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TO143_Editorial.indd 5 2/8/2010 17:53:20 � Editora Saber Ltda Diretor Hélio Fittipaldi Associada da: Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Atendimento ao Leitor: atendimento@mecatronicaatual.com.br Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores. É vedada a reprodução total ou parcial dos textos e ilustrações desta Revista, bem como a industrialização e/ou comercialização dos aparelhos ou idéias oriundas dos textos mencionados, sob pena de sanções legais. As consultas técnicas referentes aos artigos da Revista deverão ser feitas exclusivamente por cartas, ou e-mail (A/C do Departamento Técnico). São tomados todos os cuidados razoáveis na preparação do conteúdo desta Revista, mas não assumimos a responsabilidade legal por eventuais erros, principalmente nas montagens, pois tratam-se de projetos experimentais. Tampouco assumimos a responsabilidade por danos resultantes de imperícia do montador. Caso haja enganos em texto ou desenho, será publicada errata na primeira oportunidade. Preços e dados publicados em anúncios são por nós aceitos de boa fé, como corretos na data do fechamento da edição. Não assumimos a responsabilidade por alterações nos preços e na disponibilidade dos produtos ocorridas após o fechamento. Editor e Diretor Responsável Hélio Fittipaldi Redação Natália F. Cheapetta Thayna Santos Revisão Técnica Eutíquio Lopez Produção Diego Moreno Gomes Designer Diego Moreno Gomes Colaboradores Bruno Ribeiro Ferretti César Cassiolato Filipe Pereira Joachim Uwe Lorenzen Luiz Roberto Basso Filho Marco A. Graton Paulo Henrique S. Maciel www.mecatronicaatual.com.br PARA ANUNCIAR: (11) 2095-5339 publicidade@editorasaber.com.br Capa Dürr/Divulgação Impressão Parma Gráfica e Editora Distribuição Brasil: DINAP Portugal: Logista Portugal tel.: 121-9267 800 Mecatrônica Atual é uma publicação da Editora Saber Ltda, ISSN 1676-0972. Redação, administração, publicidade e correspondência: Rua Jacinto José de Araújo, 315, Tatuapé, CEP 03087-020, São Paulo, SP, tel./fax (11) 2095-5333 ASSINATURAS www.mecatronicaatual.com.br fone: (11) 2095-5335 / fax: (11) 2098-3366 atendimento das 8:30 às 17:30h Edições anteriores (mediante disponibilidade de estoque), solicite pelo site ou pelo tel. 2095-5330, ao preço da última edição em banca. O que o Brasil faz de melhor para dificultar a concorrência da empresa brasileira começa pelos funcionários das empresas públicas, com o fisco e principalmente pelos políticos brasileiros. Juscelino Kubitschek nos anos 50 deu um impulso com a criação da indústria automobilística, estradas e a fundação de Brasília no início dos anos 60. Só em 1968 é que o imposto de renda foi estabelecido como obrigatório e, a partir daí, começa a chuva de impostos provocados pelos políticos brasileiros irresponsáveis , que não se preocupam em saber se a capacidade a ser obsorvida pelo mercado torna viável (ou não) a vida da empresa brasileira. Como eles não gerenciam a aplicação dos recursos arrecadados com competência, ética, moral e bons costumes, o dinheiro é muito mal aplicado e desviado pelos corruptos, gerando custos inimagináveis. Como o saco é sem fundo e as vítimas não reclamam, além de continuarem votando em palhaços profissionais, sem cultura para entender as complexidades da vida moderna, sofrem cada vez mais, com mais impostos e agora com a competente concorrência das empresas estrangeiras que não pagam esta enorme conta de impostos e chegam com seus produtos aqui em grande vantagem de qualidade e preço. A educação, além da conduta ilibada, é caso de segurança nacional. Devemos mudar a Constituição Brasileira e proibir que candidatos a cargos públicos e em estatais sem comprovação de conhecimento notório em cargos anteriores e, cursos universitários não possam se candidatar para cuidar de um país imenso. Não tem direito adquirido neste caso. É a vida e o bem-estar de quase 200 milhões que não podem ficar sob o jugo de poucos desletrados e que usam a ideologia como bandeira para despistar. A ideia de democracia da antiguidade precisa ser aperfeiçoada para os tempos modernos, onde a tecnologia impõe conhecimentos que antigamente não eram necessários. Com o câmbio desfavorável e caminhos equivocados determinados pelo baixo clero político e sindical, em pouco tempo iremos para o buraco. Vejam exemplos como os da Argentina e da Venezuela. Pronto, eis a desindustrialização instalada. Empresas que antes fabricavam seus produtos aqui, hoje ou industrializam em outros países, ou simplesmente são representantes e distribuidores. Perdemos assim, a base de técnicos e engenheiros que não tem onde trabalhar aqui, senão em vendas. Esperamos que Deus ilumine os caminhos da nossa ex-guerrilheira e que ela saiba quais as armas adequadas para esta realidade atual sem se deixar envolver pelo besteirol ideológico plantado por corruptos de verdade. Hélio Fittipaldi Concorrência Estrangeira MA48_Editorial.indd 3 9/12/2010 17:07:39 � índice Editorial Eventos Contato Notícias 03 06 07 08 29 44 16 26 48 21 36 16 48 21 Placa de Desenvolvimento para Motores de Passo de até 2 ampères CLPs – Programação de equipamentos de acordo com as especificações dos processos Tratamento de Alarmes no Elipse E3 Medição da Temperatura Dimensionamento da quantidade de equipamentos em uma rede PROFIBUS-PA O uso de Canaletas Metálicas minimizando as correntes de Foucault em instalações PROFIBUS Soluções de sistema integrado para a indústria automotiva na Dürr Ecoclean MA48_Editorial.indd 4 9/12/2010 17:07:47 SE448_Noticias.indd 15 14/9/2010 16:49:45 � eventos literatura O livro “Gerenciamento de Energia – Ações Administrativas e técnicas de uso adequado da Energia Elétrica” apresenta a estudantes e profissionais os aspectos essenciais para gerenciar instalações elétricas de forma eficiente e com baixo custo. Aborda aspectos administrativos, como as faturas de energia elétrica em baixa e alta tensão. O conhecimento das regras do mercado livre de energia elétrica possibilita analisar a conveniência de um consumidor migrar para esse ambiente de contratação. Esclarece aspectos técnicos, dúvidas relacionadas com o fator de potência, a eficiência energética e a certificação ambiental de edificações. Descreve ainda os conceitos gerais do setor elétrico e os principais números da matriz energética brasileira. Gerenciamento de Energia – Ações Administrativas e técnicas de uso adequado da Energia Elétrica Autores: Benjamim Ferreira de Barros, Reinaldo Borelli e Ricardo Luis Gedra Preço: R$ 58,00 Onde comprar: www.novasaber.com.br Dezembro Curso de Agitação e Mistura em Processos Industriais Organizador: Associação Brasileira de Engenharia Química Data: 02 a 03 Local: Conselho Regional de Química - CRQ-IV Regiao, São Paulo, SP www.abeq.org.br/curso_agitacao.asp Curso - Manutenção CS3000 Organizador: Yokogawa América do Sul Data: 13 a 17 Local: Avenida Ceci, 1.500 – Tamboré, SP www.yokogawa.com.br/ treinamentos Curso - Análise de Riscos em Projetos Organizador: SAE Brasil Data: 13 a 14 Local: Av. Paulista, 2073 – Edifício Horsa II – Cj. 1003 – 10º andar - São Paulo - SP www.saebrasil.org.br Curso - Instrumentação Básica Organizador: Yokogawa América do Sul Data: 14 e 15 Local: Avenida Ceci, 1.500 – Tamboré, SP www.yokogawa.com.br/ treinamentos Janeiro Electrotest Japan 2011 Organizador: Reed Exhibitions Japan Data: 19 a 21 Local: 18F Shinjuku-Nomura Bldg., 1-26-2 Nishi Shinjuku, Shinjuku-ku, Tokyo 163- 0570, Japan www.electrotest.jp/et/en/floor/ IMTEX 2011 - Indian Metal, Cutting Machine Tool Exhibition Organizador: Indian Machine Tool ManufacturersAssociation Data: 20 a 26 Local: Bangalore International Exhibition Centre, Bangalore, Índia www.imtex.in Fevereiro Plastec West 2011 - Exhibition Plastics Processing Solutions Organizador: Canon Comunication Data: 08 a 10 Local: Anaheim Convention Center 800 West Katella Avenue, Anaheim, CA 92802 www.canontradeshows.com/expo/ plastw11/index.html Feicana/Feibio 2011 - Feira de Negócios do Setor de Energia Organizador: Safra Eventos Data: 15 a 17 Local: Recinto de Exposições Clibas de Almeida Prado - Araçatuba - SP www.feicana.com.br MA48_Literatura.indd 6 8/12/2010 18:13:29 � contato Escreva para a Mecatrônica Atual: Dúvidas, sugestões ou reclamações sobre o conteúdo de nossas reportagens, artigos técnicos ou notícias, entre em contato pelo email atendimento@mecatronicaatual. com.br ou escreva para Rua Jacinto José de Araújo, 315 CEP 03087-020 - São Paulo - SP Mecatrônica Atual nº 47 Futuros Colaboradores Sou estudante de Engenharia de Controle & Automação pela Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais, e gostaria de saber como posso enviar artigos sobre Eletrônica e Automação, e também, qual é o critério de divulgação de projetos? Há uma formatação-padrão para o envio de projetos? Os projetos devem estar em pdf, algo assim? Tenho projetos com o software LabVIEW, da National Instruments, sobre Controle de Processos, Automação Residencial etc., e acho que podem ser úteis para estudantes, técnicos e engenheiros que acompanham o bom trabalho da revista. Obrigado! Ary Carlos - Por email Em pesquisa ao site da Mecatrônica Atual não encontrei um contato com o corpo editorial da revista, portanto gostaria de saber como entrar e contato com um responsável e assim verificar a possibilidade de publicar um artigo. Obrigado. Eng. Moacy Pereira da Silva - Por email Prezados senhores, agradecemos a disposição em contribuir com a nossa