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4 sindesmologia

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45 
CAPÍTULO 4: SINDESMOLOGIA (ARTROLOGIA) 
 
 Uma articulação ou juntura é formada pela união de dois ou mais ossos ou 
cartilagens por outro tecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Articulações fibrosas 
 Neste grupo, os segmentos estão unidos por tecido fibroso de tal modo que 
impedem os movimentos; assim, elas são freqüentemente denominadas articulações fixas 
ou imóveis. Não apresentam cavidade articular. A maioria destas articulações é temporária 
em razão do meio de união ser invadido pelo processo de ossificação, resultando numa 
sinostose. As principais classes de articulações deste grupo são as seguintes: 
1. Sutura: aplica-se este termo às articulações da cabeça (ver figura de crânio – 
capítulo 3), na qual os ossos adjacentes são intimamente unidos por tecido 
fibroso – ligamentos suturais. Em muitos casos as bordas dos ossos 
apresentam irregularidades que se engrenam formando a sutura serrata (sutura 
interfrontal). Em alguns casos as bordas são biseladas e se superpõem por 
meio da sutura escamosa (osso temporal e parietal). Se as bordas são planas 
ou levemente enrugadas, o termo sutura plana (harmônica) é aplicado à 
articulação (sutura internasal, ou entre as porções horizontais dos ossos 
palatinos). 
2. Sindesmose: o meio de união é constituído ou de tecido fibroso branco ou de 
tecido elástico ou mesmo uma mistura de ambos. Os exemplos ocorrem nos 
corpos dos metacarpianos (cavalo) e nas inserções das cartilagens costais entre 
si. Numa sindesmose quando os ossos em justaposição estão unidos por tecido 
fibroso como na fusão dos corpos do rádio e ulna e da tíbia e fíbula do cavalo, o 
meio de união original com a idade sofre um processo de ossificação 
denominado sinostose. 
3. Gonfose: este termo é algumas vezes aplicado para a implantação dos dentes 
nos alvéolos. A gonfose não é corretamente considerada uma articulação, em 
absoluto, visto que os dentes não fazem parte do esqueleto. 
 
Articulações cartilaginosas 
 Os ossos das articulações estão unidos por fibrocartilagens ou cartilagem hialina, 
ou uma combinação de ambas. O número e a espécie de movimento estão condicionados 
pela forma das partes articulares e pela quantidade e pela flexibilidade do meio de união. 
Classificam-se nos seguintes tipos: 
 
O osso é a parte fundamental da maioria das 
articulações; em alguns casos um osso e uma 
cartilagem, ou duas cartilagens formam uma 
articulação. O meio de união é o tecido fibroso 
principalmente ou cartilagem, ou uma combinação de 
ambos. As articulações apresentam certas 
características quer estrutural como funcional que 
podem classificá-las de três tipos: 
 
1. Articulação fibrosa (sinartrose) 
2. Articulação cartilaginosa (anfiartrose) 
3. Articulação sinovial (diartrose) 
Fig 1 
 46 
1. Sincondrose (articulações de cartilagem hialina): este tipo de articulação (algumas 
vezes denominada de articulação cartilaginosa primária) é um tipo temporário, visto 
que a cartilagem hialina converte-se em osso antes da fase adulta. As epífises e a 
diáfise de um osso longo estão unidas por uma placa epifisária cartilaginosa nos 
animais jovens. A fusão óssea ocorre na fase adulta e a articulação desaparece. 
2. Sínfise (articulações fibrocartilaginosas): também denominadas de articulações 
cartilaginosas secundárias ou mesmo anfiartrose, representam articulações nas 
quais os ossos contidos estão unidos por fibrocartilagem durante alguma fase de 
sua existência. Articulações fibrocartilaginosas incluem a sínfise pélvica, 
esternébras e articulações entre os corpos das vértebras. Uma limitada e variável 
quantidade de movimentos pode existir nestes tipos de articulações. 
 
Articulações sinoviais 
 Nas articulações sinoviais, os ossos que se articulam são separados por um espaço 
repleto de líquido, a cavidade articular; que possui uma membrana sinovial na cápsula 
articular e uma mobilidade (figura 1). São igualmente denominadas articulações 
verdadeiras ou móveis. Uma articulação simples é aquela formada por duas superfícies 
articulares; uma articulação composta forma-se com várias superfícies articulares. 
 
