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Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo

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Flávia Helena da Silva – 3º Período 2017/2 
Farmacologia – Sistema Nervoso Autonômo 
 
SISTEMA NERVOSO 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
Divisão aferente/eferente 
S.N.AUTONOMO(Entérico, parassimpático, 
simpático) 
 
S.N. SOMÁTICO 
 
Conceitos: 
Neurônios que liberam NORADRENALINA: Neurônios Adrenérgicos 
Neurônios que liberam ACETILCOLINA: Neurônios Colinérgicos 
 
SISTEMA COLINÉRGICO 
1- Síntese de Ach 
2- Captação da Ach nas vesículas de armazenamento (a Ach está armazaenada 
em vesículas por proteção). 
3- Liberação do neurotransmissor inicial 
4- Ligação ao receptor intermediário 
5- Degradação da acetilcolina em outros compostos como por exemplo 
(adrenalina, epinefrina, noradrenalina) 
6- Reciclagem da colina, se ligando ao receptor final. 
 
S.N. AUTONOMO 
Simpático 
Neurotransmissor inicial: Acetilcolina 
Receptor intermediário: Nicotínico 
Neurotransmissor liberado: Norepinefrina/Noradrenalina 
Receptor final: Adrenérgico 
 
Parassimpático 
Neurotransmissor inicial: Acetilcolina 
Receptor intermediário: Nicotínico 
Neurotransmissor liberado: Acetilcolina 
Receptor final: Muscarínico 
 
Suprarenal 
Neurotransmissor inicial: Acetilcolina 
Receptor intermediário: Nicotinico 
Neurotransmissor liberado: Epinefrina/Adrenalina 
Receptor final: Adrenérgico 
 
S.N. SOMÁTICO 
Neurotransmissor: Acetilcolina 
Receptor: Nicotínico 
Não tem receptor intermediário 
Receptores colinérgicos – SNAParassimpático 
RECEPTORES COLINÉRGICOS 
Receptor muscarínico ou M- colinérgico 
Acoplados a proteína G; 
Ativa a fosfolipase C; 
Inibição d adenilciclase; 
Ativação do canais de K e inibição dos canais de Ca. 
 
M1 – Neuronal – Excitação Lenta; Atua nas células do estômago. 
M2 – Cardíaco – Diminui frequência cardíaca (cronotropismo) e força de contração 
(inotropismo); 
M3 – Glandular – liberam secreção, contração de músculos lisos (bexiga) e 
relaxamento vascular. 
 
Receptor nicotínico ou N- colinérgico 
Acoplados a canais catiônicos 
Musculares (Nm) – associados a junções musculares 
Neuronais (Nn) – associados a neurônios, cérebro, terminação nervosa. 
 
Efeito da Acetilcolina 
Olho: contração (miose), contração do músculo ciliar; 
Sistema Cardiovascular: bradicardia (efeitos inotrópico e cronotrópico); Diminui a PA 
Endotélio: vasodilatação. 
Sistema Respiratório: broncoconstrição; aumento da secreção de muco. 
Glândulas Exócrinas: salivação, sudorese, secreção gástrica e secreção brônquica. 
TGI: aumento da motilidade e tônus. 
Sistema Urinário: Contração da bexiga (diurese – esvaziamento). 
 
Contraindicado: 
Pacientes com asma ou DPOC; 
Pacientes com ulcera péptica ou obstrução de TGI; 
Pacientes hipotensos e com hipertireoidismo; 
Pacientes com obstrução urinária; 
 
Fármacos colinérgicos: São fármacos que ativam a ação dos receptores 
muscarínicos e nicotínicos, podendo desencadear ou bloquear a mesma ação da 
acetilcolina. 
 
