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Editorial Eventos Notícias Chão de fábrica 01 04 06 48 MA42_Editorial.indd 3 5/10/2009 12:10:45 3 Editora Saber Ltda Diretor Hélio Fittipaldi Associada da: Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Atendimento ao Leitor: atendimento@mecatronicaatual.com.br Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores. É vedada a reprodução total ou parcial dos textos e ilustrações desta Revista, bem como a industrialização e/ou comercialização dos aparelhos ou ideias oriundas dos textos mencionados, sob pena de sanções legais. As consultas técnicas referentes aos artigos da Revista deverão ser feitas exclusivamente por cartas, ou e-mail (A/C do Departamento Técnico). São tomados todos os cuidados razoáveis na preparação do conteúdo desta Revista, mas não assumimos a responsabilidade legal por eventuais erros, principalmente nas montagens, pois tratam-se de projetos experimentais. Tampouco assumimos a responsabilidade por danos resultantes de imperícia do montador. Caso haja enganos em texto ou desenho, será publicada errata na primeira oportunidade. Preços e dados publicados em anúncios são por nós aceitos de boa fé, como corretos na data do fechamento da edição. Não assumimos a responsabilidade por alterações nos preços e na disponibilidade dos produtos ocorridas após o fechamento. Editor e Diretor Responsável Hélio Fittipaldi Redação Daniele Aoki, Monique Souza, Natália F. Cheapetta, Thayna Santos Revisão Técnica Eutíquio Lopez Produção Diego Moreno Gomes, Renato Paiotti Designer Carlos C. Tartaglioni, Diego Moreno Gomes Colaboradores Alamir da Luz Jr., Anderson Almeida V. de Souza, Carlos Alberto Grosman, César Cassiolato, Filipe Pereira, Frank Zimmermann, Halley R. Monteneri Mora, Johnson Pontes de Moura, Leonardo Pereira Bastos, Marconi Patrício de Arruda, Pavel Svejda, Renato Paiotti, Rogério de Almeida Otaviano www.mecatronicaatual.com.br PARA ANUNCIAR: (11) 2095-5339 publicidade@editorasaber.com.br Capa Arquivo Editora Saber Impressão Parma Gráfica e Editora Distribuição Brasil: DINAP Portugal: Logista Portugal tel.: 121-9267 800 Mecatrônica Atual é uma publicação da Editora Saber Ltda, ISSN 1676-0972. Redação, administração, publicidade e correspondência: Rua Jacinto José de Araújo, 315, Tatuapé, CEP 03087-020, São Paulo, SP, tel./fax (11) 2095-5333 ASSINATURAS www.mecatronicaatual.com.br fone: (11) 2095-5335 / fax: (11) 2098-3366 atendimento das 8:30 às 17:30h Edições anteriores (mediante disponibilidade de estoque), solicite pelo site ou pelo tel. 2095-5330, ao preço da última edição em banca. E o ano da crise mundial se foi. Muita coisa aconteceu em diversos países, mas no Brasil alguns setores se deram melhor que outros. O que notamos é que havia um concerto entre vários empresários e associações em comparar a queda de vendas deste ano em relação a 2008. Até parece que o salto significativo de vendas de 2007 para 2008 não era nada. Se compararmos 2007 com 2009 po- deremos notar pequena diferença para melhor ou pior, dependendo do setor. Segundo a Abinee o comportamento da área de automação industrial não foi uma das melhores como um todo, e para ilustrar melhor o comportamento do setor resolvemos registrar os 3 últimos anos. Em 2007 tivemos um fatura- mento de R$ 3097 milhões a preços correntes. Em 2008, R$ 3446 milhões e em 2009, R$ 2861 milhões, ou seja pouco abaixo de 2007, logo considerando-se o tamanho da crise, o efeito em nosso país foi mesmo pequeno. Notamos que o empresariado não está demitindo os funcionários qualificados e isto mostra a confiança de breve retomada. A Abinee projeta um crescimento em 2010, de 11 % sobre os resultados de 2009, para a automação industrial, devendo chegar a R$ 3176 milhões, um pouco acima do número de 2007. Nesta edição, mostramos ainda a breve história que aconteceu há alguns anos com um acidentado em uma prensa. Muitos falam sobre os acidentes e quando acontecem projetam que o futuro do acidentado será difícil, mas não chegam perto de imaginar a realidade dos próximos anos para o acidentado, sua família e seus colegas de trabalho. Ao constatar em nossa Redação a triste história do Sr. Jube, resolvemos mostrar o que vem ocorrendo em nosso país nos últimos anos, e as parcas providências do poder público. Hélio Fittipaldi Efeitos de uma crise econômica Programáveis � índice Editorial Notícias Reportagem: Segurança 03 06 33 48 26 16 44 40 44 26 40 Diagnóstico de falhas e alarmes em Sistemas Supervisórios e CLPs Como programar o CLP CJ1, da OMRON Protocolo digital Hart Segurança em automação industrial Pintura automatizada Dürr Sitara - Microprocessador para aplicações industriais 14 MA43_Editorial.indd 4 10/12/2009 11:21:22 MA43_Editorial.indd 5 8/12/2009 17:20:02 � Mecatrônica Atual :: Novembro/Dezembro 2009 //notícias saiba mais Pires, J. Norberto. Automação industrial - 3ª edição - editora Lidel BaLceLLs, Josep e romeraL, José Luis. Autómatas programables - editora marcombo PiNto, João r. caldas. Técnicas de automação - edições técnicas e Profissionais oLiveira, Paulo. Curso de Auto- mação Industrial - edições técnicas e Profissionais Pereira, eng.º Filipe alexandre de sousa. Manual de Formação OMRON Catálogos OMRON: www.omron.pt Autômatos Programáveis Schneider Electric faz parceria com a Foz do Brasil a empresa schneider electric fechou uma parceria para o fornecimento de soluções para a Foz do Brasil, uma em- presa da organização odebrecht. a companhia, especialista na gestão de energia e automação, está modernizando os sistemas de abastecimento de água e esgoto sanitário nas concessões e parcerias em que a Foz do Brasil atua. com a aplicação dos produtos da schneider a Foz do Brasil está alcançando economia e interação. a implantação de novas soluções de automação e supervisão facilitou tam- bém a gestão operacional dos processos de bombeamento e tratamento de água, assim como afastamento e tratamento de esgotos. “este sistema eficiente auxilia na economia dos recursos naturais e também financeiros. essa parceria trará muitos ganhos, tanto para a Foz do Brasil quanto para o meio am- biente”, garante carlos alberto costa crusciol, gerente de contas de saneamento da schneider electric. a schneider electric atua de forma padronizada na Foz do Brasil, proporcionando unificação da automação e su- pervisão, dos treinamentos e do intercâmbio de seu corpo técnico. Limeira (sP) foi o primeiro município beneficiado pelas melhorias do sistema supervisório. cachoeiro do itape- mirim (es), vitória (es), rio claro (sP) e rio das ostras (rJ) serão as próximas cidades que contarão com as soluções em suas estações de tratamento de água (eta), de tratamento de efluentes (ete) e elevatórias de esgoto (eee). Por meio de soluções que incorporam a instalação de con- troladores programáveis, variadores de velocidade, chaves de partida soft-start e sistemas de supervisão, a Foz do Brasil acompanha todas as ações em cada uma das cidades pela Web. com isso, a empresa gerencia as redes, as estações de bombeamento e os reservatórios de forma simples e rápida. outra vantagem é o monitoramento da distribuição de água e do transporte de esgotos 24 horas por dia. a visualização instantânea de alarmes e o controle da vazão de entrada e saída das estações elevatórias de esgoto, por exemplo, permitem tomadas de decisões rápidas, caso o sistema identifique entupimento de redes ou problemas com as bombas. outro destaque das soluções implantadas pela schneider electric é a geração de relatórios detalhados sobre todos os processos. Curtas Crescimentoa atividade industrial paulista cresceu pelo segundo mês consecutivo em outubro, mas o ritmo de expansão caiu mais do que pela metade, segundo dados da Fiesp. o indicador de Nível de atividade (iNa) cresceu 1,6% em outubro ante setembro, segundo dados com ajuste sazonal. sem ajuste, houve alta 4,5%. mas na compara- ção com outubro de 2008, a atividade recuou 4,6%. No ano, o iNa acumula baixa de 11,6%. o dado de setembro foi revisto para baixo para cresci- mento de 3,6% contra agosto com ajuste, ante a leitura preliminar de alta de 4,3%. em outubro, um dos destaques de alta entre os setores pesquisados foi veículos automotores, com avanço de 7,9% mês a mês com ajuste sazonal, e alimentos e Bebidas com expansão de 7,7%. entre os setores, as maiores taxas de uso da capaci- dade foram de coque, refino de petróleo, combustíveis nucleares e produção de álcool, com 98,9%, segundo dados sem