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Resumão Ied II av1

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[RESUMÃO PARA A AV1]
RELAÇÃO JURÍDICA → É o vínculo entre duas ou mais pessoas, ao qual as normas jurídicas atribuem efeitos obrigatórios. 
Obs: Toda relação jurídica é também uma relação social, no entanto, nem toda relação social se constitui em uma relação jurídica. 
SITUAÇÃO JURÍDICA → Condição das coisas e das pessoas, em relação a outras, conforme é estabelecido pela própria lei.
FATO JURÍDICO → O fato jurídico (lato sensu) é o elemento que dá origem aos direitos subjetivos, impulsionando a criação da relação jurídica, concretizando as normas jurídicas.
Os Direitos subjetivos não surge diretamente do Direito objetivo, é necessário uma “força” de propulsão ou causa, que se denomina fato jurídico. 
DIREITO OBJETIVO → É o conjunto de normas que compõem o ordenamento jurídico de um país, e estabelecem as regras pelas quais se regem as condutas e as relações humanas no contexto social, por exemplo: O Código Civil Brasileiro. 
DIREITO SUBJETIVO → é a situação jurídica, consagrada por uma norma, através da qual o titular tem direito a um determinado ato face ao destinatário. Em geral, o direito subjetivo é consagrado por uma norma de direito que conduz a uma relação trilateral entre o titular, o destinatário e o objeto do direito.
Direito, em sentido subjetivo, quer significar o poder de ação assegurado legalmente a toda pessoa para defesa e proteção de toda e qualquer espécie de bens materiais ou imateriais, do qual decorre a "faculdade de exigir" a prestação ou abstenção de atos, ou o cumprimento de obrigação, a que outrem esteja sujeito chamam-no, por isso de "facultas agendi".
Classificações do Direito Subjetivo: 
Público ou Privado → a distinção entre direito subjetivo público e privado tem por parâmetro a pessoa do sujeito passivo da relação jurídica, de modo que quando o obrigado for pessoa de direito público, o direito subjetivo será público. Do contrário, quando o obrigado for pessoa de direito privado, o direito subjetivo será igualmente privado. 
* O Direito subjetivo público divide-se em: 
I - Direito de liberdade;
II- Direito de ação;
III – Direito de petição; 
IV - Direitos políticos;
* O Direito subjetivo privado divide-se em:
I – Patrimoniais → Possuem valor de ordem material. 
 1. Reais (objetos, bem, móveis e imóveis).
 2. Obrigacionais (Crédito ou prestação pessoal). 
 3. Sucessórios (Herança).
 4. Intelectuais (autoria sobre uma obra ou invenção). 
II – Não patrimoniais → Possuem natureza moral. 
 1. Personalíssimos (direito à vida, moral, integridade, nome). 
 2. Familiais (de vínculo familiar). 
* Quanto à eficácia dos direitos subjetivos, classificam-se em:
(1) 
Absolutos → diz-se absolutos aqueles em que a coletividade como um todo figura como sujeito passivo da relação, podendo esses direitos ser, portanto, exigidos contra todos (erga omnes). Ex: Direito da propriedade. 
ou
Relativos → são os que obrigam apenas pessoa (s) determinada (s), com a (s) qual (is) o sujeito ativo mantém vínculo decorrente de contrato, ato ilícito ou por imposição legal (inter partis). Ex: Direito de locação. 
(2) 
Transmissíveis → Podem passar de um titular para o outro. 
 Obs: Direitos reais são em regra transmissíveis. Dar-se-á: 
 Inter vivos (ex: Contrato de locação).
 Causa mortis (ex: Sucessão). 
 ou
Não transmissíveis → Existe a impossibilidade de transferência, por uma questão fática ou real. 
 Obs: Direitos personalíssimos são sempre intransmissíveis. 
(3) 
Renunciáveis → são aqueles que admitem que o sujeito ativo, por ato de vontade, deixe a condição de titular do direito sem a intenção de transferi-lo a outrem (ex: Isenção de impostos).
ou 
Irrenunciáveis → São os que não se pode renunciar (ex: Direitos personalíssimos). 
AQUISIÇÃO DO DIREITO → É tornar-se titular de um direito. 
Classificações da aquisição: 
(1)
Originária → Ocorre quando o sujeito torna-se titular, sem que haja qualquer relacionamento jurídico que envolva outro sujeito na qualidade de titular anterior. Não há precedentes, portanto, não existe transferência de direitos. Ex: Carro 0km. 
ou
Derivada/Secundária → Contrária a anterior, decorre de uma transmissão de direitos de um titular precedente a um titular subseqüente. Ex: Doação. 
* A aquisição Derivada pode dividir-se em: 
I – Translativa → Há uma transferência total do direito para o seu novo titular. 
ou
II – Constitutiva → O titular anterior ainda mantém alguma parcela do direito. Ex: Doação de um imóvel aos filhos, com uma cláusula de usufruto em favor dos doadores. 
(2)
Por ato próprio → Quando o sujeito possui plena capacidade civil, para adquiri-lo sem intermédio de outros. 
ou
Por ato de outrem → Quando um terceiro intervém na relação, mesmo que temporariamente, para que a aquisição se dê. 