AGONISTAS COLINÉRGICOS – Parassimpaticométicos ou Colinomimético 
Tem seu efeito semelhante ao da acetilcolina. 
Ésteres da colina 
Acetilcolina; Metacolina; Ácido Carbônico; Carbacol e Betanecol 
Alcalóides 
Nicotina; Muscarina; Pilocarpina; Lobelina; Oxotremorina; Difenilpiperazinio 
 
Podem ter sua ação dividida em: Direto ou Indireto; Reversíveis ou Irreversíveis. 
DIRETO: atua diretamente no receptor, por exemplo, BETANECOL E PILOCARPINA. 
INDIRETO: não tem ação direta nos receptores colinérgicos. São drogas que 
proporcionam maior tempo de ação da acetilcolina, inibindo a acetilcolinesterase 
(enzima que degrada a Ach). 
REVERSÍVEIS: Fisostigmina – duração média; usada para glaucoma. 
IRREVERSÍVEIS: Tem ação irreversível do bloqueio da acetilcolinesterase, pode 
provocar acumulo de Ach no organismo. 
 
O acúmulo de Ach leva à: 
Broncoconstrição; 
Acúmulo de secreções respiratórias; 
Músculos respiratórios enfraquecidos ou paralisados; 
Paralisia respiratória central; 
Neurotoxicidade 
 
Uso terapêutico: 
Acetilcolina – Não tem uso terapêutico 
Metacolina – Induz a broncoconstrição em pacientes sem asma clinica. (inalatório). 
Betanecol – Retenção urinária. Induz o individuo a urinar. (liga-se aos muscarínicos) 
Carbacol – Induz miose em cirurgia oftálmica. Tratamento de glaucoma (induz a 
diminuição da pressão intraocular e aumentar a drenagem do humor aquoso) em 
pacientes com tolerância a pilocarpina. 
Pilocarpina – Tratamento de glaucoma; Tratamento de xerostomia (induz a produção 
de saliva); (liga-se aos muscarínicos). 
 
ANTAGONISTAS COLINÉRGICOS - Parassimpaticolítico ou anticolinérgicos 
Bloqueiam a ação de acetilcolina. São utilizados para diminuir a atividade 
parassimpática. 
Podem ser espasmolíticos ou antiespasmódicos. 
-Drogas antimuscarínicas 
-Bloqueadores neuromusculares 
-Bloqueadores ganglionais 
 
Antimuscarínicos de ocorrência Natural 
Atropina; Escopolamina (Hioscina) 
Antimuscarínicos Sintéticos 
Homatropina; Propantelina; Ciclopentolato (midriático); Ipatrópio 
 
Local de ação dos bloqueadores ganglionares: receptores nicotínicos, exceto no 
SNSomático. 
Local de ação dos bloqueadores neuromusculares: receptor nicotínico do SNSomático. 
Local de ação dos fármacos antimuscarínicos: receptor muscarínico do 
SNParassimpático. 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA/PATOLOGIA EFEITO DO ANTICOLINÉRGICO 
SNC Efeitos excitatórios (Atropina) 
Sonolência, amnésia e fadiga (Escopolamina) 
S. CARDIOVASCULAR ou para 
tratamento de IAM; 
Aumento da frequência cardíaca 
(cronotropismo) para suprir a demanda de 02; 
OLHO – para exames oftálmicos ou fins 
de diagnóstico cirúrgico. 
 
Midríase; Cicloplegia (paralisia da musculatura 
dos olhos); Pode ocorrer aumento da pressão 
intraocular. 
S.GASTROINTESTINAL – casos de 
hipermotilidade; ulcera gástrica. 
Diminuição da motilidade; Diminuição das 
secreções de HCL; favorece o aumento da 
cicatrização. 
SECREÇÕES Diminuição das secreções salivares, lacrimais, 
brônquicas, sudorípara e gástrica. 
S. GENITOURINÁRIO – cólica renal Relaxamento da musculatura lisa uretral. 
RESPIRATORIO – asma, dpoc Broncodilatação (Ipatrópio) 
Medicação pré-anestésica Diminuição de secreções; Inibição da 
broncoconstrição reflexa; Diminuição do risco 
de obstrução de vias aéreas; Diminuição da 
motilidade do TGI; Controle da bradicardia; 
Outros Tratamento da intoxicação por 
anticolinesterásicos 
 
* Anticolinesterásico é um inibidor da colinesterase. São também utilizados 
em anestesia ou no tratamento da miastenia grave, glaucoma e doença de Alzheimer. 
Por exemplo: Fármacos como: paration, malation, ecotiofato; Insenticidas ou 
organofosforados sintéticos, veneno de cobra. 
 
