Buscar

Relatório - Aparelho de raios-X

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS 
CURSO TÉCNICO EM EQUIPAMENTOS BIOMÉDICOS 
 
 
 
 
 
Larissa de Castro Braga 
 
 
 
 
 
 
 
AULA PRÁTICA DO APARELHO DE RAIOS-X FIXO 
MODELO COMPACTO 500 (VMI) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte, Minas Gerais 
Junho, 2017 
Larissa de Castro Braga 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA PRÁTICA DO APARELHO DE RAIOS-X FIXO 
MODELO COMPACTO 500 (VMI) 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina 
Equipamentos de Diagnóstico e Terapia por 
Imagem do curso integrado de 
Equipamentos Biomédicos do CEFET-MG, 
como requisito parcial para a aprovação no 
ano letivo de 2017. 
 
Professor: Márcio Melquíades Silva. 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte, Minas Gerais 
Junho, 2017 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................. 1 
2. OBJETIVOS ................................................................................................. 2 
3. APARELHO DE RAIOS-X ............................................................................ 3 
3.1 CABEÇOTE ............................................................................................. 3 
3.2 TUBO DE RAIOS-X ................................................................................. 4 
3.2.1 Catodo ............................................................................................... 5 
3.2.2 Anodo ................................................................................................ 6 
3.3 FILTRO .................................................................................................... 6 
3.4 COLIMADOR ........................................................................................... 7 
3.5 ESTATIVA ............................................................................................... 8 
3.6 MESA E O MURAL BUCK ....................................................................... 8 
3.7 PAINEL DE CONTROLE ....................................................................... 10 
4. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ...................................... 13 
4.1 BIOMBO ................................................................................................ 13 
4.2 AVENTAL DE PROTEÇÃO ................................................................... 14 
4.3 PROTETOR DE TIREÓIDE ................................................................... 15 
5. SALA DE EXAMES .................................................................................... 16 
5.1 BLINDAGEM ......................................................................................... 16 
5.2 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ................................................................. 17 
5.3 CLIMATIZAÇÃO .................................................................................... 18 
6. CONCLUSÃO ............................................................................................. 19 
 
1 
1. INTRODUÇÃO 
 
Os aparelhos de raios-X são utilizados na geração de imagens diagnósticas, 
sendo que essas imagens tento podem ser aplicadas em radiologia médico-
odontológica, para diagnóstico de patologias ou traumatismos, como em radiologia 
industrial para o diagnóstico em ensaios não destrutivos. 
Esses aparelhos possuem uma fonte emissora de raios-X, cujo feixe é 
direcionado para o objeto do qual se deseja gerar a imagem radiográfica. Atrás do 
objeto é colocado um filme sensível à radiação onde a imagem será registrada. 
A geração da imagem está associada à quantidade de radiação que atinge o 
filme e ao processo de revelação do mesmo, sendo necessário que o objeto 
radiografado apresente regiões características diferentes de absorção dos fótons X 
para que haja a formação de imagem por contraste. Uma imagem é considerada 
ideal quando apresenta regiões pretas e regiões brancas brilhantes que virão 
garantir o surgimento de todos os tons de cinza intermediários distinguíveis pelo olho 
humano, num total de 16 tons. 
A instalação destes equipamentos requer alguns cuidados específicos para 
garantir a proteção radiológica do operador do equipamento, do paciente e de 
demais transeuntes além de garantir o bom funcionamento do equipamento. Estes 
medidas incluem o condicionamento adequado do ambiente (sala do aparelho de 
raios-x e sala de revelação), a blindagem, além das instalações elétricas e de 
condicionamento do ar. 
 
 
2 
2. OBJETIVOS 
 
O principal objetivo da aula prática com o aparelho de raios-X da coordenação 
do curso técnico em Equipamentos Biomédicos foi observar as características de 
construtivas do equipamento e verificar como é feita a instalação deste no espaço 
em que está localizado. 
3 
3. APARELHO DE RAIOS-X 
 
A construção de um equipamento de raios-X envolve conhecimento de várias 
tecnologias, mas um equipamento básico pode ser dividido em três grandes 
subsistemas: o subsistema gerador de raios-X, responsável pela geração do feixe de 
radiação; o subsistema elétrico, responsável pela alimentação do gerador de raios-X 
e pelos controles do equipamento e o subsistema mecânico, responsável pela 
arquitetura do equipamento e pela proteção e controle no direcionamento do feixe de 
raios-X gerado. A Figura 1 mostra quais são as partes de um equipamento de raios-
x para exames médicos: 
 
