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conceitos sociológia

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1GLEXANDRE DE SOUZA CALIXTO
SOCIOLOGIA DO DIREITO – CONCEITOS CENTRAIS
KARL MARX
– Materialismo dialético: A realidade está em constante transformação, que acontece por meio da contradição, contida em todos os seres, sendo tudo uma evolução dialética, a 1° coisa que temos é o idealismo, depois vem a matéria, que é a negação da ideia, sendo a síntese disso a cultura (história) e o Estado.( visão Hegeliana)
Para Marx referente ao materialismo dialético- é da necessidade de contradizer as matérias que vem o pensamento, e não o contrário como Hegel.
materialismo histórico: No materialismo histórico de Marx, o pensamento não vem primeiro, e sim a realidade, somente com trabalho que se dá a sociedade, isto é, a vida começa das necessidades. E. os homens para suprir suas necessidades se transformam.
– Luta de classes: o conflito de classes é o motor da história, pois da mesma forma que os burgueses (capitalistas) derrotaram os feudalistas, os trabalhadores farão o mesmo, instaurando um regime em que as desigualdades diminuirão.
– Classes do capitalismo: proletariado- trabalhadores, vendedores da força de trabalho e burguesia- donos dos meios de produção. 
– Classe em si: constituição de uma classe através dos tempos, em que o capital já encara como uma classe, mas ainda não se reconhecem desse modo.
e classe para si: é quando se reconhecem como uma classe, se reunindo para defender os interesses da classe.
– consciência de classe: crenças e atitudes de uma pessoa frente a sua classe social, inclusive quanto aos interesses e a estrutura de sua classe social.
– Trabalho: ação de transformar as coisas da natureza.
– Capital: quando um produto de trabalho é transformado em mercadoria, o lucro dessa mercadoria quando investido torna-se capital.
– Mais-valia: apropriação do proprietário dos meios de produção da renda destinada ao trabalhador, um dos responsáveis pela acumulação de riqueza.
– Alienação: Trabalhador se relaciona com o produto como algo alheio, trabalhador não tem domínio sobre sua atividade e vida pessoal se autoalienando, proletário trabalha apenas por necessidade e não como meio de vida través das crises programadas e do exército de reserva, e o trabalho em etapas, fazendo com que o homem não saiba o que representa no preço das coisas, pois não é o detentor dos meios de produção.
– Infraestrutura: forças produtivas+ relações de produto ( meios de produção), com a geração do excedente se dá a apropriação de bens, que gera as classes sociais, para garantir a dominação de uma classe necessita da superestrutura 
e superestrutura; Estado, por meio da força (economicamente)
– Estado e Direito: Estado surge da necessidade de integrar e organizar a sociedade para que ela possa prosseguir com seus interesses econômicos, de um modo em que gradativamente vai adquirindo caráter de poder nacional do capital sobre o trabalho; e o direito burguês é um mero eco dos partidos populares burgueses. Estado e direito são modos que permitem a distribuição desigual do poder.
– Ideologia: uso das ideias para legitimar as classes dominantes, por meio da dominação intelectual, exemplo de ideologia de dominação é o Estado liberal
– Emancipação política e emancipação humana: A emancipação política não deve libertar o homem de sua religião e sim lhe dar o direito e a liberdade à religião. Dessa forma, a religião não é um obstáculo à emancipação dos judeus. E a emancipação humana só se dará quando os trabalhadores derrotarem o capitalismo e estabelecerem o comunismo, dando fim a exploração
EMILE DURKHEIM 
– Fato social: Uma criação que tem uma finalidade social e é na própria vida social que encontra sua fundamentação, sua justificativa. Meios de pensar e agir, que se reproduzem pela sociedade.
– Solidariedade mecânica: culturas com baixas divisões do trabalho (geralmente agrária), apresentam o tipo mecânico, que é caracterizado pelas experiências comuns e crenças compartilhadas, sendo repressivo de um modo em quem desafia a vida convencional é punido.
e solidariedade orgânica: Veio com a industrialização, que promoveu maior divisão de trabalho, que fez surgir a solidariedade orgânica, mantida pela interdependência econômica das pessoas e pelo reconhecimento da contribuição dos demais, de um modo em que ninguém produz tudo que consome.
– Divisão social do trabalho
– Anomia: Perder a crença em tudo que a sociedade apresenta, falta de coesão com a sociedade, perda de referência.
– Suicídio anômico: Perda de dimensão provocada por crises econômicas ou divórcio (perda de referência, expectativas, desilusões)
egoísta: baixa integração com a sociedade
altruísta: integração em excesso com a sociedade, colocando a sua vida para um bem da sociedade, ex: homens bombas
– Direito e moral: Moral é punitiva, porém as sanções são dadas pela sociedade (sem limites pré estabelecidos), direito é a cristalização da moral, porém, são diferente por que as sanções são limitadas e com um certo padrão de organização.