revista. Para produzir um artigo técnico existem algumas dicas para seguir. O texto pode ser enviado em formato PDF com no mínimo 8000 e no máximo 15000 caracteres e, se tiver imagens ou desenhos, é necessário serem chamados no texto. As figuras devem ser numeradas e enviadas separadas do texto, salvas em jpg ou tif. Antes de ser publicado, será enviado um PDF para a sua avaliação e permissão para publicação. Versão impressa Gostaria de saber quanto custa e como faço para fazer a assinatura da revista Mecatrônica Fácil - versão impressa. Agradeço desde já. Atenciosamente, Laio Mendonça - Por email Prezado Laio, faz aproximadamente 2 anos que a revista Mecatrônica Fácil dei- xou de ser impressa devido a queda cons- tante de vendas. Foi a única saída para evitar prejuizos e por não haver empresas interessadas em anunciar naquele veículo. Porém, você deve entender que um pai nunca abandona seus filhos, não é mesmo? Por isto estamos publi- cando uma seção sobre Mecatrônica (Fácil) na revista Eletrônica Total, que você encontra bimenstralmente nas bancas ou através de assinaturas. Para mais informações envie um email para assinaturas@editorasaber. com.br ou ligue para (11) 2095-5335. Medição de temperatura Necessito de uma relação de todos os tipos de sensores de medição de temperatura para ser utilizada por meus estagiários, no mesmo momento lembrei da revista e imaginei que vocês já devem ter publicado algo desse tipo. Se estiver certo na minha dedução por favor informem o número da edição. Cordiamente, João Alves - Por email Senhor João, já publicamos diversos artigos relacionados a sensores de temperatura. Nas revistas Saber Eletrônica nº 418 e nº 446 existem artigos relacionados a sensores. Na revista Mecatrônica Atual nº 28 há um artigo cujo título é “Intrumentação básica para medição de temperatura” que poderá lhe ajudar. Já nesta edição encontra-se um artigo voltado para a Medição de Temperatura, desde sua história até os tipos de transmissores. Acesso no portal Seria possível informar-me as condiçoes de acesso à publicações para assinantes? Tentei acessar algumas matérias, logo após entrar com login e senha, mas não foi possível acesso à publicação completa. Grato pela atenção, Antonildo Lima - Por email Caro Antonildo, os assinantes tanto da revista quanto do próprio portal, têm total acesso a todas as notícias, artigos novos e antigos, colunistas e etc.. Qualquer problema que tiver com assinaturas, favor enviar um email para assinaturas@editorasaber.com. br, ou ligar para (11) 2095-5335. MA48_Leitor.indd 7 9/12/2010 15:42:42 � Mecatrônica Atual //notícias Solução da Elipse automatiza a empresa Relat A primeira unidade da Laticínios Renner (Relat), inaugurada em outubro deste ano, decidiu utilizar o Elipse E3, solução desenvolvida pela Elipse Software, para controlar as diferentes etapas e equipamentos envolvidos na produção de soro de leite em pó. Através do E3, os operadores podem controlar desde a recepção até a fabricação final do produto via uma série de telas acessadas mediante apenas três computadores instalados dentro da própria Relat. Inicialmente, o soro do leite, recebido em caminhões- tanque com isolamento térmico, passa por um processo de resfriamento até atingir a temperatura de 4º C e é armazenado temporariamente em silos termicamente isolados. O soro do leite é então estabilizado, desnatado, desmineralizado e pré- concentrado pelos processos de pasteurização, centrifugação e nanofiltração. Após esta etapa, o soro do leite é concentrado através do processamento em quatro efeitos de calandrias, equipamentos que utilizam vácuo e vapor para remover parte da água do soro via sua evaporação. O vácuo tem a função de baixar a pressão de vapor, fazendo com que a evaporação ocorra a temperaturas mais baixas. Em seguida o soro é conduzido até os tanques de resfriamento, onde permanece sob agitação durante 8 horas, para que seja cristalizado, passando a ter uma consistência pastosa. O soro de leite agora encontra-se apto para ser transforma- do em pó pela câmara de secagem, equipamento de 30 metros de altura com diversas entradas de ar aquecido e um potente exaustor de 200 HP. O produto é aspergido pelo topo da câmara por um atomizador de alta rotação. No instante em que entra em contato com o forte fluxo de ar a aproximadamente 170 ºC e o leve vácuo da câmara, o soro tem a água das suas gotículas imediatamente retirada na forma de vapor. Na sequência, o pó obtido é sugado para fora da câmara e separado do ar por meio de ciclones, equipamentos clássicos utilizados para separar as partículas do pó em suspensão. Con- cluído este processo, a umidade do soro é padronizada, antes do mesmo ser peneirado e conduzido, por meio de fluxos de ar e vibração, até a máquina ensacadeira. Todas estas etapas são monitoradas e comandadas pelo software da Elipse. Além deste controle, o software possui um sistema de alarmes que informa aos operadores se for observada qualquer espécie de falha em um equipamento. Caso uma centrífuga, por exemplo, apresente qualquer defeito, o sistema de alarme é au- tomaticamente acionado, permitindo a identificação e correção imediata do problema. Segundo o diretor da Relat, Cláudio Hausen de Souza, a pri- meira unidade da Laticínios Renner vai processar 1,2 milhão de litros de soro de leite por dia em Estação. O investimento é da ordem de R$ 50 milhões, e destes, R$ 30 milhões são destinados à compra de equipamentos. Está assentado em um terreno de 150 mil metros quadrados, com 6 mil de área construída. Na Relat, o soro que antes era descartado no ambiente ou usado na alimentação animal, ganhará outra dimensão. O subproduto do leite, obtido após a fabricação de queijos, terá valor agregado ao ser utilizado como insumo na fabricação de biscoitos, pães, sorvetes, chocolates, bebidas isotônicas,lácteas e leites modificados. A fábrica deve gerar um total de 200 empregos diretos e indiretos quando estiver em pleno funcionamento, movimentando a economia do município de 6 mil habitantes. O software possui um sistema de alarmes que informa aos operado- res se for observada qualquer espécie de falha em um equipamento. MA48_Noticias.indd 8 10/12/2010 11:52:12 Petrobras tem o maior lucro entre as empresas brasileiras No primeiro trimestre de 2010 a Petrobras obteve um lucro de R$ 16,02 bi- lhões, segundo a consultoria Economática, este já é considerado como o maior da história em comparação com outras empresas nacionais de capital aberto. No primeiro semestre deste ano, a Vale conseguiu alcançar o oitavo maior lucro com R$ 9,5 bilhões. Instituições financeiras como Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Bradesco atingiram marcas entre R$ 6,3 bilhões - 12º lugar, R$ 5,07 bilhões - 16º lugar e R$ 4,5 bilhões - 20º lugar respectivamente. De acordo com a Consultoria, das cinco empresas que entraram na lista com os maiores lucros somente a Vale não conseguiu atingir o seu máximo histórico. Produtos A empresa Rockwell Automation apresenta ao mercado o novo servo- drive Kinetix 3 da classe componente. Ele permite aos fabricantes de máqui- nas a capacidade de atender melhor as necessidades das indústrias, sem a complexidade das soluções de servos tradicionais. Oferecido em modelos que iniciam em 50 watts, o servodrive fornece a flexi- bilidade de adaptar os eixos, de acordo com as especificações reais de alimen- tação da máquina, o que irá minimizar o custo e as dimensões de sistema. Seu projeto compacto faz com que o servodrive seja ideal para máquinas que exijam menos de 1,5 kW e até 12,55 Nm de torque instantâneo, como máquinas de movimento intermitente de formação, enchimento e selagem, mesas de indexação, equipamentos médicos, equipamento de automação de laboratório e processamento de semicondutores. “Os fabricantes são desafiados por condições econômicas mais severas. Há menos capital disponível para compra de novos equipamentos, enquanto os usuários esperam por soluções que sejam mais fáceis de usar e que possi- bilitem maior disponibilidade e retorno do investimento”, observa Oliver Haya, gerente de produto da Rockwell Auto- mation. Ele acrescenta que, ao combi- nar o novo servodrive Kinetix 3 e os controladores MicroLogix da Rockwell Automation, os fabricantes de máqui- nas podem oferecer uma solução de controle de posicionamento com custo otimizado para aplicações com poucos eixos, que são fáceis de usar e manter. O servodrive Kinetix 3 é facilmente configurado, usando o software Ultra- Ware, um software gratuito disponível como parte da ferramenta “Kinetix Accelerator Toolkit”. A configuração pode ser ainda mais simplificada ao utilizar o recurso de reconhecimento automático do motor, com motores rotativos da série TL, atuadores lineares da série TL e servomotores lineares das séries LDL e LDC. Os recursos adicionais incluem supres- são de vibração on-line, autoajuste avançado e tempo de configuração mais rápido, o que reduz o tempo de partida ao praticamente eliminar muitas etapas no processo de comissiona- mento. O servodrive pode indexar até 64 pontos através da rede Modbus ou por suas entradas digitais. Para simplificar ainda mais a experi- ência do usuário, o servo drive pode ser incorporado a uma solução de componentes conectados. A ferramenta “Connected Components Building Blocks” (CCBB) para o Kinetix 3 for- nece: desenhos CAD, layouts elétricos, lista de materiais, códigos de controle e telas de interface de operação pré- configuradas. Além disso, ele incluirá a habilidade