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a era dos direitos

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COLEGIADO DE DIREITO
	ALUNO
	TURMA
Direito/ VI/ Noturno
FICHAMENTO
A ERA DOS DIREITOS
PARIPIRANGA/BA
2016.1
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BOBBIO, Roberto: “A era dos direitos”; tradução Carlos Nelson Coutinho; Editora: Elsevier-Rj, 2004.-13º reimpressão
RESUMO:
Bobbio faz explanações sobre três momentos importantes na história para que se chegue hoje no atual Direito do Homem, a primeira é sobre os direitos à liberdade, a segunda políticos e por fim os sociais. Após a declaração do homem e do cidadão a universalidade desta declaração foi o marco fundamental entre as declarações americana e francesa, com a Revolução Francesa consagra-se o direito universal para todos os cidadãos. As disputas epistemológicas surgiram a partir da segunda metade do século XIX referentes à expressão ao Estado de direito legal, não somente limitado ao poder político, mas como uma forma de Estado cuja limitação pelo direito está relacionada a um conteúdo: direitos humanos. O forte movimento social que fora alavancado pela ausência de proteção da dignidade humana gerou, como mencionado acima, individuais, os direitos coletivos e políticos. O Estado moderno evolui conforme estes movimentos e os direitos do homem também.
PRIMEIRA PARTE
SOBRE OS FUNDAMENTOS DOS DIREITOS DO HOMEM
“ O elenco dos direitos do homem se modificou, e continua a se modificar , com a mudança das condições históricas, ou seja, dos carecimentos e dos interesses, das classes de poder, dos meios disponíveis para a realização do mesmo, das transformações técnicas, etc”.(p.18)
“ O problema fundamental em relação aos direitos do homem, hoje, não é tanto o de justifica-los, mas o de protege-los. Trata-se de uma problema não filosófico, mas político.”. (p.23)
PRESENTE E FUTURO DOS DIREITOS DO HOMEM
“ (...) o Problema que temos diante de nós não é filosófico, mas jurídico e , num sentindo mais amplo, político. Não se trata de saber quais são e quantos são esses direitos, qual é a sua natureza e seu fundamento, se são direitos naturais ou históricos, absolutos ou relativos, mas sim qual é o modo mais seguro para garanti-los, para impedir que apesar das solenes declarações eles sejam continuadamente violados”. (p.26)
“ Somente depois da Declaração Universal é que podemos ter a certeza histórica que a humanidade partilha alguns valores comuns; e podemos, finalmente crer na universalidade dos valores”. (p.28)
“ (...) os direitos do homem nascem com os direitos naturais universais, desenvolvendo-se como direitos positivos particulares, para finalmente encontrarem sua plena realização como direitos positivados universais.” (p.30)
A ERA DOS DIREITOS
“O estado de direito é os Estado dos cidadãos”. (p.58)
“O individualismo é a base filosófica da democracia: uma cabeça, um voto.” (pag. 61).
DIREITOS DO HOMEM E SOCIEDADE
“Porque aumentou a quantidade de bens considerados merecedores de tutela; porque foi estendida a titularidade de alguns direitos típicos a sujeitos diversos do homem”. (p.63)
“Ocorreu à passagem dos direitos de liberdade- das chamadas negativas, de religião, de opinião, de imprensa, etc.- para os direitos políticos e sociais, que requerem uma intervenção direta do Estado.”(p.63)
PARECER
 Percebemos que as transformações dos direito dos homem modifica-se com a mudança de condições históricas e movimentos sociais, nota-se também que o principal problema dos direitos do homem é deles serem efetivados juridicamente. Isso significa que a conexão de uma mudança social e mudança na teoria e na prática dos direitos fundamentais sempre preexistiram, o nascimento dos direitos sociais apenas tornou esta conexão mais evidente. O homem vão em busca de tutela jurídica e é o ponto de partida de uma profunda transformação dos direitos das gentes, como foi chamado durante séculos, em direito dos indivíduos, dos indivíduos singulares, os quais, adquirindo pelo menos potencialmente o direito de questionarem o seu próprio Estado, vão se transformando, de cidadãos de um Estado do particular, em cidadãos do mundo.
SEGUNDA PARTE
2. A REVOLUÇÃO FRANCESA E OS DIREITOS DO HOMEM
“Proclamando a liberdade, a igualdade e a soberania popular, a Declaração foi o atestado débito do antigo regime, destruído pela revolução”. (p.80)
“O homem nasceu livre, mas por toda a parte se encontra em ferros”. (p. 89)
2.1 A HERANÇA DA GRANDE REVOLUÇÃO
“O ponto de partida comum é a afirmação de que o homem tem direitos naturais iguais”(p.105)
“Da concepção individualista da sociedade, nasce a democracia moderna”. (p.109)
2.2 KANT E A REVOLUÇÃO FRANCESA
“A fé de Kant no progresso indefinido da humanidade, na racionalidade, imanente à história”.(p.124)
PARECER
Com a revolução, iniciara-se uma nova época histórica, com uma explícita referência à Declaração, cuja finalidade era, a seu ver, a meta inteiramente política de firmar os direitos naturais, o principal dos quais é a liberdade, seguido pela igualdade diante da lei, enquanto uma sua ulterior determinação. Conseguinte Kant se engaja politicamente, tinha fé racional na revolução Francesa, acreditava na paz entre as nações e enxergava a revolução como razão e da liberdade dos direitos de Homem. Todas as grandes revoluções giraram em torno do bem comum e tinha o objetivo de tirar o poder da classe dominante, dando força a mais pobre. 
