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Desindustrialização no Brasil

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TO143_Editorial.indd 5 2/8/2010 17:53:20
�
Editora Saber Ltda
Diretor
Hélio Fittipaldi
Associada da:
Associação Nacional
das Editoras de Publicações Técnicas, 
Dirigidas e Especializadas
Atendimento ao Leitor: atendimento@mecatronicaatual.com.br
Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores. É vedada a reprodução total ou parcial 
dos textos e ilustrações desta Revista, bem como a industrialização e/ou comercialização dos aparelhos ou idéias 
oriundas dos textos mencionados, sob pena de sanções legais. As consultas técnicas referentes aos artigos da 
Revista deverão ser feitas exclusivamente por cartas, ou e-mail (A/C do Departamento Técnico). São tomados 
todos os cuidados razoáveis na preparação do conteúdo desta Revista, mas não assumimos a responsabilidade 
legal por eventuais erros, principalmente nas montagens, pois tratam-se de projetos experimentais. Tampouco 
assumimos a responsabilidade por danos resultantes de imperícia do montador. Caso haja enganos em texto 
ou desenho, será publicada errata na primeira oportunidade. Preços e dados publicados em anúncios são por 
nós aceitos de boa fé, como corretos na data do fechamento da edição. Não assumimos a responsabilidade por 
alterações nos preços e na disponibilidade dos produtos ocorridas após o fechamento.
Editor e Diretor Responsável
Hélio Fittipaldi
Redação
Natália F. Cheapetta
Thayna Santos
Revisão Técnica
Eutíquio Lopez
Produção
Diego Moreno Gomes
Designer
Diego Moreno Gomes
Colaboradores
Bruno Ribeiro Ferretti 
César Cassiolato
Filipe Pereira
Joachim Uwe Lorenzen
Luiz Roberto Basso Filho
Marco A. Graton
Paulo Henrique S. Maciel
www.mecatronicaatual.com.br
PARA ANUNCIAR: (11) 2095-5339
publicidade@editorasaber.com.br
Capa
Dürr/Divulgação
Impressão
Parma Gráfica e Editora
Distribuição
Brasil: DINAP
Portugal: Logista Portugal tel.: 121-9267 800
Mecatrônica Atual é uma publicação da 
Editora Saber Ltda, ISSN 1676-0972. Redação, 
administração, publicidade e correspondência:
Rua Jacinto José de Araújo, 315, Tatuapé, CEP 
03087-020, São Paulo, SP, tel./fax (11) 2095-5333
ASSINATURAS
www.mecatronicaatual.com.br
fone: (11) 2095-5335 / fax: (11) 2098-3366
atendimento das 8:30 às 17:30h
Edições anteriores (mediante disponibilidade de 
estoque), solicite pelo site ou pelo tel. 2095-5330, 
ao preço da última edição em banca.
O que o Brasil faz de melhor para dificultar a concorrência da empresa brasileira 
começa pelos funcionários das empresas públicas, com o fisco e principalmente 
pelos políticos brasileiros.
Juscelino Kubitschek nos anos 50 deu um impulso com a criação da indústria 
automobilística, estradas e a fundação de Brasília no início dos anos 60. Só em 
1968 é que o imposto de renda foi estabelecido como obrigatório e, a partir daí, 
começa a chuva de impostos provocados pelos políticos brasileiros irresponsáveis , 
que não se preocupam em saber se a capacidade a ser obsorvida pelo mercado torna 
viável (ou não) a vida da empresa brasileira.
Como eles não gerenciam a aplicação dos recursos arrecadados com competência, 
ética, moral e bons costumes, o dinheiro é muito mal aplicado e desviado pelos 
corruptos, gerando custos inimagináveis. Como o saco é sem fundo e as vítimas não 
reclamam, além de continuarem votando em palhaços profissionais, sem cultura 
para entender as complexidades da vida moderna, sofrem cada vez mais, com mais 
impostos e agora com a competente concorrência das empresas estrangeiras que 
não pagam esta enorme conta de impostos e chegam com seus produtos aqui em 
grande vantagem de qualidade e preço.
A educação, além da conduta ilibada, é caso de segurança nacional. Devemos 
mudar a Constituição Brasileira e proibir que candidatos a cargos públicos e em 
estatais sem comprovação de conhecimento notório em cargos anteriores e, cursos 
universitários não possam se candidatar para cuidar de um país imenso. Não tem 
direito adquirido neste caso. É a vida e o bem-estar de quase 200 milhões que não 
podem ficar sob o jugo de poucos desletrados e que usam a ideologia como bandeira 
para despistar. A ideia de democracia da antiguidade precisa ser aperfeiçoada para 
os tempos modernos, onde a tecnologia impõe conhecimentos que antigamente 
não eram necessários.
Com o câmbio desfavorável e caminhos equivocados determinados pelo baixo 
clero político e sindical, em pouco tempo iremos para o buraco. Vejam exemplos 
como os da Argentina e da Venezuela.
Pronto, eis a desindustrialização instalada. Empresas que antes fabricavam 
seus produtos aqui, hoje ou industrializam em outros países, ou simplesmente são 
representantes e distribuidores. Perdemos assim, a base de técnicos e engenheiros 
que não tem onde trabalhar aqui, senão em vendas.
Esperamos que Deus ilumine os caminhos da nossa ex-guerrilheira e que ela 
saiba quais as armas adequadas para esta realidade atual sem se deixar envolver 
pelo besteirol ideológico plantado por corruptos de verdade.
Hélio Fittipaldi
Concorrência Estrangeira
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�
índice
Editorial
Eventos
Contato
Notícias
03
06
07
08
29
44
16
26
48
21
36
16
48
21
Placa de Desenvolvimento 
para Motores de Passo 
de até 2 ampères
CLPs – Programação de 
equipamentos de acordo com as 
especificações dos processos
Tratamento de Alarmes 
no Elipse E3 
Medição da Temperatura
Dimensionamento da 
quantidade de equipamentos 
em uma rede PROFIBUS-PA
O uso de Canaletas 
Metálicas minimizando as 
correntes de Foucault em 
instalações PROFIBUS
Soluções de sistema integrado 
para a indústria automotiva 
na Dürr Ecoclean
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SE448_Noticias.indd 15 14/9/2010 16:49:45
�
eventos
literatura
O livro “Gerenciamento de Energia – Ações Administrativas e técnicas de 
uso adequado da Energia Elétrica” apresenta a estudantes e profissionais os 
aspectos essenciais para gerenciar instalações elétricas de forma eficiente e 
com baixo custo.
Aborda aspectos administrativos, como as faturas de energia elétrica em 
baixa e alta tensão. O conhecimento das regras do mercado livre de energia 
elétrica possibilita analisar a conveniência de um consumidor migrar para 
esse ambiente de contratação.
Esclarece aspectos técnicos, dúvidas relacionadas com o fator de potência, 
a eficiência energética e a certificação ambiental de edificações. Descreve 
ainda os conceitos gerais do setor elétrico e os principais números da 
matriz energética brasileira.
Gerenciamento de Energia – Ações Administrativas e 
técnicas de uso adequado da Energia Elétrica
Autores: Benjamim Ferreira de Barros, Reinaldo 
Borelli e Ricardo Luis Gedra
Preço: R$ 58,00
Onde comprar: www.novasaber.com.br
Dezembro
Curso de Agitação e Mistura em 
Processos Industriais
Organizador: Associação Brasileira de 
Engenharia Química
Data: 02 a 03
Local: Conselho Regional de Química 
- CRQ-IV Regiao, São Paulo, SP
www.abeq.org.br/curso_agitacao.asp
Curso - Manutenção CS3000
Organizador: Yokogawa América do Sul
Data: 13 a 17
Local: Avenida Ceci, 1.500 – Tamboré, SP
www.yokogawa.com.br/ 
treinamentos
Curso - Análise de Riscos em 
Projetos
Organizador: SAE Brasil
Data: 13 a 14
Local: Av. Paulista, 2073 – Edifício Horsa II 
– Cj. 1003 – 10º andar - São Paulo - SP
www.saebrasil.org.br
Curso - Instrumentação Básica
Organizador: Yokogawa América do Sul
Data: 14 e 15
Local: Avenida Ceci, 1.500 – Tamboré, SP
www.yokogawa.com.br/ 
treinamentos
Janeiro
Electrotest Japan 2011
Organizador: Reed Exhibitions Japan
Data: 19 a 21
Local: 18F Shinjuku-Nomura Bldg., 1-26-2 
Nishi Shinjuku, Shinjuku-ku, Tokyo 163-
0570, Japan
www.electrotest.jp/et/en/floor/
IMTEX 2011 - Indian Metal, Cutting 
Machine Tool Exhibition
Organizador: Indian Machine Tool 
ManufacturersAssociation
Data: 20 a 26
Local: Bangalore International Exhibition 
Centre, Bangalore, Índia
www.imtex.in
Fevereiro
Plastec West 2011 - Exhibition 
Plastics Processing Solutions
Organizador: Canon Comunication
Data: 08 a 10
Local: Anaheim Convention Center 800 
West Katella Avenue, Anaheim, CA 92802
www.canontradeshows.com/expo/
plastw11/index.html
Feicana/Feibio 2011 - Feira de 
Negócios do Setor de Energia
Organizador: Safra Eventos
Data: 15 a 17
Local: Recinto de Exposições Clibas de 
Almeida Prado - Araçatuba - SP
www.feicana.com.br
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�
contato
Escreva para a 
Mecatrônica Atual:
Dúvidas, sugestões ou reclamações sobre 
o conteúdo de nossas reportagens, artigos 
técnicos ou notícias, entre em contato pelo 
email atendimento@mecatronicaatual.
com.br ou escreva para Rua Jacinto José 
de Araújo, 315 CEP 03087-020 - São 
Paulo - SP
Mecatrônica Atual nº 47
Futuros Colaboradores
Sou estudante de Engenharia de Controle & Automação pela Universidade Federal 
de Ouro Preto, em Minas Gerais, e gostaria de saber como posso enviar artigos sobre 
Eletrônica e Automação, e também, qual é o critério de divulgação de projetos? Há uma 
formatação-padrão para o envio de projetos? Os projetos devem estar em pdf, algo assim? 
Tenho projetos com o software LabVIEW, da National Instruments, sobre Controle 
de Processos, Automação Residencial etc., e acho que podem ser úteis para estudantes, 
técnicos e engenheiros que acompanham o bom trabalho da revista. Obrigado!