de desenvolver operações de indexação para três eixos pela rede Modbus, usando o controlador Micro- Logix 1400, a interface de operação PanelView Component e os motores da série TL. Servodrive Kinetix 3 Novo servodrive com baixo custo e fácil utiliza- ção, usado em aplicações de controle de posi- cionamento para máquinas que exigem menos de 1,5 kW. MA48_Noticias.indd 9 9/12/2010 17:01:09 10 Mecatrônica Atual //notícias Rockwell Automation amplia sistema de controle distribuído O PlantPAx Logix Batch & Sequence Manager é uma solução modular para bateladas que se destaca pela facilidade de uso e pouca engenharia. Atende uma ampla gama de necessidades de controle de batelada e sequenciamento local, baseadas em controlador, permitindo configurar sequências diretamente no controlador por meio de uma interface homem-máquina, utilizando uma interface de usuário padrão. É ideal para equipa- mentos independentes, que requeiram flexibilidade na sequência (procedimentos) do processo e das fórmulas (pontos de ajuste) das receitas. Esta solução também é adequada a aplicações de sequenciamento contínuo comum, como partida/parada de pro- cessos, mudanças de teor e controle de estrados de limpeza. Muitas aplicações requerem recursos de gerenciamento de sequência, porém a complexidade do processo pode não ser suficientemente grande para garantir o uso de um pacote de software de batelada. Baseado nesta solução permite que se comece com um sistema de pequeno porte e, se as exigências crescerem, os usuários poderão simplesmente migrar para uma solução de software mais abrangente, sem atividades custosas de reengenharia e testes. A aplicação é fornecida com configuração pré-desenvolvida e intuitiva, e telas de operação (IHM/Supervisório) em tempo real, para facilitar o controle e a manutenção em tempo real. Está fundamentada nas normas ISA-88, que oferecem uma estrutura uniforme para a aplicação. Essa uniformidade ajuda o usuário final a pesquisar problemas mais rapidamente, a melhorar a operação em tempo real e, assim, aumentar a capacidade e melhorar a qualidade. Como parte do sistema de Arquitetura Integrada da Ro- ckwell Automation, a aplicação utiliza a mesma configuração, estrutura de rede e ambiente de operação que os sistemas de grande porte da empresa, permitindo supervisão e controle local em uma única unidade, suportando unidades independentes múltiplas, em um único controlador. Isto ajuda a fornecer aos integradores de sistemas, fabricantes de máquinas e usuários finais uma integração extremamente econômica no sistema de controle distribuído de toda a fábrica. Produtos Da tecnologia de instalação, passando pela aplicação de pintura até sistemas de controle - com exceção do prédio, a Dürr fornece a planta de pintura para SVW. Uma vez que as questões ambientais também na China estão se tornando cada vez mais importantes, a SVW em Nanjing está investindo no EcoDryScrubber da Dürr. Através da recirculação do ar, este inovador sis- tema de separação a seco do overspray molhado reduz o consumo de energia em até 60% em comparação com as cabines de pulverização convencionais. Além disso, pela não utilização da separação molhada não é necessário o uso nem de água fresca e nem tam- pouco o uso de produtos químicos de coagulação. No pré-tratamento e na pintura cató- dica por imersão, é empregado o sis- tema rotativo de pintura por imersão RoDip, com o qual já foram pintadas mundialmente mais de 18 milhões de carrocerias. A rotação de toda a carro- ceria no tanque otimiza o processo de imersão, inundação e escoamento. Antes da aplicação do primer e da pintura de acabamento, a parte exterior da carroceria é limpa por dois robôs do tipo EcoRS 60 com escovas rotativas. Vinte e quatro robôs de pintura do tipo EcoRP L133 se encarregam da pintura interior e exterior totalmente automática. Também a abertura de capô e portas ocorre totalmente automá- tica com robôs da Dürr, assim como a medição da espessura da camada na linha de acabamento. O trocador linear de cores EcoLCC,utilizado no primer, minimiza crucialmente a perda de tinta na troca de cores. A Dürr equipa a linha UBS com quatro estações de robôs, com um total de 14 EcoRS e com a técnica de aplicação para selagem automática, proteção SVW implementa o EcoDryScrubber em sua Planta de pintura das partes inferiores e revestimento de saias. Este tipo de robô também faz a instalação dos amortecedores de ruídos de teto em uma estação de colagem. A nova planta de pintura – elaborada para um processo sem primer e o emprego de tinta à base de água é pla- nejada para trabalhar 31 unidades por hora. Porém, a possibilidade de futura expansão de capacidade para o dobro desta produção já foi considerada no planejamento. Partes da tecnologia da instalação, como o pré-tratamento e a KTL (pintura catódica por imersão), já estão programadas para execução de 62 veículos por hora. Esta planta de pintura, com baixíssimos custos operacionais entrará em funcio- namento em outubro de 2011. Lá serão pintados modelos de classe média da Volkswagen e da Skoda. É ideal para equipamentos independentes, que requeiram flexibilida- de na sequência do processo e nas fórmulas das receitas. MA48_Noticias.indd 10 10/12/2010 11:52:45 MA47_Leitor.indd 9 8/10/2010 12:20:30 12 Mecatrônica Atual //notícias Medição de gás inteligente A empresa STMicroelectronics e a Omron anunciaram parceria para oferecer uma solução completa de sensores eletrônicos para medição do fluxo de gás. O sensor de fluxo é um componente - chave para a solução turn-key de medição de gás inteligente. Como os medidores de eletricidade de alguns anos atrás, a medição de gás está começando a passar dos medidores mecânicos tradicionais para novas e sofisticadas soluções eletrônicas, incorporando funções como Automatic Meter Reading (AMR – Leitura Automática de Medição). A ST acredita que há aproximadamente 500 milhões de medidores de gás mecânicos no mundo, e a maior parte das fornecedoras de gás estão preparando programas para substituir seus medidores tradicionais por medidores eletrônicos que são mais precisos, confiáveis e eficientes. No meio dessa parceria está um transdutor proprietário da Omron e um chip analógico front-end desenvolvido pela ST. Essas tecnologias foram integradas em um subsistema stand-alone completo. O sensor de fluxo resultante, o qual incorpora uma tecnologia MEMS (Micro-Electro-Mechanical Systems) de sensor microtérmico, é compensado intrinsecamente para as variações de temperatura e de pressão, ao passo que um circuito embutido compensa a variação de múltiplas composições de gás. Visando estar em conformidade com os padrões internacionais para medidores de gás, o sensor é resistente a poeira. “Com base em nossa colaboração bem sucedida com a ST em sensores MEMS, estamos confiantes de que essa nova cola- boração vai colocar as duas parceiras na vanguarda do mercado emergente para medidores de gás eletrônicos,” comenta Yoshio Sekiguchi, Gerente Geral Sênior da Micro Devices Division da Omron Corporation. Montado em uma pequena placa PCB (Printed-Circuit-Board ou placa de circuito impresso) que mede 7,2x 8,6 cm, o sensor de fluxo de gás oferece alta precisão com um consumo de energia muito baixo, motor drivers embutidos para o controle da válvula e proteção contra os efeitos de temperatura e vibração. A placa do sensor possui um microcontrolador STM8L152 de consumo ultra baixo com 32 Kbyes de me- mória flash e driver de display LCD, sensor de temperatura STLM20, um acelerômetro LIS332AR e um RTC (Real-Time Clock) M41T82, assim como dispositivos de gerenciamento da energia e controle motor. “À medida que a demanda por medidores de gás inteligentes cresce, esta colaboração com a Omron nos coloca a frente no mercado, além de repetir o enorme sucesso que conquistamos com os medidores inteligentes de eletricidade,” explica Bene- detto Vigna, Gerente Geral da MEMS, Sensors and High-Per- formance Analog Division da STMicroelectronics. Ele destaca também que o kit do medidor reduz enormemente os custos de compra e acelera a chegada ao mercado dos fabricantes de medidores. Aplicações como medição de eletricidade, gás e água, onde sensores miniaturizados e microcontroladores com consumo de energia ultrabaixo são combinados para oferecer aos con- sumidores informações em tempo real sobre custos e padrões de uso, ajudando-os dessa forma a minimizar o uso de recursos não renováveis, por exemplo. Produtos Aguardando imagem assessoria Nos dias 1 e 2 de dezembro foi reali- zado no Brasil o OpsManage’10, semi- nário mundial organizado pela Invensys, que é uma empresa fornecedora de sistemas tecnológicos, soluções de software e serviços de consultoria para indústria e operações de infraestrutura indústrial. Com palestras e atividades que explo- ravam os assuntos de maior relevância no atual momento de gestão de con- trole e informação industrial voltado sempre para a excelência Operacional. A OpsManage iniciou-se na America do Norte em Orlando, nos Estados Unidos. O Brasil foi o representante da América Latina. Esta série de eventos teve como obje- tivo um lado educacional, e conseguiu oferecer aos convidados a possibilidade de analisar com mais detalhes, como que o InFusion Enterprise Control (ECS) conseguiu trazer novas oportunida- des para os clientes e parceiros da Invensys, e como o ECS os auxilia a obter a excelência em operações entre controle, gerenciamento de ativos, produtividade e cuidados com o meio ambiente e segurança. Foi