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Biossegurança

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Biossegurança 
Clínica e Cirurgia II ---- Moléstias Infecciosas 
Introdução 
Biossegurança é um conjunto de práticas e ações técnicas com preocupações para reduzir ou eliminar ao máximo os riscos de contágios biológicos ao homem e ao ambiente. 
Abrange diretrizes, princípios, estratégias, procedimentos e saberes que auxiliam a segurança das pessoas e a qualidade dos serviços oferecidos. (THOFEHRN,ZANCHETTIN, OLIVEIRA, 2011).
NORMAS REGULAMENTADORAS
No Brasil, as Normas Regulamentadoras dão um direcionamento para o desenvolvimento das ações e obrigações das empresas. Em especial as ações relativas às medidas de prevenção, controle e eliminação de riscos inerentes ao trabalho e à proteção da saúde do trabalhador.
NORMAS REGULAMENTADORAS
Norma Regulamentadora Nº 01 – Disposições Gerais
Norma Regulamentadora Nº 02 – Inspeção Prévia
Norma Regulamentadora Nº 03 – Embargo ou Interdição
Norma Regulamentadora Nº 04 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT
Norma Regulamentadora Nº 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA
Norma Regulamentadora Nº 06 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI
Norma Regulamentadora Nº 07 – Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO
Norma Regulamentadora Nº 08 – Edificações
Norma Regulamentadora Nº 09 – Programas de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA
Norma Regulamentadora Nº 10 – NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
Norma Regulamentadora Nº 11 -Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Norma Regulamentadora Nº 12 – NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
Norma Regulamentadora Nº 13 – NR-13 – Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações
Norma Regulamentadora Nº 14 – Fornos
Norma Regulamentadora Nº 15 – Atividades e Operações Insalubres
Norma Regulamentadora Nº 16 – Atividades e Operações Perigosas
Norma Regulamentadora Nº 17 – Ergonomia
Norma Regulamentadora Nº 18 – NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
Norma Regulamentadora Nº 19 – Explosivos
Norma Regulamentadora Nº 20 – NR-20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis
Norma Regulamentadora Nº 21 – Trabalho a Céu Aberto
Norma Regulamentadora Nº 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
Norma Regulamentadora Nº 23 – Proteção Contra Incêndios
Norma Regulamentadora Nº 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
Norma Regulamentadora Nº 25 – Resíduos Industriais
Norma Regulamentadora Nº 26 – Sinalização de Segurança
Norma Regulamentadora Nº 27 – (Revogada pela Portaria GM n.º 262, 29/05/2008) – Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB
Norma Regulamentadora Nº 28 – Fiscalização e Penalidades
Norma Regulamentadora Nº 29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
Norma Regulamentadora Nº 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
Norma Regulamentadora Nº 31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
Norma Regulamentadora Nº 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
Norma Regulamentadora Nº 33 – NR-33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
Norma Regulamentadora Nº 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval
Norma Regulamentadora Nº 35 – NR-35 – Trabalho em Altura
Norma Regulamentadora n.º 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados
Biossegurança nos Hospitais.
Biossegurança hospitalar é um conjunto de ações que os trabalhadores de saúde podem realizar para prevenir, diminuir ou eliminar os riscos, a que ele possa estar exposto, na realização de seu trabalho. Essas ações devem ser uma parceria entre o patrão e o funcionário, através de programas de garantia da qualidade, prevenção de acidentes, treinamento individual e coletivo e também um programa de medicina ocupacional. (LOPES, LESSA)
Biossegurança nos Hospitais.
O ambiente hospitalar envolve a exposição dos profissionaisde saúde e demais trabalhadores a uma diversidade de riscos, especialmente os biológicos. (SCHEIDT,2006)
Biossegurança nos Hospitais.
 É fundamental nos hospitais e serviços de saúde à redução de riscos e acidentes ocupacionais, visto que são abordadas medidas para a proteção da equipe e usuários, e também a preservação do meio ambiente, manipulação e descarte de diversos tipos de resíduos produzidos nestes locais. (MOURA,2000).
Biossegurança nos Hospitais.
No Brasil certa de 120 mil toneladas de lixo são produzidas diariamente, desse total 1 a 3% é produzido nos estabelecimentos de saúde, deles 10 a 25% representam riscos de contaminação. (JARDIM,1996).