Ary Carlos - Por email
Em pesquisa ao site da Mecatrônica Atual não encontrei um contato com o corpo 
editorial da revista, portanto gostaria de saber como entrar e contato com um 
responsável e assim verificar a possibilidade de publicar um artigo. Obrigado.
Eng. Moacy Pereira da Silva - Por email
Prezados senhores, agradecemos a disposição em contribuir com a nossa revista. Para produzir 
um artigo técnico existem algumas dicas para seguir. O texto pode ser enviado em formato PDF com 
no mínimo 8000 e no máximo 15000 caracteres e, se tiver imagens ou desenhos, é necessário serem 
chamados no texto. As figuras devem ser numeradas e enviadas separadas do texto, salvas em jpg ou tif. 
Antes de ser publicado, será enviado um PDF para a sua avaliação e permissão para publicação.
Versão impressa
Gostaria de saber quanto custa e como 
faço para fazer a assinatura da revista 
Mecatrônica Fácil - versão impressa. 
Agradeço desde já. Atenciosamente,
Laio Mendonça - Por email
Prezado Laio, faz aproximadamente 2 
anos que a revista Mecatrônica Fácil dei-
xou de ser impressa devido a queda cons-
tante de vendas. Foi a única saída para 
evitar prejuizos e por não haver empresas 
interessadas em anunciar naquele veículo.
Porém, você deve entender que 
um pai nunca abandona seus filhos, 
não é mesmo? Por isto estamos publi-
cando uma seção sobre Mecatrônica 
(Fácil) na revista Eletrônica Total, que 
você encontra bimenstralmente nas 
bancas ou através de assinaturas.
Para mais informações envie um 
email para assinaturas@editorasaber.
com.br ou ligue para (11) 2095-5335.
Medição de temperatura
Necessito de uma relação de todos os tipos 
de sensores de medição de temperatura 
para ser utilizada por meus estagiários, 
no mesmo momento lembrei da revista 
e imaginei que vocês já devem ter 
publicado algo desse tipo. Se estiver certo 
na minha dedução por favor informem 
o número da edição. Cordiamente,
João Alves - Por email
Senhor João, já publicamos 
diversos artigos relacionados a sensores 
de temperatura. Nas revistas Saber 
Eletrônica nº 418 e nº 446 existem 
artigos relacionados a sensores. Na 
revista Mecatrônica Atual nº 28 há um 
artigo cujo título é “Intrumentação 
básica para medição de temperatura” 
que poderá lhe ajudar. Já nesta edição 
encontra-se um artigo voltado para a 
Medição de Temperatura, desde sua 
história até os tipos de transmissores.
Acesso no portal
Seria possível informar-me as condiçoes 
de acesso à publicações para assinantes? 
Tentei acessar algumas matérias, logo 
após entrar com login e senha, mas 
não foi possível acesso à publicação 
completa. Grato pela atenção,
Antonildo Lima - Por email
Caro Antonildo, os assinantes tanto 
da revista quanto do próprio portal, 
têm total acesso a todas as notícias, 
artigos novos e antigos, colunistas e 
etc.. Qualquer problema que tiver com 
assinaturas, favor enviar um email para 
assinaturas@editorasaber.com.
br, ou ligar para (11) 2095-5335.
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� Mecatrônica Atual
//notícias
Solução da Elipse automatiza a empresa Relat
A primeira unidade da Laticínios Renner (Relat), inaugurada 
em outubro deste ano, decidiu utilizar o Elipse E3, solução 
desenvolvida pela Elipse Software, para controlar as diferentes 
etapas e equipamentos envolvidos na produção de soro de leite 
em pó. Através do E3, os operadores podem controlar desde 
a recepção até a fabricação final do produto via uma série de 
telas acessadas mediante apenas três computadores instalados 
dentro da própria Relat. 
Inicialmente, o soro do leite, recebido em caminhões-
tanque com isolamento térmico, passa por um processo de 
resfriamento até atingir a temperatura de 4º C e é armazenado 
temporariamente em silos termicamente isolados. O soro do 
leite é então estabilizado, desnatado, desmineralizado e pré-
concentrado pelos processos de pasteurização, centrifugação 
e nanofiltração. 
Após esta etapa, o soro do leite é concentrado através do 
processamento em quatro efeitos de calandrias, equipamentos 
que utilizam vácuo e vapor para remover parte da água do soro 
via sua evaporação. O vácuo tem a função de baixar a pressão 
de vapor, fazendo com que a evaporação ocorra a temperaturas 
mais baixas. Em seguida o soro é conduzido até os tanques de 
resfriamento, onde permanece sob agitação durante 8 horas, 
para que seja cristalizado, passando a ter uma consistência 
pastosa. 
O soro de leite agora encontra-se apto para ser transforma-
do em pó pela câmara de secagem, equipamento de 30 metros 
de altura com diversas entradas de ar aquecido e um potente 
exaustor de 200 HP. O produto é aspergido pelo topo da câmara 
por um atomizador de alta rotação. No instante em que entra 
em contato com o forte fluxo de ar a aproximadamente 170 ºC 
e o leve vácuo da câmara, o soro tem a água das suas gotículas 
imediatamente retirada na forma de vapor.
Na sequência, o pó obtido é sugado para fora da câmara e 
separado do ar por meio de ciclones, equipamentos clássicos 
utilizados para separar as partículas do pó em suspensão. Con-
cluído este processo, a umidade do soro é padronizada, antes 
do mesmo ser peneirado e conduzido, por meio de fluxos de ar 
e vibração, até a máquina ensacadeira. Todas estas etapas são 
monitoradas e comandadas pelo software da Elipse.
Além deste controle, o software possui um sistema de 
alarmes que informa aos operadores se for observada qualquer 
espécie de falha em um equipamento. Caso uma centrífuga, por 
exemplo, apresente qualquer defeito, o sistema de alarme é au-
tomaticamente acionado, permitindo a identificação e correção 
imediata do problema.
Segundo o diretor da Relat, Cláudio Hausen de Souza, a pri-
meira unidade da Laticínios Renner vai processar 1,2 milhão de 
litros de soro de leite por dia em Estação. O investimento é da 
ordem de R$ 50 milhões, e destes, R$ 30 milhões são destinados 
à compra de equipamentos. Está assentado em um terreno de 
150 mil metros quadrados, com 6 mil de área construída.
Na Relat, o soro que antes era descartado no ambiente 
ou usado na alimentação animal, ganhará outra dimensão. O 
subproduto do leite, obtido após a fabricação de queijos, terá 
valor agregado ao ser utilizado como insumo na fabricação 
de biscoitos, pães, sorvetes, chocolates, bebidas isotônicas,lácteas e leites modificados. A fábrica deve gerar um total de 
200 empregos diretos e indiretos quando estiver em pleno 
funcionamento, movimentando a economia do município de 
6 mil habitantes.
O software possui um sistema de alarmes que informa aos operado-
res se for observada qualquer espécie de falha em um equipamento.
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Petrobras tem o maior lucro entre as empresas brasileiras
No primeiro trimestre de 2010 a Petrobras obteve um lucro de R$ 16,02 bi-
lhões, segundo a consultoria Economática, este já é considerado como o maior 
da história em comparação com outras empresas nacionais de capital aberto. No 
primeiro semestre deste ano, a Vale conseguiu alcançar o oitavo maior lucro com 
R$ 9,5 bilhões.
Instituições financeiras como Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Bradesco atingiram 
marcas entre R$ 6,3 bilhões - 12º lugar, R$ 5,07 bilhões - 16º lugar e R$ 4,5 bilhões 
- 20º lugar respectivamente.
De acordo com a Consultoria, das cinco empresas que entraram na lista com os 
maiores lucros somente a Vale não conseguiu atingir o seu máximo histórico.
Produtos
A empresa Rockwell Automation 
apresenta ao mercado o novo servo-
drive Kinetix 3 da classe componente. 
Ele permite aos fabricantes de máqui-
nas a capacidade de atender melhor 
as necessidades das indústrias, sem a 
complexidade das soluções de servos 
tradicionais.
Oferecido em modelos que iniciam em 
50 watts, o servodrive fornece a flexi-
bilidade de adaptar os eixos, de acordo 
com as especificações reais de alimen-
tação da máquina, o que irá minimizar 
o custo e as dimensões de sistema.
Seu projeto compacto faz com que o 
servodrive seja ideal para máquinas 
que exijam menos de 1,5 kW e até 
12,55 Nm de torque instantâneo, como 
máquinas de movimento intermitente 
de formação, enchimento e selagem, 
mesas de indexação, equipamentos 
médicos, equipamento de automação 
de laboratório e processamento de 
semicondutores.
“Os fabricantes são desafiados por 
condições econômicas mais severas. Há 
menos capital disponível para compra 
de novos equipamentos, enquanto os 
usuários esperam por soluções que 
sejam mais fáceis de usar e que possi-
bilitem maior disponibilidade e retorno 
do investimento”, observa Oliver Haya, 
gerente de produto da Rockwell Auto-
mation. Ele acrescenta que, ao combi-
nar o novo servodrive Kinetix 3 e os 
controladores MicroLogix da Rockwell 
Automation, os fabricantes de máqui-
nas podem oferecer uma solução de 
controle de posicionamento com custo 
otimizado para aplicações com poucos 
eixos, que são fáceis de usar e manter.
O servodrive Kinetix 3 é facilmente 
configurado, usando o software Ultra-
Ware, um software gratuito disponível 
como parte da ferramenta “Kinetix 
Accelerator Toolkit”. A configuração 
pode ser ainda mais simplificada ao 
utilizar o recurso de reconhecimento 
automático do motor, com motores 
rotativos da série TL, atuadores lineares 
da série TL e servomotores lineares 
das séries LDL e LDC.
Os recursos adicionais incluem supres-
são de vibração on-line, autoajuste 
avançado e tempo de configuração 
mais rápido, o que reduz o tempo de 
partida ao praticamente eliminar muitas 
etapas no processo de comissiona-
mento. O servodrive pode indexar até 
64 pontos através da rede Modbus ou 
por suas entradas digitais.
Para simplificar ainda mais a experi-
ência do usuário, o servo drive pode 
ser incorporado a uma solução de 
componentes conectados. A ferramenta 
“Connected Components Building 
Blocks” (CCBB) para o Kinetix 3 for-
nece: desenhos CAD, layouts elétricos, 
lista de materiais, códigos de controle 
e telas de interface de operação pré-
configuradas. Além disso, ele incluirá a 
habilidade de desenvolver operações 
de indexação para três eixos pela rede 
Modbus, usando o controlador Micro-
Logix 1400, a interface de operação 
PanelView Component e os motores 
da série TL.
