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5.4 Produto, desemprego e inflação

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Produto, desemprego e inflação
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 1
O equilíbrio no médio prazo
Produto, desemprego e inflação
Prof. Carlos Henrique Horn
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Faculdade de Ciências Econômicas
Departamento de Economia e Relações Internacionais
ECO-02/236 – Teoria Macroeconômica I
Estrutura da exposição
Referência: Blanchard (2011): cap. 9
O capítulo examina as relações entre a atividade econômica 
(produto, emprego e desemprego), o crescimento da moeda 
nominal e a inflação.
1. Produto, desemprego e inflação.
– Lei de Okun.
– Curva de Phillips transformada.
– Relação de demanda agregada (relação DA).
2. Efeitos do crescimento da moeda nominal.
3. Desinflação.
2
Produto, desemprego e inflação
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 2
Produto, desemprego e inflação
Descrevemos a economia por meio de três relações:
• Lei de Okun: relação entre o crescimento do produto e a 
mudança no desemprego.
• Curva de Phillips: relação entre desemprego, inflação e 
inflação esperada.
• Relação de demanda agregada (relação DA): relação entre 
crescimento do produto, crescimento da moeda e inflação.
Tratamos, inicialmente, de cada uma dessas relações 
individualmente.
3
Lei de Okun
Crescimento do produto e mudança no desemprego
• Nos capítulos 6 e 7, adotamos os seguintes supostos:
– Força de trabalho (L) constante.
– Produtividade do trabalho igual a 1 (A = 1).
• A taxa de desemprego (u) varia em linha com o produto (Y):
Temos: u = U/L = (L – N)/L = 1 – (N/L).
Como Y = AN, dado A = 1 (logo Y = N), resulta: u = 1 – (Y/L).
• Sob tais supostos, a mudança no desemprego entre um ano e 
outro (ut – ut-1) acompanha a variação no produto (–gyt):
ut – ut-1 = –gyt
4
Produto, desemprego e inflação
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 3
Lei de Okun
Crescimento do produto e mudança no desemprego
• Porém: os efeitos de variações no produto sobre o desemprego não 
são proporcionais:
– Força de trabalho (L) pode mudar (fatores demográficos).
– Produtividade do trabalho (A) pode mudar.
Isto afeta a relação:
u = 1 – (N/L) = 1 – [(Y/A)/L]
• Se a força de trabalho (L) aumentar, o emprego deve aumentar na 
mesma proporção para manter u constante. Dada a produtividade 
(A), o produto (Y) deve crescer na mesma proporção.
Se a produtividade (A) aumentar, o produto (Y) deve crescer na 
mesma proporção para manter emprego (N) e desemprego (u) 
constantes.
5
Lei de Okun
Crescimento do produto e mudança no desemprego
1. Há uma taxa de crescimento do produto mínima necessária para 
manter a taxa de desemprego constante: taxa de crescimento 
normal (ĝy).
Uma medida de ĝy: soma das taxas de crescimento médias da força de 
trabalho (L) e da produtividade (A) num período de tempo mais longo.
Portanto, para haver redução no desemprego, é necessário:
gyt > ĝy
2. Qual o efeito (β) da diferença entre gyt e ĝy sobre o desemprego (u)?
– Se β = 1, o efeito é proporcional.
– Se β < 1, o efeito é menos do que proporcional.
A situação β < 1 parece ser o caso normal. Por que?
6
Produto, desemprego e inflação
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 4
Lei de Okun
Crescimento do produto e mudança no desemprego
A situação β < 1 parece ser o caso normal. Por que?
• Empresas ajustam o emprego menos do que proporcionalmente 
em resposta à variação no produto.
– Há trabalhadores necessários independentemente do nível de 
produção nas firmas.
– Há motivos para não despedir na recessão (custos de seleção e 
treinamento) e não contratar imediatamente na recuperação (usam 
horas extras).
• A força de trabalho muda por fatores econômicos (não apenas 
demográficos), acompanhando o ciclo.
– Na recuperação, há ativação do ingresso na força de trabalho (jovens e 
desalentados).
– Na recessão, há desocupados que abandonam a força de trabalho 
(desistem de procurar emprego). 