apresentado estratégias de mer- cado vertical e soluções diferenciadas, assim como detalhamento de marca de produtos, suporte aos usuários e treinamento práticos, abrangendo virtualmente todos os aspectos de Invensys promoveu no Brasil o OpsManage’10 controle empresarial, desde a indústria e estratégia de negócios até instrumen- tação e conexão com os sistemas ERP. Os fórum foi voltado para diferentes áreas da indústria, tais como, alimentos e bebidas; minério; metais e minerais; energia; água e esgoto; óleo e gás upstream; processo de hidrocarbono; farmacêuticas e químicas. Participaram mais de 3.000 clientes de todo o mundo na série de eventos da Invensys. Estes clentes tiveram o privilégio de explorar as formas de superar tradicionais barreiras que normalmente encontram no mercado atual alcançando a total visibilidade da rentabilidade da empresa em tempo - real e excelência Operacional. MA48_Noticias.indd 12 10/12/2010 11:52:56 13Setembro/Outubro 2010 :: Mecatrônica Atual //notícias Software da GE IP é usado em reatores de resina A empresa Z/Soft Automação e Sistemas Ltda, integradora de sistemas de automação, desenvolveu em parceria com a GE Intelligent Platforms um projeto de automação para a empresa Socer do Brasil e Com. Ltda, possibilitando a visualização e ajustes mais precisos das variáveis de controle dos reatores. Para este projeto, foi utilizada a solução de controladores PACSystem Rx3i, em redundância, com sistema de controle e supervisão utilizando um QuickPanel View Intermediate 12 Color Tft Touch Dc e um computador Windows com dois monitores de 19” rodando o iFIX PLUS SCADA Pack e Suporte para Terminal Services no SCADA 3 para permitir sua utilização de forma remota pela Internet. Terminado em abril deste ano, o objetivo do projeto foi a automação dos reatores de fabricação de resina. Para se conseguir um melhor controle e desempenho no processo, foi desenvolvida uma solução de tecnologia de automação possibilitando visualização e ajustes mais precisos das variá- veis de controle dos reatores, como temperatura, pressão e velocidade dos motores das pás internas. Como consequência, estabeleceu-se um controle de qualidade mais padronizado e uma redução noconsumo de energia elétrica dos reatores pela diminuição do tempo de maturação da resina dentro deles. “Por ser a primeira experiência de automação desenvolvida e admi- nistrada diretamente pela Socer, o maior desafio da Z/Soft foi iden- tificar as áreas de processo para definir uma estratégia de trabalho que permitisse uma sequência de desenvolvimento de automação por fases para se chegar à automação total da planta”, afirma Onadil Vieira Júnior, Diretor de Automação da Z/Soft. Para isso, a Z/Soft, com o apoio da GE IP, buscou uma tecno- logia de hardware, software e recursos humanos, e que garantisse o sucesso do desenvolvimento de todas as fases do projeto. “Resolvemos o problema com uma apresentação das soluções tecnológicas da GE Intelligent Platforms que seriam aplicadas no projeto da SOCER. A reunião foi fundamental para a escolha por parte da Socer”, explica José Alberto Copini Pucci, diretor Comercial da Z/Soft. Paulo Seixas, diretor geral da Socer Brasil, diz que o projeto deu resultados imediatos, pois todos os controles eram feitos manual- mente e passaram à forma automática. O próximo passo é integrá- lo aos tanques de alimentação dos reatores. Já em longo prazo, o objetivo é ter uma planta totalmente automatizada. “O resultado da automação está diretamente ligado à qualidade e à padronização da produção, além de uma redução significativa nos tempos de processo com a utilização mais controlada dos reatores e dos parâmetros de processo. As reduções vão propiciar a diminuição nos custos e o aumento na produtividade total da planta”, conclui. MA48_Noticias.indd 13 9/12/2010 17:01:42 14 Mecatrônica Atual //notícias Sistema de monitoramento permite acompanhamento de imagens por celular Com a expansão do mercado de segurança, a empresa Graber apresenta na Expo Síndico Secovi Condomínio 2010, o “Graber Viu”. Sistema que integra o monitoramento de alar- mes, a vigilância de imagens de segurança, sensores magnéticos, módulo de comunicação de dados, botões de pânico móveis, entre outros. As imagens são transmitidas em 3G ou GPRS e permitem acompanhar tudo o que acontece em empresas, condomínios ou residências através de um aparelho celular. Com o sistema de troca de dados, as falhas de segurança tendem a diminuir. Outros destaques da empresa são os serviços da “Ronda Ecológica”, que podem ser feitos com a Ecobike, uma bicicleta com motor elétrico; com o Segway, um equipamento que tem os movimentos controlados através de um sistema composto por sensores e giroscópios instalados na base onde se apoiam os pés; e com o EcoCubs, um produto moderno com tecnologia nacional. Todos os equipamentos dispensam combustíveis fós- seis, por isso ajudam na preservação do meio-ambiente. Além disso, não causam incômodo algum aos condôminos, pois não emitem ruídos ou odores. O “Vigilante Monitorado”, é um sistema que retransmite o olhar do vigilante durante a ronda. O vigilante com uma mo- chila carrega uma câmera sem fio que transmite as imagens via GPRS para a central de monitoramento. Com base nas imagens captadas, se houver alguma situação suspeita, ele pode começar os procedimentos de segurança adequados. Indústria de motocicletas prevê faturamento de R$ 11,5 bilhões A indústria fabricante de motocicletas conseguiu se recupe- rar de um ano considerado ruim e deve encerrar o exercício de 2010 com faturamento de R$ 11,5 bilhões, em comparação com o ano de 2009 que foi de R$ 10,4 bilhões. Com capacidade instalada para fabricar 2,5 milhões de unidades por ano, o setor de motocicletas, segundo Laerte Rocca Herrero, diretor do SIMEFRE - Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Ro- doviários, está encerrando 2010 com produção de 1.720.000 unidades, volume que representa crescimento de 12% sobre o volume de 2009. De acordo com Herrero, a volta gradual do crédito em níveis melhores que os obtidos em 2009 e o segmento de consórcio, que teve participação significativa nas vendas do setor com um crescimento aproximado de 20% tomando como base 2009, foram fatores importantíssimos para o bom desempenho do setor de motocicletas no exercício que termina. Do total comercializado pela indústria durante o exercício de 2010, estima-se que 1.750.000 unidades (previsão consu- mindo estoque nas fábricas) deverão ser fornecidas para o mercado interno, ante 1.580.000 unidades comercializadas de janeiro a dezembro de 2009. As vendas externas, segundo Herrero continuam repre- sentando pouco para o setor, cerca de 4% da produção da indústria de motociclos. “Este ano o volume a ser exportado não deverá superar a casa dos 70 mil unidades”, acentua. Segundo o diretor do SIMEFRE, o câmbio desvalorizado e a falta de competitividade dos produtos brasileiros no Mercosul em decorrência da alta carga tributária brasileira continuam prejudicando as exportações do setor. “Aliás, essa tem sido a principal causa para o baixo percentual de exportação”, complementa Herrero. O que deu um alívio à indústria de motocicletas em 2010 foi a melhoria no poder aquisitivo dos brasileiros, que retornaram às compras. Na verdade, a demanda aumentou porque o mercado voltou a oferecer financiamentos mais longos e créditos mais atraentes. Gerando cerca de 360 mil empregos diretos e indiretos, a indústria de motocicletas opera atualmente com uma capacidade ociosa de 30%. Essa folga permite projetar um desempenho maior em 2011 sem que sejam necessários grandes investimentos. Herrero acredita que a produção de motociclos no pró- ximo ano seja de 2.060.000. Desse total, o mercado interno deverá absorver 2 milhões de unidades, enquanto que as ex- portações deverão responder por 60 mil motocicletas. “Para curto prazo teremos a injeção de mais de R$ 14 bilhões no mercado com o 13º. Salário, aliado a um aumento de em- prego e renda em função do final do ano, uma vez que não temos sentido retração na intenção de compra por parte de nossos clientes”, conclui. Curtas Curso de automação O Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica da USP (PECE/Poli) está com inscrições abertas para o curso de especialização em Automação Industrial. Para facilitar a compreensão plena do que é a automação industrial, a estrutura do curso obedece a uma sequência que se inicia com os módulos tecnoló- gicos básicos, passa pelas disciplinas de cunho científico e termina com os módulos em gestão de processos de automação. É voltado para profissionais com formação em Engenharia e que tenham interesse em trabalhar com processos industriais automatizados, Para garantir uma ampla visão do assunto, é ministrado por professores da Poli e por profissionais que atualmente trabalham na Rockwell Automation, empresa parceira do PECE/Poli neste curso. MA48_Noticias.indd 14 10/12/2010 11:53:17 MA48_Noticias.indd 15 9/12/2010 11:01:45 16 Mecatrônica Atual :: Setembro/Outubro 2010 automação O saiba mais Análise do desempenho de Sistemas de movimento utilizando motores de passo Mecatrônica Atual 18 Comparação de sistemas com motores de passo e servomotores Mecatrônica Atual 10 Motores de Indução Trifásicos – Dados da Placa Mecatrônica Atual 42 motor de passo é um dispositivo eletrome- cânico que movimenta seu eixo através de pulsos elétricos gerados em seus terminais. A movimentação de seu rotor ou eixo é dada de acordo com a sequência correta