ajuste sazonal, e celulose, papel e produtos de papel com 91,5%. Combustol conquista Recertificação ISO 9001:2000 a Divisão de tratamento térmico da combustol, per- tencente ao Grupo combustol & metalpó, acaba de obter a recertificação para a iso 9001:2000, norma que se baseia em princípios de gestão usados como um guia para a melhoria da performance das organizações. “a manutenção da certificação é de extrema importância para nossa empresa, pois ela significa uma garantia para nos- sos clientes, que exigem esta norma. com a is0 9001:2000, eles sabem que estamos atendendo todos os requisitos de qualidade demandados”, diz edno Zucherato, coordenador de engenharia e representante da direção no sistema de Qualidade da Divisão. a Divisão de tratamento térmico trabalha na implanta- ção de adequações relacionadas à iso 9001:2008, revisão que substituirá a atual norma iso 9001:2000, até o prazo de 11 de novembro de 2010. De acordo com Zucherato, a nova revisão contempla poucas mudanças na essência da norma. “Basicamente, a iso 9001:2008 traz um maior detalhamento na descrição dos requisitos, proporcionando maior clareza e facilidade de utilização”, completa. Na próxima auditoria de manutenção, realizada semes- tralmente, a divisão de tratamento térmico da combustol já estará com as adequações realizadas conforme as novas exigências, visando a obtenção da iso 9001:2008. A Schneider Electric atua de forma padronizada na Foz do Brasil, proporcionando unificação da automação e supervisão, dos treinamentos e do intercâmbio de seu corpo técnico. Sc hn ei de r E le ct ric / di vu lg aç ão MA43_Noticias.indd 6 10/12/2009 13:42:35 �Novembro/Dezembro 2009 :: Mecatrônica Atual //notícias Queda no faturamento de outubro preocupa Abimaq Em relação ao mês anterior, a Abimaq, Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, registrou uma queda de 10,1 % no faturamento de seus associados. Os números con- tinuam em baixa ao comparar janeiro-outubro deste ano com o mesmo período em 2008. A queda do faturamento foi 21,2%, passando de R$ 65,63 bilhões para R$ 51,72 bilhões, neste ano. Com a inflação, o total pode chegar a 23,6% negativo. Segundo o Diretor Secretário da Abimaq, Carlos Buch Pas- toriza, a empresa esperava que o volume de faturamento fosse chegar a uma queda de 15%, no entando, registrou cerca de 20%. “Isto é um reflexo do auge da crise. Este mês de outubro foi um buraco negro”, afirma o diretor. O faturamento bruto real de máquinas e equipamentos, de janeiro-outubro, em 2006 foi R$ 49,23 bilhões, crescendo, em 2007, para R$ 54,55 bilhões. Em 2008, houve um aumento significativo para R$ 66,35 bilhões. E este ano caiu para R$ 51,47 bilhões. A alta porcentagem na queda é consequência de um au- mento significativo no ano passado. Uma vez que os números de 2007 e 2009, se comparados, não apresentam tanta diferença. Contratações Se por um lado, o faturamento anual da Abimaq caiu, por outro, as contratações feitas pela empresa continuam a subir. O setor está otimista e por três meses consecutivos, agosto/setem- bro/outubro, apresentou uma incremento de 0,1%, resultando em 272 novos contratados. No entanto, em comparação com o mesmo período do ano passado, que foi um ano excepcional, o número de empregados caiu 6,8%. Perspectivas Entre as perspectivas para o próximo ano, a desoneração total do setor é esperada pelo presidente Luiz Aubert Neto. “Esperamos que em 2010, o governo fique sensibilizado com a nossa situação e desonere a nossa cadeia produtiva para voltar a gerar crescimento e empregos dentro do País”. E como todo início de ano o primeiro trimestre é fraco para investimentos, a Abimaq acredita que só após o carnaval, o setor poderá apresentar indícios de melhoria. Balanço da Abinee no ano da crise econômica O desempenho das indústrias de elétrica e eletrô- nica não foi tão bom quanto o ano passado. Segundo a pesquisa da ABINEE - Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica, anunciada em coletiva de imprensa por seu presidente, Humberto Barbato, uma queda de aproximadamente 9% ocorreu devido aos reflexos da crise econômica mundial, afetando a economia brasileira, tanto quanto o setor e seus segmentos. O faturamento total passou de R$ 123,1 bilhões (2008) para R$ 112,2 bilhões neste ano. Sustentados pela carteira de pedidos pré-crise e in- vestimentos dos setores de petróleo e gás, fabricantes de bens de capital, como Automação Industrial, conse- guiram níveis razoáveis de faturamento no começo de 2009. Porém, a partir do segundo trimestre começaram a ressentir a falta de novas encomendas. Esta área apre- sentou uma queda de 17%, a segunda maior retração, perdendo só para o setor de telecomunicações. Suas exportações fecharam com redução de 18% e as im- portações, 12%. Para 2010, a expectativa das empresas é que o fatu- ramento total atinja R$ 124,9 bilhões. O setor de auto- mação fica na dependência econômica do país e espera um crescimento de aproximadamente 11%. Segundo Nelson Ninnin, diretor da ABINEE da área de Automação industrial e presidente mundial da ISA (associação dos profissionais de automação fundada nos Estados Unidos em 1.945), a área de manufatura está lenta e saturada em comparação com a de processo. O nível de empregos do setor eletroeletrônico também está instável. No começo do ano, o número de funcionários chegou a 161 mil, passou para 155 mil em maio e pode terminar o ano com 160 mil. O fato desta instabilidade ocorrer sem muitas demissões mostra as boas expectativas das empresas para o ano que vem, pois o custo de demissão e de recontratação a curto e médio prazo não compensa. Com isso, o número de empregados em 2010, pode chegar a 163 mil ou mais. Curtas Crescimento A atividade industrial paulista cresceu pelo segundo mês consecutivo em outubro, mas o ritmo de expansão caiu mais do que pela metade, segundo dados da Fiesp. O Indicador de Nível de Atividade (INA) cresceu 1,6% em outubro ante setembro, segundo dados com ajuste sazonal. Sem ajuste, houve alta 4,5%. Mas na compara- ção com outubro de 2008, a atividade recuou 4,6%. No ano, o INA acumula baixa de 11,6%. O dado de setembro foi revisto para baixo para cresci- mento de 3,6% contra agosto com ajuste, ante a leitura preliminar de alta de 4,3%. Em outubro, um dos destaques de alta entre os setores pesquisados foi Veículos Automotores, com avanço de 7,9% mês a mês com ajuste sazonal, e Alimentos e Bebidas com expansão de 7,7%. Entre os setores, as maiores taxas de uso da capaci- dade foram de Coque, refino de petróleo, combustíveis nucleares e produção de álcool, com 98,9%, segundo dados sem ajuste sazonal, e Celulose, papel e produtos de papel com 91,5%. MA43_Noticias.indd 7 10/12/2009 13:42:57 � Mecatrônica Atual :: Novembro/Dezembro 2009 //notícias Mauá oferece MBA em Engenhariae Negócios do Gás e Petróleo Com a recente descoberta do pré-sal, a sua exploração tende a abrir oportunidades para o país e principalmente para profissionais de diversas áreas. Com o objetivo de preparar os graduados interessados nesta especialização técnica, o Instituto Mauá de Tecnologia - IMT está lançando o MBA Engenharia e Negócios do Gás e Petróleo. O curso terá a carga horária de 360 horas e será minis- trado às segundas e quartas- feiras no próprio campus do Instituto. A metodologia de aulas envolve análises, discussões de casos, debates e exercícios ao longo de todo o curso. Este programa foi elaborado a partir da identificação das exigências do mercado, mediante consulta a empresas de grande porte do setor, para identificar as habilidades e com- petências imprescindíveis ao entendimento da real dinâmica do modelo de negócios do setor de Gás e Petróleo. Assim, entre outras disciplinas, o programa do curso inclui Regulamentação e Legislação para Atividades de Exploração e Refino de Petróleo e Distribuição de Petróleo e Gás, Ges- tão Ambiental, Geopolítica e Usabilidade do Gás Natural, Mercado do Gás Natural e Desenvolvimento Tecnológico, Fundamentos da Geologia do Petróleo e Gás; Dinâmica do Processo de Exploração de Petróleo e Gás, Tecnologia de Perfurações de Poços e Sistemas de Distribuição Mercado Internacional: /Trading/ de Petróleo e Gás. As inscrições já estão abertas. A primeira turma tem início em março de 2010. Informações e inscrições no site www.maua.br/posgraduacao. Curtas Emprego O emprego na indústria paulista teve em outubro o maior aumento desde abril do ano passado, dando continuidade à recuperação iniciada em setembro. Foram