7
Lei de Okun
Crescimento do produto e mudança no desemprego
• Expressamos a Lei de Okun da seguinte forma:
ut – ut-1 = –β(gyt – ĝy)
• Assim:
– Crescimento do produto acima do normal reduz a taxa de 
desemprego.
Se gyt > ĝy → ut < ut-1. 
– Crescimento do produto abaixo do normal aumenta a taxa de 
desemprego.
Se gyt < ĝy → ut > ut-1.
8
Produto, desemprego e inflação
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 5
Lei de Okun
Crescimento do produto e mudança no desemprego, EUA, pós-1970
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Lei de Okun
Coeficiente da Lei de Okun (β) para vários países e épocas
10
País 1960-1980 1981-2000
Estados Unidos 0,39 0,42
Alemanha 0,20 0,29
Reino Unido 0,15 0,51
Japão 0,02 0,11
Fonte: Blanchard (2011), p. 169.
Produto, desemprego e inflação
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Carlos Henrique Horn 6
Curva de Phillips
Desemprego, inflação e inflação esperada
• No capítulo 8, a relação de oferta agregada foi expressa como uma 
relação entre inflação, inflação esperada e desemprego, ou Curva 
de Phillips transformada:
πt = πet – α(ut – un)
• Supondo que a inflação esperada corresponda à inflação do ano 
anterior, temos:
πt – πt-1 = –α(ut – un)
• Assim:
– Desemprego efetivo acima do desemprego natural leva a uma redução 
da inflação: ut > un→ πt < πt-1.
– Desemprego efetivo abaixo do desemprego natural leva a um aumento 
da inflação: ut < un→ πt > πt-1.
11
Relação de Demanda Agregada
Crescimento do produto, crescimento da moeda e inflação
• No capítulo 7, a relação de demanda agregada tem por base o 
equilíbrio no mercado de bens e nos mercados financeiros:
Yt = Y (Mt/Pt , Gt , Tt)
• Focando na relação entre estoque real de moeda e produto e 
supondo uma relação linear entre ambos, reescrevemos a relação 
DA entre níveis de Y, M e P:
Yt = γ(Mt/Pt)
• Já uma relação DA entre taxas de crescimento é dada por:
gyt = gmt – πt
Assim:
– Se gmt > πt → gyt > 0 (crescimento do produto positivo).
– Se gmt < πt → gyt < 0 (“crescimento do produto baixo, possivelmente 
negativo”).
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Produto, desemprego e inflação
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 7
Efeitos do crescimento da moeda
Temos, em síntese, as seguintes relações:
• Lei de Okun
ut – ut-1 = –β(gyt – ĝy)
• Curva de Phillips:
πt – πt-1 = –α(ut – un)
• Relação DA:
gyt = gmt – πt
Com base nessas relações, examinamos os efeitos do crescimento 
da moeda nominal sobre o produto, o desemprego e a inflação 
(ver Figura 9.2).
– Primeiro, médio prazo: onde a economia chega quando todos os 
ajustes tiverem ocorrido.
– Segundo, curto prazo: a dinâmica do ajuste.
13
Efeitos do crescimento da moeda
14
Produto, desemprego e inflação
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 8
Efeitos do crescimento da moeda: médio prazo
• Suponha uma taxa de crescimento constante da moeda (ĝm).
Considere-a uma regra de política monetária.
• Questão: qual o crescimento do produto, do desemprego e da 
inflação?
• No médio prazo, “a taxa de desemprego deve ser constante”.
A taxa de desemprego converge para a taxa natural de 
desemprego.
Este é o ponto de partida e hipótese fundamental.
Tudo mais decorre dessa hipótese.
15
Efeitos do crescimento da moeda: médio prazo
• O exame dos ajustes no médio prazo é um exame de consistência 
entre as relações básicas.
• Dado ut = ut-1, temos:
1. Lei de Okun: ut – ut-1 = –β(gyt – ĝy)
Efeito: gyt = ĝy. Produto deve crescer à sua taxa de crescimento normal 
quando a taxa de desemprego não varia.
2. Relação DA: gyt = gmt – πt. Logo: πt = gmt – gyt.
Efeito: dado ĝm e ĝy, πt = ĝm – ĝy. Se definirmos essa diferença como o 
crescimento ajustado da moeda nominal, temos que a inflação, nomédio prazo, é igual ao crescimento ajustado da moeda nominal.