dos pulsos criados em seus polos, e estes pulsos são formados através de drivers ou controladores externos que fornecem para suas bobinas a frequência correta de magnetização, fazendo assim o eixo girar na velocidade desejada e com a quantidade de pulsos necessária. O motor de passo tem como grande vantagem sobre os demais motores a sua capacidade de um posicionamento preciso,além de seu peso e tamanho serem reduzidos, sendo assim muito solicitado em projetos onde é necessário controlar precisamente a posição e também a velocidade como em Este artigo tem como objetivo fornecer um kit completo para que seja possível testar, comunicar e aplicar seu software desenvolvido através de uma placa de desenvolvimento padrão, conectada di- retamente aos motores de passo mesas de coordenadas, braços mecânicos, e etc. Também podemos facilmente iden- tificar os motores de passo sendo usados em eletrodomésticos e aparelhos de uso residencial, a exemplo de impressoras e scanners dentre vários outros. A resolução de um motor de passo é dada através de um número fixo de polos magnéticos que determinam o número de passos por revolução. Existem no mercado inúmeros tipos de motores de passo, sendo que os mais comuns estão na faixa entre 3 passos por volta até motores de 200 passos por volta, o que significa que o rotor dará 200 passos para completar uma volta completa. Este número de passos nos dá também o ângulo ou resolução angular que um motor de passo irá girar, ou seja, um motor de 200 passos por volta tem 1,8 º de precisão em Placa de Desenvolvimento para Motores de Passo de até 2 ampéres Bruno Ribeiro Ferretti Luiz Roberto Basso Filho MA48_Placa.indd 16 8/12/2010 17:22:58 17Mecatrônica Atual automação F1. Operação em passo completo 1. seu eixo de saída, pois uma volta completa tem 360 º e dividindo-a por 200 passos nos dará um ângulo de 1,8 º conforme mostrado na equação 1, logo, o rotor deste motor de passo tem a capacidade de mover-se apenas de 1,8 º em 1,8 º. 360 ° / 200 passos = 1,8 ° O movimento destes motores é realizado com a sequência correta de energização destas bobinas. Para este controle dispomos hoje de drivers e controladores como o CI L298 e o L297, fabricados pela empresa ST Microeletronics, dos quais podem ser feitos downloads de seus datasheets pelo site www. st.com e que utilizamos em nosso projeto como veremos a seguir. Modos de operação de um motor de passo Como exemplo, utilizaremos a operação de passo completo 1 ou Full-Step. Neste tipo de operação apenas uma bobina é acionada de cada vez, fazendo com que o código binário seja menor, o torque e o consumo de energia sejam baixos e a velocidade de rotação do motor seja mais alta do que nos motores operando em meio passo, ao lado seguem a figura 1 e a tabela 1 com a sequência de acionamento. Para o movimento do motor de passo, é necessário a sequência de pulsos A, B, C e D abaixo, enviados para o driver do motor. O componente L297 é responsável pelo envio destes pulsos para a movimentação do motor, solicitando do microncontrolador apenas os sinais de CLOCK, como ilustra a figura 2 a seguir (fonte: DataSheet L297). O motor que utilizamos em nosso projeto é do fabricante Teco Electro Devices Co, Ltd, importado pela empresa Kalatec Automação, e o download das especificações pode ser feito em www.kalatec.com.br/catalogo/ motor_de_passo/nema23.pdf. Ligação do Pinos do PIC16F877 a L297 O pino do PIC RC0 foi ligado na entra- da ENABLE do L297. O pino de sentido, CW/CCW, foi ligado na saída RC1 do microncontrolador, e a entrada HALF/FULL recebe o pino RC3. Os pulsos do CLOCK (conforme indicado na figura anterior) são gerados pela saída RC2 do PIC, e o pino HOME, responsável pela indicação de es- tado inicial do L297 no endereço 0101 da sequência de pulsos, está ligado no RD3. Veja a figura 3. A geração dos pulsos, sentido e velocidade enviados para o motor serão dados pelo L297. Veja mais no site www.st.com/ston- line/books/pdf/docs/1334.pdf. O L297 dispõe de sinais de controle que tem como conseqüência uma considerável melhora no desempenho, aumentando a vida útil pois podem informar ao L298 quando o motor está sendo solicitado, evitando que haja aquecimento com conseqüente possível queima dos motores pelo fato de deixar suas bobinas energizadas sem estarem sendo solici- tadas. Através no pino HALF\FULL podemos modificar o tipo de acionamento do motor, tendo como opções escolhermos entre um maior torque ou uma maior precisão. O driver L298 é recomendado pelo fabricante para ser usado em conjunto com L297, proporcionando um maior rendimento. F2. Geração de pulsos pelo L297 (FONTE: Datasheet ST). T1. Sequência de acionamento em passo completo 1. Passo Completo 1-Full Step N° do Passo 1 2 3 4 BO 1 0 0 0 B1 0 1 0 0 B2 0 0 1 0 B3 0 0 0 1 MA48_Placa.indd 17 10/12/2010 11:54:32 18 Mecatrônica Atual automação Programação (Pulsos de CLOCK) A programação básica consiste em trabalharmos a frequência (velocidade do motor) através da saída RC2 do PIC16F877. O TIMER1 é usado para gerar os pulsos na entrada de clock do L297 e, após cada estouro, temos um pulso gerado. Simulta- neamente utilizamos a interrupção para incrementar ou decrementar as quantidades de passos a serem dadas, como podemos ver a seguir: F3. Ligação dos pinos L297. F4. Fonte de alimentação. #INT_TIMER1 void tmr1_isr() { do {CLOCK=0;} while(CLOCK!=0); if(var_cw==1) {passo++;CW=1;} else {passo--;CW=0;} do {CLOCK=1;} while(CLOCK!=1); set_timer1(var_speed); } cálculo: Utilizamos um clock externo de 20 MHz, e prescaler de 4. Sabendo que o ciclo do TIMER1 é de 16 bits, ou seja, de 0 a 65535 teremos: Ciclo de operação 20.000.000/4 = 5.000.000. Com o prescaler de 4 teremos 0,0000008 segundos cada ciclo. Para che- garmos ao estouro de TIMER1 partindo o contador de 0 a 65535, teremos 0,00000008 x 65535 = 0,052428 segundos. Se iniciarmos a contagem do TIMER1 em 30.000, por exemplo, teremos um estouro mais rápido (em 0,028428 segundos) e consequentemente estaremos gerando pulsos mais frequentes Determinação do valor da frequência Para sabermos a frequência em que estamos trabalhando, fizemos o seguinte para o driver L297 na entrada de clock e, com isso, aumentaremos a velocidade do motor. Para sabermos a frequência que está sendo gerada, podemos trabalhar da seguinte forma: Frequência mínima [Hz] = 1/período [s], portanto 1/0,052428 por exemplo, teremos uma frequência mínima de 19,07 Hz. Função principal do programa A partir desta função podemos trabalhar no programa principal somente alterando estes parâmetros via gravação, ou mesmo pela comunicação RS-232: MA48_Placa.indd 18 10/12/2010 11:54:40 19Mecatrônica Atual automação while(true) { passo=0; pos_velo(20,vel_10,500,1); pos_velo(80,vel_10,500,1); pos_velo(140,vel_10,500,1); pos_velo(0,vel_10,500,0); PARA(); } F5. Diagrama de ligação do PIC 16f877. F6. Ligação do LCD 4 bits. para verificar o correto funcionamento do programa, tudo isso através da placa ICD2 da Microchip. Na figura 5 temos todas as ligações feitas no microprocessador, temos as saídas para o display LCD , temos também os pinos responsáveispor enviar e receber os sinais do controlador do motor de passo (L297), temos o transmissor (TX) e receptor (RX) que são responsáveis por enviar e receber dados através da porta serial RS-232 e temos também os botões. Circuito Eletrônico - Fonte de Alimentação No circuito mostrado na figura 4 temos um retificador de onda completa construído com diodos (D1 , D2, D3 e D4) formando uma ponte retificadora, através de um transformador (com mínimo 9 V e máximo 25 V e corrente maior ou igual a 2 A) ligados aos bornes X1-1 e X2-2 temos o sinal de saída retificado. Na saída do sinal retificado, temos o capacitor C1 (4700µF) que deve ter um valor alto para que o ripple seja o menor possível e não deixe a tensão que alimenta o circuito eletrônico baixar. O CI LM338Ké um regulador de tensão ajustável com corrente de saída de até 5 A, os reguladores ajustáveis montados na configuração acima, são associados com os resistores R1 e R2 podem resultar em diversas tensões de saída (Vo) de acordo com a seguinte fórmula: Vo=Vref (1+R2/R1) Onde o Vref é considerado normalmente como 1,25 V. Comumente vemos em ou- tros circuitos um potenciômetro colocado no lugar do R2 para que se possa fazer um ajuste mais preciso da tensão de saída desejada, como no nosso caso a tensão não necessita precisão, optamos em não colocar o potenciômetro para fazer este ajuste. Com isso, temos então entre a saída do regulador e o GND a tensão desejada de 5 V, podendo gerar uma corrente de até 5 A, essa tensão já é necessária para alimentar o circuito eletrônico e o motor de passo escolhido. Microprocessador PIC16F877 O PIC16F877 é o responsável por con- trolar logicamente todo o circuito através de seus pinos, neste projeto temos a opção de fazer a gravação In circuit através do conec- tor de 5 pinos e também fazer a debugação MA48_Placa.indd 19 10/12/2010 11:54:47 20 Mecatrônica Atual automação Display LCD Foi disponibilizado neste projeto um conector para utilização de um display LCD de 4 bits, onde seus pinos de dados devem ser ligados no RD4, RD5, RD6, RD7, o RE1 é o RS (Register Selection) e o RE2 é o E (Enable) que são responsáveis por habilitar o LCD. Através do LCD podemos obter várias informações vindas do circuito, tais como posição do motor de passo, corrente consumida, sentido de rotação, dentre várias outras de acordo com o que o desenvolvedor do programa deseja. Figura 6. Interface de comunicação