Kelsen, diferencia a moral e o direito é quanto menos esclarecida é a sociedade mais tendem a usar a moral. Ademais, moral pode ser aplicada por qualquer um, enquanto pelo direito as sanções vem de encarregados de instituí-la.
– em que são semelhantes e em que se diferenciam (sanção, aplicação difusa e organizada): sanção é definida como a característica que mais facilmente permite identificar um fato moral ou um jurídico, na medida em que consiste no efeito, positivo ou negativo, provocado por uma regra moral ou jurídica( sobre o agente que infringiu a regra, constitui aquilo que chamamos de sanção)
– Dualidade da moral: dever e bem (satisfação e desejo por observar o ideal social compartilhado): Ao mesmo tempo em que a moral tem poder de coerção social. Porém, também se demonstra como algo agradável que todos desejam.
Ex. Ao mesmo tempo que a moral se impõe a nós, nós aderimos a ela.
– Crime – ofensa à consciência coletiva - normalidade, patologia, algo desejável (pressão por transformação da moral existente): A essência do crime não reside2GLEXANDRE DE SOUZA CALIXTO
 no ato em si, mas no fato de que constitui uma ofensa grave a consciência comum por ser criminoso, mas que é criminoso porque ofende a consciência comum, é na própria consciência coletiva que se deve buscar as explicações para aquilo que se deve buscar as explicações para aquilo que é considerado um crime em determinada sociedade, afinal, o crime é aquilo que coloca em risco a validade dessas representações que constituem essa consciência, que é a maior fonte de autoridade moral, o crime é uma ofensa a essa autoridade, pois não há força moral superior ao indivíduo, salvo a consciência coletiva. Um fato social é “normal” quando ele é o que deveria ser e é considerado patológico, quando deveria ser de outro modo, quando ameaça a existência da vida social, enquanto um organismo minimamente integrado, ou pode ser simplesmente desviante. Portanto, o próprio sentido de normal tem seu sentido e sua validade determinado na relação com um fim- o que deveria ser- previamente estabelecido.
– Pena/sanção: Sanção é uma reação predeterminada, podendo ser tanto positiva quanto negativa, positiva acontece dando recompensas para quem segue um tipo de conduta, a sanção negativa é mais evidente, a sanção negativa consiste em uma punição, ou em termos mais técnicos pena.
– Direito Penal: diferenças entre sociedades pautadas na solidariedade mecânica e orgânica: – guardião dos valores morais e sacralidade, reação passional da sociedade
Sua importância na manutenção da solidariedade social seja menor do que nas sociedades com solidariedade orgânica, ele continua a desempenhar. O Direito Penal continua a assumir um certo papel de “guardião” dos valores sociais mais importantes, dotados de uma certa sacralidade, uma vez que são expressão da consciência coletiva. 
– Pena/sanção: críticas à retribuição (penitência/expiação) e à prevenção, finalidade de restituir respeito pela lei (credibilidade): A pena é o que garante que os crimes não abalem a
constituição, quando as violações não são punidas, a própria constituição perde sua credibilidade, implicando um enfraquecimento dos ideais sociais que ela expressa. Portanto, esse deveria ser o fundamento da pena, e não uma expiação ou uma forma de vingança, pois na verdade se a expiação do crime fosse a verdadeira essência da pena se realizaria de maneira muito imperfeita, isso porque “nem o castigo escolar, nem a pena propriamente dita, provocam um verdadeiro sofrimento nas naturezas fundamentalmente rebeldes”.
MAX WEBER 
– sociologia compreensiva: foca no indivíduo- ação social, diz que não dá para estudar o homem igual estudam a natureza, pois o próprio estudioso também é objeto de estudo, não conseguindo analisar de fora, além de que o homem não é estático igual à natureza, por isso não é possível atribuir leis ( regras gerais) para os homens. Weber quer analisar a ação social em conjunto com leis causais para explicar a ação social
– tipos ideais: modelo simplificado de realidade completa, auxilia na explicação dos fenômenos, tem possibilidades e limites, o sociólogo deve fundamentar o tipo ideal focando na realidade.
– ação e ação social: Ação social é a ação em que o sentido visado refere-se ao comportamento dos outros, o sentido ou o significado da ação faz virar ação social. Existem pelo menos 4 tipos de ação social, a referente a fins (mais racional de todas), a valores que não se pauta nas consequências, afetiva: escolha a partir daquele momento, tradicional sem pensar no que está fazendo (irracional) ex: não religiosos que batizam os filhos por costumes
– relação social: seria uma conduta de indivíduos, reciprocamente orientada e dotada de sentido partilhado pelos diversos agentes de determinada sociedade. Ex: tomar café pela manhã é um hábito de grande parte dos brasileiros.
