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resumo Ética 1 AV - Marcus Seixas

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ÉTICA: É um conjunto de valores estabelecidos livremente por um indivíduo para regular a sua vida. Não sendo possível a existência de uma ética comum a todos. A ética pode ser caracterizada como pertencente ao indivíduo e unicamente a si. Deve ser uma conduta livre, não sendo assim, um ato feito devido a possível sanção a ser aplicada. Sendo assim, uma conduta só pode ser considerada antiética se a mesma violar a ética pessoal de um indivíduo.
MORAL: São valores prevalecentes dentro de uma comunidade. Sendo assim, é a prevalência de valores comum aos indivíduos pertencentes a uma mesma comunidade.
A ética exerce uma força conformativa (criadora/formativa) sob a moral. Enquanto a moral exerce uma força repressora (estabilizadora) sob a ética, atuando com uma sanção difusa;
A moral e o direito: são mecanismos de controle social, impondo comportamentos aos indivíduos. 
Normas morais: são normas autônomas (decorre da ética individual); são espontâneas (surge no decorrer do tempo e não é preciso de formalidade); são sanções difusas; se ocupam dos atos internos (vontade/pensamento) e atos externos (agir/por em prática).
Normas jurídicas: são normas heterônomas (produzidas pelo Estado); são institucionais (necessário da formalidade do Estado); são sanções organizadas; se ocupam unicamente dos atos externos (o agir), dispensando os atos internos (o pensar).
Como interfere no direito: A ética e a moral afeta no processo de criação e aplicação no direito de forma diversa em países democráticos.
APLICAÇÃO
CRIAÇÃO
Interpretação da lei e aplicação da lei
 Discurso de justificação
Transformação da ética no direito
Deliberação (técnico, filosófico, econômico, feminista, religioso)
LEI
Ética individualista ou libertária: ética individualista é aquela de desejo único, podendo ser considerada egoísta, uma vez que, o agir moral é voltado para uma satisfação de um indivíduo, podendo ou não afetar a vida do próximo.
Ética do consenso: defende que só pode ser considerado ético a conduta que satisfaça a autonomia do indivíduo sem interferir na autonomia do outro. Sendo assim, pode acontecer da ética individualista considerar que determinada conduta seja ético, enquanto a ética do consenso não considere o mesmo; Qualquer tipo de interferência na conduta de determinado indivíduo, a invalida. “Autorealização sem sufocar a realização dos outros”.
Ética profissional: as normas de conduta ética não são normas éticas no sentido já abordado, pois elas são normas que obrigam os profissionais a se comportarem em conformidade com as condutas prescritas. Na verdade são normas jurídicas (cód. de ética do advogado, do médico, do contador, do estudante). Apesar do uso da expressão ética, na verdade se trata de conjunto de normas jurídica que impõe sanções jurídicas em caso de descumprimento. Existe pelo menos uma vantagem (quando usa o serviço o cidadão tem uma vantagem, pois sabe o que esperar, tem uma segurança jurídica maior de como o profissional vai se comportar, e caso não seja cumprido o que prescreve no manual da ética profissional ele sabe como agir), como também existe uma desvantagem (o profissional deixa de se comportar livremente em face da norma da ética do trabalho, pois o mesmo deixa determinado o que ele pode ou não pode fazer). 
A ética profissional do advogado é regulada no direito brasileiro por um corpo de normas jurídicas, algumas delas presentes na constituição, numa lei federal (L. 8906/94 deu poderes para a OAB criar mais normas éticas profissionais – regulamento geral da OAB e o CED da OAB). A OAB tem a capacidade de criar provimentos para criar novas normas.
Art. 133: faz uma declaração de equiparação da profissão do advogado com o restante das profissões. O advogado é uma engrenagem essencial para a administração da justiça. Quando o advogado estiver atuando, não pode ser punido por determinadas palavras e atos durante uma defesa/acusação, ou seja, ele é inviolável no exercício de sua profissão. 
