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Mirian Goldenberg

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MIRIAN GOLDENBERG
Prof. Emerson Faria – Antropologia Jurídica
 
4ºA DIR M
DIURNO
São Paulo, 03/2014
MIRIAN GOLDENBERG
 
Trabalho apresentado ao Dr. Emerson Faria, professor da disciplina de Antropologia Jurídica do 4º Semestre do Curso de Direito do Grupo Educacional UNIESP.
Adriana Delfino |_______________________
Alyne Maciel |_______________________
Diogo Ribeiro |_______________________
Jaqueline Cardozo |_______________________
Lilian Araújo |_______________________
Maria Jackeline |_______________________
Priscila Cardozo |_______________________
4ºA DIR M
DIURNO
São Paulo, 03/2014
SUMÁRIO
Introdução	 04
Biografia	 05
Principais Ideias		06
Gênero e Desvio na Cultura Brasileira		07
Obras		09
Citações		10
Influência		12
Contribuição para a Antropologia no Brasil 		13
Bibliografia 	 16
INTRODUÇÃO
Mirian Goldenberg é uma das principais antropólogas brasileiras da atualidade, este trabalho apresenta um breve resumo de sua vida como antropóloga e escritora, buscando mostrar a importância de sua influência, sob a análise de suas principais pesquisas, para a sociedade brasileira através do campo da antropologia.
Biografia
Nasceu em Santos, em 1956 (58 anos) filha de mãe polonesa e pai romeno, que vieram para o Brasil com cinco anos. É a terceira de três irmãos homens, única menina de uma família de origem pobre. Meu pai se formou como advogado quando eram crianças e conseguiu ser o advogado trabalhista mais conhecido de Santos, depois o vereador mais votado da cidade. Aos 16 anos, foi morar em São Paulo, para estudar, sendo uma militante estudantil, pois estudava na época da Ditadura Militar. Em 1978 passou a morar no Rio de Janeiro, com o primeiro marido. Graduada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), nesta época, não pensava em fazer carreira acadêmica, mas sim a revolução social, e entre seus autores preferidos estavam os indefectíveis Lênin, Marx e Trotsky. Militava em organizações não governamentais que prestavam assessoria ao movimento sindical e chegou a visitar Cuba, graças a uma carta de apresentação providenciada pelo velho líder do Partido Comunista Brasileiro, Luis Carlos Prestes. Como todos os jovens brasileiros neste período da história, era impaciente com as arbitrariedades da ditadura militar (que chegava ao fim) e seduzida pelo ideário socialista.
Fez mestrado em Educação e trabalhou por seis anos em uma ONG. Em 1988, com 32 anos, fez o doutorado em Antropologia do Museu Nacional, decidida a pesquisar a “revolução democrática” que ocorria na Nicarágua sob o controle dos sandinistas. Mas os acontecimentos subsequentes não permitiram. A revolução terminou e Mirian perdeu seu tema de pesquisa e o mundo acadêmico brasileiro ganhou uma pesquisadora capaz de despertar o interesse do grande público pelos estudos antropológicos.
Logo após defender a tese, ingressou como Professora do Departamento de Antropologia Cultural do Instituto de Filosofia e Ciências sociais na Universidade Federal do Rio de Janeiro. 
Influenciada pela leitura de Simone de Beauvoir (escritora francesa entre os 20 e os 25 anos), perguntou-se sobre qual comportamento feminino poderia ser considerado mais desviante. E resolveu pesquisar e escrever sobre "a outra". Seu trabalho final foi recomendado por seu professor para publicação. “Era um livrinho de 83 páginas sem nenhuma pretensão” porém sua repercussão o levou a virar capa de uma edição de domingo do Jornal Folha de S. Paulo no mesmo ano em que foi lançado, 1990 e daí despertou o interesse de diversas emissoras de televisão. Sua publicação, intitulada “A outra” já está na 8ª edição.
Em continuidade aos seus estudos, foi-se formando como antropóloga e passou a estudar gênero, família, infidelidade, sexualidade, masculinidade, sempre voltada para a classe média brasileira.
Realizou conferências na Alemanha, difundindo o tema “corpo como capital” onde, segundo ela, as mulheres no Brasil têm seus corpos como fonte de sucesso profissional, prestígio, casar-se, ser protegida por um marido, etc...
