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03 Fatores de risco para doenças cardiovasculares e Sindrome Metabólica

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03 – Doenças Crônicas não transmissíveis: fatores de risco para doenças cardiovasculares. Síndrome Metabólica: Conceito e indicadores
Um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde em 2008 apontou que as doenças coronarianas são a principal causa de morte no mundo, especialmente nos países em desenvolvimento e desenvolvidos. Essas doenças afetam o coração e os vasos sanguíneos e têm fatores de risco já identificados pela Medicina, ou seja, aspectos que predispõem os indivíduos a apresentar algum tipo de doença cardiovascular. 
Já a Síndrome Metabólica refere-se a um conjunto de fatores que aumentam a predisposição às doenças cardiovasculares e ao diabetes tipo II.
A prática regular de atividades físicas pode prevenir e controlar doenças cardiovasculares e Síndrome Metabólica, tornando importante o reconhecimento pelos alunos e profissionais de Educação Física dos fatores de risco que predispõem a esses problemas de saúde.
Doenças Cardiovasculares
Entre as doenças cardiovasculares, a doença aterosclerótica coronariana (DAC) ou doença coronariana (DC), é responsável pela metade das mortes de indivíduos de meia-idade, nos países desenvolvidos. 
No Brasil, 32% das mortes de indivíduos adultos são atribuídas a ela. 
A DC é um distúrbio que afeta a circulação das artérias coronarianas, prejudicando a irrigação do miocárdio (músculo cardíaco).
Esse problema é caracterizado pelo estreitamento progressivo das artérias coronarianas em função do depósito de substâncias gordurosas nas suas paredes.
Apesar da gravidade desse quadro, sabe-se que as doenças coronarianas podem ser prevenidas adotando-se um estilo de vida positivo, pois muitos elementos que tornam um indivíduo mais predisposto a apresentá-las podem ser modificáveis através da incorporação de hábitos saudáveis e/ou terapia medicamentosa.
Fatores de Riscos
A Medicina identificou o que é denominado de “fatores de risco”, ou seja, características ou elementos que aumentam a probabilidade de um indivíduo apresentar uma DC.
Alguns fatores de risco não são possíveis controlarmos: idade (maiores riscos conforme envelhecemos), sexo (os homens são mais sujeitos às DCs) e história familiar (para o American College of Sports Medicine – ACSM, problemas cardíacos ou morte súbita do pai ou outro familiar do sexo masculino de primeiro grau antes dos 55 anos, e da mãe ou outro parente feminino de primeiro grau antes dos 65 anos).
Porém, felizmente é possível controlar fatores de risco significativos para o surgimento de DCs. 
São eles: tabagismo, hipertensão arterial, dislipidemias, glicose em jejum alterada (hiperglicemia), obesidade e sedentarismo. Vejamos quais são seus critérios definidores de acordo com o ACSM (2007):
Tabagismo: Considera-se como indivíduo com maior predisposição a problemas cardíacos todo fumante atual de cigarros ou aqueles que deixaram de fumar nos últimos seis meses.
Hipertensão Arterial: É considerada pressão arterial elevada quando o indivíduo apresenta pressão arterial sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e pressão arterial diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg. Para confirmação da hipertensão, devem ser realizadas aferições em ocasiões distintas (pelo menos duas vezes). Caso o indivíduo apresente pressão arterial normal, porém faça uso de medicamentos hipertensivos, considera-se que ele apresenta este fator de risco. A pressão arterial é considerada ótima quando o indivíduo apresenta valores menores que 120 x 80 mmHg.
Dislipidemias: Alterações no metabolismo lipídico gerando aumento ou redução de determinados lipídios aumentam o risco de doenças coronarianas. Para o ACSM, LDL colesterol (baixa densidade), considerado o “mau” colesterol pela sua tendência em aderir às paredes das artérias, deve apresentar concentração plasmática inferior a 130 mg/dL, enquanto que o HDL colesterol (alta densidade), denominado “bom” colesterol por ligar-se às células das paredes dos vasos sanguíneos e remover o excesso de LDL acumulado, deve estar acima de 40 mg/dL. Assim como na hipertensão, pessoas que tomam medicamentos redutores de colesterol são consideradas como portadoras de fator de risco. Quando a única referência disponível é o colesterol sérico total, os valores devem estar abaixo de 200 mg/dL. Portanto, valores de LDL superiores a 130 mg/dL, de HDL inferiores a 40 mg/dL e/ou colesterol total acima de 200 mg/dL indicam fator de risco para DC. 
