utilizando as seguintes fórmulas:
Taxa bruta de natalidade (TBN)
Corresponde à relação entre o número de crianças nascidas vivas durante um ano e a população total, ou seja:
TBN= Nj/ Pj
Onde:
Nj = total de nascimentos durante o ano j 
Pj = população no meio do ano j.
A TBN não é um bom indicador para comparar diferenciais de fecundidade entre populações, pois além de depender da intensidade com que as mulheres têm filhos a cada idade, ou grupo etário, depende da estrutura etária das mulheres no período reprodutivo. (CERQUEIRA, C.A. e GIVISIEZ, G.H.N,2004)
Taxa de fecundidade geral (TFG)
Corresponde à relação entre o número de nascidos vivos e a população feminina em idade reprodutiva em determinado ano j. Considerando como estando em idade reprodutiva a população feminina entre 15 e 49 anos, tem-se que:
TFG= Nj/ P15,fem,j
Onde:
Nj = total de nascimentos durante o ano j 
P15,fem,j= número de mulheres de 15 a 49 anos
De modo análogo à TBN, a TFG depende da intensidade com que as mulheres têm filhos a cada idade, bem como da distribuição etária proporcional das mulheres dentro do grupo de 15 a 49 anos. ( CERQUEIRA. e GIVISIEZ, 2004). A fecundidade feminina vem caindo rapidamente e se, em 1960, a taxa era de 6,3 filhos por mulher, esses números caíram para 5,6 (1970), 2,9 (1991), 2,4 (2000) e 1,9 em 2010. A população brasileira já atingiu uma fecundidade abaixo do nível de reposição. Este declínio deu-se em todas as faixas etárias, estratos socioeconômicos e regiões do país. 
Vários fatores contribuem para a queda da fecundidade, principalmente a expansão da urbanização. Os avanços da medicina e a utilização de métodos contraceptivos (preservativos, diafragma, pílula anticoncepcional, etc.) também influenciam na redução do número médio de filhos. A educação sexual, o planejamento familiar e a grande participação da mulher no mercado de trabalho são outros aspectos que acarretaram redução da taxa de fecundidade no Brasil. Os gastos com a criação dos filhos estão cada vez mais elevados, especialmente com escolas, creches, hospitais e transporte. Além da grande mudança ocorrida na área das comunicações, em especial com a televisão, que chegou a um grande número de lares e lugares, acabou por influenciar, principalmente através das telenovelas, valores e estilos de vida, via famílias pequenas.
REFERÊNCIAS UTILIZADAS ATÉ O MOMENTO:
BRITO, F. A transição demográfica no Brasil: as possibilidades e os desafios para a economia e a sociedade. Belo Horizonte: UFMG/ Cedeplar, 2007.
CAMARANO, A. A. A demografia e o envelhecimento populacional. In: FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Educação a Distância. Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa. Rio de Janeiro: EAD/ENSP, 2008.
CARVALHO, J.A.M.; GARCIA, R.A. O envelhecimento da
população brasileira: um enfoque demográfico. 
Cadernos de Saúde Pública, Rio de janeiro, n.19 v.3, mai-jun 2003. Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/csp/v19n3/15876.pdf>, acesso em 23 mar 2014. 
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POPULACIONAIS, 8, Caxambu, MG, 1992.Anais. ABEP, 1992.
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