Enquanto estava na Alemanha, percebeu que mulheres na faixa etária dos 50 anos estavam no topo da vida, quando se fala de trabalho e poder, independente de serem casadas ou solteira, mães ou não, e tinham orgulho de sua idade, voltando para o Brasil percebeu o contraste de comportamento das mulheres brasileiras da mesma idade, que se vestem e se pintam tentando buscar a juventude, não satisfeitas com quem são. E Começou sua pesquisa sobre envelhecimento.
Além de antropóloga, Mírian é escritora, escreve desde os 15 anos de idade. O que explica seu sucesso, diferentemente dos demais antropólogos, fora do mundo acadêmico.
A autora possui 75 artigos publicados, 25 livros, tem capítulos completos publicados em 25 livros, 159 textos publicados em jornais e revistas, 12 resumos publicados em anais de congressos, 274 participações em congressos para apresentação de seus trabalhos.
Principais Ideias
Mirian Goldenberg iniciou seus estudos na época da revolução, o que a levou a direcionar suas pesquisas à liberdade, o lugar das mulheres na sociedade, sua opressão e como estas poderiam se encaixar em um grupo desviante, escreveu sobre o comportamento das amantes com resultado colhido de pesquisas e entrevistas, passou a pesquisar sobre gênero, família, masculinidade, sexualidade.
Não conformada com a situação da mulher como submissa ao homem (como no caso da amante), Mirian decidiu pesquisar sobre a vida de uma mulher revolucionária, Leila Diniz, que conseguiu se destacar por agir contrariamente aos costumes da sociedade. Foi assim que surgiu sua tese “toda mulher é um pouco Leila Diniz”, um estudo antropológico que mostra como todas as mulheres brasileiras estão, de certa forma, presentes nessa mulher de comportamento livre, visto na época, como revolucionário.
Partindo daí a pesquisar o envelhecimento, ou seja, as maneiras diferentes das pessoas, principalmente as mulheres, lidarem com sua idade, em uma entrevista para o site de notícias do portal IG, na internet, Mirian Goldenberg afirma:
“Liberdade é a palavra central. Bem como a importância de cultivar a amizade, pois o papel das amigas é muito importante. Dizem que com as amigas elas têm a família escolhida, não a obrigatória. Há mais reciprocidade nessas relações. Também aceitar a idade, viver intensamente o presente, aprender a dizer não, respeitar as próprias vontades e rir de si mesmo.”
Outros temas alvos do estudo antropológico de Goldenberg são moda, consumo, novas conjugalidades (estudo feito a partir das relações sociais da novela “Laços de Família, a antropóloga vê a criança como ponto de fortalecimento de relacionamentos fragilizados), novas famílias, infidelidade, felicidade, e, o comportamento desviante, que pode ser visto como seu principal foco nos estudos antropológicos, presente em quase todos os temas estudados por ela.
Através do estudo do comportamento desviante e sua divulgação por meio de suas publicações, a antropóloga espera que haja uma transformação na forma de aceitação do que é diferente para a sociedade, pela sociedade.
Gênero e Desvio na Cultura brasileira
Por se tratar de um dos assuntos mais estudados pela antropóloga Mirian Goldenberg, detalharemos um pouco mais o assunto do comportamento desviante dentro da cultura brasileira.
Quando Goldenberg fala sobre “gênero”, trata de desnaturalizar os papéis que são atribuídos como parte da identidade do homem e da mulher diferenciando o sexo, aquele registrado em nosso documento quando nascemos, do gênero, que seria uma escolha histórica feita por uma sociedade arbitrária.
Analisando homens e mulheres portadores de comportamento desviante, e como suas atitudes podem mudar a visão do que é tido como “normal” ou “desviante” para aqueles que os observam, pois no fundo, todos temos alguma conduta desviante, se não, ao menos fantasiamos alguma.
Um grupo desviante pesquisado por Goldenberg foram as amantes de homens casadospara produção de sua tese “A outra”, por meio de suas entrevistas percebeu-se que estas mulheres sentem-se como mulheres promíscuas e vulgares por conta de como esta atitude é vista pela sociedade ao longo da história. Até mesmo Goldenberg, quando entrevistada para falar sobre sua tese era questionada se já havia feito o papel de amante. O simples fato de pesquisar o assunto (por ser um comportamento desviante) já leva a sociedade a “julgar” a pesquisadora como sendo também uma amante. A outra não é uma puta e nem é a esposa, mas a sociedade a vê de forma generalizada como puta que quer ser a esposa.