serial RS-232 A interface de comunicação RS-232 encontrada neste projeto tem como objetivo a conectividade da placa com uma outra interface RS-232, como por exemplo a porta serial de um computador que, ligada na placa, pode fazer o controle do motor de passo através de um programa criado para esta finalidade. Observe a figura 7. Entradas Digitais Os botões B1, B2, B3, B4, B5 e B6 que estão ligados no microprocessador, servem para a geração de sinais digitais que podem representar sensores que mandarão um sinal para o PIC, onde o mesmo deverá interpretar esses sinais recebidos e transformá-los em ações a serem realizadas pelo motor, tudo isso através da programação que será feita no PIC. Veja a figura 8. O aspecto da Placa de Desenvolvimento montada é visto na figura 9. Conclusão Nos dias de hoje o controle total de motores de passo tem sido fundamental na indústria ou em qualquer outra automação, e para isso o ideal é associar este componente a um circuito programado, de baixo custo, sendo que o microcontrolador e o driver de controle possuem papéis importantes neste tipo de projeto. F7. Interface de comunicação RS-232. F8. Entradas Digitais. MA F9. Placa montada com motor de passo conectado. MA48_Placa.indd 20 10/12/2010 11:54:55 21Mecatrônica Atual automação A saiba mais Autómatas programables – Josep Balcells, José Luis Romeral - EDITORA: Marcombo Curso de Automação Indus- trial – Paulo Oliveira - EDITORA: Edições Técnicas e Profissionais Manual de Formação OMRON – Eng.º Filipe Alexandre de Sousa Pereira Site de fabricante www.omron.pt O ser humano é provavelmente o melhor exemplo comparativo de como funciona um sistema de instrumentação. Perante a aquisição de dados exteriores, realiza ações de controle, ou seja, está conti- nuamente a monitorar a realidade que o envolve e, em função dela, a tomar decisões que nela se repercutem. O conceito de um sistema de aquisição e controle, aplicado aos sistemas industriais, nada mais é do que a aquisição de dados do mundo físico através de sensores, para que esta informação (com pro- gramação) controle os processos ou sistemas através de atuadores primeira geração de instrumentos utilizados em medidas elétricas foi a dos instrumentos analógicos, onde o operador tinha de efetuar a leitura dos valores, de forma a controlar a máquina ou processo. O decréscimo dos custos da eletrônica digital, nomeadamente dos CLPs, originou o aparecimento de uma segunda geração de instrumentos, designados por instrumentos digitais. Existem quatro blocos fundamentais em que se pode dividir, do ponto de vista funcional, um instrumento de medida: Sensor; Transmissão; Condicionador de sinal; Supervisão. • • • • Supervisão Os sistemas de supervisão nos processos industriais são comumente designados de SCADA (Supervisory Control And Data Acquisition). Os primeiros sistemas de supervisão permitiam unicamente informar o estado corrente do processo, monitorando apenas sinais, representativos do estado de variáveis, através de indicadores e lâmpadas sem que houvesse qualquer interface bidireccional com o operador. Com a evolução tecnológica, novos dispositivos dedicados à supervisão aparece- ram e passaram a ter um papel importante por recolherem, entre outras coisas, dados dos CLPs. Programação de equipamentos de acordo com as especificações dos processos Filipe Pereira(*) filipe.as.pereira@gmail.com CLPs MA48_CLPs_pt5.indd 21 10/12/2010 11:55:26 22 Mecatrônica Atual automação F1. Sistema de Supervisão. (Fonte: www.arm-automacao.com.br/photos/Projetos/0001_full.jpg) Estes dados podem ser observados, de forma remota e amigável, pelo operador que tem assim a monitoração do estado atual do sistema, através de um conjunto de previsões, gráficos e relatórios permitindo a tomada de decisões de forma automática ou manual por parte desse mesmo operador (figura 1). Os sistemas de supervisão passaram a ter um papel preponderante na gestão das empresas, por estes se tornarem uma grande fonte de informação. Atualmente os sistemas de supervisão oferecem três funções básicas: Supervisão; Operação; Controle. A aquisição de dados é o processo que envolve o recolhimento e transmissão, através de redes de comunicação de dados, desde as instalações industriais até a estação central de monitoração e armazenamento de dados. A visualização de dados consiste na apre- sentação da informação através de interfaces Homem - Máquina (figura 2). Os sistemas de supervisão permitem visualizar os dados recolhidos, fazer análises de tendência com base nos valores lidos e valores parametrizados pelo operador, fazer gráficos e relatórios de dados atuais e existentes em memória. Os sistemas SCADA permitem a exis- tência de alarmes classificados por níveis de prioridade, permitindo uma maior tolerância a falhas. Através de informação proveniente dos logins, os sistemas SCADA permitem reconhecer os operadores, para identificação e reencaminhamento de alar- mes, em função das áreas de competência e responsabilidade. A informação da unidade industrial pode estar centralizada ou distribuída numa rede, de modo a permitir a partilha, para com o uso de um web browser ser possível controlar, em tempo real, uma máquina localizada em qualquer parte do mundo. Configuração dos módulos I/O analógicos Os módulos de entradas analógicos são utilizados nas aplicações em que os sinais provenientes do processo sejam analógicos. As cartas especiais de entradas e saídas analógicas são especialmente concebidas para receberem e/ou condicionarem todos • • • F2. Sistema de Interface Homem-Máquina. F3. Carta MAD42. MA48_CLPs_pt5.indd 22 10/12/2010 11:55:47 23Mecatrônica Atual automação os sinais analógicos existentes no mundo industrial. Na configuração da carta MAD42 da OMRON (carta mista de I/O analógicas) devem ser considerados gerais, uma vez que a metodologia de configuração é similar para todos os CLPs (figura3). A primeira etapa para configurar uma carta analógica é indicar a posição que a carta vai ocupar no espaço de memória reservado na CPU do CLP. A carta de I/O analógica tem dois interruptores que definem o espaço de memória por ela utilizado (número do módulo), figura 4. Este espaço de memória é constituído por words que, manipuladas, configuram o módulo de I/O analógica. Como referido, o sinal proveniente do sen- sor pode ser em tensão ou em corrente. A carta pode aceitar os dois sinais desde que, os interruptores associados às entradas, estejam ou não selecionados, ou seja, se um interruptor estiver no estado Off está a aceitar um sinal em tensão, e se o inter- ruptor estiver no estado On está a aceitar um sinal em corrente (figura 5). O número das entradas que estão a ser utilizadas para leitura pode ser configurado no registro de memória D(m), onde m é dado por m=20000+(nº módulo*100). Os Bits 04, 05, 06, e 07 da word D (m) permitem definir as entradas ativas, ou seja, tomando como exemplo a ativação F5. Pormenor da configuração da carta de entrada. F6. Pormenor da ativação das entradas da Word D (m). F7. Pormenor da ativação das entradas da Word D (m+1). F4. Pormenor dos interruptores que definem o espaço de memória a utilizar. T1. Manipulação da escala do sinal de entrada. DM word Bits 15 14 13 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 00 D(m+27) D(m+28) D(m+29) D(m+30) D(m+31) D(m+32) D(m+33) D(m+34) Limite inferior da entrada 1 Limite superior da entrada 1 Limite inferior da entrada 2 Limite superior da entrada 2 Limite inferior da entrada 3 Limite superior da entrada 3 Limite inferior da entrada 4 Limite superior da entrada 4 MA48_CLPs_pt5.indd 23 10/12/2010 11:55:53 24 Mecatrônica Atual automação das entradas analógicas nº3 e nº1, para as ativar é necessário transferir para os Bits 06 e 04 da word D(m) a informação referente à utilização daquelas entradas (figura 6). Importante: As entradas analógicas que não forem utilizadas devem ser inabilita- das para diminuir o tempo de leitura das entradas analógicas! O intervalo de variação do sinal de en- trada proveniente do sensor, é configurado na word D (m+1), nomeadamente nos Bits 15 até 08. Concretizado para as entradas escolhidas, se na entrada analógica 3 estiver aplicado um sinal a variar de 0 a 10 V, nos Bits 13 e 12 da word D (m+1) deverá ser colocada a informação 01 (figura 7). O que é colocado nos bits 15, 14, 11 e 10 é indiferente, uma vez que anteriormente estas entradas não forem habilitadas. O resultado da conversão analógica para digital dos sensores ligados no módulo de entradas analógico é guardado num ende- reço específico (words n+5 para o sinal de entrada 1, n+6 para o sinal de entrada 2, n+7 para o sinal de entrada 3 e n+8 para o sinal de entrada 4). O endereço n é dado por n=2000+ (nº módulo*10). Existem ainda registros onde se pode configurar o tempo de conversão e a resolução do conversor A/D (D (m+18)) (figura 8). A manipulação da escala do sinal de entrada també m é uma configuração que se costuma fazer com bastante frequência, uma vez que o programador, se assim o entender, em vez de utilizar o valor dos registros, pode utilizar as unidades físicas. Para tal basta configurar os registros D(m+27) até ao D(m+34), veja tabela 1. Por exemplo, se na entrada 3, estiver aplicado um sinal de um sensor que está a ler uma gama de temperaturas que varia de 0 a 150 ºC, o que há a fazer é colocar no D(m+32) o valor correspondente à escala mínima, ou seja, 0 (zero) e no D(m+31) o valor correspondente à escala de temperatura máxima, ou seja, 150 (figura 9). O