Art. 103: ações diretas de inconstitucionalidades ( Adi ), onde algumas pessoas/instituições podem questionar a constitucionalidade de uma lei (Ex: OAB).
Art 93, I: aborda sobre a magistratura nacional. O artigo I aborda sobre os concursos públicos e tem por escrito que a OAB vai fiscalizar os concursos públicos 
OAB: NÃO é um órgão público e por isso se diferencia dos demais conselhos das outras profissões. A OAB tem poderes constitucionais e exerce função pública.
O advogado exerce no Ministério Privado, ou seja, tutela o interesse privado. Porém pode exercer tutela de interesse público, pois é possível que o Ministério público contrate um advogado para exercer determinada defesa pública (não é comum).
O advogado mesmo quando ele tutela interesses privado exerce uma atividade pública, pois o cidadão não pode acessar a justiça sem um advogado (com algumas exceções; Ex: Habbeas Corpus). De certa forma ele é um agente público. Nos EUA eles falam que o advogado é um “officer of the court”, ou seja, auxiliar da corte. Ele é um “MÚNUS PÚBLICO”, ou seja, exerce uma função pública.
Estatuto da Advocacia e da OAB – Direitos dos advogados
Artigo 7 da Lei nº 8.906/94
- Direito de inviolabilidade de seu escritório: para garantir o sigilo de advogado e cliente, seu instrumento de trabalho (escritório/celular/computador) deve ser intocável. Não significa que o celular/casa/carro seja inviolável, somente aqueles que estejam ligados com os materiais de trabalho, porém se for de seu uso pessoal não entra nessa regra de inviolabilidade. 
- Direito de se comunicar com seus clientes reservadamente: aplicado principalmente em pessoas que estão suspensas de liberdade, ou seja, que sejam considerados incomunicáveis. A conversa deve ser sigilosa, sem terceiros ou gravadores a fim de garantir o sigilo de cliente e advogado, pois o advogado precisa saber a verdade para preparar juridicamente para a defesa, e se for falado na frente de outros será considerada como uma confissão. 
- Direito de ser preso mediante a presença de um representante da OAB: tem o direito de ser preso em flagrante apenas se houver a presença do representante da OAB, desde que seja devido ao exercício da advocacia. Ou seja, se não houver presente tal representante, ele pode afirmar que não pode ser preso devido a falta do representante. Porém, se não estiver ligado ao exercício da advocacia, seja fazendo coisa pessoal, não é possuidor desse direito de ser preso com representantes da OAB, e quem eventualmente fazer a chamada de prisão sem a presença do representante, estará cometendo uma ilicitude.
- Direito de ir e vir a qualquer momento na justiça (tribunal, salas de audiência, edifício judicial): pois é um agente público, e está em pé de igualdade com demais autoridades, sendo assim é direito dele de agir (sentar, levantar, entrar, sair) a qualquer momento.
- Direito de dirigir-se diretamente ao magistrado: seja com ou sem hora marcada, o advogado tem a possibilidade/direito, seja na sala ou no gabinete de trabalho e independente de ter horário marcado.
- Direito de desagravado: quando o advogado for ofendido a OAB é obrigado a desagravar a pessoa, ou seja, a OAB deve reunir diversas autoridades e câmeras (advogados, ministérios...) a fim de selecionar uma pessoa para defender o advogado que se sentiu ofendido.
- Direito de se recusar a depor: tem o direito a se recusar a depor como testemunha em casos que foi atuado ou com pessoas que foi advogado
.
Direitos das advogadas mulheres: Art. 7-A, Estatuto da advocacia e da OAB
-Direitos de advogadas gestantes:
a) Direito de não ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X durante a entrada nos tribunais, em razão a saúde do feto.
b) Direito à vaga em garagem dos fóruns reservada para gestantes, que seja mais próximo ao local de entrada.
c) Direito à preferencia de sustentações orais e audiências a ser realizada, mediante
à comprovação de sua condição de gestante.