Efeitos dos anticolinesterásicos: 
 Bradicardia 
 Hipotensão 
 Secreções excessivas 
 Broncoconstrição 
 Sufocamento 
 Hipermotilidade gastrintestrinal 
 Redução da pressão intra-ocular 
 Miose 
 
 
1) Anticolinérgicos de efeitos predominantes anti-secretório e antiespasmódico (TGI) 
• N-butilescopolamina (Buscopan®) 
• Diciclomina (Bentyl®, Kolantil ®) 
• Isopropamida (Descon AP®) 
 
2) Anticolinérgicos utilizados na doença de Parkinson 
• Biperiden (Akineton®) 
• Benzexol (Artane®) 
• Metixeno (Tremonil®) 
3) Anticolinérgicos de efeitos midriático e cicloplégico predominantes 
• Ciclopentolato (Mydrilate®, Cyclogyl®). 
 
 
Toxina Botulínica – tipo A 
Desenvolvida a partir da cultura de Clostridium botulinium 
Interfere na liberação de acetilcolina no receptor Nm 
É um anticolinérgico indireto 
Provoca a paralisação muscular local. 
Intoxicação causa: paralisiaparassimpática; boca seca; visão turva; disfagia; 
Uso estético: Botox – tratamento de rugas faciais (remove linhas de expressão por 
meio da paralisia dos músculos superficiais que enrugam a pele). 
 
Bloqueador neuromuscular competitivo 
São antagonistas nos receptores de acetilcolina, que bloqueiam os 
receptores nicotínicos pós-sinápticos impedindo a ligação de ACH e assim impedindo 
que os músculos despolarizem e se contraem, o que poderia causar 
uma paralisia flácida; 
Clinicamente, o bloqueio neuromuscular é usado como um adjuvante à anestesia para 
induzir paralisia muscular, de modo que a cirurgia, especialmente intra-abdominal e 
intra-operatório de cirurgias torácicas, possam ser realizadas com menos 
complicações. Como o bloqueio neuromuscular pode paralisar os músculos 
necessários para a respiração, dispositivos de ventilação mecânica devem estar 
sempre disponíveis para manter a respiração adequada. 
 
Bloqueador neuromuscular não competitivo 
São agonistas nos receptores nicotínicos, que provocam uma hiperestimulação dos 
receptores nicotínicos, causando assim fasciculações musculares e paralisia tetânica. 
 
SISTEMA ADRENÉRGICO 
1- Síntese de Norepinefrina 
2- Captação em vesículas de armazenamento 
3- Liberação de neurotransmissores iniciais 
4- Ligação ao receptor intermediário 
5- Remoção da Norepinefrina 
6- Metabolismo final 
 
O sistema simpático – adrenérgico, tem origem no neurônio localizado na medula 
toracolombar. 
Principal neurotransmissor: Noradrenalina 
 
Tirosina –> Dopa –> Dopamina –> Noradrenalina –> Adrenalina 
 
Inativadores de noradrenalina: Monoamina oxidase (MAO) e Catecol – o – 
metiltransferase (COMT). 
 
RECEPTORES ADRENÉRGICOS 
Alfa 1: Vasoconstrição; aumento da regulação periférica; aumento da PA; midríase; 
aumento da contração do esfíncter da bexiga; aumento da secreção salivar. 
 
Alfa 2: Inibição da liberação de neurotransmissores; inibição da liberação de insulina; 
agregação plaquetária; diminuição da PA. 
 
Beta 1: Aumento da FC (cronotropismo); aumento da força de contração 
(inotropismo); aumento da renina; 
 
Beta 2: Vasodilatação; diminuição da resistência periférica; broncodilatação; aumento 
do glucagon; relaxamento da musculatura uterina. 
 
Beta 3: Lipólise. 
 