Biossegurança nos Laboratórios
Os laboratórios são ambientes de trabalhos quem podem expor as pessoas que nele trabalham, além daquelas que estão próximas, a riscos de doenças infecciosa, fazendo com que estas pessoas estejam propensas a adquirir alguma patologia(VIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA)
Biossegurança nos Laboratórios
A área crítica é todo o ambiente onde existe risco aumentado de transmissão de infecção, onde se realizam procedimentos de risco ou onde se encontram pacientes com sistema imunológico comprometido. Com isso é necessário manter regulamentado os níveis de biossegurança em rotina nos laboratórios sendo as seguintes recomendações:
Manter as bancadas sempre limpas e livres de material estranho ao trabalho; 
Usar luvas, óculos e máscara de segurança quando a técnica exigir; 
Usar sempre luvas e cabine de biossegurança de fluxo laminar no manuseio de espécimes humanas diluídas, que devem ser sempre consideradas como infecciosas; 
Limpar imediatamente qualquer derramamento de produtos e reagentes; 
Biossegurança nos Laboratórios
Fazer o descarte dos materiais em local apropriado segundo riscos e legislação pertinente; 
Fazer procedimento de inativação ou absorção em tubos tampados; 
Fazer a decantação da amostra por aspiração e não por imersão; 
Executar a aspiração de material infeccioso em sistema de barreiras com desinfectante. 
Equipamentos de proteção individual EPI
São elementos de contenção de uso individual utilizados para proteger o profissional do contato com agentes biológicos, químicos e físicos no ambiente de trabalho. Servem, também, para evitar a contaminação do material em experimento ou em produção.
Equipamentos de proteção individual EPI
 As normas regulamentadoras aplicam equipamentos de proteção individual (EPI) que previne os riscos de acidentes no trabalho que ameace a segurança e saúde do profissional. Os EPI têm que inspecionar e ter a o certificado de aprovação CA pelos órgãos nacionais de segurança e saúde no trabalho do ministério do trabalho e emprego, assim emitindo o certificado de aprovação para a venda sendo fabricação nacional ou importado.
Alguns EPIs usados na área hospitalar são:
Luvas
As luvas devem ser utilizadas para prevenir a contaminação da pele, das mãos e antebraços com material biológico, durante a prestação de cuidados e na manipulação de instrumentos e superfícies. Deve ser usado um par de luvas exclusivo por usuário, descartando-o após o uso. 
Mascaras
EPI indicado para a proteção das vias respiratórias e mucosa oral durante a realização de procedimentos com produtos químicos e em que haja possibilidade de respingos ou aspiração de agentes patógenos eventualmente presentes no sangue e outros fluidos corpóreos. A máscara deve ser escolhida de modo a permitir proteção adequada.
Óculos de segurança
São usados em todas as atividades que possam produzir salpicos, respingos e aerossóis, projeção de estilhaços pela quebra de materiais, bem como em procedimentos que utilizem fontes luminosas intensas e eletromagnéticas, que envolvam risco químico, físico ou biológico dando proteção ao rosto e, especialmente, aos olhos. 
Jaleco
É um protetor da roupa de rua que deve ser utilizado para prevenir a contaminação
dessa roupa e proteger a pele do profissional de exposição à material biológico. Por isso, deve ter colarinho alto, mangas longas e comprimento abaixo dos joelhos, deve estar sempre abotoado. 
Jaleco
Não se deve circular nas dependências externas ao local de trabalho com o jaleco e dentro do local de trabalho antes de dirigir-se ao refeitório, copa deve-se retirar o Jaleco também.
Jaleco 
O jaleco sujo deve ser transportado em sacos impermeáveis e lavado separadamente das outras roupas de uso pessoal. A lavagem deve ser feita com água quente, detergente para roupas e agentes alvejantes. Além da lavagem, o calor da passagem da roupa também contribui para a eliminação de microrganismos
Avental Cirúrgico
Deve ser longo, com mangas compridas e com punhos ajustáveis, incluindo uma alça de fixação no polegar, evitando que o punho se desloque em direção ao cotovelo durante o procedimento cirúrgico. O profissional introduz as mãos e braços pela parte de trás do avental. Com a ajuda, as pontas dos cintos são amarradas nas costas e no decote. (Manual de Biossegurança Curso de Fisioterapia CESMAC Centro Universitário).