Servodrive Kinetix 3
Novo servodrive 
com baixo custo 
e fácil utiliza-
ção, usado em 
aplicações de 
controle de posi-
cionamento para 
máquinas que 
exigem menos de 
1,5 kW.
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10 Mecatrônica Atual
//notícias
Rockwell Automation amplia 
sistema de controle distribuído
O PlantPAx Logix Batch & Sequence Manager é uma solução 
modular para bateladas que se destaca pela facilidade de uso 
e pouca engenharia. Atende uma ampla gama de necessidades 
de controle de batelada e sequenciamento local, baseadas em 
controlador, permitindo configurar sequências diretamente 
no controlador por meio de uma interface homem-máquina, 
utilizando uma interface de usuário padrão. É ideal para equipa-
mentos independentes, que requeiram flexibilidade na sequência 
(procedimentos) do processo e das fórmulas (pontos de ajuste) 
das receitas. Esta solução também é adequada a aplicações de 
sequenciamento contínuo comum, como partida/parada de pro-
cessos, mudanças de teor e controle de estrados de limpeza.
Muitas aplicações requerem recursos de gerenciamento de 
sequência, porém a complexidade do processo pode não ser 
suficientemente grande para garantir o uso de um pacote de 
software de batelada. Baseado nesta solução permite que se 
comece com um sistema de pequeno porte e, se as exigências 
crescerem, os usuários poderão simplesmente migrar para uma 
solução de software mais abrangente, sem atividades custosas 
de reengenharia e testes.
A aplicação é fornecida com configuração pré-desenvolvida e 
intuitiva, e telas de operação (IHM/Supervisório) em tempo real, 
para facilitar o controle e a manutenção em tempo real. Está 
fundamentada nas normas ISA-88, que oferecem uma estrutura 
uniforme para a aplicação. Essa uniformidade ajuda o usuário 
final a pesquisar problemas mais rapidamente, a melhorar a 
operação em tempo real e, assim, aumentar a capacidade e 
melhorar a qualidade.
Como parte do sistema de Arquitetura Integrada da Ro-
ckwell Automation, a aplicação utiliza a mesma configuração, 
estrutura de rede e ambiente de operação que os sistemas de 
grande porte da empresa, permitindo supervisão e controle 
local em uma única unidade, suportando unidades independentes 
múltiplas, em um único controlador. Isto ajuda a fornecer aos 
integradores de sistemas, fabricantes de máquinas e usuários 
finais uma integração extremamente econômica no sistema de 
controle distribuído de toda a fábrica.
Produtos
Da tecnologia de instalação, passando 
pela aplicação de pintura até sistemas 
de controle - com exceção do prédio, 
a Dürr fornece a planta de pintura 
para SVW. Uma vez que as questões 
ambientais também na China estão se 
tornando cada vez mais importantes, 
a SVW em Nanjing está investindo no 
EcoDryScrubber da Dürr. Através da 
recirculação do ar, este inovador sis-
tema de separação a seco do overspray 
molhado reduz o consumo de energia 
em até 60% em comparação com as 
cabines de pulverização convencionais. 
Além disso, pela não utilização da 
separação molhada não é necessário o 
uso nem de água fresca e nem tam-
pouco o uso de produtos químicos de 
coagulação.
No pré-tratamento e na pintura cató-
dica por imersão, é empregado o sis-
tema rotativo de pintura por imersão 
RoDip, com o qual já foram pintadas 
mundialmente mais de 18 milhões de 
carrocerias. A rotação de toda a carro-
ceria no tanque otimiza o processo de 
imersão, inundação e escoamento.
Antes da aplicação do primer e da 
pintura de acabamento, a parte exterior 
da carroceria é limpa por dois robôs 
do tipo EcoRS 60 com escovas rotativas. 
Vinte e quatro robôs de pintura do 
tipo EcoRP L133 se encarregam da 
pintura interior e exterior totalmente 
automática. Também a abertura de capô 
e portas ocorre totalmente automá-
tica com robôs da Dürr, assim como 
a medição da espessura da camada na 
linha de acabamento. O trocador linear 
de cores EcoLCC,utilizado no primer, 
minimiza crucialmente a perda de tinta 
na troca de cores.
A Dürr equipa a linha UBS com quatro 
estações de robôs, com um total de 
14 EcoRS e com a técnica de aplicação 
para selagem automática, proteção 
SVW implementa o EcoDryScrubber em sua Planta de pintura
das partes inferiores e revestimento 
de saias. Este tipo de robô também 
faz a instalação dos amortecedores 
de ruídos de teto em uma estação de 
colagem.
A nova planta de pintura – elaborada 
para um processo sem primer e o 
emprego de tinta à base de água é pla-
nejada para trabalhar 31 unidades por 
hora. Porém, a possibilidade de futura 
expansão de capacidade para o dobro 
desta produção já foi considerada no 
planejamento. Partes da tecnologia da 
instalação, como o pré-tratamento e a 
KTL (pintura catódica por imersão), já 
estão programadas para execução de 
62 veículos por hora.
Esta planta de pintura, com baixíssimos 
custos operacionais entrará em funcio-
namento em outubro de 2011. Lá serão 
pintados modelos de classe média da 
Volkswagen e da Skoda.
É ideal para equipamentos independentes, que requeiram flexibilida-
de na sequência do processo e nas fórmulas das receitas.
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12 Mecatrônica Atual
//notícias
Medição de gás inteligente
A empresa STMicroelectronics e a Omron anunciaram 
parceria para oferecer uma solução completa de sensores 
eletrônicos para medição do fluxo de gás. O sensor de fluxo 
é um componente - chave para a solução turn-key de medição 
de gás inteligente.
Como os medidores de eletricidade de alguns anos atrás, 
a medição de gás está começando a passar dos medidores 
mecânicos tradicionais para novas e sofisticadas soluções 
eletrônicas, incorporando funções como Automatic Meter 
Reading (AMR – Leitura Automática de Medição). A ST acredita 
que há aproximadamente 500 milhões de medidores de gás 
mecânicos no mundo, e a maior parte das fornecedoras de gás 
estão preparando programas para substituir seus medidores 
tradicionais por medidores eletrônicos que são mais precisos, 
confiáveis e eficientes.
No meio dessa parceria está um transdutor proprietário da 
Omron e um chip analógico front-end desenvolvido pela ST. Essas 
tecnologias foram integradas em um subsistema stand-alone 
completo. O sensor de fluxo resultante, o qual incorpora uma 
tecnologia MEMS (Micro-Electro-Mechanical Systems) de sensor 
microtérmico, é compensado intrinsecamente para as variações 
de temperatura e de pressão, ao passo que um circuito embutido 
compensa a variação de múltiplas composições de gás. Visando 
estar em conformidade com os padrões internacionais para 
medidores de gás, o sensor é resistente a poeira.
“Com base em nossa colaboração bem sucedida com a ST 
em sensores MEMS, estamos confiantes de que essa nova cola-
boração vai colocar as duas parceiras na vanguarda do mercado 
emergente para medidores de gás eletrônicos,” comenta Yoshio 
Sekiguchi, Gerente Geral Sênior da Micro Devices Division da 
Omron Corporation.
Montado em uma pequena placa PCB (Printed-Circuit-Board 
ou placa de circuito impresso) que mede 7,2x 8,6 cm, o sensor 
de fluxo de gás oferece alta precisão com um consumo de 
energia muito baixo, motor drivers embutidos para o controle 
da válvula e proteção contra os efeitos de temperatura e 
vibração. A placa do sensor possui um microcontrolador 
STM8L152 de consumo ultra baixo com 32 Kbyes de me-
mória flash e driver de display LCD, sensor de temperatura 
STLM20, um acelerômetro LIS332AR e um RTC (Real-Time 
Clock) M41T82, assim como dispositivos de gerenciamento 
da energia e controle motor.
“À medida que a demanda por medidores de gás inteligentes 
cresce, esta colaboração com a Omron nos coloca a frente no 
mercado, além de repetir o enorme sucesso que conquistamos 
com os medidores inteligentes de eletricidade,” explica Bene-
detto Vigna, Gerente Geral da MEMS, Sensors and High-Per-
formance Analog Division da STMicroelectronics. Ele destaca 
também que o kit do medidor reduz enormemente os custos 
de compra e acelera a chegada ao mercado dos fabricantes de 
medidores.
Aplicações como medição de eletricidade, gás e água, onde 
sensores miniaturizados e microcontroladores com consumo 
de energia ultrabaixo são combinados para oferecer aos con-
sumidores informações em tempo real sobre custos e padrões 
de uso, ajudando-os dessa forma a minimizar o uso de recursos 
não renováveis, por exemplo.
Produtos
Aguardando imagem assessoria
Nos dias 1 e 2 de dezembro foi reali-
zado no Brasil o OpsManage’10, semi-
nário mundial organizado pela Invensys, 
que é uma empresa fornecedora de 
sistemas tecnológicos, soluções de 
software e serviços de consultoria para 
indústria e operações de infraestrutura 
indústrial.
Com palestras e atividades que explo-
ravam os assuntos de maior relevância 
no atual momento de gestão de con-
trole e informação industrial voltado 
sempre para a excelência Operacional.
A OpsManage iniciou-se na America 
do Norte em Orlando, nos Estados 
Unidos. O Brasil foi o representante da 
América Latina.
Esta série de eventos teve como obje-
tivo um lado educacional, e conseguiu 
oferecer aos convidados a possibilidade 
de analisar com mais detalhes, como 
que o InFusion Enterprise Control (ECS) 
conseguiu trazer novas oportunida-
des para os clientes e parceiros da 
Invensys, e como o ECS os auxilia a 
obter a excelência em operações entre 
controle, gerenciamento de ativos, 
produtividade e cuidados com o meio 
ambiente e segurança.
Foi apresentado estratégias de mer-
cado vertical e soluções diferenciadas, 
assim como detalhamento de marca 
de produtos, suporte aos usuários 
e treinamento práticos, abrangendo 
virtualmente todos os aspectos de 
Invensys promoveu no Brasil o OpsManage’10
controle empresarial, desde a indústria 
e estratégia de negócios até instrumen-
tação e conexão com os sistemas ERP. 
Os fórum foi voltado para diferentes 
áreas da indústria, tais como, alimentos 
e bebidas; minério; metais e minerais; 
energia; água e esgoto; óleo e gás 
upstream; processo de hidrocarbono; 
farmacêuticas e químicas.