As seguintes estruturas entram na sua formação: 
1. Superfície articular: as superfícies articulares são na maioria dos casos lisas, e 
variam muito quanto à forma. São constituídas de tecido ósseo denso especial, e 
são revestidas por uma cartilagem articular. 
2. Cartilagem articular: geralmente são do tipo hialino. Elas variam de espessura nas 
diferentes articulações: são mais espessas naquelas que estão sujeitas a maior 
pressão e atrito. Comumente elas tendem a acentuar a curvatura do osso, ou seja, 
numa curvatura côncava a parte periférica é mais espessa, ao passo que numa 
articulação convexa, é a parte central. As cartilagens articulares são constituídas de 
material flexível e não são vascularizadas e insensíveis (isso explica por que as 
lesões podem progredir bastante antes que o paciente se conscientize de sua 
existência), são muito lisas e translúcidas, mas apresentam uma tonalidade azulada 
ou rósea no estado fresco em animais jovens. Torna-se amarelada com a idade, 
uma indicação de perda de elasticidade. Elas diminuem os efeitos dos abalos e 
reduzem grandemente a fricção. 
3. Cápsula articular: é na forma mais simples, um tubo (manguito) cujas 
extremidades estão inseridas ao redor das superfícies articulares. Compõe-se de 
duas camadas – uma externa constituída de tecido fibroso e uma interna, a camada 
ou membrana sinovial. A camada fibrosa também se denomina ligamento capsular, 
insere-se quer junto às margens das superfícies articulares como a uma variável 
distância delas. Sua espessura varia muito em diferentes casos: em certos pontos 
ela é extremamente espessa, e algumas vezes nela se desenvolve cartilagem ou 
osso; em outros pontos ela é praticamente ausente, e a cápsula então consiste 
apenas da membrana sinovial. Os tendões que ultrapassam uma articulação podem 
substituir parcialmente a camada fibrosa; nesses casos a face profunda do tendão 
está forrada pela membrana sinovial. A membrana sinovial reveste a superfície 
articular exceto sobre as cartilagens articulares, detendo-se normalmente pela sua 
periferia. Ela é uma membrana ricamente suprida por uma complicada rede de 
vasos e nervos. Também secreta um líquido semelhante a clara de ovos (sinovia) 
que lubrifica a articulação, serve também para transportar material nutritivo para a 
cartilagem hialina articular. Normalmente ela contem apenas uma quantidade 
suficiente de sinovia para lubrificar a articulação. 
 
 47 
Os elementos citados até agora são constantes e necessários em todas as articulações 
sinoviais. Outras estruturas entram na constituição das articulações: ligamentos, discos e 
meniscos articulares, cartilagens marginais. 
 
4. Ligamentos: são fortes cintas ou membranas (tecido fibroso branco) que unem os 
ossos entre si. São praticamente inelásticos, com exceção do ligamento nucal 
(tecido elástico). Podem ser subdivididos, de acordo com sua localização, em peri 
ou extra-articulares e intra-articulares (não necessariamente dentro da cavidade 
articular). Os situados nos lados de uma articulação denominam-se ligamentos 
colaterais. 
5. Discos e meniscos articulares: são placas de fibrocartilagem ou tecido fibroso 
denso embutido entre as cartilagens; dividem a cavidade articular parcial ou 
completamente em dois compartimentos. Tornam mais congruentes certas 
superfícies articulares, permitem maior amplitude e variedade de movimentos e 
diminuem a concussão. Na realidade, simplificam o movimento articular. 
6. Cartilagem marginal (lábio articular): é um anel de fibrocartilagem que rodeia a 
borda de uma cartilagem articular. Amplia a cavidade e contribui na prevenção de 
fraturas da borda articular. 
 
Vasos e Nervos 
 As artérias formamanastomoses ao redor das grandes articulações e fornecem 
ramos para as extremidades dos ossos e para a cápsula articular. A membrana sinovial 
possui uma emaranhada rede de capilares. 
 As veias formam plexos. A membrana sinovial é bem suprida de capilares linfáticos. 
 As fibras nervosas são especialmente numerosas na membrana sinovial e ao redor, 
e existem terminações nervosas especiais, que interferem nos impulsos proprioceptivos, 
bem como fibras dolorosas. 
 