geradas 9 mil vagas no mês, alta de 0,28% sobre o mês anterior, segundo dados com ajuste sazonal divulgados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta quarta-feira (11). Sem ajuste sazonal, o emprego cresceu 0,41%. O ajuste sazonal é um cálculo feito para eliminar efeitos particulares de cada mês, como os ligados a feriados, datas comemorativas, estação do ano e outros. Na comparação de outubro deste ano com o mesmo mês de 2008, o nível de emprego teve baixa de 7,61%, com 184 mil postos de trabalho a menos. No ano, o nível de emprego na indústria do Estado acumula baixa de 1,49 %, com o fechamento de 34 mil vagas. Dezesseis dos 22 setores pesquisadas registraram contratações em outubro, enquanto quatro aponta- ram demissões e dois tiveram estabilidade. O setor com o maior número de abertura de vagas foi o de Veículos Automotores, com 1.763 novos postos. Com a recente descoberta do pré-sal, o Instituto Mauá de Tecnologia lança o MBA Engenharia e Negócios do Gás e Petróleo. O Programa do curso foi elaborado com as exigências do mercado sob consulta de grandes empresas do setor. w w w .m ul tim id ia 2. w or dp re ss .c om /R ic ar do S tu ck er t/P R MA43_Noticias.indd 8 10/12/2009 13:43:06 47 energia MA41_Inversores.indd 47 3/7/2009 16:40:02 10 Mecatrônica Atual :: Novembro/Dezembro 2009 //notícias Ford anuncia investimento de R$ 4 bilhões no País A Ford anunciou na Bahia, a ampliação da fábrica de Camaçari, projeto que ficará com grande parcela de um investimento de cerca de R$ 4 bilhões que será gasto pelo grupo em todas as unidades no País nos próximos cinco anos. É o maior investimento da empresa no Brasil, segundo fontes do setor auto- mobilístico e governamental. O programa anterior, para o período 2007/2012, é de R$ 3,4 bilhões e se somará ao novo aporte. A solenidade teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). O presidente da Ford Brasil e Mercosul, Marcos de Oliveira, apresentou os novos projetos da com- panhia, que incluem desenvolvimento de veículos, um deles provavelmente o substituto do EcoSport. A fábrica de Camaçari opera no limite de sua capa- cidade - de 250 mil carros ao ano - e sua ampliação vinha sendo negociada há pelo menos dois anos. Para a construção da fábrica, a primeira de uma grande montadora do Nordeste, a Ford aplicou US$ 1,2 bilhão (na época, o equivalente a R$ 3,2 bilhões). Na ocasião, foi beneficiada pelo regime automotivo do Nordeste, que concedeu benefícios fiscais, como a isenção de impostos por vários anos. A unidade trabalha no sistema modular de produção, com vários fornecedores instalados dentro da fábrica e que também vão arcar com parte do investimento. São produzidos na linha de montagem os modelos Fiesta, Fiesta sedã e EcoSport. Nas próximas semanas, outra montadora, a Volkswagen, deve anunciar novos investimentos prin- cipalmente para a fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), onde são produzidos os modelos Gol, Polo, Saveiro e Kombi, em várias versões. Recente- mente, a General Motors anunciou um programa de R$ 2 bilhões até 2012. Produtos positivo de armazenamento externo. Outra novidade é a opção de execu- tar a interface de operação VisionView em um PC. O software oferece todos os recursos do painel de operações e flexibilidade para utilização de qual- quer display que possa ser conectado a um PC. Estes aprimoramentos concedem aos operadores do chão da fábrica um controle maior sobre seus aplicativos de visão e melhor compreensão. “R$ 4 bilhões a serem gastos em todas as unidades no País nos próximos cinco anos.” De acordo com o setor automobilístico e governamental, este é o maior investimento feito pela empresa no Brasil. play touch screen para os sistemas de visão Cognex In-Sight, que permite aos operadores ver e monitorar de perto a atividade dos sistemas de visão nas linhas de produção. O VisionView 1.2 aumenta a captura de dados do aplicativo. A nova função de pan e zoom permite um exame mais minucioso das peças defeituosas e facilita a regulagem precisa do foco do sistema de visão para obtenção de imagens de alta resolução. Os operadores das linhas de produção também podem transferir imagens de peças reprovadas para um dis- A empresa Cognex Corporation, desenvolvedora de sistemas e sen- sores de visão, aprimorou a interface de operação VisionView® com novas funções que oferecem visualização mais detalhada das peças ou compo- nentes inspecionados, armazenamento simplificado de imagens das peças reprovadas e opção para inspeção via PCs. É uma interface com dis- Cognex Visionview disponível em duas plataformas w w w .b lig .ig .c om .b r/ sa la of or d / d iv ul ga çã o MA43_Noticias.indd 10 10/12/2009 13:43:29 11Novembro/Dezembro 2009 :: Mecatrônica Atual //notícias Produtos Sensor de Visão vedado com múltiplos recursos de Inspeção O sensor de visão vedado da Banner Engineering com invólucro IP68 oferece durabilidade em rigoro- sas condições industriais e de lavagem. O invólucro resistente de alumínio com revestimento de níquel do novo Presence PLUS P4 OMNI resiste a choques e vibrações. A unidade autocontida não requer um controlador à parte. O novo Sensor de Visão serve para várias aplicações, como: Inspeção de alinhamento de rótulos; Verifica- ção e comparação de cores; Detecção de defeitos; Inspeção de embalagens; Verificação de montagem; Detecção de nível de preenchimento; Inspeção de gotas de cola; Inspeção de tampas de frascos; Pre- venção de erros, entre outros. Foi projetado para ser utilizado nas indústrias, inclu- sive as de alimentos e bebidas, farmacêutica, automo- tiva, embalagens, manuseio de materiais e gráfica. As ferramentas de posição, análise e geometria do sensor permitem realizar a inspeção simultânea de múltiplos itens para abranger aplicações complexas. A interface intuitiva para o usuário, idêntica em todos os sensores PresencePLUS,assegura a facili- dade de instalação e operação. Os modelos estão disponíveis com resolução de 640 x 480, ou de 1280 x 1024 para inspecionar áreas maiores em mais detalhes. Entre as opções funcionais destacam-se a leitura de códigos de barra 2D e 1D, reconhecimento/verificação óptica de caracteres (OCR/OCV) e inspe- ção de esferas. São oferecidos como acessórios tampas de lente e aneis de luzes LED com classificação IP68 em infra-vermelho, vermelho, verde, branco ou azul. MA43_Noticias.indd 11 10/12/2009 13:43:41 12 Mecatrônica Atual :: Novembro/Dezembro 2009 //notícias Produtos Siemens no Brasil desenvolve relé de proteção térmica digital para transformadores A Siemens no Brasil desenvolveu o relé de proteção térmica digital Simotemp, integralmente adequado à tecnologia de redes inteligente (smart grids). A solução foi criada para proteção térmica de trans- formadores e é indicada para equipamentos onde são necessários o controle e proteção confiáveis da temperatura. Esse novo produto indica com maior precisão a temperatura do óleo e enrolamentos do transformador, fatores que influenciam diretamente no envelhecimento do sistema de isolação (papel e óleo). Com isso é possível um controle mais efi- ciente do sistema de refrigeração, visando prolongar o tempo de vida útil do transformador. Totalmente desenvolvido pela Siemens no País, na fábrica da empresa em Jundiaí (SP), o Simotemp reforça o posicionamento global da empresa em fornecer ferramentas inovadoras que podem contri- buir desde a geração até a distribuição e consumo de energia elétrica dentro do conceito das smart grids. Trata-se de um produto confiável, preciso e que pode ser utilizado praticamente em qualquer transformador, além de ser de fácil programação e aplicação. No País, a companhia já tem solicitações para fornecimento dessa solução. O Simotemp monitora as temperaturas do óleo isolante e a temperatura do ponto quente (hot spot) de até três enrolamentos em um único aparelho. Além disso, possui memória de massa para armaze- namento de dados e registro de eventos, função de pré-resfriamento e exercício do sistema de refri- geração. Visando facilitar a interface com o usuário, possui entrada USB frontal e software dedicado para configuração, download e análise dos dados em memória através de ferramenta gráfica, incluído em cada Simotemp. Sua confiabilidade é obtida através do emprego de componentes de alta qualidade e sistema de contingência. Novidades na Brazil Automation ISA 2009 No mês de novembro a empresa Elipse Software participou do Brazil Automation ISA 2009, o 13° Congresso Internacio- nal