Participaram mais de 3.000 clientes 
de todo o mundo na série de eventos 
da Invensys. Estes clentes tiveram o 
privilégio de explorar as formas de 
superar tradicionais barreiras que 
normalmente encontram no mercado 
atual alcançando a total visibilidade da 
rentabilidade da empresa em tempo 
- real e excelência Operacional.
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13Setembro/Outubro 2010 :: Mecatrônica Atual
//notícias
Software da GE IP é usado 
em reatores de resina
A empresa Z/Soft Automação e Sistemas Ltda, integradora 
de sistemas de automação, desenvolveu em parceria com a GE 
Intelligent Platforms um projeto de automação para a empresa 
Socer do Brasil e Com. Ltda, possibilitando a visualização e 
ajustes mais precisos das variáveis de controle dos reatores.
Para este projeto, foi utilizada a solução de controladores 
PACSystem Rx3i, em redundância, com sistema de controle 
e supervisão utilizando um QuickPanel View Intermediate 
12 Color Tft Touch Dc e um computador Windows com 
dois monitores de 19” rodando o iFIX PLUS SCADA Pack e 
Suporte para Terminal Services no SCADA 3 para permitir 
sua utilização de forma remota pela Internet.
Terminado em abril deste ano, o objetivo do projeto foi 
a automação dos reatores de fabricação de resina. Para se 
conseguir um melhor controle e desempenho no processo, 
foi desenvolvida uma solução de tecnologia de automação 
possibilitando visualização e ajustes mais precisos das variá-
veis de controle dos reatores, como temperatura, pressão e 
velocidade dos motores das pás internas. Como consequência, 
estabeleceu-se um controle de qualidade mais padronizado e 
uma redução noconsumo de energia elétrica dos reatores pela 
diminuição do tempo de maturação da resina dentro deles.
“Por ser a primeira experiência de automação desenvolvida e admi- 
nistrada diretamente pela Socer, o maior desafio da Z/Soft foi iden-
tificar as áreas de processo para definir uma estratégia de trabalho 
que permitisse uma sequência de desenvolvimento de automação 
por fases para se chegar à automação total da planta”, afirma Onadil 
Vieira Júnior, Diretor de Automação da Z/Soft.
Para isso, a Z/Soft, com o apoio da GE IP, buscou uma tecno-
logia de hardware, software e recursos humanos, e que garantisse 
o sucesso do desenvolvimento de todas as fases do projeto. 
“Resolvemos o problema com uma apresentação das soluções 
tecnológicas da GE Intelligent Platforms que seriam aplicadas 
no projeto da SOCER. A reunião foi fundamental para a escolha 
por parte da Socer”, explica José Alberto Copini Pucci, diretor 
Comercial da Z/Soft.
Paulo Seixas, diretor geral da Socer Brasil, diz que o projeto deu 
resultados imediatos, pois todos os controles eram feitos manual-
mente e passaram à forma automática. O próximo passo é integrá-
lo aos tanques de alimentação dos reatores. Já em longo prazo, o 
objetivo é ter uma planta totalmente automatizada. “O resultado da 
automação está diretamente ligado à qualidade e à padronização da 
produção, além de uma redução significativa nos tempos de processo 
com a utilização mais controlada dos reatores e dos parâmetros de 
processo. As reduções vão propiciar a diminuição nos custos e o 
aumento na produtividade total da planta”, conclui.
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14 Mecatrônica Atual
//notícias
Sistema de monitoramento permite 
acompanhamento de imagens por celular
Com a expansão do mercado de segurança, a empresa 
Graber apresenta na Expo Síndico Secovi Condomínio 2010, o 
“Graber Viu”. Sistema que integra o monitoramento de alar-
mes, a vigilância de imagens de segurança, sensores magnéticos, 
módulo de comunicação de dados, botões de pânico móveis, 
entre outros.
As imagens são transmitidas em 3G ou GPRS e permitem 
acompanhar tudo o que acontece em empresas, condomínios 
ou residências através de um aparelho celular. Com o sistema 
de troca de dados, as falhas de segurança tendem a diminuir.
Outros destaques da empresa são os serviços da “Ronda 
Ecológica”, que podem ser feitos com a Ecobike, uma bicicleta 
com motor elétrico; com o Segway, um equipamento que tem 
os movimentos controlados através de um sistema composto 
por sensores e giroscópios instalados na base onde se apoiam 
os pés; e com o EcoCubs, um produto moderno com tecnologia 
nacional. Todos os equipamentos dispensam combustíveis fós-
seis, por isso ajudam na preservação do meio-ambiente. Além 
disso, não causam incômodo algum aos condôminos, pois não 
emitem ruídos ou odores.
O “Vigilante Monitorado”, é um sistema que retransmite o 
olhar do vigilante durante a ronda. O vigilante com uma mo-
chila carrega uma câmera sem fio que transmite as imagens via 
GPRS para a central de monitoramento. Com base nas imagens 
captadas, se houver alguma situação suspeita, ele pode começar 
os procedimentos de segurança adequados.
Indústria de motocicletas prevê 
faturamento de R$ 11,5 bilhões
A indústria fabricante de motocicletas conseguiu se recupe-
rar de um ano considerado ruim e deve encerrar o exercício 
de 2010 com faturamento de R$ 11,5 bilhões, em comparação 
com o ano de 2009 que foi de R$ 10,4 bilhões.
Com capacidade instalada para fabricar 2,5 milhões de 
unidades por ano, o setor de motocicletas, segundo Laerte 
Rocca Herrero, diretor do SIMEFRE - Sindicato Interestadual 
da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Ro-
doviários, está encerrando 2010 com produção de 1.720.000 
unidades, volume que representa crescimento de 12% sobre 
o volume de 2009.
De acordo com Herrero, a volta gradual do crédito em 
níveis melhores que os obtidos em 2009 e o segmento de 
consórcio, que teve participação significativa nas vendas do 
setor com um crescimento aproximado de 20% tomando 
como base 2009, foram fatores importantíssimos para o 
bom desempenho do setor de motocicletas no exercício 
que termina.
Do total comercializado pela indústria durante o exercício 
de 2010, estima-se que 1.750.000 unidades (previsão consu-
mindo estoque nas fábricas) deverão ser fornecidas para o 
mercado interno, ante 1.580.000 unidades comercializadas 
de janeiro a dezembro de 2009.
As vendas externas, segundo Herrero continuam repre-
sentando pouco para o setor, cerca de 4% da produção da 
indústria de motociclos. “Este ano o volume a ser exportado 
não deverá superar a casa dos 70 mil unidades”, acentua.
Segundo o diretor do SIMEFRE, o câmbio desvalorizado 
e a falta de competitividade dos produtos brasileiros no 
Mercosul em decorrência da alta carga tributária brasileira 
continuam prejudicando as exportações do setor. “Aliás, 
essa tem sido a principal causa para o baixo percentual de 
exportação”, complementa Herrero.
O que deu um alívio à indústria de motocicletas em 
2010 foi a melhoria no poder aquisitivo dos brasileiros, que 
retornaram às compras. Na verdade, a demanda aumentou 
porque o mercado voltou a oferecer financiamentos mais 
longos e créditos mais atraentes.
Gerando cerca de 360 mil empregos diretos e indiretos, 
a indústria de motocicletas opera atualmente com uma 
capacidade ociosa de 30%. Essa folga permite projetar um 
desempenho maior em 2011 sem que sejam necessários 
grandes investimentos.
Herrero acredita que a produção de motociclos no pró-
ximo ano seja de 2.060.000. Desse total, o mercado interno 
deverá absorver 2 milhões de unidades, enquanto que as ex-
portações deverão responder por 60 mil motocicletas. “Para 
curto prazo teremos a injeção de mais de R$ 14 bilhões no 
mercado com o 13º. Salário, aliado a um aumento de em-
prego e renda em função do final do ano, uma vez que não 
temos sentido retração na intenção de compra por parte 
de nossos clientes”, conclui.
Curtas
Curso de automação
O Programa de Educação Continuada da Escola 
Politécnica da USP (PECE/Poli) está com inscrições 
abertas para o curso de especialização em Automação 
Industrial. Para facilitar a compreensão plena do que é 
a automação industrial, a estrutura do curso obedece a 
uma sequência que se inicia com os módulos tecnoló-
gicos básicos, passa pelas disciplinas de cunho científico 
e termina com os módulos em gestão de processos de 
automação.
É voltado para profissionais com formação em 
Engenharia e que tenham interesse em trabalhar com 
processos industriais automatizados, Para garantir uma 
ampla visão do assunto, é ministrado por professores 
da Poli e por profissionais que atualmente trabalham na 
Rockwell Automation, empresa parceira do PECE/Poli 
neste curso.
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16 Mecatrônica Atual :: Setembro/Outubro 2010
automação
O
saiba mais
Análise do desempenho de Sistemas 
de movimento utilizando motores 
de passo
Mecatrônica Atual 18
Comparação de sistemas com 
motores de passo e servomotores
Mecatrônica Atual 10
Motores de Indução Trifásicos 
– Dados da Placa
Mecatrônica Atual 42
 motor de passo é um dispositivo eletrome-
cânico que movimenta seu eixo através de 
pulsos elétricos gerados em seus terminais. 
A movimentação de seu rotor ou eixo é 
dada de acordo com a sequência correta 
dos pulsos criados em seus polos, e estes 
pulsos são formados através de drivers 
ou controladores externos que fornecem 
para suas bobinas a frequência correta de 
magnetização, fazendo assim o eixo girar 
na velocidade desejada e com a quantidade 
de pulsos necessária.
O motor de passo tem como grande 
vantagem sobre os demais motores a sua 
capacidade de um posicionamento preciso,além de seu peso e tamanho serem reduzidos, 
sendo assim muito solicitado em projetos 
onde é necessário controlar precisamente 
a posição e também a velocidade como em 
Este artigo tem como objetivo fornecer um kit completo para que 
seja possível testar, comunicar e aplicar seu software desenvolvido 
através de uma placa de desenvolvimento padrão, conectada di-
retamente aos motores de passo
mesas de coordenadas, braços mecânicos, 
e etc. Também podemos facilmente iden-
tificar os motores de passo sendo usados 
em eletrodomésticos e aparelhos de uso 
residencial, a exemplo de impressoras e 
scanners dentre vários outros.
A resolução de um motor de passo é 
dada através de um número fixo de polos 
magnéticos que determinam o número de 
passos por revolução. Existem no mercado 
inúmeros tipos de motores de passo, sendo 
que os mais comuns estão na faixa entre 3 
passos por volta até motores de 200 passos 
por volta, o que significa que o rotor dará 200 
passos para completar uma volta completa. 
