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Profa. Débora de Gois Santos 1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE 
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula: Administração Científica 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Administração de Obras– 101292 
Professora: Débora de Gois Santos 
 
 
 
 
São Cristóvão, Sergipe 
Versão 2 
Profa. Débora de Gois Santos 2
Abordagem Clássica da Administração 
 
 No Século XX dois engenheiros se destacam: 
1. Americano (EUA)- Taylor- Escola da Administração Científica 
→ racionalização do trabalho. 
2. Europa (França) – Fayol – Teoria Clássica – aumento da 
eficiência da empresa ao estudar a estrutura da organização. 
Ambos não se conheciam, eram opostos, mas suas idéias construíram a base 
da abordagem Clássica da Administração. 
 O objetivo de Taylor era aumentar a produtividade da empresa através do 
aumento da eficiência no nível operacional. A teoria criada por ele tem ênfase na 
análise e na divisão do trabalho. Os engenheiros que participaram da criação foram: 
Frederick Taylor (1856-1915); Henry Gantt; Franck Gilbreth; Henry Ford (1863-
1947); Harrington Emerson (1853-1931). 
 É uma abordagem de baixo para cima, com estudo do método de trabalho e 
dos movimentos, o que leva à especialização do trabalho e ao estudo dos 
movimentos, das tarefas, dos cargos, e das operações. 
Por sua vez, a abordagem proposta por Fayol é de cima para baixo e da 
organização para os departamentos. Ela busca a melhor maneira de subdividir a 
empresa sob o comando de um chefe. Sua ênfase é na estrutura. 
 
Origem da Abordagem Clássica 
 
A abordagem Clássica tem conseqüências da Revolução Industrial devido a: 
- Crescimento acelerado e desorganizado das empresas e necessidade de 
aumentar a eficiência. Este se deve ao aumento da complexidade e necessidade de 
uma abordagem científica, o que leva ao planejamento da produção; e 
- Competência das organizações. Necessária para obter o melhor rendimento 
possível dos recursos e se tornar mais concorrente, substitui-se o capitalismo liberal 
Profa. Débora de Gois Santos 3
pelo monopólios (1880 a 1890), o que leva à produção em massa, ou seja, mais 
operários, necessidade de reduzir desperdício de mão-de-obra. 
 
Trabalho dividido entre as pessoas que pensam e aquelas que 
executam 
 ↓ 
 Administrar métodos e fixar produção. 
 
Criou as condições econômicas e técnicas para o surgimento do taylorismo e 
do Fayolismo. Era um momento em que haviam muitas empresas, desperdício, 
insatisfação dos operários, concorrência acirrada, e decisões erradas. 
 
Administração Científica 
(aplicação de métodos na indústria; ênfase na tarefa em detrimento do homem) 
 
 Surgiu nas 04 (quatro) primeiras décadas do século XX, como métodos de 
observações e mensuração, em que Taylor (1856-1915) é considerado o fundador 
da moderna TGA (Teoria Geral da Administração). 
 Ela provocou uma revolução no pensamento administrativo e no mundo 
industrial da época. Em 1903, a preocupação era elevar o nível de produtividade. O 
ambiente era caracterizado por engenheiro de uma fábrica; pagamento por peça, 
logo os operários reduziam o ritmo de trabalho, o que levou Taylor a procurara uma 
solução que atendesse a patrões e empregados. 
 
Racionalização do Trabalho → estudo dos tempos e movimentos →ele analisou 
as tarefas de cada operário, decompondo-os. 
Como o salário era pago igualmente, o operário não se esforçava para ser mais 
produtivo. Assim, Taylor viu que deveria criar condições para pagar mais a quem 
produzirsse mais. O objetivo era pagar salários melhores e reduzir o custo unitário 
Profa. Débora de Gois Santos 4
de produções, o que leva à pesquisa e ao estabelecimento de processos 
padronizados para permitir o controle. Onde: 
● Os operários devem ter os materiais e as condições de trabalho necessários, deve 
ser treinados, devem ter um ambiente de trabalho agradável. 
● Deve-se procurar aplicar ao operário os princípios aplicados anteriormente às 
máquinas, ou seja, identificação do trabalho, decomposição, determinação da 
maneira certa para cada operação e reunião das operações na seqüência de maior 
rapidez e com economia de tempos e movimentos - método de cartesiano. 
 