3. Curva de Phillips: πt – πt-1 = –α(ut – un)
Efeito: com inflação constante, ut = un. Taxa de desemprego efetiva
igual à taxa de desemprego natural.
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Produto, desemprego e inflação
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Efeitos do crescimento da moeda: médio prazo
• Conclusão. No médio prazo:
– Crescimento do produto é igual à taxa de crescimento normal.
– Taxa de desemprego é igual à taxa natural de desemprego.
Ambos independem do crescimento da moeda nominal.
– Crescimento da moeda nominal afeta apenas a inflação.
• Comentários:
– Consistência do modelo associada à hipótese inicial de que o 
desemprego não varia no médio prazo.
– Hipótese da tendência do desemprego à taxa natural. Resultados são 
“a extensão natural dos resultados derivados no capítulo 7” (p. 171).
17
Efeitos do crescimento da moeda: curto prazo
• Suponha que a economia esteja em um equilíbrio de médio prazo e 
o BC decide diminuir a taxa de crescimento da moeda nominal.
• O que acontece no curto prazo?
1. Relação DA: gyt = gmt – πt
Dada πt, menor gmt leva a menor crescimento da moeda real, aumento da 
taxa de juros e redução do crescimento da demanda agregada e do 
produto.
2. Lei de Okun: ut – ut-1 = –β(gyt – ĝy)
Crescimento do produto abaixo do normal (gyt < ĝy) leva ao aumento no 
desemprego.
3. Curva de Phillips: πt – πt-1 = –α(ut – un)
Desemprego acima do natural leva à desinflação (πt < πt-1).
Portanto: Aperto na política monetária reduz ritmo de crescimento do 
produto e diminui inflação.
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Produto, desemprego e inflação
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Efeitos do crescimento da moeda
Exemplo numérico simples de Blanchard
• No equilíbrio de médio prazo (ano 0), a economia apresenta:
– Crescimento normal do produto: ĝy = 3%
– Taxa natural de desemprego: un = 6%
– Crescimento da moeda nominal: gmt = 8%
– Portanto, inflação: πt = gmt – gyt = 8% – 3% = 5%
• BC promove aperto inicial na política monetária, reduzindo o 
crescimento da moeda real em 2,5 pp abaixo da tendência no ano 
1 e aumentando em 2,5 pp acima da tendência no ano 2.
O que acontece? Ver Tabela 9.1. 
19
Efeitos do crescimento da moeda
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Produto, desemprego e inflação
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Desinflação
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Blanchard discute o dilema do Fed em 1979.
• Economia está em equilíbrio de médio prazo.
– Desemprego: taxa natural de desemprego (u = 5,8% ≈ un)
– Crescimento: taxa de crescimento normal (gy = 2,5% ≈ ĝy)
– Inflação considerada elevada: π = 13,3%.
• Há um consenso de que inflação deve ser reduzida (desinflação).
Mas a redução no crescimento da moeda nominal implica o 
aumento no desemprego por algum tempo.
Uma vez iniciado o processo, como prosseguir? 
Desinflação: enfoque tradicional
22
• A redução na inflação exige o aumento no desemprego.
Curva de Phillips:
πt – πt-1 = –α(ut – un)
Qual o montante necessário de aumento no desemprego?
• Definamos, primeiro, ano-ponto de excesso de desemprego:
É a diferença entre ut e un em 1 pp por ano.
Exemplo: dado un = 6% e ut = 8% durante quatro anos, temos 8 
anos-ponto de excesso de desemprego: 4 x (8 – 6) = 8.
Produto, desemprego e inflação
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Desinflação: enfoque tradicional
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• Supondo que o BC deseja reduzir πt de 14% para 4% e que α = 1 
(para simplificar), isto pode ser obtido de várias maneiras:
i. Aumento de ut em 10 pp durante um ano.
ii. Aumento de ut em 5 pp durante dois anos.
iii. Aumento de ut em 2 pp durante cinco anos.
iv. Aumento de ut em 1 pp durante dez anos.
• Em qualquer caso, o número de anos-ponto de excesso de 
desemprego é o mesmo:
i. (14 – 4) x 1 = 10.
ii. (14 – 9) x 2 = 10.
iii. (14 – 12) x 5 = 10.
iv. (14 – 13) x 10 = 10.