Glicose em jejum alterada: Ocorre quando o indivíduo, em duas ocasiões diferentes, apresente valores de glicose sanguínea em jejum superiores a 100 mg/dL. A glicemia de jejum alterada (hiperglicemia) é um risco para a ocorrência de diabete tipo II, e deve-se ressaltar que a herança genética é considerada um fator muito relevante para a incidência desse problema de saúde.
Obesidade: O excesso de gordura corporal tem aumentado na sociedade contemporânea, inclusive em crianças e adolescentes. Além das questões estéticas, a obesidade é um problema de saúde pública e tem sido associada às doenças cardiovasculares, diabete tipo II, síndrome metabólica e problemas hepáticos. Quando o indivíduo (homem ou mulher) apresenta índice de massa corporal (IMC) maior que 30 kg/m  , medida da circunferência da cintura acima de 102 cm (homens) e de 88 cm (mulheres), ou relação cintura/quadril, determinada pela divisão da circunferência da cintura pela do quadril, maior ou igual a 0,95 para homens e maior ou igual a 0,86 para mulheres, é classificado como obeso.
Estilo de vida Sedentário: Pessoas que não estão participando de programas de atividades físicas regulares ou que não acumulam pelo menos 30 minutos diários de atividade física moderada na maioria dos dias da semana.
Estresse: Apesar de não constar da lista do ACSM (2007), muitos profissionais da área da saúde consideram o estresse um fator de risco para doenças coronarianas. O estresse crônico é considerado prejudicial à saúde, e associa-se a outros fatores de risco, por exemplo: um fumante sob estresse possivelmente fumará maior quantidade de cigarros e indivíduos com estresse crônico podem se tornar hipertensos.
Síndrome Metabólica
Apesar de não constar da lista do ACSM (2007), muitos profissionais da área da saúde consideram o estresse um fator de risco para doenças coronarianas. O estresse crônico é considerado prejudicial à saúde, e associa-se a outros fatores de risco, por exemplo: um fumante sob estresse possivelmente fumará maior quantidade de cigarros e indivíduos com estresse crônico podem se tornar hipertensos. 
A insulina é um hormônio responsável por captar glicose do sangue e levar às células, participando de diversas outras ações, como por exemplo, do metabolismo das gorduras. Quando a insulina tem dificuldades em realizar suas ações, diz-se que o indivíduo apresenta “resistência à insulina”, que muitas vezes está associada à obesidade. Justamente pela dificuldade de a insulina realizar suas ações, os outros distúrbios relacionados à SM podem surgir.
Indivíduos com SM apresentam maiores riscos para o desenvolvimento de doenças coronarianas, acidente vascular cerebral e diabetes. Quando uma pessoa apresenta SM aumenta seu risco de mortalidade cardiovascular em três vezes e de mortalidade geral, em duas vezes, quando comparada à população aparentemente saudável.
Para a Organização Mundial da Saúde, pessoas que apresentam resistência à insulina (diabéticos tipo II ou intolerantes à glicose) que apresentem pelo menos duas das características a seguir são consideradas portadoras de Síndrome Metabólica:
Hipertensão arterial (pressão arterial maior que 140 x 90 mmHg ou usando medicação anti-hipertensiva)
Dislipidemia (HDL menor que 35 mg/dL em homens e menor que 40 mg/dL em mulheres ou triglicerídeos acima de 150 mg/dL)
Obesidade global ou abdominal (IMC maior que 30kg/m2 ou relação cintura/quadril maior que 0,90 em homens e maior que 0,85 em mulheres)
Excreção urinária de albumina maior que 20 mcg/ min ou razão
Das características acima listadas, o profissional de Educação Física pode identificarna avaliação física a ocorrência de obesidade, enquanto todos os outros indicadores são analisados pelo médico em função dos resultados de exames laboratoriais.
Observe que a hipertensão arterial, a dislipidemia e a obesidade são indicadores de Síndrome Metabólica e fatores de risco para doenças coronarianas!

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