Racionalização do Trabalho e estruturação da empresa → para atender à 
racionalização, sem esquecer as tarefas dos operários. 
 Os males da indústria da época eram: vadiagem dos operários para evitar 
redução de salários pela gerência, porque se pensava que o maior rendimento do 
homem e da máquina leva ao desemprego; desconhecimento pela gerência das 
rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua realização; e falta de 
uniformidade dos métodos. Para resolver isto, Taylor criou a Administração 
Científica, formada por 75% de análise e 25% de bom senso. 
Tinha-se uma visão pessimista do homem, que era considerado irresponsável, 
vadio, e negligente. Então, criou um sistema educativo para intensificar o trabalho e 
aumentar a eficiência empresarial. 
Conforme Chiavenato (2000), “a administração científica é uma combinação de 
ciência em lugar de empirismo. Rendimento máximo em lugar de produção reduzido. 
Desenvolvimento de cada homem a fim de alcançar maior eficiência e 
prosperidade”. 
Taylor estava preocupado com a filosofia e seus seguidores com a técnica. O 
objetivo é assegurar prosperidade aos patrões e aos empregados ao mesmo tempo. 
Os elementos da administração científica são: estudos de tempos e padrões; 
supervisão funcional; padronização (materiais e equipamentos), planejamento, 
princípios de exceção; prêmio de produção; definição da rotina de trabalho. 
 
 
 
Profa. Débora de Gois Santos 5
I - Organização Racional do Trabalho (ORT) 
Ele observou que os operários aprendiam com outros, tinham métodos 
executivos variáveis e ferramentas também. Para Taylor, o operário não é capaz de 
tomar suas próprias decisões. Necessita de: 
Administração →supervisão. 
Encarregados → assistência ao trabalho durante a produção. 
Operário → execução. 
 
Os fundamentos da ORT são: 
1. Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos, ou seja, 
racionalização através do estudo de tempos e movimentos como: 
- Decomposição de tempos e operações em movimentos simples, onde os 
movimentos inúteis eram eliminados e os úteis simplificados, para economia de 
tempo e esforço do operário; e 
- Depois o estudo dos tempos e movimentos, com o tempo médio de produção (uso 
do cronômetro), que junto com os tempos improdutivos resulta no tempo padrão. Isto 
leva à padronização do trabalho e do seu tempo de execução. Além disso, melhora 
a eficiência do trabalho e introduz prêmios de produção, treinamento da mão-de-
obra. 
 
Gilbreth (1868- 1924) aplicou os estudos de Taylor para aumentar a 
produtividade, chegando aos movimentos elementares (cortar, separar, transportar, 
etc.) (therbligs), para qualquer tipo de tarefa, o que veio a tornar-se a base da 
Administração Científica, caracterizando a Eficiência, correta utilização de recursos 
disponíveis (produções baseadas em operários médios). Onde: 
Eficiência = Produto Equação [01] 
 Recursos 
Destaca-se que a Eficiência é uma conseqüência da produtividade. 
 
 
Profa. Débora de Gois Santos 6
2. Estudo da fadiga humana 
O estudo dos movimentos baseia-se na anatomia e na fisiologia humana. 
Gilbreth realizou estudos estatísticos sobre o efeito da fadiga na produtividade dos 
operários. Ela leva à redução de produtividade; qualidade do trabalho; perda de 
tempo; aumento da rotatividade; doenças e acidentes;o que reduz a eficiência. Para 
reduzir a fadiga Gilbreth propôs princípios de economia de movimentos relativos ao 
corpo humano; arranjo local de trabalho; desempenho de ferramentas e 
equipamentos. 
 
3. Divisão do trabalho e especialização dos operários 
A análise do trabalho e o estudo dos tempos e movimentos criaram uma 
reestruturação do trabalho industrial, levando a divisão e especialização dos 
operários, para elevar a produtividade, onde cada operário é especializado em uma 
única tarefa, na linha de produção, com movimentos padrões e repetitivos durante a 
jornada de trabalho. Supunha-se que quanto mais especializado o operário mais 
eficiente ele seria. 
 