 
Figura 1: partes do equipamento de raios-X. 
3.1 CABEÇOTE 
 
O cabeçote é uma estrutura metálica resistente no interior da qual fica 
posicionado o tubo gerador de raios-X. Possui três orifícios de acesso, duas 
entradas posteriores por onde é feita a alimentação do tubo de raios-X e um terceiro 
orifício que é a janela por onde sai o feixe gerado. É revestido internamente por uma 
camada de chumbo que tem por objetivo absorver todos os fótons que não estão 
direcionados para a janela de saída do feixe. A Figura 2 mostra o modelo de 
4 
cabeçote do aparelho de raios-X disponível na coordenação do curso técnico em 
Equipamentos Biomédicos: 
 
Figura 2: cabeçote do equipamento que foi visto na aula prática. 
 
Os botões que são mostrados na Figura 2 servem para que o operador do 
aparelho movimente o cabeçote e o posicione da maneira mais adequada para a 
geração da imagem do paciente. Os botões possuem uma indicação de qual 
movimento eles possibilitam que o operador realize. Esses botões estão 
normalmente abertos, pois o cabeçote fica travado. Quando o operador desejar 
movimentá-lo, ele aperta um dos botões e o segura. Enquanto o operador apertar o 
botão, o circuito estará fechado, sendo possível movimentar essa parte do 
equipamento de raios-X. 
 
3.2 TUBO DE RAIOS-X 
 
O tubo de raios-X é o dispositivo responsável pela transformação de energia 
elétrica em radiação. Consiste de uma ampola de vidro a vácuo onde existem dois 
eletrodos. O tubo ao ser alimentado por energia elétrica em corrente contínua e alta 
tensão produz uma corrente elétrica que sai de um dos eletrodos e colide com o 
outro gerando radiação eletromagnética e calor. Os eletrodos contidos no tubo de 
raios-X são denominados anodo e catodo. A Figura 3 mostra a vista interna do tubo 
de raios-X, na qual é possível visualizar a o anodo e catodo do equipamento. 
5 
 
Figura 3: vista interna do tubo de raios-X, localizado dentro do cabeçote. 
 
3.2.1 Catodo 
 
O catodo é o terminal negativo do tubo de raios-X. Consiste de um filamento 
metálico de onde partem os elétrons acelerados que produzirão o feixe de raios-X. O 
filamento do catodo é conectado a fios condutores que permitem sua alimentaçãoatravés de uma fonte de energia elétrica. Através do controle da tensão aplicada aos 
terminais do filamento do catodo, controla-se a corrente que circula pelo filamento, e 
desta forma, é feito o controle da corrente de elétrons que sai do catodo para gerar 
os fótons X. 
O local do catodo no qual os elétrons são emitidos em direção ao anodo é 
chamado de filamento. Ele possui a forma de espiral e é feito de tungstênio, devido a 
alta energia dos fótons-X característicos deste elemento químico, e do alto ponto de 
fusão (3370°C). 
O aparelho de raios-X analisado neste relatório possui dois filamentos com 
tamanhos diferentes, o que permite que o operador escolha se deseja utilizar um 
foco fino (filamento mais fino) ou um foco grosso (filamento mais grosso). Em 
aparelhos de foco duplo (presença de dois tipos de filamentos) é possível controlar 
melhor a quantidade de elétrons que serão emitidos pelo catodo, e 
consequentemente, a dose de radiação que o paciente será exposto. A Figura 4 
mostra os dois tipos de filamentos que o aparelho da coordenação do curso técnico 
em Equipamentos Biomédicos possui. 
6 
 
Figura 4: detalhe dos dois tipos de filamentos do aparelho de raios-X. 
 