Gorro 
Protege os cabelos e a orelha contra gotículas, aerossóis, salpicos e produtos químicos, e impede que o profissional leve para outros locais os microrganismos que colonizaram seus cabelos. Também serve para evitar a queda de cabelo em material e campo cirúrgico. São confeccionados em TNT.
Pró-pés
Habitualmente são de material permeável. Sendo assim usado com sandálias e sapatos abertos não permitem proteção adequada, portanto o pró-pés não dispensa o uso de sapatos fechados (Manual de Biossegurança Curso de Fisioterapia CESMAC Centro Universitário).
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)
Equipamento de Proteção Coletiva ou EPC é todo equipamento de uso coletivo destinado a evitar acidentes e o aparecimento de doenças ocupacionais.
São equipamentos que possibilitam a proteção do pessoal do laboratório, do meio ambiente e da pesquisa desenvolvida. São exemplos:
Capelas de laboratórios químicos 
A capela em um laboratório nada mais é do que um local específico onde as pessoas podem manusear produtos químicos altamente perigosos com segurança. Por fim, ela conta com sistemas de exaustão, evitando que produtos inflamáveis causem horríveis acidentes.
Chuveiro acoplado a lava-olhos
É destinado a eliminar ou minimizar os danos causados por acidentes nos olhos, na face ou no corpo do trabalhador. 
O lava-olho é formado por dois pequenos chuveiros de média pressão, acoplados a uma bacia de aço inox, cujo ângulo permita o direcionamento correto do jato de água na face e nos olhos.
Coletores de Resíduo.
Os coletores de resíduos ajudarão os trabalhadores a separar o que deverá ser descartado, respeitando normas internas e as regras que minimizam os impactos ao meio ambiente. Para materiais de vidros – Perfuro cortantes. Para luvas, pois elas são descartáveis e não podem ser reutilizadas.
Extintores de incêndio;
Saída de emergência
Os extintores de incêndio vão ajudar a exterminar o fogo ou mesmo fazer com que as labaredas não se espalhem.
O uso combinado de saídas regulares e de emergência permite a evacuação rápida em caso de acidente
ÁREAS DE ISOLAMENTO
O isolamento é um afastamento de um paciente do convívio de outras pessoas durante o período de transmissão da doença infecciosa, a fim de evitar que o indivíduos suscetíveis sejam infectados. Este isolamento vai depender da doença do paciente e se o micro organismo e multirresistente.
CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS.
1.Risco Biológico
Agentes infecciosos, tais como: fungos, bactérias, protozoários, vírus, parasitas, insetos, etc., e também materiais contaminados são os principais fatores de risco em laboratórios, sendo considerados risco biológico.(FONSECA, 2012).
Risco Biológico: Classificação 
Grupo de Risco I – Microorganismos que representam escasso risco para o indivíduo e para a comunidade;
Grupo de Risco II – Microorganismos que representam risco moderado para o indivíduo e limitado para a comunidade;
Grupo de Risco III – Microorganismos que representam risco elevado para o indivíduo e limitado para a comunidade; e
Grupo de Risco IV – Microorganismos que representam risco elevado para o indivíduo e para a comunidade.(CONSELHO NACIONAL DE SAUDE, Resol. N°001, 1988)
 Riscos Químicos
Todos os produtos químicos manipulados em laboratórios e hospitais que podem causar danos físicos ou prejudicar a saúde são considerados risco químico.
Estes produtos químicos tem efeito nocivo por serem capazes de causar danos á saúde, por serem de característica irritante, asfixiante, alérgico, inflamável, toxico, caustico, carcinogênicos ou mutagênicos. ( FONSECA, 2012).
Riscos Físicos
De acordo com a Norma Regulamentadora 9 os agentes físicos são:
Temperaturas extremas e umidade
A temperatura do ambiente de trabalho é de fundamental importância no que diz respeito ao conforto do profissional.
Radiações
As radiações ionizantes são de natureza corpuscular e eletromagnética. Sua fonte pode ser natural encontrada na crosta terrestre ou artificial onde o homem produz a partir de tecnologias especificas. Os efeitos deste tipo de radiação podem ocorrer de duas formas. A primeira provoca alteração em células germinativas, já a segunda causa efeitos em células somáticas. .(FONSECA, 2012).