 
AGONISTAS ADRENÉRGICOS 
Efeitos farmacológicos da ADRENALINA 
Cardiovascular: aumenta a força de contração cardíaca β1; constrição das arteríolas 
da pele, das mucosas e vísceras α1; dilata os vasos que irrigam o fígado e a 
musculatura esquelética β2; 
 
Sistema Respiratório: broncodilatação β2 (alivia sintomas alérgicos, choque anafilático 
e ataque asmático agudo); 
 
Hiperglicemia: diminui a liberação da insulina α2; aumenta a liberação de glucagon β2; 
 
Lipólise: inicia a lipólise por meio dos receptores beta do tecido adiposo. 
 
LOCAL RECEPTOR EFEITO 
Músculo liso vascular Beta 2 Vasodilatação 
Rins Beta1 Aumento da liberação de 
renina 
Tecido adiposo Beta 3 Aumento da lipólise 
Olho, músculo ciliar Beta 2 Relaxamento 
Vesicula biliar Beta 2 Relaxamento 
Utero Beta 2 Relaxamento 
 
Agonista adrenérgico de Ação INDIRETA: 
Cocaína 
Bloqueia a recaptação neuronal de noradrenalina 
 
Anfetamina (Ritalina, rebit) 
Inibição da MAO. 
 
Tiramina 
A tiramina, existente em alguns alimentos, como em alguns queijos amarelos e 
algumas frutas cítricas e, também, em vinhos. Se o paciente estiver em uso de 
fármacos inibidores da MAO (que correspondem aos seguintes antidepressivos: 
Fenelzina, Isocarboxazida, Tranilcipromina) pode ocorrer crise hipertensiva grave, 
pois, penetra no terminal neuronal, deslocando a noradrenalina e, assim, aumenta a 
ação deste neurotransmissor nos receptores adrenérgicos. 
Não tem uso terapêutico; 
É inativada pela MAO. 
 
Agonista adrenérgico de Ação DIRETA: 
Agonista – Receptor – Patologia 
Dobutamina – B1 seletivo – Insuficiência cardíaca 
Fenilefrina – alfa1seletivo – descongestionante nasal; diminuição do cronotropismo 
Clonidina – alfa2seletivo – anti-hipertensivo 
Salbutamol – B2 seletivo – broncodilatador 
 
Uso terapêutico de agonistas adrenérgicos 
S. cardiovascular; 
Parada Cardíaca – Adrenalina 
Choque cardiogênico – Dobutamina 
Bloqueio cardíaco – Isoprelina 
Choque anafilático – adrenalina 
 
S. respiratório 
Asma – Salbutamol, terbutalina, salmeterol, formoterol 
Descongestão nasal – fenilefrina, efedrina 
 
Outros 
Inibição de parto prematuro – salbutamol, ritodrina 
Hipertensão, menopausa, profilaxia de enxaqueca, suspensão de vícios - clonidina 
 
ANTAGONISTA ADRENÉRGICOS 
Tem grande eficácia em tratamento de hipertensão arterial; arritmias cardíacas e 
isquemia cardíaca. 
Alfa1 – Inibe a vasoconstrição; diminui a PA. 
 
Alfa2- aumenta o fluxo simpático; aumenta liberação norepinefrina; aumento da PA; 
facilita a liberação de insulina. 
 
Propanolol 
Beta bloqueador competitivo não seletivo; com afinidade pelos receptores B1 e B2. 
Sua vantagem é que não apresenta ação agonista parcial. 
Deve ser usado com cautela; estar atentos a pacientes asmáticos, pois o 
medicamento tem efeito de broncoconstrição. 
Indicado para: Hipertensão arterial; cefaleia; hipertireoidismo; angina; IAM. 
Bloqueio de B1 – Vasodilatação, diminui PA; 
Bloqueio de B2 – Broncoconstrição. 
 
Atenolo/ Metoprolol 
B1 
Indicado para tratamento de hipertensão arterial 
 
Carvedilol 
Alfa1 e B2 
Indicado para tratamento de hipertensão arterial, insuficiência cardíaca.

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