4. Desenho de cargos e tarefas 
Taylor foi pioneiro nesse assunto. A tarefa é toda atividade executada por uma 
pessoa, no seu trabalho dentro da organização. É a menor unidade dentro da 
divisão dos trabalhos. 
Criou-se o cargo, que era um conjunto de tarefas executadas de maneira 
clínica ou repetitiva. Os cargos e as tarefas são desenhados para uma execução 
automatizada por parte do operário, ou seja, ele deve executar e não pensar e 
decidir. 
A simplicidade dos cargos permite aprendizado rápido do método e controle 
visual pelo superior, o que origina a linha de produção. Ainda, cada operário 
relaciona-se apenas como ser superior. 
Assim, a simplicificação no desenho de cargos permite: 
- Contratação de operários com pouca qualificação e salários maiores; 
- Minimização do custo de treinamento; 
Profa. Débora de Gois Santos 7
- Redução de erros; 
- Facilidade de supervisão, a um número maior de operários; 
- Aumento da eficiência do trabalho, logo da produtividade. 
 
5. Incentivos salariais e prêmios da produção 
Resta agora fazer com que o operário colabore com a empresa. Para isso, 
foram desenvolvidos os incentivos e prêmios da produção. 
Supõe-se que a remuneração base não estimule ninguém a trabalhar mais. 
Assim, o operário que produz pouco ganha pouco e o que produz mais ganha mais 
(prêmio). Com isso, Taylor procura conciliar os interesses da empresa com os 
interesses dos operários, supondo que era melhor e mais lucro (eficiência) para a 
empresa com maior salários (maior produção) para o operário. Criou operários bem 
remunerados, mas executando tarefas simples, repetitivas. 
 
6. Conceito de Homo Economicus 
Seguindo esse conceito as pessoas são influenciadas por recompensas, 
salários econômicos e materiais. Ou seja, o homem trabalha para ganhar a vida. 
Assim, os salários e os prêmios influenciaram os esforços dos indivíduos no 
trabalho. Logo, o operário produzia o máximo dentro de sua capacidade física. 
O homem da época era visto como um empregado por dinheiro, mesquinho, 
limitado e preguiçoso e deveria ser controlado. 
 
7. Condições de trabalho 
 Ainda, a eficiência depende de um conjunto de condições de trabalho para 
garantir o bem estar físico do trabalhador e diminuir a fadiga com: 
- Adequação de instrumentos e ferramentas de trabalho, para reduzir esforços e 
perda de tempo; 
- Arranjo físico das máquinas, para racionalizar o fluxo de produção; 
- Melhoria do ambiente físico de trabalho (ruído, ventilação, iluminação), para não 
reduzir eficiência; 
Profa. Débora de Gois Santos 8
- Projetos de instrumentos e equipamentos, para reduzir movimentos inúteis. 
 
8. Padronização 
 Padronização de métodos e processos de trabalho, da matéria-prima, de 
máquinas e equipamentos, para reduzir a variabilidade e a diversidade no processo 
produtivo, de modo a eliminar o desperdício e aumentar a eficiência. 
 É a aplicação de padrões em uma organização para ter uniformidade e redução 
de custos. 
 
9. Supervisão funcional 
 A supervisão funcional foi proposta por Taylor, um exemplo é colocado na 
figura 01. 
 
 
Figura 01: Supervisão Funcional. 
Fonte: Chiavenato (2000). 
 
 Neste tipo de supervisão, os supervisores também são especialistas e têm 
responsabilidade sobre os funcionários em suas respectivas áreas. Assim, cada 
homem deve executar a menor variedade possível de funções. Esta supervisão 
tende a produzir elevada eficiência em cada operário e no conjunto. 
 