Este número de passos nos dá também o 
ângulo ou resolução angular que um motor 
de passo irá girar, ou seja, um motor de 200 
passos por volta tem 1,8 º de precisão em 
Placa de 
Desenvolvimento 
para Motores 
de Passo de até 
2 ampéres
Bruno Ribeiro Ferretti
Luiz Roberto Basso Filho
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17Mecatrônica Atual
automação
F1. Operação em passo completo 1.
seu eixo de saída, pois uma volta completa 
tem 360 º e dividindo-a por 200 passos nos 
dará um ângulo de 1,8 º conforme mostrado 
na equação 1, logo, o rotor deste motor de 
passo tem a capacidade de mover-se apenas 
de 1,8 º em 1,8 º.
360 ° / 200 passos = 1,8 °
O movimento destes motores é realizado 
com a sequência correta de energização 
destas bobinas. Para este controle dispomos 
hoje de drivers e controladores como o CI 
L298 e o L297, fabricados pela empresa ST 
Microeletronics, dos quais podem ser feitos 
downloads de seus datasheets pelo site www.
st.com e que utilizamos em nosso projeto 
como veremos a seguir.
Modos de operação de 
um motor de passo
Como exemplo, utilizaremos a operação 
de passo completo 1 ou Full-Step.
Neste tipo de operação apenas uma 
bobina é acionada de cada vez, fazendo com 
que o código binário seja menor, o torque 
e o consumo de energia sejam baixos e a 
velocidade de rotação do motor seja mais 
alta do que nos motores operando em meio 
passo, ao lado seguem a figura 1 e a tabela 
1 com a sequência de acionamento.
Para o movimento do motor de passo, é 
necessário a sequência de pulsos A, B, C e 
D abaixo, enviados para o driver do motor. 
O componente L297 é responsável pelo 
envio destes pulsos para a movimentação 
do motor, solicitando do microncontrolador 
apenas os sinais de CLOCK, como ilustra a 
figura 2 a seguir (fonte: DataSheet L297). 
O motor que utilizamos em nosso projeto 
é do fabricante Teco Electro Devices Co, Ltd, 
importado pela empresa Kalatec Automação, 
e o download das especificações pode ser 
feito em www.kalatec.com.br/catalogo/
motor_de_passo/nema23.pdf.
Ligação do Pinos do 
PIC16F877 a L297
O pino do PIC RC0 foi ligado na entra-
da ENABLE do L297. O pino de sentido, 
CW/CCW, foi ligado na saída RC1 do 
microncontrolador, e a entrada HALF/FULL 
recebe o pino RC3. Os pulsos do CLOCK 
(conforme indicado na figura anterior) são 
gerados pela saída RC2 do PIC, e o pino 
HOME, responsável pela indicação de es-
tado inicial do L297 no endereço 0101 da 
sequência de pulsos, está ligado no RD3. 
Veja a figura 3.
A geração dos pulsos, sentido e velocidade 
enviados para o motor serão dados pelo 
L297. Veja mais no site www.st.com/ston-
line/books/pdf/docs/1334.pdf.
O L297 dispõe de sinais de controle que 
tem como conseqüência uma considerável 
melhora no desempenho, aumentando a vida 
útil pois podem informar ao L298 quando 
o motor está sendo solicitado, evitando que 
haja aquecimento com conseqüente possível 
queima dos motores pelo fato de deixar suas 
bobinas energizadas sem estarem sendo solici-
tadas. Através no pino HALF\FULL podemos 
modificar o tipo de acionamento do motor, 
tendo como opções escolhermos entre um 
maior torque ou uma maior precisão.
O driver L298 é recomendado pelo 
fabricante para ser usado em conjunto 
com L297, proporcionando um maior 
rendimento.
F2. Geração de pulsos pelo L297 (FONTE: Datasheet ST).
T1. Sequência de acionamento em passo completo 1.
Passo Completo 1-Full Step
N° do Passo
1
2
3
4
BO
1
0
0
0
B1
0
1
0
0
B2
0
0
1
0
B3
0
0
0
1
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18 Mecatrônica Atual
automação
Programação 
(Pulsos de CLOCK)
A programação básica consiste em 
trabalharmos a frequência (velocidade do 
motor) através da saída RC2 do PIC16F877. 
O TIMER1 é usado para gerar os pulsos 
na entrada de clock do L297 e, após cada 
estouro, temos um pulso gerado. Simulta-
neamente utilizamos a interrupção para 
incrementar ou decrementar as quantidades 
de passos a serem dadas, como podemos 
ver a seguir:
F3. Ligação dos pinos L297.
F4. Fonte de alimentação.
#INT_TIMER1
void tmr1_isr()
{
do
{CLOCK=0;}
while(CLOCK!=0);
if(var_cw==1)
{passo++;CW=1;}
else
{passo--;CW=0;}
do
{CLOCK=1;}
while(CLOCK!=1); 
set_timer1(var_speed);
}
cálculo: Utilizamos um clock externo de 
20 MHz, e prescaler de 4. Sabendo que o 
ciclo do TIMER1 é de 16 bits, ou seja, de 
0 a 65535 teremos:
Ciclo de operação 20.000.000/4 = 
5.000.000. Com o prescaler de 4 teremos 
0,0000008 segundos cada ciclo. Para che-
garmos ao estouro de TIMER1 partindo o 
contador de 0 a 65535, teremos 0,00000008 
x 65535 = 0,052428 segundos. Se iniciarmos 
a contagem do TIMER1 em 30.000, por 
exemplo, teremos um estouro mais rápido 
(em 0,028428 segundos) e consequentemente 
estaremos gerando pulsos mais frequentes 
Determinação do valor 
da frequência
Para sabermos a frequência em que 
estamos trabalhando, fizemos o seguinte 
para o driver L297 na entrada de clock e, 
com isso, aumentaremos a velocidade do 
motor. Para sabermos a frequência que 
está sendo gerada, podemos trabalhar da 
seguinte forma:
Frequência mínima [Hz] = 1/período [s], 
portanto 1/0,052428 por exemplo, teremos 
uma frequência mínima de 19,07 Hz.
Função principal do programa
A partir desta função podemos trabalhar 
no programa principal somente alterando 
estes parâmetros via gravação, ou mesmo 
pela comunicação RS-232:
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19Mecatrônica Atual
automação
while(true)
{
passo=0;
pos_velo(20,vel_10,500,1); 
pos_velo(80,vel_10,500,1);
pos_velo(140,vel_10,500,1);
pos_velo(0,vel_10,500,0);
PARA();
}
F5. Diagrama de ligação do PIC 16f877.
F6. Ligação do LCD 4 bits.
para verificar o correto funcionamento do 
programa, tudo isso através da placa ICD2 
da Microchip.
Na figura 5 temos todas as ligações 
feitas no microprocessador, temos as saídas 
para o display LCD , temos também os pinos 
responsáveispor enviar e receber os sinais 
do controlador do motor de passo (L297), 
temos o transmissor (TX) e receptor (RX) 
que são responsáveis por enviar e receber 
dados através da porta serial RS-232 e temos 
também os botões.
Circuito Eletrônico - 
Fonte de Alimentação
No circuito mostrado na figura 4 
temos um retificador de onda completa 
construído com diodos (D1
, D2, D3 e D4) 
formando uma ponte retificadora, através 
de um transformador (com mínimo 9 V e 
máximo 25 V e corrente maior ou igual a 2 
A) ligados aos bornes X1-1 e X2-2 temos o 
sinal de saída retificado. Na saída do sinal 
retificado, temos o capacitor C1 (4700µF) 
que deve ter um valor alto para que o ripple 
seja o menor possível e não deixe a tensão 
que alimenta o circuito eletrônico baixar.
O CI LM338Ké um regulador de 
tensão ajustável com corrente de saída de 
até 5 A, os reguladores ajustáveis montados 
na configuração acima, são associados com 
os resistores R1 e R2 podem resultar em 
diversas tensões de saída (Vo) de acordo 
com a seguinte fórmula: 
Vo=Vref (1+R2/R1)
Onde o Vref é considerado normalmente 
como 1,25 V. Comumente vemos em ou-
tros circuitos um potenciômetro colocado 
no lugar do R2 para que se possa fazer 
um ajuste mais preciso da tensão de saída 
desejada, como no nosso caso a tensão não 
necessita precisão, optamos em não colocar 
o potenciômetro para fazer este ajuste.
Com isso, temos então entre a saída do 
regulador e o GND a tensão desejada de 5 
V, podendo gerar uma corrente de até 5 A, 
essa tensão já é necessária para alimentar 
o circuito eletrônico e o motor de passo 
escolhido.
Microprocessador PIC16F877
O PIC16F877 é o responsável por con-
trolar logicamente todo o circuito através de 
seus pinos, neste projeto temos a opção de 
fazer a gravação In circuit através do conec-
tor de 5 pinos e também fazer a debugação 
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20 Mecatrônica Atual
automação
Display LCD 
Foi disponibilizado neste projeto um 
conector para utilização de um display 
LCD de 4 bits, onde seus pinos de dados 
devem ser ligados no RD4, RD5, RD6, 
RD7, o RE1 é o RS (Register Selection) e o 
RE2 é o E (Enable) que são responsáveis 
por habilitar o LCD. Através do LCD 
podemos obter várias informações vindas 
do circuito, tais como posição do motor 
de passo, corrente consumida, sentido de 
rotação, dentre várias outras de acordo 
com o que o desenvolvedor do programa 
deseja. Figura 6.
Interface de comunicação 
serial RS-232
A interface de comunicação RS-232 
encontrada neste projeto tem como objetivo 
a conectividade da placa com uma outra 
interface RS-232, como por exemplo a 
porta serial de um computador que, ligada 
na placa, pode fazer o controle do motor de 
passo através de um programa criado para 
esta finalidade. Observe a figura 7.
Entradas Digitais
Os botões B1, B2, B3, B4, B5 e B6 que 
estão ligados no microprocessador, servem 
para a geração de sinais digitais que podem 
representar sensores que mandarão um sinal 
para o PIC, onde o mesmo deverá interpretar 
esses sinais recebidos e transformá-los em 
ações a serem realizadas pelo motor, tudo 
isso através da programação que será feita 
no PIC. Veja a figura 8.
O aspecto da Placa de Desenvolvimento 
montada é visto na figura 9.