* A aquisição por ato de outrem divide-se em: 
I – Voluntária → Ocorre por representação convencional. Por meio de mandato, gestão de negócios e estipulação em favor de terceiros. 
ou
II – Legal → Neste caso, não há como a aquisição ocorrer, se não por intermédio de terceiro. Ex: Os absolutamente incapazes adquirem direitos via seus representantes legais. (Poder familiar, tutela ou curatela) 
(3)
Atual → É o direito que já está em condição de ser exercido, pois incorporou-se imediatamente ao patrimônio do adquirente. Ex: Compra à vista de um imóvel. 
ou
Futura → Ocorre quando a aquisição, por ocasião da realização do negócio, ainda não se operou, pois sua efetividade depende de uma condição ou prazo. Ex: Compra de um imóvel à prazo. 
MODIFICAÇÃO DO DIREITO → Os direitos podem sofrer transformações em seu conteúdo ou objeto e ter seu titular alterado, porém, sem modificar-se sua substância. 
Classificações da modificação do direito: 
Subjetiva → Quando se altera a pessoa titular do direito, porém a relação jurídica mantém-se a mesma, transmitindo todas as prerrogativas do direito que possuía. 
* A modificação subjetiva do direito dividi-se ainda em: 
I - Inter vivos → O direito transfere-se de um sujeito para o outro, por manifestação de vontade na relação jurídica. Ex: É o caso da cessão de crédito, quando o credor transfere sua posição ativa no vínculo obrigacional a um cessionário que passa a fazer as vezes do credor originário. 
ou
II – Causa mortis → O direito é alterado ou transferido em função do falecimento de um dos sujeitos. Ex: O herdeiro sucede o de cujus em seus direitos e obrigações. 
ou
Objetiva → É objetiva a modificação que atinge o objeto da relação jurídica.
* A modificação objetiva dividi-se ainda em: 
I – Qualitativa → Altera-se o objeto do direito sem que sua essência seja alterada. Ex:  É o caso de obrigação cujo pagamento foi acertado em dinheiro e é realizado por meio de cheque. Não há alteração quantitativa do crédito. 
ou
II – Quantitativa → O direito permanece o mesmo, mas com acréscimo ou diminuição. Ex: o caso do aluvião, em que as terras marginais de cursos de água podem aumentar ou diminuir, alterando a “quantidade” da propriedade.
EXERCÍCIO DO DIREITO → A defesa dos direitos se exercita, dentre outras formas, através de alguns mecanismos extrajudiciais preventivos (ex.: cláusula penal, arras, fiança), de alguns mecanismos de autodefesa (ex.: legitima defesa da posse - desforço imediato – art. 1210, §1º, CC) e da via judicial (“a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito” – art. 5º, XXXV da CF/88).
Fases do Processo: 
1° – Postulatória → começa com a iniciativa das partes, através de seu requerimento, suas pretensões (petição inicial). Preponderam os atos em que as partes (e eventuais terceiros) apresentam ao Estado (juiz) o material sobre o qual discutem as razões de seu conflito e a tutela jurisdicional que se aguarda; 
 * É o ato processual pelo qual a parte autora, exercendo o direito de ação (demanda), deduz pretensão em juízo, buscando obter tutela jurisdicional atravésda instauração do processo. 
2° - Instrutória → é a fase probatória, de produção de provas para formação do convencimento do juiz sobre os fatos relevantes e pertinentes para o julgamento;
3° Decisória → o juiz profere sentença. Ele decide reconhecendo ou não a existência do direito reclamado pelo autor. 
4° Recursal → É a revisão de atos jurídicos praticados nos procedimentos e processos. Só ocorre quando as partes recorrem da decisão judicial. 
Ações → São instrumentos técnicos processuais que tramitam no judiciário na intenção do exercício de direitos. Podendo ocorrer com o intuito de declaração, condenação ou até mesmo anulação.
* Classificação das ações: 
I – Anulatória → É a ação que modifica, altera ou extingue o fato existente. Há um prazo para que se inicie a ação, caso não seja respeitado ocorre a prescrição. 
II – Condenatória → Sendo também uma ação prescritível (c/ prazo), a ação condenatória visa obrigar um sujeito a fazer ou deixar de fazer algo, em virtude de uma sentença. 
III – Declaratória → Tem como objetivo declarar a existência ou inexistência de uma relação jurídica, de um direito subjetivo. 
EXTINÇÃO DO DIREITO → Existe uma diferença entre a perda e a extinção do direito propriamente dito. A perda do direito ocorre quando há o desligamento do seu titular, e passa a existir no patrimônio de outrem. A extinção do direito visa o desaparecimento do direito para qualquer titular. O decurso do tempo, estipulado em lei, faz extinguir o direito. 
Modos de extinção: 
I – Prescrição → Consiste na perda da pretensão, isto é, extingue-se a pretensão após decorrer o prazo disposto em lei, porém, permanece o direito. 
 * Por pretensão, compreende-se o poder de exigir de outrem, em juízo, uma prestação. A violação de um direito, por conseguinte, gera para o seu titular uma pretensão, e por meio de uma ação judicial o autor busca satisfazê-la.
II – Decadência → É a perda do direito potestativo, ou seja, extingue-se o direito após o término do prazo previsto em lei. Devemos salientar que o objeto da decadência é o direito, diferente da prescrição que atinge a pretensão. 
III – Preclusão → É a perda da faculdade ou direito processual por não exercício em tempo útil, porém, diferentemente da prescrição e decadência, ocorre apenas com o processo em andamento.

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