procedimento para a configuração das saídas analógicas é análogo às entradas, desde que exista o cuidado de colocar a configuração correspondente ao pretendido nos registros corretos. Para ativar uma ou ambas as saídas da carta de I/O analógica MAD42, é necessário F8. Registro para configuração do tempo de conversão e resolução do conversor A/D. F9. Exemplo do alocar de temperaturas mínimas e máximas de um sensor. F10. Configuração das saídas analógicas. F11. Configuração da variação da saída. T2. Registro na Conversão D/A. Word Função n+1 n+2 Valor de saída 1 Valor de saída 2 Valor registro 16-bit MA48_CLPs_pt5.indd 24 10/12/2010 11:56:04 25Setembro/Outubro 2010 :: Mecatrônica Atual automação manipular os Bits 01 e 02 do canal D(m), veja a figura 10. Para configurar qual a variação da saída é necessário colocar nos Bits associados às saídas no canal D (m+1) a informação correspondente (figura 11). Para a conversão D/A é necessário a existência de um registro onde se coloca a quantidade digital que se quer converter. No caso do módulo de I/O analógico o endereço desse registro, é dado por n+1. O endereço n é dado por n=2000+ (nº módulo*10) (tabela 2). Nos módulos de saídas analógicos existe também um endereço de início e parada do conversor D/A (registro n+1 e n+2), ou seja, para iniciar a conversão D/A é necessário ativar os Bits correspondentes (word n, bits 00 e 01) no programa de controle, onde n é dado por n=2000+(nº módulo*10) como ilustra a figura 12. Analogamente às entradas analógicas, existem registros para as saídas analógicas onde se pode manipular o tempo de conversão da carta (registo D(m+18)) e a conversão de escala para unidades físicas nos registros D(m+19) até à D(m+22) (tabela 3). F12. Configuração dos módulos de saída analógicos. T3. Registro para as saídas analógicas. MA DM word Bits 15 14 13 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 00 D(m+19) D(m+20) D(m+21) D(m+22) Limite inferior da entrada 1 Limite superior da entrada 1 Limite inferior da entrada 2 Limite superior da entrada 2 Conclusão O endereço D(m) na carta de I/O é comum para as entradas e saídas. Na utiliza- ção deste registo, no programa de controle, deve-se ter especial atenção a este fato, uma vez que os endereços a manipular devem-no ser em simultâneo para não apagar nenhuma informação que foi inserida previamente no programa de controle. A maioria dos softwares para elaboração do programa de controle contém funções dedicadas à configuração, de forma intuitiva e bastante simples, das cartas especiais. A consulta do manual do fabricante para a configuração de cartas especiais não deve ser dispensada. *Filipe Pereira é Diretor do Curso de Eletrônica, Au- tomação e Computadores da Escola D. Sancho I. MA48_CLPs_pt5.indd 25 8/12/2010 17:41:23 26 Mecatrônica Atual :: Setembro/Outubro 2010 ferramentas saiba mais Diagnóstico de Falhas e alarmes em sistemas Supervisórios e CLPs Mecatrônica Atual 43 Softwares de Supervisão Mecatrônica Atual 20 SSC: Sistemas de Supervisão e Controle Mecatrônica Atual 14 Site de Fabricante: www. phmsoftware.com.br Tratamento de Alarmes no Elipse E3 Paulo Henrique Soares Eng.º e Diretor da PHM Software Alarmes no E3 O problema inicial era que os opera- dores se confundiam quanto à ordem dos eventos e dessa maneira era difícil encontrar soluções ou rastrear problemas a partir da lista de alarmes. O servidor de alarmes do E3 registra a mesma ocorrência de alarme com 4 tempos diferentes: InTime: especifica a hora completa (data, hora, minutos, segundos, milissegundos) em que o alarme é detectado (alarme ativo); OutTime: registra a hora completa em que o alarme sai do estado ativo (ou atuado); • • Algo que vem sendo comentado com uma frequência cada vez maior é a gestão eficiente de alarmes em sistemas de automação, visto que a proliferação de informações acessíveis em supervisó- rios torna muitas vezes impossível tratar a avalanche de alarmescorretamente. Desse modo, aqui é apresentado um caso de tratamento de alarmes no Elipse E3, que foi aplicado a um projeto de COG AckTime: registra a hora em que o operador faz o reconhecimento do alarme; E3Timestamp: registra o momento em que o servidor de alarmes do E3 envia a informação para o banco de dados. Para mostrar a questão dos alarmes no E3, vamos estudar um problema comum a diferentes aplicativos, que é o de tratar alarmes digitais e a sequência de aconte- cimentos que pode resultar de um desses alarmes. O alarme que veremos é o seguinte: Alarme: tipo digital; • • • MA48_Alarme.indd 26 9/12/2010 13:52:15 27 Mecatrônica Atual ferramentas Mensagem de Alarme: Falha na partida da bomba com comando do PLC; Mensagem de Retorno: Partida da bomba normalizada com comando do PLC; Reconhecimento: obrigatório; Tratar como evento: não. Para ilustrar nosso alarme, digamos que a bomba demorou 30 segundos para operar, deixando o alarme ativo nesse pe- ríodo e depois voltando ao estado normal. Se considerarmos que o alarme aconteceu com a data “07/06/2010 09:30:00”, e que o operador só reconheceu o alarme depois de 5 minutos da entrada do alarme, teremos no banco de dados a seguinte sequência de registros na tabela 1. Se considerarmos a situação em que a bomba demorou 30 segundos para operar, deixando o alarme ativo nesse período e depois voltando ao estado normal, mas que o operador reconheceu o alarme 15 segundos depois da entrada do alarme, teremos no banco de dados outra sequência • • • • T1. Sequência de registros n° 1. E3 TimeStamp 07/06/2010 09:30:00 07/06/2010 09:30:30 07/06/2010 09:35:00 Mensagem Falha na partida da bomba com comando do PLC Partida da bomba normali- zada com comando do PLC Partida da bomba normali- zada com comando do PLC InTime 07/06/2010 09:30:00 07/06/2010 09:30:00 07/06/2010 09:30:00 AckTime 31/12/1899 23:59:59 31/12/1899 23:59:59 07/06/2010 09:35:00 OutTime 01/01/1900 23:59:59 07/06/2010 09:30:30 07/06/2010 09:30:30 T2. Sequência de registros n° 2. E3 TimeStamp 07/06/2010 09:30:00 07/06/2010 09:30:15 07/06/2010 09:30:30 Mensagem Falha na partida da bomba com comando do PLC Falha na partida da bomba com comando do PLC Partida da bomba normali- zada com comando do PLC InTime 07/06/2010 09:30:00 07/06/2010 09:30:00 07/06/2010 09:30:00 AckTime 31/12/1899 23:59:59 07/06/2010 09:30:15 07/06/2010 09:30:15 OutTime 01/01/1900 23:59:59 01/01/1900 23:59:59 07/06/2010 09:30:30 T3. Linha de registro com resumo da situação. E3 TimeStamp 07/06/2010 09:30:00 Mensagem Falha na partida da bomba com comando do PLC InTime 07/06/2010 09:30:00 AckTime 07/06/2010 09:30:15 OutTime 07/06/2010 09:30:30 T4. Com acréscimo da mensagem de retorno. E3 TimeStamp 07/06/2010 09:30:00 Mensagem Falha na partida da bomba com comando do PLC InTime 07/06/2010 09:30:00 AckTime 07/06/2010 09:30:15 OutTime 07/06/2010 09:30:30 Retorno Partida da bomba normalizada com comando do PLC (tabela 2). Ao tratar um único alarme, pelo menos três datas e três linhas de alarmes são geradas para cada alarme tratado pelo E3. Ao considerar a segunda sequência, nesse modelo teríamos uma linha de registro com o resumo da situação, veja a tabela 3. Para o caso de se querer ainda a mensa- gem de retorno, poderia ser contemplada da seguinte forma – observe a tabela 4. A Elipse informa que é possível desen- volver consultas SQL que leiam o banco de dados conforme o modelo desejado. E é isso o que esse artigo discute: uma metodologia de tratamento de alarmes que foi adotada para o COG da CPFL Geração. Alternativas para consultar alarmes no E3 Algumas alternativas costumam ser adotadas por integradores e usuários, mas que dificilmente chegam a um padrão de leitura de alarmes razoável. Para as diferentes alternativas de se ler os alarmes, devemos considerar algumas opções do servidor de alarmes do E3: MA48_Alarme.indd 27 10/12/2010 11:57:23 28 Mecatrônica Atual ferramentas MA É possível configurar quais informa- ções são salvas no banco de dados de alarmes do E3: por exemplo, é possível salvar (ou não) cada um dos tempos do servidor de alarmes (InTime, OutTime, AckTime); O E3TimeStamp é obrigatório; Cada alarme pode ser tratado como evento (isto é, não aparece no E3A- larms), mas aparece no banco de dados; As mensagens de alarme podem ou não ter mensagens de retorno; O único modo de consultar alarmes históricos é construindo uma consulta SQL (que pode ser fácil e construída pelo assistente, mas que tende a ser mais complexa se necessita funcionar corretamente). Colocadas essas opções disponíveis, podemos partir para as alternativas comu- mente usadas. 1. Levar em consideração apenas o E3TimeStamp Essa alternativa é a mais simples, e garante que a consulta resultante terá, pelo menos, a ordem correta dos acontecimentos, apesar de informações duplicadas. Considerando a segunda condição hipotética (onde o operador reconhece o alarme antes da saída da condição ativa). (tabela 5) Simples e fácil, mas como explicar que o alarme aconteceu uma vez e foi registrado duas vezes, antes de ser normalizado? 