Conclusão
Nos dias de hoje o controle total de 
motores de passo tem sido fundamental na 
indústria ou em qualquer outra automação, e 
para isso o ideal é associar este componente 
a um circuito programado, de baixo custo, 
sendo que o microcontrolador e o driver de 
controle possuem papéis importantes neste 
tipo de projeto.
F7. Interface de comunicação RS-232.
F8. Entradas Digitais.
MA
F9. Placa montada com motor de passo conectado.
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21Mecatrônica Atual
automação
A
saiba mais
Autómatas programables 
– Josep Balcells, José Luis Romeral 
- EDITORA: Marcombo
Curso de Automação Indus-
trial – Paulo Oliveira - EDITORA: 
Edições Técnicas e Profissionais
Manual de Formação OMRON 
– Eng.º Filipe Alexandre de Sousa 
Pereira
Site de fabricante
www.omron.pt
O ser humano é provavelmente o melhor exemplo comparativo de 
como funciona um sistema de instrumentação. Perante a aquisição 
de dados exteriores, realiza ações de controle, ou seja, está conti-
nuamente a monitorar a realidade que o envolve e, em função dela, 
a tomar decisões que nela se repercutem.
O conceito de um sistema de aquisição e controle, aplicado aos 
sistemas industriais, nada mais é do que a aquisição de dados do 
mundo físico através de sensores, para que esta informação (com pro-
gramação) controle os processos ou sistemas através de atuadores
primeira geração de instrumentos utilizados 
em medidas elétricas foi a dos instrumentos 
analógicos, onde o operador tinha de efetuar 
a leitura dos valores, de forma a controlar 
a máquina ou processo.
O decréscimo dos custos da eletrônica 
digital, nomeadamente dos CLPs, originou 
o aparecimento de uma segunda geração de 
instrumentos, designados por instrumentos 
digitais.
Existem quatro blocos fundamentais 
em que se pode dividir, do ponto de vista 
funcional, um instrumento de medida:
Sensor;
Transmissão;
Condicionador de sinal;
Supervisão.
•
•
•
•
Supervisão
Os sistemas de supervisão nos processos 
industriais são comumente designados de 
SCADA (Supervisory Control And Data 
Acquisition). 
Os primeiros sistemas de supervisão 
permitiam unicamente informar o estado 
corrente do processo, monitorando apenas 
sinais, representativos do estado de variáveis, 
através de indicadores e lâmpadas sem que 
houvesse qualquer interface bidireccional 
com o operador.
Com a evolução tecnológica, novos 
dispositivos dedicados à supervisão aparece-
ram e passaram a ter um papel importante 
por recolherem, entre outras coisas, dados 
dos CLPs. 
Programação de 
equipamentos de acordo 
com as especificações 
dos processos
Filipe Pereira(*)
filipe.as.pereira@gmail.com
CLPs
MA48_CLPs_pt5.indd 21 10/12/2010 11:55:26
22 Mecatrônica Atual 
automação
F1. Sistema de Supervisão. (Fonte: www.arm-automacao.com.br/photos/Projetos/0001_full.jpg)
Estes dados podem ser observados, de 
forma remota e amigável, pelo operador que 
tem assim a monitoração do estado atual do 
sistema, através de um conjunto de previsões, 
gráficos e relatórios permitindo a tomada de 
decisões de forma automática ou manual por 
parte desse mesmo operador (figura 1).
Os sistemas de supervisão passaram a 
ter um papel preponderante na gestão das 
empresas, por estes se tornarem uma grande 
fonte de informação. 
Atualmente os sistemas de supervisão 
oferecem três funções básicas:
Supervisão;
Operação;
Controle.
A aquisição de dados é o processo que 
envolve o recolhimento e transmissão, 
através de redes de comunicação de dados, 
desde as instalações industriais até a estação 
central de monitoração e armazenamento 
de dados.
A visualização de dados consiste na apre-
sentação da informação através de interfaces 
Homem - Máquina (figura 2). 
Os sistemas de supervisão permitem 
visualizar os dados recolhidos, fazer análises 
de tendência com base nos valores lidos 
e valores parametrizados pelo operador, 
fazer gráficos e relatórios de dados atuais 
e existentes em memória.
Os sistemas SCADA permitem a exis-
tência de alarmes classificados por níveis 
de prioridade, permitindo uma maior 
tolerância a falhas. Através de informação 
proveniente dos logins, os sistemas SCADA 
permitem reconhecer os operadores, para 
identificação e reencaminhamento de alar-
mes, em função das áreas de competência 
e responsabilidade.
A informação da unidade industrial pode 
estar centralizada ou distribuída numa rede, 
de modo a permitir a partilha, para com o 
uso de um web browser ser possível controlar, 
em tempo real, uma máquina localizada em 
qualquer parte do mundo.
Configuração dos módulos 
I/O analógicos
Os módulos de entradas analógicos 
são utilizados nas aplicações em que os 
sinais provenientes do processo sejam 
analógicos.
As cartas especiais de entradas e saídas 
analógicas são especialmente concebidas 
para receberem e/ou condicionarem todos 
•
•
•
F2. Sistema de Interface Homem-Máquina.
F3. Carta MAD42.
MA48_CLPs_pt5.indd 22 10/12/2010 11:55:47
23Mecatrônica Atual
automação
os sinais analógicos existentes no mundo 
industrial.
Na configuração da carta MAD42 da 
OMRON (carta mista de I/O analógicas) 
devem ser considerados gerais, uma vez que 
a metodologia de configuração é similar 
para todos os CLPs (figura3).
A primeira etapa para configurar uma 
carta analógica é indicar a posição que a 
carta vai ocupar no espaço de memória 
reservado na CPU do CLP.
A carta de I/O analógica tem dois 
interruptores que definem o espaço de 
memória por ela utilizado (número do 
módulo), figura 4.
Este espaço de memória é constituído 
por words que, manipuladas, configuram 
o módulo de I/O analógica.
Como referido, o sinal proveniente do sen-
sor pode ser em tensão ou em corrente.
A carta pode aceitar os dois sinais desde 
que, os interruptores associados às entradas, 
estejam ou não selecionados, ou seja, se 
um interruptor estiver no estado Off está 
a aceitar um sinal em tensão, e se o inter-
ruptor estiver no estado On está a aceitar 
um sinal em corrente (figura 5).
O número das entradas que estão a ser 
utilizadas para leitura pode ser configurado 
no registro de memória D(m), onde m é 
dado por m=20000+(nº módulo*100).
Os Bits 04, 05, 06, e 07 da word D 
(m) permitem definir as entradas ativas, 
ou seja, tomando como exemplo a ativação 
F5. Pormenor da configuração da carta de entrada.
F6. Pormenor da ativação das entradas da Word D (m).
F7. Pormenor da ativação das entradas da Word D (m+1).
F4. Pormenor dos interruptores que definem 
o espaço de memória a utilizar.
T1. Manipulação da escala do sinal de entrada.
DM word Bits
15 14 13 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 00
D(m+27)
D(m+28)
D(m+29)
D(m+30)
D(m+31)
D(m+32)
D(m+33)
D(m+34)
Limite inferior da entrada 1
Limite superior da entrada 1
Limite inferior da entrada 2
Limite superior da entrada 2
Limite inferior da entrada 3
Limite superior da entrada 3
Limite inferior da entrada 4
Limite superior da entrada 4
MA48_CLPs_pt5.indd 23 10/12/2010 11:55:53
24 Mecatrônica Atual 
automação
das entradas analógicas nº3 e nº1, para as 
ativar é necessário transferir para os Bits 06 
e 04 da word D(m) a informação referente 
à utilização daquelas entradas (figura 6).
Importante: As entradas analógicas que 
não forem utilizadas devem ser inabilita-
das para diminuir o tempo de leitura das 
entradas analógicas!
O intervalo de variação do sinal de en-
trada proveniente do sensor, é configurado 
na word D (m+1), nomeadamente nos Bits 
15 até 08.
Concretizado para as entradas escolhidas, 
se na entrada analógica 3 estiver aplicado 
um sinal a variar de 0 a 10 V, nos Bits 13 
e 12 da word D (m+1) deverá ser colocada 
a informação 01 (figura 7). 
O que é colocado nos bits 15, 14, 11 e 10 
é indiferente, uma vez que anteriormente 
estas entradas não forem habilitadas.
O resultado da conversão analógica para 
digital dos sensores ligados no módulo de 
entradas analógico é guardado num ende-
reço específico (words n+5 para o sinal de 
entrada 1, n+6 para o sinal de entrada 2, 
n+7 para o sinal de entrada 3 e n+8 para o 
sinal de entrada 4). 
O endereço n é dado por n=2000+ (nº 
módulo*10).
Existem ainda registros onde se pode 
configurar o tempo de conversão e a 
resolução do conversor A/D (D (m+18)) 
(figura 8).
A manipulação da escala do sinal de 
entrada també m é uma configuração que se 
costuma fazer com bastante frequência, uma 
vez que o programador, se assim o entender, 
em vez de utilizar o valor dos registros, 
pode utilizar as unidades físicas. Para tal 
basta configurar os registros D(m+27) até 
ao D(m+34), veja tabela 1.
Por exemplo, se na entrada 3, estiver 
aplicado um sinal de um sensor que está a 
ler uma gama de temperaturas que varia de 
0 a 150 ºC, o que há a fazer é colocar no 
D(m+32) o valor correspondente à escala 
mínima, ou seja, 0 (zero) e no D(m+31) o 
valor correspondente à escala de temperatura 
máxima, ou seja, 150 (figura 9).
O procedimento para a configuração 
das saídas analógicas é análogo às entradas, 
desde que exista o cuidado de colocar a 
configuração correspondente ao pretendido 
nos registros corretos. 
Para ativar uma ou ambas as saídas da 
carta de I/O analógica MAD42, é necessário 
F8. Registro para configuração do tempo de conversão e resolução do conversor A/D.
F9. Exemplo do alocar de temperaturas mínimas e máximas de um sensor.
F10. Configuração das saídas analógicas.
F11. Configuração da variação da saída.
T2. Registro na Conversão D/A.
Word Função
n+1
n+2
Valor de saída 1
Valor de saída 2
Valor registro
16-bit
MA48_CLPs_pt5.indd 24 10/12/2010 11:56:04
25Setembro/Outubro 2010 :: Mecatrônica Atual
automação
manipular os Bits 01 e 02 do canal D(m), 
veja a figura 10.
Para configurar qual a variação da saída 
é necessário colocar nos Bits associados 
às saídas no canal D (m+1) a informação 
correspondente (figura 11).