 
Supervisor de 
Manutenção 
Supervisor 
de Produção 
Supervisor 
de Qualidade 
Operário A Operário B Operário C Operário D 
Profa. Débora de Gois Santos 9
II – Princípios da Administração Científica 
 Um princípio é uma afirmação válida pra uma determinada situação. É uma 
previsão antecipada do que deverá ser feito quando ocorrer aquela situação. 
 A Administração Científica criou os seguintes princípios: 
1. Princípio da Administração Científica de Taylor – planejamento (métodos 
baseados em procedimentos científicos); preparo (seleção de operários e 
treinamento para maior produção); controle (certificar-se que o trabalho está 
sendo feito de acordo com o método estabelecido); execução. 
2. Princípios implícitos de Administração Científica (Taylor) – 
a. Estudar o trabalho, decompor movimentos, para reduzir ou racionalizar. 
b. Estudar cada trabalho, antes de fixar o modo como será executado; 
c. Treinar; 
d. Separar funções de preparo das de execução; 
e. Preparar a produção, estabelecer planos; 
f. Padronizar da matéria-prima ao comportamento da mão-de-obra; 
g. Dividir as vantagens entre todos os que participam da fábrica. 
 
3. Princípio da eficiência de Harrington Emerson (1853-1931) – este engenheiro 
simplificou os métodos de trabalho; desenvolveu os primeiros trabalhos sobre 
seleção e treinamento de empregados, fazendo uso de plano de trabalho, 
bom senso, orientação e supervisão competentes, manutenção da disciplina, 
registro de dados, fixação de normas padronizadas e remuneração 
proporcional ao trabalho. 
4. Princípios básicos de Ford (1863-1947) – Ford era mecânico e em 1899 
fundou sua primeira fábrica de automóveis, que fechou. Em 1903, fundou a 
Ford Motor Co., queria vender carros a preços populares, com assistência 
técnica garantida, promovendo a produção em massa (1905-1910). 
Ele inovou na organização do trabalho pelo número de produtos acabados, com 
qualidade e menor custo possível (800 carros/dia). 
Profa. Débora de Gois Santos 10
Dividiu ainda as ações de seus funcionários, estabeleceu o salário por dia e a 
jornada de trabalho de 8h. Estabeleceu um sistema de integração vertical, 
produzindo desde matéria-prima até o produto acabado, e o horizontal, com lojas de 
distribuição próprias. 
 Aplicou ainda a racionalização da produção (condição chave para a 
simplificação), criando uma linha de montagem, com produção em série. 
 Os principais aspectos dos princípios de Ford é a progressão dos produtos, de 
modo ordenado e continuado, e o trabalho sendo entregue ao trabalhador. 
 Seus princípios são: 
- De intensificação – rápida troca do produto no mercado; 
- De economicidade – reduzir ao mínimo o volume de estoque, de preferência que o 
automóvel fosse pago antes da compra da matéria-prima e pagar os salários; 
- De produtividade – aumento da capacidade de produção por meio da 
especialização e da linha de montagem. 
 
5. Princípio da exceção - Taylor estabelece o controle operacional simples, 
baseado no controle das exceções ou desvios dos padrões normais. 
 
6. Princípios de Gantt e Gilbreth - Ambos eram engenheiros que trabalharam 
diretamente com Taylor. O primeiro dedicou-se ao planejamento e controle, 
estabelecendo cronogramas para acompanhamento dos fluxos de produção. 
O segundo desenvolveu estudos voltados à Construção Civil e Psicologia, por 
influencia de sua esposa. 
 
III – Apreciação crítica da Administração Científica 
 A Administração Científica é o estudocientífico do trabalho. Ela provocou uma 
redução nos custos dos bens manufaturados, tornando os bens disponíveis para a 
massa. Provocou aumento dos salários e reduziu custos de produção. 
 Os trabalhadores especializados (entre 1910 e 1940) superaram o número de 
trabalhadores no campo. Porém, ocorreram muitas críticas. São elas: 
Profa. Débora de Gois Santos 11
1. Mecanismo da Administração Científica – foco na tarefa e não no homem, 
tratando o homem como uma máquina. 
Para os engenheiros, o estudo dos tempos e movimentos, a determinação do 
método de trabalho e os cuidados para evitar a fadiga humana elevariam sozinhos 
os padrões de produção, aliados ao incentivo salarial, para obter a máxima eficiência 
(maiores lucros e salários). Encaram-se os empregados como passivos a receber 
ordens e sem iniciativa. 
 A primeira crítica veio com as greves de operários, pelos inconvenientes 
morais, psicológicos e sociais, com oposição de trabalhadores e sindicatos. Os 
padrões eram favoráveis apenas às empresas. O trabalho especializado passou a 
ser degradante e humilhante. O homem deveria produzir como uma máquina. 
 Na verdade o método é mais uma intensificação do trabalho do que uma 
racionalização. 
 Segundo Chiavenato (2000), “a substituição do esforço manual pelo 
conhecimento como fonte produtiva do trabalho constitui a maior mudança na 
história do trabalho”. Esta foi a iniciativa bem sucedida da Administração Científica. 
 