• Conclusão: BC pode alterar a distribuição do excesso de desemprego ao 
longo do tempo, mas não pode alterar o número total de anos-ponto de 
excesso de desemprego.
Desinflação: enfoque tradicional
24
• O número de anos-ponto de excesso de desemprego expressa um 
sacrifício do processo de desinflação.
Considere a razão de sacrifício como o número de anos-ponto para 
obter uma diminuição da inflação em 1 pp.
Razão de sacrifício = Anos-ponto de excesso de desemprego
Diminuição da inflação
• Da Curva de Phillips, temos que um excesso de desemprego de 1 pp
leva a uma redução de α x 1 pp na inflação.
Logo, uma redução da inflação de 1 pp requer um aumento no 
desemprego de 1/α (razão de sacrifício) em um ano.
Produto, desemprego e inflação
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Carlos Henrique Horn 13
Desinflação: enfoque tradicional
25
• A razão de sacrifício não depende da política econômica.
Isto implica que a velocidade da desinflação é irrelevante?
Uma tentativa de obter a diminuição da inflação em um ano pode 
ter efeitos dramáticos.
• Considere a Lei de Okun: ut – ut-1 = –β(gyt – ĝy).
No caso Fed 1979 (com α=1), reduzir a inflação de 14% para 4% em 
um ano implicaria: 14% – 4% = – 0,4(gyt – 3%).
Logo: gyt = – 22%!
• A queda abrupta da inflação levaria a uma enorme redução do 
crescimento, a falências e a aumentos ainda maiores do 
desemprego em grupos específicos.
Desinflação: enfoque tradicional
26
• Os efeitos da política sobre o produto e o emprego pode levar o BC 
a preferir alongar a desinflação no tempo.
• Dois grupos desafiam o enfoque tradicional:
– Grupo 1: enfatiza o papel das expectativas e de como alterações 
na formação das expectativas podem alterar o custo da 
desinflação.
– Grupo 2: enfatiza os contratos e a rigidez nominal de salários.
Produto, desemprego e inflação
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
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Desinflação: expectativas e credibilidade. Grupo 1
27
• Crítica de Lucas (Robert Lucas, Universidade de Chicago): pode ser 
muito errado tomar relações baseadas em dados passados para se 
preverem os efeitos de uma grande mudança na política 
econômica.
Agentes podem mudar expectativas.
• No limite, se fixadores de salários passarem a operar com base em 
πe = 4%, a desinflação pode ocorrer sem aumento do desemprego:
πt = πe – α(ut – un)
4% = 4% – 0% 
• Haverá algum desemprego, mas sacrifício pode ser reduzido em 
face da credibilidade da política monetária (Thomas Sargent, 
Universidade de Chicago). 
Credibilidade é maior em programas claros e rápidos de 
desinflação.
Desinflação: rigidez nominal e contratos. Grupo 2
28
• Inflação não pode ser reduzida instantaneamente e sem custos 
mesmo com credibilidade da política:
– Salários e preços são fixados em termos nominais por algum tempo, 
não sendo modificados quando se anuncia uma mudança na política 
econômica.
– Justaposição das decisões salariais reforça lógica das comparações: 
reajustar salários com base em salários de grupos comparáveis.
• Portanto, redução no crescimento da moeda pode não afetar 
expectativas a ponto de se refletir em novos contratos de trabalho 
antes de transcorrido certo intervalo de tempo (termo dos 
contratos).
Resulta em menor crescimento do produto e maior desemprego.
Defasagem temporal entre anúncio da política e seus efeitos.
Produto, desemprego e inflação
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 15
Desinflação: rigidez nominal e contratos. Grupo 2
• Ponto de vista da rigidez 
nominal (Stanley Fischer, 
MIT; John Taylor, 
Universidade de 
Columbia) indica que 
expectativas são 
importantes, mas é 
melhor uma desinflação 
lenta com credibilidade.
• Menor redução inicial do 
crescimento da moeda e 
anúncio de que haverá 
aumento no ritmo num 
segundo momento.
29
Desinflaçãonos EUA, 1979-1985
30
Produto, desemprego e inflação
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 16
Desinflação nos EUA, 1979-1985
31

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