3.2.2 Anodo 
 
O anodo é o terminal positivo do tubo de raios-X e é colocado em oposição ao 
catodo. Existem dois tipos de anodos: os fixos e os giratórios. Os anodos fixos são 
normalmente utilizados em aparelhos de raios-X odontológicos devido ao baixo nível 
de corrente, e consequentemente, um valor menor de radiação. 
Os anodos giratórios são utilizados em aparelhos que trabalham com altos 
valores de corrente no filamento. Como o próprio nome já diz, esse tipo de anodo 
gira, pois está conectado a um motor indutivo de alta rotação. A vantagem de se 
utilizar um anodo giratório é garantir que o feixe de elétrons oriundo do catodo não 
atinja somente uma área, gerando desgaste, diminuindo a vida útil do anodo e do 
tubo, pois caso o anodo queime, é necessário a substituição de toda a ampola de 
vidro. 
A parte do anodo onde ocorre o impacto dos elétrons é chamada de alvo, e é 
feita de uma liga de tungstênio, rênio e molibdênio. É interessante comentar que o 
motor que faz o anodo girar após ser desligado, continua a sua rotação, pois dentro 
do tubo existe vácuo. 
 
3.3 FILTRO 
 
Os filtros são uma parte fundamental do aparelho de raios-X, pois não 
permitem que feixes de fótons de baixa energia passem através deles, evitando que 
o paciente seja submetido a doses desnecessárias de radiação, pois fótons de baixa 
energia não são capazes de gerar imagens. Normalmente os filtros são feitos de 
7 
chapas de alumínio ou de cobre. A Figura 5 mostra o filtro do aparelho de raios-X 
analisado neste relatório, que possui uma chapa de alumínio. 
 
Figura 5: chapa de alumínio que realiza a atenuação do feixe de fótons-X. 
 
3.4 COLIMADOR 
 
Os colimadores são dispositivos que associados ao tubo permitem regular o 
tamanho e a área do feixe. Dessa forma, a área irradiada fica limitada, fazendo com 
que o paciente receba somente uma dose necessária de radiação para a geração da 
imagem de diagnóstico. A Figura 6 mostra o colimador do aparelho de raios-X 
disponível na coordenação, com destaque para a janela de vidro, que pode ser 
fechada conforme a necessidade do exame a ser realizado. O fechamento é feito 
através de duas chapas de chumbo, que barram a radiação. 
 
Figura 6: colimador do aparelho de raios-X. 
 
8 
3.5 ESTATIVA 
 
A estativa é uma estrutura móvel que dá suporte ao cabeçote. Pode 
possibilitar a movimentação do cabeçote nos três eixos espaciais, e ainda permite a 
rotação do cabeçote. Através do controle de movimentos da estativa é possível 
direcionar o feixe de raios-X para a mesa ou mural buck. 
A estativa do aparelho da coordenação do curso técnico em Equipamentos 
Biomédicos está ligada a um trilho como mostra a Figura 7, o que permite que ela 
seja movimentada ao longo de todo o espaço que o trilho abrange. 
Consequentemente, o cabeçote também pode ser movimentado conforme 
necessidade do operador do aparelho de raios-X. 
 
Figura 7: trilho para movimentação da estativa. 
Devem ser realizadas frequentes vistorias nos trilhos da estativa, para a 
realização de manutenção preventiva, aplicando um óleo lubrificante para evitar que 
o atrito danifique essa parte do equipamento. 
 
3.6 MESA E O MURAL BUCK 
 
A mesa e o mural buck são partes de um aparelho convencional de raios-X 
que permitem a acomodação do paciente para a realização do exame. A mesa 
permite a realização do exame com o paciente na posição horizontal (Figura 8), e o 
mural, com o paciente na posição vertical (Figura 9). 
9 
 
Figura 8: mesa de exames de raios-X. 
 
Figura 9: mural buck do aparelho de raios-X da coordenação do curso técnico em Equipamentos 
Biomédicos. 
A opção de utilização de um ou outro é feita de acordo com a solicitação do 
exame a ser realizado, e as condições do paciente no momento do exame. 
Associados à mesa e ao mural estão outras partes do aparelho como a gaveta para 
alocação e posicionamento do filme radiográfico. A Figura 10 mostra a gaveta da 
mesa de exames horizontal, e a Figura 11 mostra a gaveta do mural vertical, ambas 
do equipamento disponível na coordenação do curso técnico em Equipamentos 
Biomédicos: 
10 
 
Figura 10: gaveta para alocação do filme radiográfico na mesa de exames. 
 