-Direitos de advogadas lactantes, adotantes ou que deram à luz em 120 dias:
a) Direito ao acesso a creche ou local adequado ao atendimento das necessidades do bebê.
b) Direito à preferencia de sustentações orais e audiências a ser realizada, mediante à comprovação de sua condição 
c) Direito de suspensão de prazos processuais por 30 dias, desde que seja a única patrona da causa e mediante à notificação por escrito ao cliente.
FINALIDADE DA OAB:
Cf. Art.44, I e II, do Estatuto da advocacia e da OAB
- Defender a constituição, a ordem jurídica do Estado democrático, os Direitos Humanos, a justiça social e pugnar pela boa aplicação das leis por meio da rápida administração da justiça.
ORGÃOS DA OAB:
- Conselho pleno/ Conselho Federal da OAB: (Arts. 74 a 83 do RGEAOAB) conjunto de todos os conselhos seccionais. Composto de 3 conselheiros federais por Estado, estes sendo escolhido através do conselho seccional. Voto indireto. O presidente o IAB, os agraciados com a medalha de Rui Barbosa, os ex-presidentes da OAB e por fim presidentes dos conselhos seccionais podem participar e tem direito à voz.
- Órgão especial do conselho pleno: (Arts. 84 a 86 do RGEAOAB)
- Primeira segunda e terceira câmaras: (Arts. 87 a 97 do RGEAOAB)
-Diretoria: (Arts. 98 e 99 do RGEAOAB)
- Presidente:
- Conselhos seccionais: escolhidos pelos advogados por voto direto. E esses conselheiros seccionais irão escolher os conselheiros federais. Quanto mais advogado tiver, mais conselheiros seccionais terão.
 - Subseções: representações da OAB no interior do Estado.
- Caixa de assistência dos advogados: órgãos obrigatórios em todos os conselhos que tenham mais de 1500 inscritos.
Órgãos fracionários : Órgãos sub-órgãos menores que pertencem a um órgão maior.
IAB: instituto dos advogados do Brasil. Órgão de debates jurídicos
Os atos privativos de advogado
O estatuto da advocacia (Art.I): 
- inciso I: “postulação a qualquer órgão do poder judiciário e aos juizados especiais”. Onde declarou a inconstitucionalidade parcial.
O direito brasileiro não admite que o cidadão privado comum vá para o poder judiciário pleitear seus direitos
- inciso II: atividades de consultoria (atividade do advogado que atua as perguntas/dúvidas de seu cliente, e normalmente é contratada por empresas. No brasil é uma realidade mais empresarial) , assessoria (pressupõe um vinculo permanente entre cliente/contratado, e normalmente só se tem 1 cliente, ou seja o atendimento é só pra ele) e direção jurídica (ato de chefiar departamento jurídico. Instituições grandes que possui diversos advogados. O chefe desse departamento jurídico necessariamente tem que ser advogado). Qualquer pessoa que se encaixa nesse cenário, pode está havendo uma ilicitude.
REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO NA OAB:
Não basta ser aprovado no exame 
Capacidade civil
Diploma de bacharel em direito por instituição reconhecida pelo MEC
Quitação eleitoral e militar (homens)
Comprovar aprovação no exame da ordem
Não exercer atividade incompatível com advocacia
Idoneidade moral
Compromisso perante o conselho seccional
Tipos de inscrição
Inscrição principal: feita no local de seu domínio profissional
Inscrição suplementar: feita no território em que habitualmente exerça a advocacia (+ de 5 causas anuais)
 CANCELAMENTO X LICENCIAMENTOART. 11 e 12
- efeito definitivo - efeito provisório
- OAB age de oficio ou a - OAB age a requerimento do
requerimento do interessado interessado
 INCOMPATIBILIDADE X IMPEDIMENTO- Proibição parcial da advocacia
- Sempre decorre do advogado possuir certos tipos de cargo público que não pode ir contra a fazenda pública
- Proibição total, mesmo em causa própria. 