Para a conversão D/A é necessário a 
existência de um registro onde se coloca a 
quantidade digital que se quer converter. 
No caso do módulo de I/O analógico o 
endereço desse registro, é dado por n+1.
O endereço n é dado por n=2000+ (nº 
módulo*10) (tabela 2).
Nos módulos de saídas analógicos existe 
também um endereço de início e parada do 
conversor D/A (registro n+1 e n+2), ou seja, 
para iniciar a conversão D/A é necessário 
ativar os Bits correspondentes (word n, bits 
00 e 01) no programa de controle, onde n 
é dado por n=2000+(nº módulo*10) como 
ilustra a figura 12.
Analogamente às entradas analógicas, 
existem registros para as saídas analógicas 
onde se pode manipular o tempo de conversão 
da carta (registo D(m+18)) e a conversão 
de escala para unidades físicas nos registros 
D(m+19) até à D(m+22) (tabela 3).
F12. Configuração dos módulos de saída analógicos.
T3. Registro para as saídas analógicas.
MA
DM word Bits
15 14 13 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 00
D(m+19)
D(m+20)
D(m+21)
D(m+22)
Limite inferior da entrada 1
Limite superior da entrada 1
Limite inferior da entrada 2
Limite superior da entrada 2
Conclusão
O endereço D(m) na carta de I/O é 
comum para as entradas e saídas. Na utiliza-
ção deste registo, no programa de controle, 
deve-se ter especial atenção a este fato, uma 
vez que os endereços a manipular devem-no 
ser em simultâneo para não apagar nenhuma 
informação que foi inserida previamente no 
programa de controle.
A maioria dos softwares para elaboração 
do programa de controle contém funções 
dedicadas à configuração, de forma intuitiva 
e bastante simples, das cartas especiais.
A consulta do manual do fabricante 
para a configuração de cartas especiais não 
deve ser dispensada.
*Filipe Pereira é Diretor do Curso de Eletrônica, Au-
tomação e Computadores da Escola D. Sancho I.
MA48_CLPs_pt5.indd 25 8/12/2010 17:41:23
26 Mecatrônica Atual :: Setembro/Outubro 2010
ferramentas
saiba mais
Diagnóstico de Falhas e alarmes em 
sistemas Supervisórios e CLPs
Mecatrônica Atual 43
Softwares de Supervisão
Mecatrônica Atual 20
SSC: Sistemas de Supervisão e 
Controle
Mecatrônica Atual 14
Site de Fabricante:
www. phmsoftware.com.br
Tratamento 
de Alarmes 
no Elipse E3
Paulo Henrique Soares
Eng.º e Diretor da PHM Software
Alarmes no E3
O problema inicial era que os opera-
dores se confundiam quanto à ordem dos 
eventos e dessa maneira era difícil encontrar 
soluções ou rastrear problemas a partir da 
lista de alarmes. O servidor de alarmes do 
E3 registra a mesma ocorrência de alarme 
com 4 tempos diferentes:
InTime: especifica a hora completa 
(data, hora, minutos, segundos, 
milissegundos) em que o alarme é 
detectado (alarme ativo);
OutTime: registra a hora completa 
em que o alarme sai do estado ativo 
(ou atuado);
•
•
Algo que vem sendo comentado com uma frequência cada vez 
maior é a gestão eficiente de alarmes em sistemas de automação, 
visto que a proliferação de informações acessíveis em supervisó-
rios torna muitas vezes impossível tratar a avalanche de alarmescorretamente.
Desse modo, aqui é apresentado um caso de tratamento de alarmes 
no Elipse E3, que foi aplicado a um projeto de COG
AckTime: registra a hora em que 
o operador faz o reconhecimento 
do alarme;
E3Timestamp: registra o momento 
em que o servidor de alarmes do E3 
envia a informação para o banco 
de dados.
Para mostrar a questão dos alarmes no 
E3, vamos estudar um problema comum 
a diferentes aplicativos, que é o de tratar 
alarmes digitais e a sequência de aconte-
cimentos que pode resultar de um desses 
alarmes.
O alarme que veremos é o seguinte:
Alarme: tipo digital;
•
•
•
MA48_Alarme.indd 26 9/12/2010 13:52:15
27 Mecatrônica Atual
ferramentas
Mensagem de Alarme: Falha na 
partida da bomba com comando 
do PLC;
Mensagem de Retorno: Partida da 
bomba normalizada com comando 
do PLC;
Reconhecimento: obrigatório;
Tratar como evento: não.
Para ilustrar nosso alarme, digamos 
que a bomba demorou 30 segundos para 
operar, deixando o alarme ativo nesse pe-
ríodo e depois voltando ao estado normal. 
Se considerarmos que o alarme aconteceu 
com a data “07/06/2010 09:30:00”, e que 
o operador só reconheceu o alarme depois 
de 5 minutos da entrada do alarme, teremos 
no banco de dados a seguinte sequência de 
registros na tabela 1.
Se considerarmos a situação em que a 
bomba demorou 30 segundos para operar, 
deixando o alarme ativo nesse período e 
depois voltando ao estado normal, mas 
que o operador reconheceu o alarme 15 
segundos depois da entrada do alarme, 
teremos no banco de dados outra sequência 
•
•
•
•
T1. Sequência de registros n° 1.
E3 TimeStamp
07/06/2010 
09:30:00
07/06/2010 
09:30:30
07/06/2010 
09:35:00
Mensagem
Falha na partida da bomba 
com comando do PLC
Partida da bomba normali-
zada com comando do PLC
Partida da bomba normali-
zada com comando do PLC
InTime
07/06/2010 
09:30:00
07/06/2010 
09:30:00
07/06/2010 
09:30:00
AckTime
31/12/1899 
23:59:59
31/12/1899 
23:59:59
07/06/2010 
09:35:00
OutTime
01/01/1900 
23:59:59
07/06/2010 
09:30:30
07/06/2010 
09:30:30
T2. Sequência de registros n° 2.
E3 TimeStamp
07/06/2010 
09:30:00
07/06/2010 
09:30:15
07/06/2010 
09:30:30
Mensagem
Falha na partida da bomba 
com comando do PLC
Falha na partida da bomba 
com comando do PLC
Partida da bomba normali-
zada com comando do PLC
InTime
07/06/2010 
09:30:00
07/06/2010 
09:30:00
07/06/2010 
09:30:00
AckTime
31/12/1899 
23:59:59
07/06/2010 
09:30:15
07/06/2010 
09:30:15
OutTime
01/01/1900 
23:59:59
01/01/1900 
23:59:59
07/06/2010 
09:30:30
T3. Linha de registro com resumo da situação.
E3 TimeStamp
07/06/2010 
09:30:00
Mensagem
Falha na partida da bomba 
com comando do PLC
InTime
07/06/2010 
09:30:00
AckTime
07/06/2010 
09:30:15
OutTime
07/06/2010 
09:30:30
T4. Com acréscimo da mensagem de retorno.
E3 TimeStamp
07/06/2010 
09:30:00
Mensagem
Falha na partida 
da bomba com 
comando do PLC
InTime
07/06/2010 
09:30:00
AckTime
07/06/2010 
09:30:15
OutTime
07/06/2010 
09:30:30
Retorno
Partida da bomba 
normalizada com 
comando do PLC
(tabela 2). Ao tratar um único alarme, pelo 
menos três datas e três linhas de alarmes são 
geradas para cada alarme tratado pelo E3. 
Ao considerar a segunda sequência, nesse 
modelo teríamos uma linha de registro com 
o resumo da situação, veja a tabela 3.
Para o caso de se querer ainda a mensa-
gem de retorno, poderia ser contemplada da 
seguinte forma – observe a tabela 4.
A Elipse informa que é possível desen-
volver consultas SQL que leiam o banco de 
dados conforme o modelo desejado. E é isso 
o que esse artigo discute: uma metodologia 
de tratamento de alarmes que foi adotada 
para o COG da CPFL Geração.
Alternativas para consultar 
alarmes no E3
Algumas alternativas costumam ser 
adotadas por integradores e usuários, mas 
que dificilmente chegam a um padrão de 
leitura de alarmes razoável.
Para as diferentes alternativas de se ler 
os alarmes, devemos considerar algumas 
opções do servidor de alarmes do E3:
MA48_Alarme.indd 27 10/12/2010 11:57:23
28 Mecatrônica Atual 
ferramentas
MA
É possível configurar quais informa-
ções são salvas no banco de dados 
de alarmes do E3: por exemplo, é 
possível salvar (ou não) cada um 
dos tempos do servidor de alarmes 
(InTime, OutTime, AckTime);
O E3TimeStamp é obrigatório;
Cada alarme pode ser tratado como 
evento (isto é, não aparece no E3A-
larms), mas aparece no banco de 
dados;
As mensagens de alarme podem ou 
não ter mensagens de retorno;
O único modo de consultar alarmes 
históricos é construindo uma consulta 
SQL (que pode ser fácil e construída 
pelo assistente, mas que tende a ser 
mais complexa se necessita funcionar 
corretamente).
Colocadas essas opções disponíveis, 
podemos partir para as alternativas comu-
mente usadas.
1. Levar em consideração apenas o 
E3TimeStamp
Essa alternativa é a mais simples, e garante 
que a consulta resultante terá, pelo menos, 
a ordem correta dos acontecimentos, apesar 
de informações duplicadas. Considerando 
a segunda condição hipotética (onde o 
operador reconhece o alarme antes da saída 
da condição ativa). (tabela 5)
Simples e fácil, mas como explicar que 
o alarme aconteceu uma vez e foi registrado 
duas vezes, antes de ser normalizado?
2. Levar em consideração o 
E3TimeStamp e a condição de 
alarme reconhecido
Para o caso de alarmes que devem ser 
reconhecidos (a maioria deles é criada as-
sim), uma tática que funciona é selecionar 
o E3TimeStamp (ou o InTime), e mais 
a propriedade de reconhecimento, como 
mostrado na sequência da tabela 6.
Entretanto, quando se define que um 
alarme não necessita reconhecimento ou 
que deve ser tratado como evento, volta-se 
à condição anterior, onde não é possível 
descobrir que uma mensagem refere-se 
ao reconhecimento e outra à entrada do 
alarme.
Uma opção é incluir na consulta (e 
no servidor de alarmes) a informação se o 
alarme é alarme (condition, por definição) 
ou evento (event).