Figura 11: gaveta para alocação do filme radiográfico no mural. 
 
3.7 PAINEL DE CONTROLE 
 
O painel de controle dos aparelhos de raios-X permite o acionamento do feixe 
à distância. O painel de comando pode estar localizado na sala de exames, desde 
que possua um biombo (item 4.1 deste relatório) posicionado entre o paciente e o 
operador para que este seja protegido da radiação secundária, resultante da 
interação do feixe principal de raios-X com o objeto, durante a exposição. A Figura 
12 mostra o painel de coamando do aparelho analisado. 
11 
 
Figura 12: painel de controle. 
Os itens numerados na Figura 12 são explicados a seguir: 
 1: é um voltímetro, que permite que o operador do aparelho visualize a 
tensão da rede ou a diferença de potencial entre anodo e catodo; 
 2: é um botão que permite ao operador visualizar quando apertado 
(contato fechado), a tensão da rede elétrica de alimentação do 
aparelho, e quando aberto mostra a tensão entre anodo e catodo no 
voltímetro (1); 
 3: é a chave de ajuste do tempo do exame. É medida em segundos, e 
pode ser ajustado de 2 a 5 segundos. Dificilmente um paciente será 
exposto à radiação por 5 segundos; 
 4: ajuste da tensão da rede elétrica que alimenta o aparelho de raios-X, 
utilizando relés. A tensão da rede flutua, e muitas vezes pode possuir 
um valor inferior ou superior ao valor desejado. Para corrigir isso, este 
botão deve ser ajustado pelo operador, visualizando o valor no 
voltímetro; 
 5: ajuste grosso da diferença de potencial (d.d.p) entre anodo e o 
catodo. A tensão máxima que pode ser aplicada no tubo de raios-x é 
de 150kV; 
12 
 6: ajuste fino da d.d.p entre anodo e o catodo. Permite que o operador 
tenha uma precisão maior na hora de escolher o valor de tensão a ser 
aplicado em cada exame, diminuindo assim, a dose de radiação 
desnecessária no paciente. É possível visualizar os parâmetros (5) e 
(6) no voltímetro digital (1), deixando o contato do botão (2) aberto; 
 7: ajuste da corrente do filamento: permite que o operador controle o 
número de elétrons que atravessam o tubo de raios-X, do catodo em 
direção ao anodo. É medido em mA. 
 
13 
4. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUALA radiação espalhada ou dispersa é toda a radiação presente na sala de 
exames cujo sentido de propagação é diferente do feixe primário útil utilizado para a 
geração da imagem radiográfica. Esse tipo de radiação não contribui para a geração 
de contraste de imagem e pode prejudicar a qualidade dessa imagem gerada, além 
de aumentar a dose recebida por todos os envolvidos no processo de geração de 
imagem. A radiação espalhada tem duas origens distintas, sendo formada pela 
radiação secundária e pela radiação de escape. 
A radiação que sai da fonte de radiação é denominada de radiação primária, 
ou feixe primário. A radiação secundária, normalmente, apresenta fótons com 
menores pacotes de energia devido às perdas no processo de interação e têm 
direcionamento diferente da direção de propagação da radiação primária. A radiação 
secundária se propaga de forma difusa em todas as direções do ambiente, sendo 
uma radiação que não contribui para o sinal de geração de imagem. 
A radiação de escape é parte do feixe primário gerado pelo tubo de raios-x 
internamente ao cabeçote que se propaga em direções distintas da abertura de 
saída do feixe primário útil e conseguem ultrapassar a blindagem do cabeçote. Essa 
radiação é composta de poucos fótons X de energia mais altas que por esta razão, 
conseguem ultrapassar a blindagem. 
Para evitar problemas de saúde não só no operador, mas também no 
paciente e no acompanhante existem alguns equipamentos de proteção individual 
(EPI’s) que evitam que as radiações secundárias e de escape causem prejuízos 
funcionais nos órgãos ou tecidos dos envolvidos no exame. 
 
4.1 BIOMBO 
 
O biombo é um tipo de proteção que permite que o operador e/ou o 
acompanhante fiquem protegidos da radiação dentro da sala de exames. É utilizado 
caso exista a necessidade destes ficarem dentro da sala. É feito de chumbo, um 
elemento químico denso, que barra a radiação emitida pelo aparelho. O vidro do 
biombo também possui em sua constituição uma porcentagem de chumbo. A Figura 
14 
13 mostra o biombo da coordenação do curso técnico em Equipamentos 
Biomédicos. 
 