e Exposição Sul-Americana de Automação, Sistemas e Instrumentação. O evento, considerado o maior nas áreas de instrumentação e automação industrial da América Latina, foi realizado em São Paulo. Durante a feira, a Elipse apresentou seus principais produtos e lançamentos. A novidade exposta pela empresa foi o Elipse Plant Manager, historiador de processos capaz de coletar, consolidar e armaze- nar dados provenientes de várias fontes de tempo real ou his- tóricas, proporcionando uma plataforma para a integração dos universos de TI e TA. A solução permite desenvolver aplicações de inteligência industrial e análise de dados, auxiliando na tomada de decisões e na melhoria da performance produtiva. “Gostei do Elipse Plant Manager por agregar um grande co- nhecimento na área de automação”, disse Ivando Severino Diniz, professor do curso de Engenharia de Controle e Automação, da Universidade Estadual Paulista – Campus de Sorocaba. Um outro lançamento foi o E3 Power, plataforma criada para garantir confiabilidade, qualidade e eficiência ao processo de operação de redes de distribuição de energia elétrica. O software apresenta um conjunto de sofisticados aplicativos de análise de sistemas elétricos como: Processador Topológico, Fluxo de Potência e Estimador de Estados. Além disso, possui um ambiente de simulação que facilita a integração entre os setores de pré e pós-operação com o centro de controle da empresa. A versão 3.2 do E3 também foi exposta na feira. A novidade traz diversas melhorias em praticamente todos os componentes que integram o software. Uma série de implementações podem ser visualizadas no E3 Playback, E3Alarm, aba Penas do E3Chart, E3 Studio, E3 Viewer, IODriver / IOServer, entre outros. E um outro destaque da Elipse foi o E3 Playback, solução que permite a interpretação de ocorrências passadas referentes a qualquer tipo de processo. Para mais informações acesse o site www.elipse.com.br. Curtas Testes A Cognex disponibiliza para os mais variados setores da indústria no Brasil alguns de seus kits desenvolvidos pela empresa para apresentar aos clientes as funcio- nalidades de suas soluções de rastreabilidade. Dessa maneira, é possível obter maior conhecimento dos recursos técnicos e de suas vantagens para alcançar alta produtividade, controle minucioso e segurança na produção de todo tipo de mercadoria antes da decisão pela compra. As empresas interessadas em conhecer as aplicações, tecnologia e benefícios do sensor de visão Checker 3G, do sistema de controle visual em cores In-Sight Micro, e do menor leitor de identificação fixo de alta performance do mundo, o DataMan 200, agora podem agendar testes prévios com a presença do engenheiro de vendas da Cognex, José Carlos Bernardes Oliveira, ou com representantes das distribuidoras da empresa no Brasil, Pollux e OMNI. MA43_Noticias.indd 12 10/12/2009 13:43:56 MA43_Noticias.indd 13 9/12/2009 13:51:53 14 Mecatrônica Atual :: Novembro/Dezembro 2009 reportagem U saiba mais Segurança Funcional (SIS) - Parte 1 Reduza o risco de acidentes na sua empresa Mecatrônica Atual 24 A máquina que você trabalha é segura? Mecatrônica Atual 28E Conheça o CIP Safety, protocolo para a área de segurança Mecatrônica Atual 35 Autômatos Programáveis ma coisa que qualquer um pode constatar são os danos físicos, psicológicos e materiais que os acidentes ocasionam em quem os sofre. Os que convivem com o acidentado também são afetados na parte psicológica, sejam parentes ou colegas de trabalho. Isto impacta na empresa e nos seus produtos de modos diferentes de acordo com o ramo de atividade, a ponto de se refletir em seu faturamento e ocasionar sérias consequências para a vida dela. Conforme essa situação ficou mais evidente, na segunda metade do século passado algumas normas começaram a ser elaboradas para tentar corrigir estas fatalidades que, às vezes, atingiam a vida dos trabalhadores. Por isso mesmo, o que muita gente desconhece é que ao se elaborar uma norma o que é considerado em primeiro lugar, é a vida do ser humano e dos animais. Nas nações mais civilizadas e também pioneiras na adoção dessas normas, o poder público zela por sua aplicação correta sob pena das sanções de lei. Nem todos os países observam o mesmo rigor, chegando alguns a ignorar qualquer norma de proteção ao trabalhador e ao usuário dos produtos e serviços das empresas. Felizmente a globalização tem contribuido positivamente para que em todo o mundo se adotem normas de proteção, pois a concor- rência pelo mercado global é feroz e não se admite mais hoje em dia, que se aceite em razão de preço menor, um produto que não observa as principais normas internacionais como a IEC, a ISO e outras. No Brasil o órgão que estabelece as normas é a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, que vem se esforçando para estar atualizada como as principais associações do mundo. Um comitê é formado por um grupo de pessoas que representam o setor e as empresas que fazem parte da associação, para discutir as normas sobre determinado assunto. Na maioria das vezes se baseiamem normas já existentes em outros países e as adaptam para a nossa realidade. Automação Segura Por que os acidentes acontecem!? Mesmo com a criação de normas de seguran- ça acidentes continuam sendo frequentes em algumas empresas. MA MA43_Report_Acidentes.indd 14 8/12/2009 18:11:38 15Novembro/Dezembro 2009 :: Mecatrônica Atual reportagem Automação Segura Por que os acidentes acontecem!? Como a norma é estabelecida e não há nenhuma sanção responsável pela não aplicação e muito menos há fiscalização eficaz, cabe aos prejudicados recorrerem à Justiça caso algum acidente aconteça e o culpado não seja a vítima, fazendo assim valer os seus direitos. Aí sim, a norma pode ser usada pelo advogado da vítima para consubstanciar o processo contra a ré. O que ocorre muito é que as vítimas não sabem dos seus direitos e não vão à Justiça para reinvindicá-los, seja um trabalhador, um usuário de serviços ou o cliente de um produto. Conforme este entendimento vem evoluindo por parte das empresas, dos trabalhadores e consumido- res, as normas são melhor estabelecidas para o resguardo das partes envolvidas e todos saem ganhando, pois também são cada vez mais aplicadas. A Redação de Mecatrônica Atual vem se preocupando nos últimos anos com este tema e como fazer uma abordagem adequada e técnica do problema em nosso país. Caso e Depoimento de Acidentado Em 1969, trabalhando havia um ano numa famosa fábrica de brinquedos, o operário metalúrgico Jube Angelo Tomazi sofreu um acidente numa prensa de 400 toneladas que pegou os dedos das duas mãos. “Um anel que freava a máquina se rompeu e ela entrou em operação automática pegando as minhas mãos” conta Jube. Na época, ele ficou de licença pelo INPS (atual INSS) por 30 dias. Sem os dedos da mão esquerda, e um enxerto no dedo indicador que ficou torto e sem movimento,como mostra a foto tirada pela nossa reportagem, teve alta e voltou a trabalhar na mesma prensa. Em 15 dias gangrenou um dedo da outra mão atingida (a direita) e devido ao discutível atendi- mento hospitalar, teve novo afastamento para amputá-lo. Ao voltar ao trabalho, alegou que não tinha condições psicoló- gicas para continuar na mesma máquina e pediu para ser transferido de seção. Dois meses depois foi mandado embora. Dada a mutilação e só com ensino primário, não conseguiu mais emprego. Como a maior parte dos trabalhos da empresa necessi- tavam das mãos, passou a ser, informal- mente, vendedor ambulante. Deixando de lado o mau atendimento hospitalar, do INSS e da empresa, per- gunta-se: as máquinas dessa empresa tinham manutenção preditiva!? Haviam normas de segurança, na época, que não foram observadas pelo fabricante da prensa e pela fábrica de brinquedos!? Com as normas atuais e a evolução da tecnologia consegue-se evitar atualmente que este tipo de acidente aconteça!? Nem sempre, pois ainda há muita máquina antiga funcionando nas indústrias que não foi atualizada, ou como dizem no meio, não foi “retrofitada” pela empresa proprietária. Também existem máquinas novas que não estão dentro das normas de segurança. Em Belo Horizonte/Minas Gerais já encontramos medidas de segurança para os trabalhadores. Desde 2003, o Ministé- rio do Trabalho e Emprego e o Ministério Público desenvolvem o Projeto Prensa, cujo o objetivo é fomentar a proteção de prensas e reduzir o índice de acidentes com mutilações de trabalhadores no estado mineiro. Desde que foi iniciado o projeto, cerca de 500 máquinas já foram reformadas de acordo com as normas de segurança, segundo informações das procuradoras responsáveis pela sua condução no Ministério Público do Tra- balho, Sônia Toledo Gonçalves e Maria do Carmo de Araújo. “A retirada das prensas por meio de adjudicação é uma iniciativa piloto, que adotamos para garantir a proteção dos trabalhadores com a definitiva eliminação das máquinas obsoletas do mercado . A mesma providência poderá ser adotada em outras empresas que se recusarem a reformar seu maquinário”, enfatizou Maria do Carmo de Araújo. De acordo com dados da Previdência Social, 25% dos acidentes de trabalho ferem ou mutilam as mãos e punhos de trabalhadores, sendo que as PRENSAS, mecânicas ou hidráulicas, ocupam o pri- meiro lugar dentre as máquinas de maior risco. A PRENSA é um equipamento usado para conformar, moldar, cortar, furar, cunhar e vazar peças. Em geral, são máquinas obsoletas, inseguras, responsá- veis por histórias de esmagamento/ampu- tação de dedos e mãos de trabalhadores. MA MA43_Report_Acidentes.indd 15 8/12/2009 18:11:45 16 Mecatrônica Atual :: Novembro/Dezembro 2009 supervisão saiba mais HANSEN, R. C. Eficiência Global dos Equipamentos, Editora Bookman Ltda., Porto Alegre, 2006. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MANUTENÇÃO. Documento Nacional 2007 - A Situação da Manutenção no Brasil, Florianópolis, Associação Brasileira de Manutenção, 2007. 1 CD-ROM. ALMEIDA, M. T. Manutenção Preditiva: Confiabilidade e Qualidade, Disponível em: www. mtaev.com.br/download/mnt1.pdf. Acesso em: 28 out.2007, Itajubá. ROSÁRIO, J. M. Princípios de Mecatrônica. Editora Prentice Hall, São Paulo, 2005. Autômatos Programáveis Johnson Pontes de Moura UNIVC - Professor de Pós-Graduação da Faculdade do Vale do Cricaré Carlos Alberto Grosman UCL - Faculdade do Centro Leste e Discente da Pós-Graduação da Faculdade do Vale do Cricaré Leonardo Pereira Bastos UCL - Faculdade do Centro Leste Anderson Almeida Virgílio de Souza ArcelorMittal Tubarão Rogério de Almeida Otaviano ArcelorMittal Tubarão Marconi Patrício de Arruda ArcelorMittal Tubarão Alamir da Luz Júnior ArcelorMittal Tubarão Diagnóstico de Falhas e Alarmes em Sistemas Supervisórios e CLPs Uma das maiores dificuldades para a solução de problemas imprevistos em processo é a identificação correta de alarmes no supervisório. Considerando as paradas súbitas em equipamentos nos processos dos quais os autores participaram, estima-se que 90% do tempo total foi gasto na identificação da falha. Conheça os mecanismos implementados para reduzir o tempo de diagnóstico de falhas, sendo descritos três casos de melhorias promovidas em processos da ArcelorMittal Tubarão, com as descrições das técnicas escolhidas e os resultados obtidos. Considerações Iniciais A lucratividade de uma empresa ou negócio vem do resultado de suas receitas operacionais, obtidas através de vendas de produtos ou serviços, descontando-se os custos de produção, que são os gastos com matéria-prima, recursos humanos e equipamentos. Em um ambiente cada vez mais competitivo, os custos de uma planta industrial são controlados individualmente e, dentre eles, estão a manutenção das má- quinas e as paradas da linha de produção, programadas ou imprevistas, para reparo dos equipamentos. A manutenção tem suas estratégias de atuação, podendo ser planejadas, com aspectos preventivos ou preditivos, ou não planejadas, com aspecto corretivo, ocorrendo intervenção apenas quando há uma quebra ou defeito de equipamento. Durante a pesquisa sobre o assunto, os autores observaram que o tratamento da “manutenção corretiva” não tem referências bibliográficas em grande número. Existem muitas publicações quando se trata de manu- tenções preventivas e preditivas, que, é claro, são temas de extrema importância para o gerenciamento de falhas em equipamentos. Mas é sabido que a “manutenção corretiva custa de 3 a 5 vezes a mais que a manutenção preventiva e planejada, pois, tempo, trabalho, materiais e equipamentos são desperdiçados” (HANSEN, 2006, p. 112). MA43_Diagnostico.indd 16 8/12/2009 18:09:50 17Novembro/Dezembro 2009 :: Mecatrônica Atual supervisão As técnicas de manutenção planejada nãoevitam totalmente as falhas de equipa- mentos de processo. E quando ocorrem estas falhas, o que fazer? Como identificá-las em um sistema supervisório? O que fazer para minimizar o tempo de atendimento e reduzir a perda de produção? Este trabalho assumiu parte deste tema e teve como propósito mostrar caminhos e alternativas simples para identificar falhas através de mecanismos e técnicas que podem ser implementados em equipamentos que já existem na empresa, como CLPs e supervisórios. No item 2 mostram-se dados sobre a manutenção de equipamentos, suas estratégias e os tipos de falhas. Nos itens 3 e 4 tem-se a descrição do Controlador Lógico Programável (CLP) e do Sistema Supervisório, necessária para a compreensão das técnicas implementadas nos três casos reais, que são detalhados no item 5. O item 6 apresenta os resultados obtidos, que, na opinião dos autores, comprovam a impor- tância do trabalho, visto a relação custo X benefício das soluções implementadas. Conceitos de Manutenção e Sistemas de Automação Segundo dados levantados pela Associação Brasileira de Manutenção (ABRAMAN) em 2007, o custo da manutenção é estimado em torno de 4% do faturamento bruto das empresas, conforme descrito no tabela 1. Visando reduzir este custo, a manutenção atualmente passa por um processo de mo- dernização e aperfeiçoamento dos métodos utilizados para obtenção do controle do tempo de parada de produção e, natural- mente, das perdas de geração de recursos que isto implica. A disponibilidade operacional efetiva de uma empresa ficou, no ano de 2007, em média, em 90,82%, e somente a manutenção contribuiu com 5,3% do total do tempo indisponível, conforme descrito na tabela 2 (ABRAMAN, 2007). Segundo Hansen (2006), o custo de uma estratégia de manutenção corretiva tem em média um custo cerca de 3 a 5 vezes maior do que quando se adota um modo programado ou preventivo. Con- forme levantado por Almeida (2007), a manutenção corretiva é a que apresenta maior custo operacional devido à sua total impossibilidade de planejamento e ao seu aspecto de imprevisibilidade, acarretando maior tempo de parada de produção, altos custos de estoques de peças sobressalentes, maior tempo gasto para reparo do equipa- mento, altos custos de trabalho extra e baixa disponibilidade de produção. Para reduzir a perda de produção e o tempo de parada imprevista das máquinas ocasionados por falhas inesperadas de equipamentos, é necessário que o pessoal da manutenção esteja apto para reagir ime- diatamente a todas as falhas das máquinas. O primeiro passo para tratar uma falha é descobrir o que aconteceu e qual a sua causa. Para este fim, utilizam-se alguns mecanismos como efetuar verificações no processo, entrevistar o operador sobre o ocorrido e verificar o autodiagnóstico dos equipamentos, se houver. Controlador Lógico Programável (CLP) No CLP utilizado nas áreas do LTQ e do Laminador de Acabamento da Arce- lorMittal Tubarão, observam-se algumas características próprias do equipamento que são essenciais para o entendimento deste trabalho, descritas em seu manual de instruções. As linguagens usadas na programação são a Ladder, Function Block e Linguagem Gráfica Estruturada (SFC), com velocidade de processamento de instruções entre 40 ns (contato) e 200 ns (bloco de multipli- cação). Utiliza como método de controle o Scan Cíclico, suporta até 20.288 pontos de E/S e até 128.000 palavras de memória para a programação. Na estrutura de dados do CLP, todos os tipos de variáveis foram definidos em conformidade com a norma IEC 61131-3, sendo classificados em: a) ”Local”: variável temporária ou estática, utilizada para representar uma entrada física, por exemplo; b) ”Global”: pode ser uma variável global de estação, de controlador ou de rede. São variáveis lógicas, internas ao CLP. Na estrutura do CLP existe a integra- ção dos programas de um determinado controlador em unidades chamadas de T1. Custo da manutenção/faturamento bruto. Fonte: ABRAMAN (2007). T2. Indicadores de disponibilidade. Fonte: ABRAMAN (2007). T3. Classificação das tasks do CLP. MA43_Diagnostico.indd 17 9/12/2009 17:37:59 18 Mecatrônica Atual :: Novembro/Dezembro 2009 supervisão tarefas (tasks). Qualquer programa pode ser executado desde que esteja incluso em uma task. Estas