 A estabilidade é um atributo necessário da articulação, visto que certos tipos de 
movimento ativo ocorrem nas articulações sinoviais. Normalmente fala-se de movimento de 
deslizamento, de movimentos angulares e movimentos rotatórios. Os vários tipos de 
movimentos freqüentemente se combinam e podem produzir uma variedade infinita, e 
raramente uma articulação possui único movimento. 
O tipo mais simples (1) de movimento é descrito como movimentos de deslizamento 
(translação) e é representado por uma superfície resvalando sobre outra (plana). Já os 
movimentos angulares podem ser flexão e extensão ou abdução e adução. 
 A flexão ocorre quando um ângulo entre dois ossos diminui, enquanto que extensão 
significa um estiramento que ocorre numa articulação quando o ângulo entre dois ossos 
aumenta. Com referência a articulação das partes distais dos membros, parece 
aconselhável o emprego dos termos flexão dorsal e flexão palmar ou plantar. Igualmente 
os termos flexão dorsal e ventral são aplicados aos correspondentes movimentos da 
coluna vertebral. O significado do termo flexão lateral quando aplicado para a coluna 
vertebral é evidente. 
 Todos estes movimentos que são ao redor de eixos que são aproximadamente 
transversal ou vertical. Os movimentos de depressão, elevação e transversal da mandíbula 
incluem-se nesta categoria. Abdução ocorre quando uma parte afasta-se do plano 
longitudinal mediano do corpo ou um dedo afasta-se do eixo do membro. Na adução a 
parte movimenta-se em direção ao plano longitudinal mediano do corpo ou dos dedos 
movem-se em direção ao eixo do membro. 
 
 Circundação é forma de movimento que ocorre quando o eixo descreve um espaço 
cônico; a base do cone é descrita pela extremidade distal do osso e o vértice está na 
cavidade articular. No homem tal movimento é facilmente executado, porém nos 
quadrúpedes é possível somente num grau limitado. 
 48 
 Quanto à rotação, por questão de conveniência, este tipo está reservado para 
indicar a rotação de um segmento que constitui a articulação. É observado tipicamente na 
articulação atlantoaxial. 
 Todo movimento está limitado pelos ligamentos colaterais e acessórios, extra e 
intracapsulares, meniscos e discos, músculos e mecanismos físicos (ex: forma da cavidade 
articular) e biológicos. 
 As articulações sinoviais podem ser classificadas em sete categorias na versão 
atual do sistema geométrico. A primeira, a plana (1), já foi descrita anteriormente. 
 
 Um exemplo de ARTICULAÇÃO UNIAXIAL (um eixo de rotação) é a articulação 
dobradiça ou gínglimo (2), ou seja, possui uma superfície articular com formato 
semelhante a um segmento cilíndrico e outra escavada para recebê-la. Exemplo, a do 
cotovelo na qual o eixo é transversal. Flexão e extensão são os movimentos principais. 
 
 Numa articulação pivô ou trocóide (3), o movimento é ao redor de um eixo 
longitudinal, e envolve um pivô, ou seja, uma cavilha encaixada num anel, por exemplo, a 
articulação atlantoaxial. 
 
 O movimento pode ser BIAXIAL, isto é, ao redor de dois eixos horizontais em 
ângulos retos entre si (paralelo). Nesta forma de articulação, a circundução é permitida, isto 
é, um cone é descrito quando executamos movimentos de flexão, abdução, extensão e 
adução, mas não o de rotação axial. Neste tipo de articulação, condilar (4), um ou dois 
côndilos (juntos ou separados) e uma superfície articular ovóide estão contidos numa 
cavidade elíptica. Embora se assemelhe a uma articulação dobradiça, ela permite mais 
movimentos (articulação do joelho). 
 
 Numa articulação elipsóide (5) a superfície articular assemelha-se a uma elipse. É 
também uma articulação biaxial; a articulação antebraquiocarpiana é um exemplo. As 
superfícies articulares são mais longas numa direção e em ângulos retos para a outra. 
Numa articulação selar (6) as superfícies são reciprocamente côncavo-convexa ou em 
sela de montaria, representando um tipo de articulação biaxial. Flexão, extensão, abdução, 
adução e circundução podem ser executadas, mas não a rotação axial. A articulação 
carpometacarpiana do polegar é citada como um exemplo no homem e as articulações 
interfalângicas no cão. 
 
 O movimento é MULTIAXIAL, são permitidas a circundação e a rotação axial. Uma 
articulação de esfera e uma cavidade esfenoidal (7) (enartrose) proporcionam uma 
articulação universal. A superfície esferoide de uma articulação move-se dentro de um 
“receptáculo” de um osso segundo três eixos. As articulações do osso do quadril incluem-
se nesta classificação. 
 
Uma articulação que produz um simples movimento de deslizamento ou resvalo, é 
uma articulação plana (artrodia) na qual as superfícies ósseas justapostas são 
aproximadamente planas, por exemplo, as dos ossos carpianos e as dos pequenos ossos 
tarsianos. O movimento consiste de deslizamento de uma superfície sobre outra com 
limitação do movimento produzida por uma cápsula fibrosa justa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 49

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