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Universidade de Pernambuco – UPE Escola Politécnica de Pernambuco – POLI Aluno: Matheus Phelipe Alves Pinto Curso: Eng. Computação Turma: LF Período: 1°\2017.2 Disciplina: LPI Professor: Joabe Jesus Data de entrega: 30.08.17 Computadores analógicos e digitais Um computador analógico se apropria do uso de mecanismos físicos e geralmente é projetado para um evento em especial, sendo menos versáteis que os digitais, como o Mecanismo de Anticítera (antikythera), de origem Grega, encontrado no início do século XX com um propósito bastante peculiar: efetuar previsões astronômicas. Desse modo, para uma máquina analógica computar, são usados princípios elétricos, mecânicos, hidráulicos e dentre outros. Seu modo de calcular baseia-se na medição dessas grandezas, associando a elas “operações matemáticas” – a ação de medir a tensão de queda gerada por um resistor e multiplicar a força exercida numa engrenagem 5 vezes caso a tensão exceda a condição proposta pelo projeto de funcionamento, é um exemplo desse uso. O ato de medir uma grandeza e atribuir a ela um processo interno de acordo com sua finalidade demonstra a importância do fator físico no uso das informações para as máquinas analógicas. A grosso modo, podemos notar que enquanto a Máquina de Anticítera utilizava a rotação de suas engrenagens para a sua computação, o ENIAC utilizava-se de meios eletroeletrônicos para o cálculo de trajetórias durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), sendo um dos computadores mais precisos para a época. Realizando uma breve comparação, máquinas analógicas não trabalham com números, e sim realizam analogias com princípios físicos do mundo real, desdobrando em ações – computadores digitais, de fato, convertem as variáveis para utilizar em um ambiente que finalmente trabalhe com números e não analogias do ambiente externo. Apropriando-se das informações, armazenando-as e as manipulando de modo mais exato, os computadores digitais conseguem um nível de precisão elevado em virtude usarem sistemas mais concisos e inteligentes de uso das informações, como o sistema binário utilizado pelos computadores digitais, aprimorado com o uso dos transistores (1955). Em contrapartida, as máquinas analógicas não tão precisas quanto as digitais, mesmo que tenham seus componentes com um fator de erro mínimo. Tal imprecisão se deve ao fato da margem de erro ser muito maior em computadores analógicos que se apropriam de fenômenos estritamente naturais para lidar com informações. Concluindo, portanto, em um fator fundamental que os difere: a automatização com precisão de atividades computacionais. Computadores analógicos são menos precisos e apresentam finalidades específicas, sendo menos versáteis que os atuais digitais, capazes de automatizar processos que antes dependiam de agentes naturais e humanos para seu funcionamento. Atualmente as máquinas requerem o mínimo de configuração ou reconfiguração, tomando ações que se moldam às necessidades requisitadas. No entanto, sem a pesquisa e uso de máquinas que utilizassem princípios que pudessem fazer analogias para facilitar nossas vidas, solucionando problemas, o cenário atual não teria máquinas tão ágeis e facilitadoras como os computadores digitais.
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