tasks são classificadas e identificadas conforme sua prioridade de execução dos programas, conforme demonstrado na tabela 3. A figura 1 ilustra uma configuração de hardware básico do CLP instalado na área do Trem Acabador do LTQ. F1. Hardware do CLP. o mesmo possa acompanhar, gerenciar ou manipular variáveis do processo automa- tizado (ROSÁRIO, 2005). O sistema supervisório permite a confi- guração de telas que facilitam a operação, tendo geralmente as seguintes funções: a) tela de vista geral ou principal: apresenta os setpoints e os desvios, podendo ser constituída de várias páginas; b) tela de grupo: apresenta informa- ções sobre pontos em grupos de funções com os mesmos detalhes dos visores de instrumentos ana- lógicos; c) telas de malhas: apresentam uma representação gráfica de cada malha em detalhe. Nela pode-se visualizar e/ou alterar as principais variáveis da malha; d) telas de alarme: mostram ao opera- dor as principais falhas ou eventos do processo e/ou do sistema; e) telas de tendências: podem ser configuradas para registrar mu- dança dos valores das variáveis em um intervalo de tempo reduzido (tempo real) ou num intervalo de tempo maior, como horas, dias e semanas (histórico). Implementação das Modificações A seguir, é descrito cada um dos três casos reais, nos quais as implementações foram realizadas. Caso do CLP do LTQ No LTQ, apesar de serem adotados procedimentos de manutenção preventiva e preditiva, ocorreram paradas imprevistas dos equipamentos, causando perda de produção e impacto negativo na disponibilidade da linha de laminação. Considerando-se que a capacidade atual de produção de bobinas é de 400 toneladas/hora, e um preço médio de US$ 600,00 para cada tonelada, então se obtém um valor de produção teórico de US$ 240.000,00 por hora. Assim, cada minuto adicional de parada imprevista implica em uma perda de receita na ordem de US$ 4.000,00. Para reduzir o tempo de parada e agilizar a identificação de falhas ocorridas na linha, foram implementadas lógicas de monitoramento de variáveis nos programas dos CLPs.F2. Tela de operação do trem acabador. Sistema Supervisório Um sistema de supervisão e controle tem por função a integração dos sistemas lógicos e de automação, como os CLPs, através da troca de dados entre as estruturas físicas de comando em um ambiente de rede local, disponibilizando informações ao operador em uma estação de trabalho, chamada de interface homem-máquina (IHM), para que MA43_Diagnostico.indd 18 9/12/2009 17:38:12 19Novembro/Dezembro 2009 :: Mecatrônica Atual supervisão A laminação no trem acabador (ou FM – Finishing Mill), ilustrado na figura 2, consiste na redução da espessura do material nas cadeiras F1 a F6, sequencialmente. No caso apresentado, ocorreu uma pa- rada indevida do processo de laminação do trem acabador e apareceu para o operador apenas o alarme “parada do FM” na tela do supervisório, sem maiores detalhes da ocorrência, conforme figura 3, retornando à condição normal 29 segundos depois, sem a intervenção do operador ou de algum técnico de manutenção. Mesmo com a existência de telas de manutenção, com indicações de sensores e instrumentos, como a mostrada na figura 4 (na qual a atuação do sinal de sensor cor- responde à indicação vermelha na tela), uma falha só seria identificada se permanecesse constante, o que nãofoi o caso. Para solucionar este tipo de ocorrência foram implementadas lógicas no CLP chamadas de lógicas de trap, que consis- tem em criar uma identificação numérica individual e específica para cada sensor ou instrumento e colocá-los, utilizando a programação em ladder, em um bloco somador, que só irá efetuar a soma quando ocorrer uma falha em um equipamento. Neste momento haverá o transporte deste valor para um campo definido, a fim de que não seja apagado caso haja uma falha instantânea, como um pulso de um sinal de um sensor, por exemplo. Na figura 5 tem-se a lógica de in- tertravamento do trem acabador, onde a saída G_FMMRHRIL (detalhe “a”) é resultado da combinação das condições de funcionamento das cadeiras F1 a F6 (G_F1MRHRIL a G_F6MRHRIL) e do grupo de controle (G_FMG_AUT) e de velocidade (G_FMS_AUT) do trem acabador em automático ou o sinal de carga (material presente) no trem acaba- dor (G_FMLRON), o que corresponde à equação booleana: G_FMMRHRIL = ((G_FMS_AUT . G_FMG_AUT) + G_FMLRON) . G_F1MRHRIL . G_F2MRHRIL . G_F3MRHRIL . G_F4MRHRIL . G_F5MRHRIL . G_F6MRHRIL A figura 6 destaca que este sinal de condição de funcionamento do trem aca- bador (G_FMMRHRIL) habilita o sinal F3. Registro (log) de eventos do supervisório. F4. Tela de manutenção do supervisório do trem acabador. F5. Programa do CLP com a lógica de intertravamento do trem acabador. MA43_Diagnostico.indd 19 8/12/2009 18:10:47 20 Mecatrônica Atual :: Novembro/Dezembro 2009 supervisão transferência dos valores atuais das entradas do bloco somador do trap. A memória do dia, hora e minuto em que ocorreram as duas falhas mais recentes (F4_TRAP, a atual, e F4_TRAP_OLD, a anterior) também é atualizada por este sinal. Ainda analisando a tela mostrada na figura 7, encontra-se um bloco somador auxiliar, cuja saída é WORK_N04 (detalhe “f”), que também entra no bloco de trap. Isto foi necessário devido à limitação de entradas (15, no máximo) configuradas no bloco somador do CLP. No caso estudado, a última falha ocorrida (F4_TRAP– detalhe “e”) foi devido à condição “18”, indicando uma falha no intertravamento da cadeira F4 (G_F4MRHRIL) como causadora da ocorrência no trem acabador. A figura 8 mostra a continuação da lógica de trap da cadeira F4, permitindo concluir que a condição “18” refere-se a uma falha no sensor indutivo que indica que o suporte do spindle (eixo responsável pelo acoplamento do motor de acionamento com o cilindro de trabalho da cadeira) inferior de entrada está posicionado corretamente. Por questão de segurança do equipamen- to, a falha neste sensor (L_PB1ZSX46) intertrava o funcionamento da cadeira F4 e, consequentemente, de todo o trem acabador. Em caso de falha no sinal de um sensor, a sua indicação na tela de manutenção, exibida na figura 9, assume a cor cinza, enquanto sua indicação normal de atuado fica na cor vermelha. No momento da captura da tela de manutenção, o sensor (L_PB1ZSX46) estava com a indicação já normalizada. Para solucionar a ocorrência, foi efetu- ado o ajuste do posicionamento do sensor e liberado para retornar à operação normal da linha de laminação. O tempo total de parada de produção, medido entre o início da falha até o retor- no da linha, foi em torno de 15 minutos. A identificação da falha, com a pesquisa dos alarmes no supervisório e da lógica de intertravamento nas tasks do CLP, gastou cerca de 10 minutos. O ajuste do sensor no campo, tarefa sem muita complexidade, foi executado em 5 minutos, aproxima- damente. Quando não existia esta lógica de trap, ocorria perda de tempo considerável na investigação de cada condição de intertrava-F6. Tela do CLP com a lógica de trap do trem acabador. de memória para a primeira falha ocorrida (FM_FRST_FLT_MEM – detalhe “b”), que, por sua vez, efetua a transferência dos valores atuais das entradas do bloco somador do trap. A memória do dia, hora e minuto em que ocorreram as duas falhas mais recentes (MRH_TRAP, a atual, e MRH_TRAP_OLD, a anterior) também é atualizada por este sinal. Observa-se, ainda na figura 6, que a última falha ocorrida (MRH_TRAP) foi devida à condição “2”, indicando uma falha no intertravamento da cadeira F4 (G_F4MRHRIL – detalhe “c”) como cau- sadora da ocorrência no trem acabador. A partir destas informações, inicia-se a pesquisa nas condições de funcionamento da cadeira F4 para detalhar a causa da falha. A lógica da cadeira F4, como em qualquer outra cadeira, tem uma lógica de trap semelhante à do trem acabador, conforme descrito na figura 7. A condição de funcionamento da cadeira F4 (G_F4MRHRIL - detalhe “c”) habilita o sinal de memória para a primeira falha ocorrida (FM_FRST_FLT_MEMF4 – detalhe “d”), que, por sua vez, efetua a MA43_Diagnostico.indd 20 9/12/2009 17:40:03 21Novembro/Dezembro 2009 :: Mecatrônica Atual supervisão F7. Tela do CLP com a lógica de trap da cadeira F4. mento do trem acabador, sendo analisadas, ainda, todas as condições das cadeiras de laminação. Existem relatos de falhas seme- lhantes com paradas de mais de 60 minutos pelo mesmo problema registrados na base de dados da ArcelorMittal Tubarão, mas sem a utilização de ferramentas adequadas de investigação