Ao estudar sobre o comportamento desviante, a antropóloga nota que muito do que publica é censurado pela sociedade, e, talvez por prever esta censura em determinados temas, a antropóloga percebe-se auto-censurando, ou seja, eliminando de sua tese algo que possa escandalizar o público. Como ocorreu em sua tese de doutorado “toda mulher é meio Leila Diniz”, onde a autora cogitou com seu orientador remover a parte onde relatava o suicídio do pai de Leila Diniz, com receio de ser censurada, mas mudou de ideia quando seu orientador mostrou que, uma vez que a família se dispôs a expor tal fato, não seria ela quem deveria temer e assim ocultar do público.
O pesquisador também absorve para si muito dos costumes pesquisados, se infiltra de tal forma em um contexto de um grupo desviante para analisá-lo que acaba o aceitando para si.
Como a autora, ao realizar sua pesquisa sobre o culto, a importância dada pela sociedade para o corpo, se depara como consumidora de cosméticos caríssimos para pele, com novos hábitos para atingir um corpo perfeito que não possuía antes de se infiltrar neste meio para sua pesquisa. Ou, um de seus orientandos que, ao início de sua pesquisa era magro, e, ao se infiltrar em ginásios e academias para realização de sua pesquisa antropológica, mudou seu físico completamente ao final dos quatro anos que durou sua pesquisa.
Todas essas observações apontadas por Goldenberg mostram que a antropologia nos leva compreender o “primitivo” e assim, nos leva a compreender a nós mesmos.
Conhecendo o desviante, seus motivos, sua rotina, vemos mais claramente partes obscuras, escondidas e silenciadas de nós, por nós mesmos por conta da vida que temos que levar baseada na cultura em que estamos inseridos.
Obras
Mirian Goldenberg possui 25 livros publicados, atualmente. Além de diversas publicações de sua autoria difundidas pela mídia, em jornais, revistas, internet, etc.
Abaixo, seguem algumas de suas obras mais conhecidas:
Homem não chora, mulher não ri
O livro apresenta diferenças e semelhanças entre homens e mulheres, do ponto de vista antropológico, baseado em uma pesquisa e estudo que durou vários anos e mais de 5000 questionários. Um exemplo dessas diferenças seria a sigla DR, para as mulheres significaria Discutir a Relação, para os homens, Dar Risada.
A bela velhice
A antropóloga mostra que é possível encarar o envelhecimento com beleza, liberdade e felicidade. Foram mais de 25 anos de pesquisa com a intenção de buscar caminhos para criar uma velhice que possa ser apreciada!
No livro, ela passa importantes ideias para se conquistar uma velhice agradável, com dicas simples que até um leitor leigo possa entender e apreciar a própria idade e rir das dificuldades ao invés de sofrer com o inevitável. 
De perto ninguém é normal
Este trabalho é conclusão de diversas pesquisas e comparações feitas por Mirian em seus trabalhos ao longo de sua carreira, aqui ela reflete sobre diversos temas de características ansiadas pelas pessoas, de certa forma impostas pela cultura da sociedade. Como novos laços de família, sexo e infidelidade.
Os novos desejos
Aqui, a antropóloga busca mostrar o impacto causado em homens e mulheres pela mudança dos comportamentos do gênero. Onde antes, limpar a casa e cuidar dos filhos era papel exclusivo da mulher e trabalhar e garantir o sustento era função do homem, por exemplo. 
Toda mulher é meio Leila Diniz
Leila Diniz foi uma revolucionária de sua época. Em um momento da história da cultura da sociedade brasileira onde as mulheres só engravidavam após o casamento e escondiam a barriga, Leila acreditava em liberdade, que cada um deveria viver como quisesse, sua foto grávida, de biquíni foi um escândalo, na época.
Mirian estuda o comportamento de Leila Diniz e faz comparações com todas as mulheres, onde é possível notar que todos em algum momento fazem algo que é visto como “errado” pela sociedade, por não corresponder a cultura da época e local.
Neste livro, a antropóloga também estuda estas mudanças nos comportamentos, tanto das mulheres como dos homens.
Leila virou um mito por viver de forma livre, livre das correntes invisíveis impostas pela cultura de uma comunidade.
Citações
Ao pesquisar o nome “Mirian Goldenberg” no Google, este traz mais de 860 mil ocorrências em menos de um segundo, isto porque suas publicações são lidas por um público muito maior do que o público acadêmico da antropologia, pois além de antropóloga, Mirian é uma escritora, e seus textos são direcionados e acessíveis a todos.
Abaixo seguem algumas citações suas, divulgadas por toda classe de pessoas imaginável: estudantes, pesquisadores, atores, trabalhadores das mais diversas áreas, enfim, participantes das redes sociais Facebook e Twitter.