2. Levar em consideração o E3TimeStamp e a condição de alarme reconhecido Para o caso de alarmes que devem ser reconhecidos (a maioria deles é criada as- sim), uma tática que funciona é selecionar o E3TimeStamp (ou o InTime), e mais a propriedade de reconhecimento, como mostrado na sequência da tabela 6. Entretanto, quando se define que um alarme não necessita reconhecimento ou que deve ser tratado como evento, volta-se à condição anterior, onde não é possível descobrir que uma mensagem refere-se ao reconhecimento e outra à entrada do alarme. Uma opção é incluir na consulta (e no servidor de alarmes) a informação se o alarme é alarme (condition, por definição) ou evento (event). • • • • • 3. Outras alternativas válidas Entre selecionar quais dados serão salvos no banco de dados (configurando o servi- dor de alarmes) e modificar a consulta ao banco de dados (“select X, Y, Z from alarms where X <> Y” e por aí vai), é possível testar várias alternativas. Todas são válidas, desde que a informação de como os alarmes são consultados seja suficientemente divulgada e entendida. Metodologia para tratamento de alarmes Como resultado dos problemas demons- trados acima, fez-se necessário criar uma metodologia de preparação de alarmes que permita que a sequência de alarmes e eventos seja visualizada corretamente. A criação de alarmes no E3, conforme metodologia aqui apresentada, deve seguir a sequência de tarefas e regras descritas a seguir: Todo alarme que tem uma mensagem de retorno deve ser desmembrado em duas fontes de Alarme digitais: uma com a condição de alarme, outra com a condição de retorno; Diferenciar a condição de alarme digital e sua condição de retorno pela propriedade que define o valor do alarme; Tratar todas as condições de retorno como eventos, pois eles não necessi- tarão ser reconhecidos; Configurar o servidor de alarmes de modo a salvar as três datas possíveis (InTime, OutTime e AckTime); A configuração do browser de alarmes históricos deve considerar o seguinte esqueleto de consulta: • • • • • • T5. Considerando apenas o E3 Time Stamp. E3 TimeStamp 07/06/2010 09:30:00 07/06/2010 09:30:15 07/06/2010 09:30:30 Mensagem Falha na partida da bomba com comando do PLC Falha na partida da bomba com comando do PLC Partida da bomba normalizada com comando do PLC T6. Com o E3 Time Stamp e o Alarme reconhecido. E3 TimeStamp 07/06/201009:30:00 07/06/2010 09:30:15 07/06/2010 09:30:30 Mensagem Falha na partida da bomba com comando do PLC Falha na partida da bomba com comando do PLC Partida da bomba normalizada com comando do PLC Acked Não Sim Sim SELECT Alarms.E3TimeStamp, Alarms. Message, Alarms.Source FROM Alarms WHERE (( Alarms.InTime > Ini- cioPeriodo AND Alarms.InTi- me < FimPeriodo ) AND ( Alarms.Message <> ‘ ‘ ) AND ((Alarms.AckTime = ‘1899- 12-30 00:00:00.000’) OR (Alarms.OutTime = ‘1899-12- 30 00:00:00.000’)) ) ORDER BY Alarms.E3TimeStamp DESC” Conclusões Esta metodologia se aplica a fontes de alarmes digitais e analógicos, mas foi testada extensivamente para um conjunto de aplicativos com média de 500 alarmes digitais por usina, em 11 pequenas centrais hidrelétricas. Um inconveniente desta metodologia é que os alarmes não reconhecidos antes de voltarem ao estado normal são exibidos como linhas em branco no E3Alarm (o sumário de alarmes do E3). Mas frente às outras opções de consulta, é fácil acostumar-se com essa característica. De qualquer modo, um fato importante em qualquer instalação de sistemas supervi- sório é ter sua base de alarmes consolidada e que reflita as informações capturadas em campo, de modo a garantir que os alarmes que são mostrados realmente existam e que a sequência de eventos capturada corresponda à realidade. MA48_Alarme.indd 28 10/12/2010 11:57:42 29 Mecatrônica Atual instrumentação Ésaiba maisManuais de Operação dos Trans-missores de Temperatura Smar: TT301, TT302, TT411, TT421 e TT423 Sites de fabricantes: www.smar.com.br www.smarresearch.com. www.deetc.isel.ipl.pt/jetc05/JETC99/ pdf/art_53.pdf Artigos Técnicos de César Cassiolato notável o avanço da Física e da Eletrônica nos últimos anos. Sem dúvida, de todas as áreas técnicas, foram as mais marcantes em desenvolvimentos. Hoje, somos incapazes de viver sem as facilidades e benefícios que estas áreas nos proporcionam em nossas rotinas diárias. Nos processos e controles industriais não é diferente, somos testemunhas dos avanços tecnológicos com o advento dos microprocessadores e componentes eletrônicos, da tecnologia Fieldbus, o uso da Internet, etc. E ainda, com a busca de desenvolvimentos na área de energia renovável, novos combustí- Medição da Temperatura Marco A. Graton Engenheiro de Desenvolvimento Eletrônico - Smar Equipamentos Ind. Ltda César Cassiolato Diretor de Marketing, Qualidade e Assistência Técnica e Instalações Industriais - Smar Equipamentos Ind. Ltda A temperatura é uma das variáveis mais usadas na indústria de controle de processos nos seus mais diversos segmentos, e ainda vale lembrar que ela é uma grandeza básica para a medição e controle de vazão, densidade, etc. Comentaremos neste artigo a medição de temperatura e sua história, as prin- cipais características das tecnologias utilizadas, assim como alguns detalhes em termos do mercado e tendências com os transmissores de temperatura veis, a nanotecnologia, existem inúmeras aplicações com a medição e controle de temperatura. Um pouco de História A medição de temperatura é ponto de interesse da ciência há muitos anos. O corpo humano é um péssimo termômetro, pois só consegue diferenciar o que está frio ou quente em relação à sua própria tempera- tura. Portanto, com o passar dos tempos, o homem começou a criar aparelhos que o auxiliassem nesta tarefa. Vejamos a seguir mais detalhes. MA48_Med_Temperatura.indd 29 10/12/2010 12:00:06 30 Mecatrônica Atual instrumentação Daniel Gabriel Fahrenheit (1686- 1736) devotou a maior parte de sua vida a criação de instrumen- tos meteorológicos. Em 1708, Fahrenheit visitou Römer em Copenha- gue e viu seu termôme- tro com dois pontos de calibração. Impres- sionado com o termômetro, ele passou a utilizá-lo quando voltou à Alemanha. Mais tarde, não gostando do inconveniente (e das frações) de dividir os graus Römer de modo a permitir a medição de pequenos intervalos de temperatura, ele multiplicou a escala de Römer por 4. Isto fez com que o ponto de derretimento da água fosse 30 graus e a temperatura do corpo humano 90 graus. Depois, ele mudou estes valores para 32 e 96 graus respectivamente para simplificar a marcação da escala (em 64 divisões). Fahrenheit ainda adicionou mais um ponto com referência, a temperatura de equilíbrio de uma mistura de gelo e sal, que foi definida como zero em sua escala. Infelizmente, o uso de três referências causou mais incerteza do que precisão. Após a morte de Fahrenheit, a tempera- tura do corpo humano foi considerada inconstante para a definição de um ponto na escala de temperatura, então sua escala foi modificada para dar a ela novamente 2 pontos de referência. Tudo isto resultou no desajeitado padrão numérico, com o ponto de congelamento da água definido como 32°F e o ponto de ebulição (na pressão atmosférica padrão) definido como 212°F. Fahrenheit também percebeu que o álcool não tinha precisão e repeti- bilidade para a medição da temperatura. Em 1714, ele adotou o mercúrio, o qual se mostrou uma excelente alternativa devido ao seu coeficiente de expansão térmica ser altamente linear e não se dissolver no ar. Por outro lado, ele é menos sensível à mudança de temperatura. Uma das primeiras tentativas de construção de uma escala de temperatura ocorreu por volta de 170 DC. Claudius Galenus of Pergamum (130- 201), médico grego, teria sugerido que as sensações de “quente” e “frio” fossem medidas com base em uma escala com quatro divisões numeradas acima e abaixo de um ponto neutro. Para tal escala termométrica, atribuiu a temperatura de “quatro graus de calor” à água fervendo, a temperatura de “quatro graus de frio” ao gelo, e a temperatura “neutra” a uma mistura de quantidades iguais daquelas duas substâncias. Galenus não foi um excelente médico, mas sim um excelente fisiologista. Ele escreveu vários tratados médicos, frutos de seu trabalho no tratamento dos Gladiadores romanos e das suas dissecações de animais vivos. Ele foi o primeiro médico a dar diagnósticos pela medição do pulso da pessoa. Em 1701, Ole Chris- tensen Römer (1644- 1710) criou o primeiro termômetro, com dois pontos de referência. O termômetro usava vinho vermelho como indicador da tempe- ratura. Römer criou a escala de seu termômetro com 60 repre- sentando o ponto de ebulição da água. Ele não sabia que o ponto de ebulição da água dependia da pressão atmosférica, fato descoberto depois por Fahrenheit. Quanto ao ponto inferior, isto é questão de debate, uma vez que partes de suas anotações foram destruídas pelo fogo. Alguns dizem que 0 representava uma mistura de água, gelo e cloreto de amônia, outros que ele usou o ponto de degelo da água que marcou com 7.2 Rö. Mais tarde Römer adotou por razões práticas outros pontos de referência como a água congelada e a temperatura do sangue (temperatura do corpo humano), que ele marcou como 22.5 Rö. Apesar da criação do termômetro, Römer é mais conhe- cido pelo seu trabalho com a medição da velocidade da luz. Como o vinho era altamente influen- ciado pela pressão atmosférica, em 1641 Fernando II, Grão- Duque da Toscana (1610-1670), desen- volveu o primeiro termômetro selado. Ele utilizou o álcool em seu interior e fez 50 marcas (graus) na sua haste. Este termômetro não usava nenhum ponto fixo para a calibração da escala. O ter- mômetro com o emprego de substância orgânica (álcool, etc.) em seu interior passou a ser conhecido como termô- metro “spirit”. O primeiro termômetro foi idealizado por Galileu Galilei (1564-1642). Ele consistia de um longo tubo de vidro com um bulbo preenchido com vinho. Este primeiro tipo de aparelho utilizado para a
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