da ocorrência. Além disso, neste caso específico, por se tratar de uma falha intermitente, o técnico que estivesse analisando-a dificilmente encontraria a causa da ocorrência, a não ser que a freqüência de falha se tornasse muito maior. Caso das Telas de Intertravamento do Laminador de Acabamento Na área do Laminador de Acabamento, a dificuldade na identificação da origem de uma falha inicia-se no fato de, originalmente, não haver telas de manutenção apropriadas, com visualização das condições de intertra- vamento da linha. Por isso, o alarme que aparece para o operador é muito genérico, sendo necessário investigar dentro do pro- grama do CLP, o que demanda tempo e, consequentemente, parada de produção. Quando não há telas auxiliares de ma- nutenção, contendo estados dos sensores e dos equipamentos, a identificação da falha deve ser pesquisada diretamente no CLP. Ao verificar as tasks e as linhas dos programas no CLP, gasta-se um tempo variável até a localização da causa básica da ocorrência, pois depende de diversas condições: a) fatores humanos: conhecimento do técnico que efetua o atendimen- to; as informações prestadas pelo operador; a identificação correta do alarme no supervisório; e a condição emocional e psicológica do técnico e do operador; b) fatores inerentes ao equipamento: falha na comunicação da estação de manutenção com o CLP; e falha na abertura do programa de monitoração causado por defeitos no software ou no hardware. Com a implantação de telas de ma- nutenção no supervisório em março de 2007, passou a ficar visível ao operador e ao técnico a ocorrência de uma falha de posicionamento de um equipamento, ou uma indicação indevida causada por um sensor danificado ou desajustado. Para melhorar a identificação dos alar- mes, foram criadas telas de intertravamento F8. Tela do CLP com a lógica de trap da cadeira F4. MA43_Diagnostico.indd 21 8/12/2009 18:10:30 22 Mecatrônica Atual :: Novembro/Dezembro 2009 supervisão (interlock) para monitoração das condições necessárias à lógica de funcionamento dos equipamentos. Ao selecionar o campo in- ferior “F10-Interlock” na tela principal de operação do Laminador de Acabamento, aparece o menu de acesso às telas de inter- travamento, indicado na figura 10. A sequência automática de laminação depende de sensores indutivos e fotocélulas que indicam que os equipamentos estão corretamente posicionados para dar conti- nuidade ao processo. Caso haja uma falha em um sensorou no próprio equipamento, o CLP para a linha de produção até que a condição que está faltando na lógica seja normalizada. Geralmente, por questões de segurança do processo ou dos próprios operadores, a lógica fica bloqueada até mesmo para operação em manual, não permitindo qualquer tipo de manobra na linha que envolva riscos. A opção “Principal I/L 1”, primeiro botão do menu em destaque na figura 10, abre a primeira sequência de intertrava- mento, ilustrada na figura 11, que contém as condições de funcionamento da linha subdividas em três telas, com as indicações em verde significando “pronto” e as em amarelo, “falha”. A ideia de criar novas telas de intertra- vamento partiu de ocorrências de paradas operacionais de 50 minutos, por exemplo, na qual se gastou em torno de 45 minutos para encontrar uma falha na sequência de funcionamento da linha de produção, causada por um fusível queimado, cuja substituição não leva 5 minutos. Atualmente, caso ocorra a mesma falha, seria identificada a condição que falta na tela de intertravamento com um tempo aproximado de 5 a 10 minutos, com a substituição do fusível no mesmo tempo de 5 minutos. Caso do CLP do Laminador de Acabamento O programa do CLP trabalha com as entradas físicas (sensores, por exemplo) como variáveis do tipo local, o que implica que, caso haja necessidade de se forçar um ponto no CLP, deve-se pesquisar em todas as tasks e forçar todas as variáveis ( force), uma a uma. Isto não ocorre no LTQ, uma vez que a filosofia do projeto implantado foi transformar estas entradas físicas em uma variável do tipo global, em uma task específica para este fim (no caso do LTQ, a task MS_011), onde se força apenas a variável de entrada e, automaticamente, a variável global assume o novo valor, atualizando todos os pontos da lógica onde for utiliza- da nas demais tarefas do CLP. Com isto, ganha-se tempo para providenciar a solução definitiva do problema no campo. Para criar esta conversão de tipos de variáveis, foi implementada no CLP HSP_ Master do Laminador de Acabamento a task MS_018, com a finalidade de converter os tipos de variável, sendo iniciado o projeto em março de 2007 e concluído em julho F9. Tela de manutenção do supervisório do trem acabador. F10. Tela de operação do laminador de acabamento. MA43_Diagnostico.indd 22 9/12/2009 17:40:39 23Novembro/Dezembro 2009 :: Mecatrônica Atual supervisão de 2007. A figura 12 mostra parte da task MS_018, onde a entrada I_PP1ZSX01 (detalhe “a”) é uma variável do tipo local que corresponde à indicação de posição alta do rolo polidor (polisher). Ocorre, então, a conversão para a variável do tipo global G_PP1ZSX01_CFT (detalhe “b”), que é utilizada nas lógicas das demais tasks do CLP HSP_Master. Para exemplificar o caso, a figura 13 mostra todos os locais e as tasks que utilizam o sinal G_PP1ZSX01_CFT. Como cada local corresponde a um intertravamento ou a uma função no processo que está interligado a outras seqüências de funcionamento, seria necessário forçar (force), individualmente, no CLP, cada uma destas posições da va- riável local, identificadas no detalhe “c”. Existem variáveis que são utilizadas em mais de 30 pontos diferentes, distribuídos nas tasks existentes. Um exemplo de aplicação da saída global G_PP1ZSX01_CFT (detalhe “c”) é ilustrado na figura 14, onde a task MS_108 é responsável pelo envio de informações para a tela do supervisório. O force, em algumas situações, é neces- sário por motivos de: a) segurança do pessoal de manuten- ção: dificuldade de acesso ou de trabalho no local de instalação do sensor ou do instrumento; b) segurança do equipamento: inter- rupção da lógica ou do intertrava- mento para evitar movimentação indevida por falha de algum sensor ou equipamento; c) reduzir parada imprevista: alteração do valor da variável para que permita funcionamento da lógica ou do in- tertravamento até que se providencie material ou peças sobressalentes para efetuar a substituição no local, ou que se possa programar o reparo em uma condição em que reduza a perda de produção. O tempo para atendimento de uma ocorrência como a relatada neste caso era variável em função da quantidade de pon- tos a serem forçados no CLP. Isto porque poderiam ocorrer falhas do técnico que efetuava o atendimento (esquecimento de um ponto, por exemplo) ou da estação de trabalho do CLP, como travamento do programa e lentidão de resposta no acesso às tasks. Estima-se, baseado em relatos dos F11. Tela das condições principais do Laminador de Acabamento. F12. Tela com a task MS_018 criada no CLP do Laminador de Acabamento. F13. Localização da variável G_PP1ZSX01_CFT no CLP do Laminador de Acabamento. MA43_Diagnostico.indd 23 9/12/2009 17:41:20 24 Mecatrônica Atual :: Novembro/Dezembro 2009 supervisão técnicos da área, que o tempo médio para este tipo de atendimento ficava em torno de 20 minutos. Atualmente, com a implantação desta conversão das variáveis para o tipo global, é necessário forçar apenas um ponto em uma task já definida (MS_018) para que Resultados No primeiro caso, implementou-se em outubro de 2003 nas tasks do CLP um bloco somador atribuindo valores às condições de intertravamento de um equipamento. Os valores das condições de falhas mais recen- tes, com seus registros de data e de horário, também ficam armazenados no CLP. A figura 15 mostra a redução anual no índice de falha, que é, em porcentual da quantidade de tempo de parada imprevista da produção dividida pelo tempo de ca- lendário, no LTQ a partir do ano de 2004 (detalhe “a”), após a implementação do Caso 1 descrito neste trabalho. O sistema de controle da operação do LTQ, para efeito de cálculo do índice de falhas, só registra paradas acima de 7 minutos. Já no segundo caso, foram criadas telas de intertravamento no supervisório, com a identificação das condições necessárias para a seqência de funcionamento dos equipamentos. Em caso de falha de alguma destas condições, o próprio operador pode tomar alguma ação ou passar a informação detalhada para o