– dominação: legal, racional e carismática: O direito está relacionado a todas elas, e cada um destes tipos puros é dotado de uma forma característica de processo judicial e uma base característica para a legitimação de suas ideias; Nas formas de dominação tradicional a tomada de decisão é empírica e justificada com base em tradições imutáveis; Nas carismáticas, a população aceita o que lhe é imposto, porque ela se origina de um líder extraordinário e toma a forma de tomada de decisões caso a caso ou instantâneas. Nesses dois o direito torna-se legítimo por fatores externos, mas quando há uma racionalização do direito ele mesmo torna seu princípio da legitimação. A dominação nesse caso é baseada na racionalidade lógico-formal, que pode existir apenas no contexto deste tipo de dominação.
A dominação legal existe quando estão previstas as seguintes condições, 1- Não há normas de aplicação geral estabelecidas 2- acredita-se que o corpo do direito é um sistema consistente de regras abstratas e que a administração do direito consiste na aplicação destas regras a casos particulares, e é limitado por elas;4- deve-se obediência ao direito e não a outra forma qualquer de organização social; e 5- deve-se obediência apenas dentro de uma esfera delimitada racionalmente (jurisdição)
– racionalização e burocracia: A racionalização substancial, por outro lado é de certo modo, governado por regras, que são princípios de um corpo de pensamento externo ao direito, tal como uma religião, uma filosofia ética ou uma ideologia, como não existe um resultado específico que vai ocorrer este direito demos mostra um baixo grau de racionalização
O direito formalmente racional é necessário para que seja criada uma situação na qual a dominação possa ser racionalmente legitimada, outras formas de legitimação desencorajamo surgimento do direito racional. As ordens devem ser obede3GLEXANDRE DE SOUZA CALIXTO
cidas apenas se puderem ser relacionadas a princípios eternos, imutáveis. Weber observou que a autoridade burocrática (ou jurídica) é especificamente racional no sentido de estar ligada a regras intelectualmente analisáveis, enquanto a autoridade carismática é especificamente irracional no sentido de ser estranha a todas as regras.
A calculabilidade do direito europeu foi a principal contrib4GLEXANDRE DE SOUZA CALIXTO
uição para a atividade econômica capitalista.
– Legalismo e capitalismo: Na sociedade legalista a principal fonte de organização é normativa que é um conjunto de regras logicamente consistente, elaborado de forma especializada, só podendo ser aplicado por profissionais treinados. Normas jurídicas elaboradas por esse método podem ser empregadas na resolução de conflitos entre membros da sociedade, para que esse sistema funcione, deve haver uma clara diferenciação de outras fontes de organização normativa. Weber enfatiza constantemente o fato de que “ o poder tem razões que a própria razão desconhece”. Habilidades, papéis, tipos de pensamento característicos são necessários para que uma sociedade elabore e conserve regras universais, esse modelo pode ser chamado de legalismo, para sugerir uma sociedade dominada por um sistema de regras autônomas. O direito racional e a dominação legal desenvolveram uma relação de simbiose. Em sua sociologia econômica, Weber ressaltou a importância de dois aspectos do direito para o desenvolvimento capitalista: 1- seu relativo grau de calculabilidade e 2- sua capacidade de desenvolver provisões substantivas. O capitalismo requer uma organização normativa altamente calculável. O direito moderno e racional, poderiam prover a calculabilidade necessária. Weber afirmava que o capitalismo “não teria continuidade se o controle de seus recursos não fosse resguardado pela coação jurídica estatal, se seus direitos formalmente jurídicos não forem resguardados do uso da força. O legalismo oferece a combinação perfeita entre coação e previsibilidade, a autonomia está intimamente ligada ao problema da previsibilidade. O sistema de direito autônomo em uma sociedade legalista é uma instituição complexa, organizada para aplicar a coação em concordância a regras gerais, por meio de processos lógicos ou puramente cognitivos. Assim, o sistema de direito teria de ser autônomo tanto em relação a outras fontes normativas quanto em relação a fontes de poder puro e simultaneamente, controlar os efeitos adversos destes dois tipos de fonte para o bem do capitalismo. O legalismo dá legitimidade à dominação dos capitalistas sobre os trabalhadores. O legalismo reforça o estado ao restringir, aparentemente suas ações, ao submetê-lo a um sistema de regras, aumenta sua legitimidade e, portanto, sua autoridade ou seu poder efetivo.

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