“Não dá pra depender de reconhecimento, da aprovação dos outros. A independência é o FODA-SE.”
“Quanto mais mulheres fizerem essas revoluções, públicas ou privadas, mais mulheres serão livres. Quanto mais mulheres não admitirem que um homem - ou outra mulher - controle sua sexualidade, ou sua roupa, mais exemplos de libertação teremos. As mulheres têm inveja da liberdade do homem. Quando você inveja a liberdade, você não é livre. Mas não precisa ser a Leila Diniz. Podem ser pequenos gestos, na sua casa, quando você usa o que você quiser, faz o que você quiser. Hoje a revolução é micro. Mas conheço poucas mulheres que têm uma postura libertária. Nem eu mesma tenho.”
“É fácil imaginar que muitos velhos se isolam, ficam deprimidos ou preferem morrer ao se perceberem vítimas dos próprios filhos e netos. Provavelmente os agressores de hoje sofrerão o mesmo tipo de violência quando forem mais velhos. Não é possível culpar somente as famílias por essa trágica realidade. É preciso denunciar a escandalosa omissão do Estado e a total ausência de serviços públicos que ofereçam cuidado, proteção e assistência aos velhos.”
No Brasil, o corpo feminino cuidado, sem marcas indesejáveis (rugas, celulites, manchas) e excessos (gordura, flacidez), “é o único que, mesmo sem roupa, está decentemente vestido”
“Quero que as novas gerações saibam que, mesmo inconscientemente, somos "meio Leila Diniz" quando exercemos, em nosso cotidiano, muitas das conquistas de Leila e de sua geração: somos mais livres, temos mais prazer e lutamos pelos nossos desejos. E saibam que também estamos muito longe de ser "meio Leila Diniz", pois não conseguimos ser tão livres, corajosas e verdadeiras como ela foi em sua breve e bela vida.”
“O homem gosta de rir por rir. A mulher, para parecer mais leve, bonita e sedutora. Para eles, a risada é um fim. Para elas, um meio.” 
“Apesar de a felicidade ser algo subjetivo, conseguir ser você mesmo e respeitar as próprias vontades e limites é a chave para se relacionar de uma forma positiva com o resto do mundo e para se sentir bem” 
“Dizer não é uma verdadeira libertação”
"Não procurem o sucesso. Quanto mais o procurarem e o transformarem em alvo, mais errarão. O sucesso vai persegui-los precisamente porque vocês se esqueceram de pensar nele". 
“O mundo está em uma situação muito ruim, mas pode ficar ainda pior se cada um não fizer o melhor que puder. Aposto na capacidade humana de transformar criativamente os aspectos negativos da vida em algo construtivo. Todos são capazes de mudar a si mesmos e o mundo para melhor.”
Influência
Mirian Goldenberg possui 2145 seguidores no Facebook, suas pesquisas são citadasem aproximadamente 1000 sites na internet, suas publicações chamam a atenção da mídia brasileira, e dos acadêmicos, pesquisadores e estudiosos estrangeiros ao longo dos 20 anos de pesquisa e escrita, responsável pela orientação e supervisão de mais de 150 dissertações de mestrado, teses de doutorado e pós-doutorado e iniciação científica.
Sua influência na sociedade por meio de seus estudos e escritos antropológicos não pára em suas próprias ideias, mas são difundidos entre os já conhecidos antropólogos, pesquisadores, aos recém formados nas mais diversas áreas da antropologia e Ciências Sociais e também à sociedade em geral.
Seu conteúdo desperta interesse de um público variado de leitores, levando antropólogos, por conta de sua escrita leve e agradável, a difundir suas reflexões contemporâneas sobre as relações de gênero no Brasil, como casamentos, corpo, emoções e sexualidade. Não-antropólogos passam a conhecer outros pensamentos antropológicos citados por Mirian em suas escritas, como Mauss, Bourdieu, Becker, entre outros tantos trazendo seus escritos para dentro de uma leitura delicada e clara.
Suas pesquisas e escritas tem principal foco em assuntos relacionados ao gênero e ao desvio, ou seja, as características que a sociedade destina especificamente ao homem e à mulher, que, a antropóloga nos influencia a repensar, pois nos priva da liberdade de sermos e fazermos o que deveríamos fazer por aquilo que somos na realidade, e não no que a sociedade determina que façamos por pertencermos a um gênero específico. 
Goldenberg influencia o leitor a se afastar de estigmas, pré produzidos pela cultura na qual estamos inseridos, tais como a infidelidade, sexualidade, machismo, nos levando a questionar a natureza do comportamento de cada indivíduo para entendê-lo e assim cada um possa entender a si mesmo, para libertar-se.