- Art. 28 e 29
 Consequências: 
- Anterior: indeferimento do pedido de inscrição
- Posterior: provisória (licenciamento) e definitiva (cancelamento) 
- Impedimento: é uma proibição parcial da advocacia. Pessoas impedidas podem advogar, mas não podem advogar contra certas pessoas. O impedimento sempre decorre do fato do advogado ter certos tipos de cargo público. 
SOCIEDADE DE ADVOGADOS: possui peculiaridades em comparação com as sociedades normais. 
	Existem pessoas físicas e pessoas jurídicas, pessoas físicas são homens e mulheres que possuem personalidade jurídica, possuem direitos e obrigações. Já pessoas jurídicas são grupos, conjuntos de pessoas reunidas que formam uma instituição separada, que é dotada de personalidade jurídica mas não se confundem com aqueles que integram uma pessoa, são as fundações, as associações e as sociedades.
	A associação é um conjunto de pessoas jurídicas formadas por cidadãos que se reúnem para trabalhar em pró de um bem comum sem fim lucrativo. Exemplo: Associação de moradores, associação de proteção ao meio ambiente. 
	A fundação é pessoa jurídica que busca alcançar resultado não lucrativo, não tem objetivo de resultado econômico. Também é em pró de um bem coletivo. 
	A diferença entre associação e fundação, a associação é um conjunto de pessoas que se reúnem para trabalhar em pro de um bem comum. E a fundação é um patrimônio, uma pessoa destaca uma parte do seu patrimônio e cria uma pessoa jurídica formada por esse patrimônio cujo objetivo é alcançar mesmo resultado com o patrimônio destacado pela pessoa jurídica. Exemplo: Fundação Roberto Marinho.
	Sociedades são formadas por pessoas porém com o objetivo de ganhar dinheiro. São as chamadas “empresas”, com proposito comercial, reuniões com sócios para o propósito de aferir lucros. 
	As sociedades de advogados tem um funcionamento diferente das demais sociedades tradicionais. Adquirem personalidade jurídica, são instituídas formalmente, por meio do seu registro na OAB, diferentemente das sociedades tradicionais. 
	Parágrafo 1º do Artigo 15 do Estatuto trata sobre isso. 
	Uma sociedade pode vim a ter filiais, isso é muito comum hoje, não era comum em torno de 30 anos atrás. Quando essas filiais são abertas, é necessário o registro dessa filial no Conselho Seccional do Estado, é uma exigência que consta no artigo 15. 
	No Direito Brasileiro não se tem o “Chinese Wall”. 
Limitações: artigo 16 do EAOAB. 
	Razão Social: artigo 16, parágrafo 1º EAOAB. Razão social é o nome real da empresa. Os escritórios de advocacia são proibidos de utilizar nome fantasia e é necessário ter, pelo menos, sobrenome de um advogado responsável pela sociedade. E é permitido a utilização do “&” que foi expressamente autorizado pela OAB. Também é proibido que a sociedade de advogados realizem atividades estranhas a advocacia, a sociedade de advogados só podem advogar. 
	Responsabilidade Social: artigo 17 do Estatuto. Além da própria sociedade, os sócios respondem pelos danos causados aos clientes. Uma das regras mais básicas do Direito Empresarial é a separação patrimonial entre o patrimônio da empresa e o patrimônio dos sócios. Toda vez que uma Empresa é criada, surge uma blindagem patrimonial entre o patrimônio dos sócios e o da sociedade. Isso significa que todos os atos que a sociedade praticar, se causarem danos aos clientes, esses clientes terão que processar a sociedade. Porque a sociedade possui personalidade jurídica separada.
	Toda vez que a Sociedade de Advogados não conseguir suportar os danos causados ao cliente, o patrimônio dos sócios irá ser alcançado imediatamente, ilimitadamente. É por isso, que está popularizando os “Seguros para Sociedade de Advogados”.

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