2. Superespecialização do operário 
Na busca pela eficiência subdividiu-se as operações, porque as tarefas mais 
simples podem ser ensinadas facilmente, o que leva a padronização. Porém, o 
operário só conhece seu trabalho e isso reduz sua satisfação no trabalho. Essa 
fragmentação facilita a seleção, o treinamento e a supervisão do pessoal. Com isso, 
pode-se trocar o operário e empregar mais gente. Buscava-se altos lucros a curto 
prazo, com baixos salários, o que gerou tensões nos sindicatos. 
 Pensava-se na época que a tecnologia era o senhor e o homem o escravo. Na 
verdade mais tecnologia exige mais competência e não mais servis. Assim, perde-se 
a visão do todo r o aumento na especialização não significa aumento de eficiência. 
 
3. Visão microscópica do homem 
Nesta visão separa-se o homem trabalhador de seu lado humano e social, vê-
se apenas o indivíduo. A principal virtude é a obediência a ordens. A idéia inicial era 
adequar as características do homem e da máquina, porém os estudos limitavam-se 
Profa. Débora de Gois Santos 12
ao homem em seus trabalhos rotineiros (estudo dos movimentos e da fadiga). Os 
seres humanos eram restritos às tarefas que executavam na linha de produção e 
nos escritórios. 
 
4. Ausência de comprovação científica 
A Administração Científica é criticada por pretender criar uma ciência, mas não 
comprovou suas proposições e princípios. Teve pouca pesquisa. Uma vez que ela 
usou o método empírico e concreto, onde o conhecimento é obtido da evidencia e 
não da abstração. Buscou-se o “como” em detrimento do “por quê”. 
 
5. Abordagem incompleta da organização 
Por se restringir aos aspectos formais, esquecendo-se dos informais e do lado 
humano. Os indivíduos são considerados isolados e agrupados de acordo com suas 
habilidades para o trabalho. Não aborda o conflito entre objetivos individuais e 
organizacionais. 
 
6. Limitação do campo de aplicação 
Observou-se os problemas da fábrica apenas (produção). O desenho de cargos 
e tarefas e o desenvolvimento de instrumentos, métodos e procedimentos 
padronizados e rotineiros passam a idéia de que a tecnologia permanecerá 
inalterada até que se tenha um retorno do investimento. 
A não ocorrência de mudanças leva a separar o pensar do fazer, resultando em 
treinamento de tarefas simples e repetitivas. Isto inviabilizou a continuidade da 
produção em massa, mas não funcionaria hoje, sendo limitante da inovação e da 
mudança. 
 
7. Abordagem prescritiva e normativa 
Esta abordagem busca definir normas a serem seguidas e repetidas vezes e 
em todas as circunstancias pelo administrador (padronização). Ela é voltada a 
receitas antecipadas, soluções enlatadas. “Diz como a organização deveria 
funcionar em vez de explicar seu funcionamento” (CHIAVENATO, 2000). 
Profa. Débora de Gois Santos 13
 
8. Abordagem de sistema fechado 
Esta abordagem encara a organização como se ela existisse no vácuo, sem 
influencias externas. Expressa um comportamento mecânico, previsível e 
determinístico. 
 
 A Administração Científica foi o primeiro passo na busca de uma teoria 
administrativa e causou mudanças irreversíveis. Com a primeira Guerra Mundial 
(1914), os princípios de Taylor foram intensamente utilizados na indústria e no 
exército. Diz-se que ele produziu mais conhecimentos e mudanças em um curto 
espaço de tempo. 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
1. CHIAVENATO, I. Introdução à teoria da administração. 6ª edição. Rio de 
Janeiro: Editora Campus, 2000, 700p.

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