Contribuição para a Antropologia no Brasil
Em seu livro “Noites de insônia: cartas de uma antropóloga a um jovem pesquisador”, Goldenberg enfatiza a necessidade do ensino de antropologia na graduação assim como a necessidade de investimento e atenção ao neófito e ao profissionalismo nesta área. Por partir de um grande nome no ramo, contribui e muito para o crescimento da antropologia no Brasil.
Já em seu livro “Nu & Vestido” podemos ver sua contribuição ao revelar as especificidades da cultura da cidade maravilhosa (Rio de Janeiro), não somente para a antropologia brasileira, mas para todas as ciências sociais do país. Em seu livro ela mostra mesmo em meio a diversidade de raças e classes sociais, o corpo, sem marcas, sem excessos, como que fazendo parte da “moda”.
Em sua obra “Infiel”, Goldenberg traz uma porção de cada um dos principais temas abordados em seus livros anteriores, reforçando suas contribuições levando o leitor a questionar: quais expectativas são depositadas no casamento pelo homem e pela mulher? A fidelidade é responsável pelo sucesso dos arranjos conjugais? O homem é infiel por conta de uma sociedade machista? Mulheres também traem? Assim, buscando compreender a pessoa por trás da ação, não estereotipando grupos de pessoas baseados em suas condutas.
A antropóloga leva a sociedade à compreensão das relações de gênero, e a demasiada importância que a cultura brasileira dá ao tema da fidelidade e infidelidade.
Goldenberg, através de suas pesquisas percebe a importância dada ao “corpo perfeito”, tanto por homens como por mulheres, e a preocupação e o sofrimento causado por esta preocupação, principalmente em adolescentes, a leva a escrever o livro “corpo, envelhecimento e felicidade”, em busca de contribuir para a sociedade mostrando a saída para esta obsessão e sofrimento.
O fato de seu livro ser lido e de fácil compreensão para grande parte da população brasileira, Mirian Goldenberg serve de ponte de conhecimento de assuntos antropológicos entre Antropólogos e a sociedade, trazendo de forma clara não apenas suas contribuições à antropologia, mas também reescreve temas já abordados por outros antropólogos, que através de suas pesquisas e escritos, chegam a um maior número de pessoas, antropólogas e não-antropólogas, entre acadêmicos e não-acadêmicos, fazendo assim com que pesquisas antropológicas quebrem a barreira das “panelas” dos que especialistas em Ciências Sociais, chegando até a pessoa comum.
Além de suas pesquisas e escritos, que são importantíssimos para a antropologia brasileira (em alguns casos, contribuições não só para a antropologia brasileira, mas pesquisas e escritos respeitados em outros países), a autora leva antropólogos a questionarem e repensarem a necessidade de levar suas análises e pesquisas ao acesso intelectual de todos. 
BIBLIOGRAFIA
GOLDENBERG, M. – De perto ninguém é normal: estudos sobre corpo, sexualidade, gênero e desvio na cultura brasileira, Editora Record - Rio de Janeiro, 2004
GOLDENBERG, M. – Noites de Insônia: cartas de uma antropóloga a um jovem pesquisador, Editora Record - Rio de Janeiro, 2008
GOLDENBERG, M. – Toda mulher é meio Leila Diniz, Editora Record - Rio de Janeiro, 1995
GROSSI, Mirian Pilar, Ensino de Antorpologia no Brasil. Nova Letra – Gráfica e Editora, Florianópolis, 2006.
Sites
Mirian Goldenberg
Publicações
Notícias
Disponível em <HTTP://www.miriangoldenberg.com.br> Acesso em: 25/03/2014
Grupo Editorial Record
Mirian Goldenberg
Disponível em <http://www.record.com.br/autor_sobre.asp?id_autor=1908> Acesso em: 25/03/2014
Scielo
Revista Estudos Feministas
Horizontes Antropológicos
Disponível em <http://scielo.br> Acesso em: 29/03/2014
Facebook
Página de Mirian Goldenberg
Disponível em <http://www.facebook.com/mirian.goldenberg> Acesso em: 27/03/2014
Currículo Lattes
Mírian Goldenberg
Disponível em < http://lattes.cnpq.br/3380627248548503> Acesso em: 30/03/2014
Revista
Artigo: Uma Antropóloga Apaixonada
Revista de Antropologia, São Paulo, USP, 2008, v. 51, nº 2

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