•
•
•
•
•
3. Outras alternativas válidas
Entre selecionar quais dados serão salvos 
no banco de dados (configurando o servi-
dor de alarmes) e modificar a consulta ao 
banco de dados (“select X, Y, Z from alarms 
where X <> Y” e por aí vai), é possível testar 
várias alternativas. Todas são válidas, desde 
que a informação de como os alarmes são 
consultados seja suficientemente divulgada 
e entendida.
Metodologia para 
tratamento de alarmes
Como resultado dos problemas demons-
trados acima, fez-se necessário criar uma 
metodologia de preparação de alarmes que 
permita que a sequência de alarmes e eventos 
seja visualizada corretamente.
A criação de alarmes no E3, conforme 
metodologia aqui apresentada, deve seguir 
a sequência de tarefas e regras descritas a 
seguir:
Todo alarme que tem uma mensagem 
de retorno deve ser desmembrado em 
duas fontes de
Alarme digitais: uma com a condição 
de alarme, outra com a condição de 
retorno;
Diferenciar a condição de alarme 
digital e sua condição de retorno 
pela propriedade que define o valor 
do alarme;
Tratar todas as condições de retorno 
como eventos, pois eles não necessi-
tarão ser reconhecidos;
Configurar o servidor de alarmes de 
modo a salvar as três datas possíveis 
(InTime, OutTime e AckTime);
A configuração do browser de alarmes 
históricos deve considerar o seguinte 
esqueleto de consulta:
•
•
•
•
•
•
T5. Considerando apenas o E3 Time Stamp.
E3 TimeStamp
07/06/2010 09:30:00
07/06/2010 09:30:15
07/06/2010 09:30:30
Mensagem
Falha na partida da bomba com comando do PLC
Falha na partida da bomba com comando do PLC
Partida da bomba normalizada com comando do PLC
T6. Com o E3 Time Stamp e o Alarme reconhecido.
E3 TimeStamp
07/06/201009:30:00
07/06/2010 09:30:15
07/06/2010 09:30:30
Mensagem
Falha na partida da bomba com comando do PLC
Falha na partida da bomba com comando do PLC
Partida da bomba normalizada com comando do PLC
Acked
Não
Sim
Sim
SELECT Alarms.E3TimeStamp, Alarms.
Message, Alarms.Source FROM Alarms
WHERE (( Alarms.InTime > Ini-
cioPeriodo AND Alarms.InTi-
me < FimPeriodo ) AND
( Alarms.Message <> ‘ ‘ ) AND 
((Alarms.AckTime = ‘1899-
12-30 00:00:00.000’) OR
(Alarms.OutTime = ‘1899-12-
30 00:00:00.000’)) ) ORDER BY 
Alarms.E3TimeStamp DESC”
Conclusões
Esta metodologia se aplica a fontes 
de alarmes digitais e analógicos, mas foi 
testada extensivamente para um conjunto 
de aplicativos com média de 500 alarmes 
digitais por usina, em 11 pequenas centrais 
hidrelétricas.
Um inconveniente desta metodologia 
é que os alarmes não reconhecidos antes 
de voltarem ao estado normal são exibidos 
como linhas em branco no E3Alarm (o 
sumário de alarmes do E3).
Mas frente às outras opções de consulta, é 
fácil acostumar-se com essa característica.
De qualquer modo, um fato importante 
em qualquer instalação de sistemas supervi-
sório é ter sua base de alarmes consolidada 
e que reflita as informações capturadas em 
campo, de modo a garantir que os alarmes 
que são mostrados realmente existam e que a 
sequência de eventos capturada corresponda 
à realidade.
MA48_Alarme.indd 28 10/12/2010 11:57:42
29 Mecatrônica Atual
instrumentação
Ésaiba maisManuais de Operação dos Trans-missores de Temperatura Smar: TT301, TT302, TT411, TT421 e 
TT423
Sites de fabricantes:
www.smar.com.br
www.smarresearch.com.
www.deetc.isel.ipl.pt/jetc05/JETC99/
pdf/art_53.pdf
Artigos Técnicos de César 
Cassiolato
notável o avanço da Física e da Eletrônica 
nos últimos anos. Sem dúvida, de todas as 
áreas técnicas, foram as mais marcantes em 
desenvolvimentos. Hoje, somos incapazes 
de viver sem as facilidades e benefícios 
que estas áreas nos proporcionam em 
nossas rotinas diárias. Nos processos e 
controles industriais não é diferente, somos 
testemunhas dos avanços tecnológicos 
com o advento dos microprocessadores e 
componentes eletrônicos, da tecnologia 
Fieldbus, o uso da Internet, etc. E ainda, 
com a busca de desenvolvimentos na área 
de energia renovável, novos combustí-
Medição da 
Temperatura
Marco A. Graton
Engenheiro de Desenvolvimento Eletrônico - Smar 
Equipamentos Ind. Ltda
César Cassiolato
Diretor de Marketing, Qualidade e Assistência Técnica e 
Instalações Industriais - Smar Equipamentos Ind. Ltda
A temperatura é uma das variáveis mais usadas na indústria 
de controle de processos nos seus mais diversos segmentos, 
e ainda vale lembrar que ela é uma grandeza básica para a 
medição e controle de vazão, densidade, etc. Comentaremos 
neste artigo a medição de temperatura e sua história, as prin-
cipais características das tecnologias utilizadas, assim como 
alguns detalhes em termos do mercado e tendências com os 
transmissores de temperatura
veis, a nanotecnologia, existem inúmeras 
aplicações com a medição e controle de 
temperatura.
Um pouco de História
A medição de temperatura é ponto de 
interesse da ciência há muitos anos. O corpo 
humano é um péssimo termômetro, pois 
só consegue diferenciar o que está frio ou 
quente em relação à sua própria tempera-
tura. Portanto, com o passar dos tempos, 
o homem começou a criar aparelhos que 
o auxiliassem nesta tarefa.
Vejamos a seguir mais detalhes.
MA48_Med_Temperatura.indd 29 10/12/2010 12:00:06
30 Mecatrônica Atual 
instrumentação
Daniel Gabriel 
Fahrenheit (1686-
1736) devotou a maior 
parte de sua vida a 
criação de instrumen-
tos meteorológicos. Em 
1708, Fahrenheit visitou 
Römer em Copenha-
gue e viu seu termôme-
tro com dois pontos de calibração. Impres-
sionado com o termômetro, ele passou a 
utilizá-lo quando voltou à Alemanha. Mais 
tarde, não gostando do inconveniente (e 
das frações) de dividir os graus Römer de 
modo a permitir a medição de pequenos 
intervalos de temperatura, ele multiplicou 
a escala de Römer por 4. Isto fez com que 
o ponto de derretimento da água fosse 30 
graus e a temperatura do corpo humano 
90 graus. Depois, ele mudou estes valores 
para 32 e 96 graus respectivamente para 
simplificar a marcação da escala (em 64 
divisões).
Fahrenheit ainda adicionou mais um 
ponto com referência, a temperatura de 
equilíbrio de uma mistura de gelo e sal, 
que foi definida como zero em sua escala. 
Infelizmente, o uso de três referências 
causou mais incerteza do que precisão. 
Após a morte de Fahrenheit, a tempera-
tura do corpo humano foi considerada 
inconstante para a definição de um ponto 
na escala de temperatura, então sua escala 
foi modificada para dar a ela novamente 
2 pontos de referência. Tudo isto resultou 
no desajeitado padrão numérico, com o 
ponto de congelamento da água definido 
como 32°F e o ponto de ebulição (na 
pressão atmosférica padrão) definido 
como 212°F. Fahrenheit também percebeu 
que o álcool não tinha precisão e repeti-
bilidade para a medição da temperatura. 
Em 1714, ele adotou o mercúrio, o qual se 
mostrou uma excelente alternativa devido 
ao seu coeficiente de expansão térmica 
ser altamente linear e não se dissolver no 
ar. Por outro lado, ele é menos sensível à 
mudança de temperatura.
Uma das primeiras tentativas de construção de uma 
escala de temperatura ocorreu por volta de 170 
DC. Claudius Galenus of Pergamum (130-
201), médico grego, teria sugerido que as sensações 
de “quente” e “frio” fossem medidas com base 
em uma escala com quatro divisões numeradas 
acima e abaixo de um ponto neutro. Para tal escala 
termométrica, atribuiu a temperatura de “quatro 
graus de calor” à água fervendo, a temperatura de 
“quatro graus de frio” ao gelo, e a temperatura “neutra” a uma mistura 
de quantidades iguais daquelas duas substâncias. Galenus não foi um 
excelente médico, mas sim um excelente fisiologista. Ele escreveu 
vários tratados médicos, frutos de seu trabalho no tratamento dos 
Gladiadores romanos e das suas dissecações de animais vivos. Ele foi o 
primeiro médico a dar diagnósticos pela medição do pulso da pessoa.
Em 1701, Ole Chris-
tensen Römer (1644-
1710) criou o primeiro 
termômetro, com dois 
pontos de referência. 
O termômetro usava 
vinho vermelho como 
indicador da tempe-
ratura. Römer criou a 
escala de seu termômetro com 60 repre-
sentando o ponto de ebulição da água. 
Ele não sabia que o ponto de ebulição da 
água dependia da pressão atmosférica, fato 
descoberto depois por Fahrenheit. 
Quanto ao ponto inferior, isto é questão 
de debate, uma vez que partes de suas 
anotações foram destruídas pelo fogo. 
Alguns dizem que 0 representava uma 
mistura de água, gelo e cloreto de amônia, 
outros que ele usou o ponto de degelo 
da água que marcou com 7.2 Rö. Mais 
tarde Römer adotou por razões práticas 
outros pontos de referência como a água 
congelada e a temperatura do sangue 
(temperatura do corpo humano), que ele 
marcou como 22.5 Rö. Apesar da criação 
do termômetro, Römer é mais conhe-
cido pelo seu trabalho com a medição da 
velocidade da luz.
Como o vinho era 
altamente influen-
ciado pela pressão 
atmosférica, em 1641 
Fernando II, Grão-
Duque da Toscana 
(1610-1670), desen-
volveu o primeiro 
termômetro selado. 
Ele utilizou o álcool em seu interior e 
fez 50 marcas (graus) na sua haste. Este 
termômetro não usava nenhum ponto 
fixo para a calibração da escala. O ter-
mômetro com o emprego de substância 
orgânica (álcool, etc.) em seu interior 
passou a ser conhecido como termô-
metro “spirit”.
O primeiro termômetro foi idealizado por 
Galileu Galilei (1564-1642). Ele consistia 
de um longo tubo de vidro com um bulbo 
preenchido com vinho. Este primeiro tipo de 
aparelho utilizado para a

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