Ruídos 
No ambiente de trabalho, são identificados sons de varias naturezas, advindos de equipamentos, de sistemas de comunicação e sistemas de informação. Estas perturbações sonoras em níveis elevados e em longo período de exposição podem causar sérios danos a saúde do profissional. .(FONSECA, 2012).
Riscos Ergonômicos
A ergonomia esta diretamente relacionada á postura do profissional no ambiente de trabalho, visto que a má postura trás sérios riscos á saúde que podem acontecer em longo prazo. São considerados riscos ergonômicos o levantamento e transporte de peso, repetitividade, ritmo excessivo, posturas inadequadas e trabalho em turnos.
FONTES DE CONTAMINAÇÃO
Apesar das medidas de Biossegurança empregadas, os acidentes ocupacionais envolvendo material biológico são comuns entre profissionais da área de saúde. Os microrganismos mais relatados nestas situações são o vírus da AIDS (HIV), da HEPATITE B (HBV) e HEPATITE C (HCV). 
FONTES DE CONTAMINAÇÃO
► O acidentado deverá lavar a área exposta ao material biológico com água corrente (em grande volume) e sabão, e se houver ferimento, secar e passar anti-séptico. Contato com mucosa, conjuntiva ocular, nariz ou boca lavar intensamente com água ou soro fisiológico. Não dispensar o paciente, que deverá acompanhar o acidentado à Unidade de Referência.
► Uma notificação deverá ser feita em impresso próprio e assinada pelo Responsável da Clínica em questão e encaminhada para registro da Diretoria. 
Fonte:
Deverá ser submetido ao 
teste rápido para HIV;
 Sorologia para HEPATITE B, HEPATITE C e HIV em até 48 horas após o acidente.
Acidentado:
Sorologia para HEPATITE B, HEPATITE C e HIV em até 48 horas após o acidente;
• Fonte positiva para HIV: início imediato do uso do coquetel;
• Fonte positiva para HEPATITE B: imunoglobulina em no máximo 72 horas.
VIAS DE TRASMISSÃO:
Percurso feito pelo agente biológico a partir de fontes de exposição ate o hospedeiro. A transmissão pode ocorrer e forma direta (transmissão do agente biológico, sem a intermediação de veículos ou vetores) e de forma indireta ( transmissão do agente biológico por meio de veículos e vetores).
VIAS DE PENETRAÇÃO DOS MICRORGANISMOS:
Aérea: aerossóis
Cutânea: agulha, objetos perfurocortantes, vidraria quebrada/trincada.
Ocular: gotículas ou aerossóis de material infectante, contato dos olhos com oculares de microscópios ou aparelhos ópticos.
Oral: Pipetagem com a boca, falta de procedimentos higiênicos.
VACINAÇÃO PARA OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
As imunizações reduzem o risco de infecção e, por
conseguinte, protegem, não apenas a saúde dos componentes da equipe, mas também a de seus clientes e familiares. Todos os componentes dos cursos do Núcleo da Saúde devem ser vacinados contra hepatite B, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e a dupla adulto dT (difteria e tétano).
BIOSSEGURANÇA EM CLÍNICAS DE FISIOTERAPIA
NORMAS GERAIS DE PRECAUÇÃO NAS CLÍNICAS DE FISIOTERAPIA:
Retirada de adornos e acessórios durante o estágio (anel, pulseira, relógio, colar e brincos grandes), 
Uso do branco completo (roupa e jaleco de manga comprida),
Deve-se realizar limpeza e desinfecção adequada dos instrumentos e matérias (estetoscópio, termômetros, esfigmomanômetro) que é do uso individual de cada acadêmico,
BIOSSEGURANÇA EM CLÍNICAS DE FISIOTERAPIA
Manter o cabelo preso durante estágio,
Retirar jaleco fora das dependências da clínica de Fisioterapia, inclusive aoentrar no banheiro,
Realizar a limpeza do tatame e macas 3 vezes com álcool a 70% após o atendimento,
Ter sempre os equipamentos de segurança de uso pessoal,
unhas curtas e limpas,
Proibido uso de celulares dentro das salas de atendimento da clínica 
BIOSSEGURANÇA EM CLÍNICAS DE FISIOTERAPIA
Realizar lavagem das mãos antes e após cada atendimento ou procedimentodo paciente,
 Obrigado pela Atenção!

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