Figura 13: biombo. 
 
4.2 AVENTAL DE PROTEÇÃO 
 
O avental de proteção é um tipo de proteção que visa a preservar os tecidos 
do paciente, do operador e/ou do acompanhante. É uma vestimenta pesada, pois é 
feito de chumbo. A Figura 14 mostra o avental disponível na sala de exames 
localizada no Campus I do CEFET-MG: 
 
Figura 14: avental de proteção. 
15 
4.3 PROTETOR DE TIREÓIDE 
 
O protetor de tireoide (Figura 15) é um tipo de EPI, que é utilizado em 
pacientes que possuem algum tipo de problema na tireoide, como por exemplo, 
câncer. 
 
Figura 15: protetor de tireoide disponível na sala de exames do CEFET-MG. 
 
16 
5. SALA DE EXAMES 
 
5.1 BLINDAGEM 
 
O projeto da sala de exames de radiologia deve ser feito com cuidado para 
evitar que a radiação escape do local, tornando-se perigosa para pessoas que não 
estão envolvidas diretamente no processo de geração da imagem de diagnóstico. 
 As paredes e portas da sala de exames devem ser revestidas com folhas de 
chumbo (Figura 16), e o reboco deve ser feito de barita, um material semelhante a 
argamassa. A barita (BaSO4) tem em sua composição um metal pesado, o bário, 
que ajuda a barrar a radiação. 
 
Figura 16: folha de chumbo. 
A Figura 17 mostra a porta da sala de exames do aparelho de raios-X, na qual 
possui uma placa de chumbo que barra a radiação: 
 
Figura 17: detalhe da placa de chumbo na porta da sala de exames. 
 
17 
 
5.2 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
 
A instalação elétrica que alimentará os dispositivos dentro da sala de exames 
deve estar dentro da mesma. O equipamento de raios-X tem um transformador 
exclusivo (Figura 18) na instalação do prédio/hospital. 
 
Figura 18: transformador de alimentação do aparelho de raios-X. 
O aparelho de raios-X deve ser alimentado em sistemas trifásicos de 
380/220V, dependendo das especificações do fabricante. A rede de alimentação 
exclusiva tem como finalidade impedir que este equipamento cause interferências 
em outros equipamentos de um hospital como, por exemplo, eletrocardiógrafos 
(ECG’s), etc. 
O transformador da Figura 18 fica imerso em óleo isolante para evitar o 
contato direto entre as bobinas e dissipar calor com o ambiente externo, o que é de 
suma importância, já que um equipamento de raios-X de grande porte dissipa muita 
potência. 
O transformador deve sempre ter os seus terminais protegidos para evitar que 
contatos acidentais aconteçam. Sendo assim, em condições normais o 
transformador deve ficar tampado conforme é mostrado na Figura 19: 
18 
 
Figura 19: transformador com os terminais isolados do ambiente externo. 
 
5.3 CLIMATIZAÇÃO 
 
 A climatização adequada da sala de exames é fundamental para evitar 
que o aparelho de raios-X sofra com efeitos de calor, já que é um equipamento gera 
muito calor durante a produção dos fótons-X, dentro do cabeçote. Sendo assim, a 
temperatura da sala deve ser controlada através de ar condicionado e um sistema 
de ventilação que esteja sempre trocando o ar da sala. Com um sistema adequado 
de climatização, é possível fazer com que anodo e catodo tenham uma vida útil 
maior. 
 
19 
6. CONCLUSÃO 
 
A visita à sala de exames do aparelho de raios-X do Campus I do CEFET-MG 
proposta pelo docente Márcio Melquíades foi um meio de colocar em prática os 
conhecimentos adquiridos em sala de aula. Esta foi extremamente importante para 
uma visão mais progressista em relação a esse tipo de equipamento e a outros que 
irão envolver métodos de funcionamento semelhantes. 
Deste modo, pode-se concluir que as experiências práticas absorvidas nessa 
visita proporcionaram uma base para parte da etapa da minha formação profissional.

Continue navegando