TERCEIRA PARTE
3. A RESISTÊNCIA A OPRESSÃO
“(...)estamos cada vez mais conscientes de que o sistema politico é um subsistema do sistema global, e de que o controle do primeiro não implica no segundo”. (p.138)
“ A resistência passiva pode ser o primeiro sinal de um poder novo”. (p.145)
3.1 CONTRA A PENA DE MORTE
“(...) Nem útil nem necessária”. (p. 149)
“ (...) a condenação à morte depois de um processo não é mais um homicídio em legítima defesa, mas uma homicídio legal, perpetrado a sangue frio, premeditado,”.(p.161)
3.2 O DEBATE ATUAL SOBRE PENA DE MORTE
A particular intensidade do debate atual sobre a pena de morte depende não apenas do interesse sempre vivo pela solução legislativa do problema, mas também do fato de que ele se insere num dos debates em que mais intensamente se empenham os filósofos morais contemporâneos”.(p.171)
3.4 AS RAZÕES DA TOLERÂNCIA
“A questão fundamental que foi posta sempre pelos defensores da tolerância religiosa ou política é deste teor: como são compatíveis, teórica e praticamente, duas verdades opostas?”. (p.187)
PARECER
O processo que deu lugar ao Estado Liberal e democrático pode ser corretamente chamado de processo de constitucionalização do direito de resistência e de revolução. O estado de direito, ou seja, do Estado no qual todo o poder é exercido no âmbito de regras jurídicas que delimitam sua competência e orientam as suas decisões. Beccaria explanara em suas teses que a pena de morte não seria a solução que só traria mais violência, pois não se justifica uma morte com outra e a experiência de todos os séculos prova que a pena de morte jamais tornou uma nação melhor. Os debates atuais sobre a pena de morte discerne sobre medidas, pois o Estado da justiça criminal refere-se também a crise do Estado da racionalidade punitiva, este aumento de discussões gera-se mais debate sobre os direitos humanos. 
QUARTA PARTE
4. OS DIREITOS DO HOMEM HOJE
“Desde a Declaração universal dos Direitos do Homem afirma-se a dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis que constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo”. (p.209)
PARECER
O reconhecimento e a proteção dos direitos do homem são á base das constituições democráticas, e, ao mesmo tempo, a paz é o pressuposto necessário para a proteção efetiva dos direitos do homem em cada Estado e no sistema internacional. Essa inversão radical das relações entre soberanos e súditos dá origem ao Estado moderno que evoluirá em conformidade com a afirmação e reconhecimento de novos direitos do Homem, visto que a vida é a principal coisa a ser preservada, portanto, este novo direito pensa noamanhã, na natureza, ambiente, segurança, liberdade, abrange mais uma pluralidade de coisas.
PARECER CRÍTICO
 Esta obra sucinta de forma abrangente sobre toda transformação social causada pelas revoluções sociais, principalmente a Francesa, no qual o povo é a personagem principal destas lides em prol de maior autonomia, e com isso entende-se a importância dos direitos do Homem, dos direitos fundamentais e sociais no decorrer do processo de modificações constitucionais contemporâneas, visto que o povo hoje vive democraticamente, sendo este o meio do qual ele se expressa: através do voto.
 Foram direitos alcançados, protegidos, mas até então não são concretizados em sua forma. A Revolução Francesa compactou com a solidificação destes direitos, foi o estopim dos direitos positivados concomitantemente com a Declaração Universal dos Direitos dos Homens. Com os códigos jurídicos, atualmente o homem é protegido individualmente, no qual o homem é visto a ter uma conduta moral.
Pode-se dizer que outrora não havia alguns direitos, o soberano que mandava em seus súditos, isto é, o poder vencia o direito, este com viés patrimonialista. Quando o povo começou a emanar suas vontades e se organizar em revoluções, sai-se do jusnaturalismo no qual Rousseau alegava que o homem possui direitos naturais, Kant acreditava na modificação desta sociedade, no qual as pessoas poderiam viver mais organizadas, sem tantos conflitos, com a paz vencendo a guerra.
Quando a sociedade que hoje vive em Estado Democrático de Direito passe-se as Obrigações para o Estado de proteger os direitos individuais e sociais, sem discrímin que fere alguns direitos de pessoas vulneráveis, mas equiparando a minoria com seus direitos . Os direitos humanos aplicam-se referentes à vida, de formar a sua família, direito de liberdade, de pensar sobre novos direitos como o ambiental, em proteção de natureza e desenvolvimento sustentável os dilemas da bioética, são estes inerentes a todo ser humano. O direito então, com a persuasão dialoga sobre temas referentes contemporâneos, fazendo as melhores escolhas para a coletividade.
 O assistencialismo municipal é concernente à obra, pois esta é uma transformação também dos direitos sociais do Homem, a assistência social que é o direito do cidadão e dever do Estado provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. Prestar os serviços assistenciais relativos às atividades continuadas que visem à melhoria da vida da população; financiar o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito local seria a competência municipal.
 Portanto, elencados a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, notamos que o direito fundamental foi se solidificando e hoje o nosso país tem gratuitamente serviços sociais que em outros existem com privatização, existe bons modelos para que se apliquem as políticas sociais públicas, um exemplo na saúde é o SUS, que fortaleze o direito do homem à saúde, porém é corroborada pelo excesso de pessoas que necessitam deste serviço. Então temos uma visão de que com a transformação da sociedade, se modifica o direito, a política a economia e o homem estará sempre tutelando os seus direitos e os direitos sociais estarão sempre evoluindo em conformidade com a mesma.

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