técnico de manutenção sobre qual sensor ou instrumento está em falha. No terceiro e último caso descrito desenvolveu-se no CLP uma task para a conversão das variáveis do tipo local para variáveis do tipo global, que, por ser utiliza- da em mais de uma task, auxilia nos casos emergenciais em que é necessário forçar valores, a fim de evitar danos às pessoas, aos equipamentos e perdas de produção. Atuando em apenas uma variável do tipo global não se gasta tempo com a procura e com o force em diversas variáveis do tipo locais, distribuídas pelas tasks no CLP. A figura 16 apresenta a redução do ín- dice de falha a partir de abril/2007 (detalhe “b”), depois de implementados os casos 2 e iniciado o 3, descritos neste trabalho. O sistema de controle da operação do Laminado e Acabamento, para efeito de cálculo do índice de falhas, só registra paradas acima de 15 minutos. Os casos implementados tiveram baixo custo de desenvolvimento, sendo necessário apenas recurso humano, ou seja, custo da hora trabalhada (HH ou homem-hora) de um técnico experiente, que tem um valor aproximado de US$ 10,00 por hora. No primeiro caso, considerando um tempo total para inserir e configurar os blocos da lógica de trap no CLP aproximado F14. Tela com a task MS_108 do CLP do Laminador de Acabamento. F15. Índice de falhas da área do LTQ no período de 2003 a 2007. F16. Índice de falhas da área do Laminador de Acabamento no período de set/2006 a set/2007. todas as demais tasks do CLP assumam o novo valor desta variável e normalizem o funcionamento da lógica. Com isso, o tempo de atendimento, e, consequentemente, deperda de produção, decresce para aproxi- madamente 5 minutos. MA MA43_Diagnostico.indd 24 8/12/2009 18:10:08 25Novembro/Dezembro 2009 :: Mecatrônica Atual supervisão de 40 horas, o custo total do projeto ficou em torno de US$ 400,00. No segundo caso, foi preciso aproximadamente 80 horas para configuração e testes das telas de intertravamento, gerando um custo de implantação na ordem de US$ 800,00. O terceiro caso, por se tratar de pesquisar as variáveis de entrada em todas as tasks do CLP, criar uma nova task e nela efetuar as conversões das variáveis do tipo local para do tipo global, necessitou-se de um tempo maior para implementação, em torno de 160 horas, o que gerou um custo de US$ 1.600,00. Para comprovar a importância deste trabalho, basta efetuar o cálculo dos cus- tos das soluções implantadas com o valor da perda de produção de bobinas em um minuto, que é US$ 4.000,00. O terceiro caso, que gerou o maior custo estimado, ficou em US$ 1.600,00, sendo pago com apenas 24 segundos de produção. Os três casos juntos custaram em torno de US$ 2.800,00, o que significa 42 segundos de produção. O valor de cada minuto ganho na resolução de uma ocorrência é, de fato, um ganho operacional significativo para a empresa. Considerações Finais A partir do momento em que a redução dos prazos de entrega e o aumento da capa- cidade de produção tornam-se imprescindí- veis para a sobrevivência de um negócio, a manutenção torna-se essencial para garantir a participação de uma empresa no mercado. E, apesar de todo o esforço em planejar as paradas dos equipamentos para manutenção, a ocorrência de falhas imprevistas é um fato inegável em qualquer linha de produção, em pequenas ou grandes empresas. Este artigo mostra exemplos de aplica- ção de conhecimentos básicos dos sistemas utilizados em automação industrial, como lógica do CLP e monitoração de variáveis pelo supervisório, onde a criatividade foi peça-chave para a redução de tempo de perda de produção imprevista, facilitando a identificação da causa básica da ocorrência e agilizando a tomada de ação para solução da falha. Antes das soluções “mirabolantes”, existem idéias simples, eficazes e de baixo custo de implementação que apresentam ganhos consideráveis com ferramentas de uso geral na área de automação. MA MA43_Diagnostico.indd 25 8/12/2009 18:10:02 26 Mecatrônica Atual :: Novembro/Dezembro 2009 automação A saiba mais Pires, J. Norberto. Automação industrial - 3ª edição - editora Lidel BaLceLLs, Josep e romeraL, José Luis. Autómatas programables - editora marcombo PiNto, João r. caldas. Técnicas de automação - edições técnicas e Profissionais oLiveira, Paulo. Curso de Auto- mação Industrial - edições técnicas e Profissionais Pereira, eng.º Filipe alexandre de sousa. Manual de Formação OMRON Catálogos OMRON: www.omron.pt Autômatos Programáveis ntes de começar a programar um CLP, é importante entender o próprio CLP CJ1, assim poderemos abordar com objetividade a programação de um CLP. O CJ1 é um pequeno controlador lógico programável que pode fornecer funções básicas para diversos tipos de máquinas, tanto de controle como de processo, além de possuir uma plataforma f lexível de configuração do sistema. O CJ1 é modular e compatível com as séries CJ1G/H e CS1, com uma taxa de execução binária de 100 ns. Este CLP possui mais de 60 tipos de unidades de expansão, se comunicando com qualquer tipo de rede, facilitando o controle distribuído. No quadro “Ficha Técnica” é possível ver mais itens deste CLP. No site www.ia.omron. com/product/80.html é possível ver os diversos módulos que compõem o sistema completo do CLP, onde temos o módulo da CPU, da fonte, das entradas básicas e especiais de entrada e saída, de rede e demais módulos. Este CLP dispõe de áreas reservadas de memória para cada item, como por exemplo os temporizadores e controladores utilizam TC0000 a TC4095, na edição anterior fiz uma explicação mais abrangente sobre o Como programar o CLP CJ1, da OMRON funcionamento da memória. Na tabela 1 temos as áreas de memória do CJ1. As áreas de memórias mais importantes de um CLP são: Relés Internos – São usados para controlar os pontos de entradas/saí- das, outros bits, temporizadores, contadores e para guardar tempo- rariamente dados. Relés Especiais – Disponibilizam sinais de clock, flags, bits de controle e status do sistema. Relés Auxiliares – Contêm bits e flags para funções especiais. Retêm o seu estado durante a ausência de alimentação. Memória de Dados – São usados para memorização e manipulação de dados. Retêm os dados durante a ausência de alimentação. Relés com Retenção – São usados para guardar e memorizar dados quando o CLP é desligado. Relés de Temporizadores e Con- tadores – São como operandos das instruções LD (NOT), AND(NOT) e OR(NOT), informam o estado dos contadores e temporizadores com o mesmo endereço. • • • • • • Acompanhe neste artigo um passo a passo de como programar um CLP, para o qual tomo como exemplo o CJ1 da Omron Filipe Pereira Prof. Eng. Eletrotécnica/Automação filipe.as.pereira@gmail.com MA43_CLP_pt3.indd 26 8/12/2009 18:05:33 27Novembro/Dezembro 2009 :: Mecatrônica Atual automação F1. CLP CJ1, da OMRON. Relés de Comunicação – A sua principal função está associada ao estabelecimento de comunicações para troca de dados automática com outros CLPs. Na ausência desta função, podem ser usados como relés de trabalho. Relés Temporários – São usados para guardar de forma temporária os estados de condições de execução. Estes bits só podem ser usados nas instruções LD e OUT. Memória de Programa – É usada para guardar o conjunto de instruções que constitui o programa do CLP. O número máximo de instruções que pode ser introduzido nesta memó- ria, depende do tipo de instruções usadas. • • • Relés Especiais Os CLPs têm uma área de memória dedicada somente aos relés especiais. Devido as suas funcionalidades eles são bastante utilizados na maioria dos programas, na tabela 2 temos as informações de alguns relés mais importantes. Entradas Analógicas Os módulos de entradas analógicas são utilizados nas aplicações em que os sinais provenientes do processo sejam analógicos. Ao contrário dos sinais discretos, que têm somente dois estados (On e Off), os sinais analógicos variam no tempo e na amplitude (sinal medido) e são convertidos num elevado número de estados. Assim, os módulos de entradas analó- gicas digitalizam os sinais analógicos para Ficha Técnica Modelo: CJ1M-CPU12 CLP modular Entradas: 9 digitais (6 mA/24 VDC) Saídas: 6 por transístor (50 mA/24 Vdc) Saídas a PWM: 4 (30 mA, 4,75 a 26,4 VDC) - 100 kHz Alimentação: 230 VAC Consumo: 12,35 W máx. Expansibilidade: até 320 entradas/saídas Memória de programa: 10k passos Conjunto de instruções: 400 Words de dados: 32k Temporizadores e Contadores: 4096 Velocidade de processamento: 100 ns / instrução Interface RS-422A e RS-232C, Host Links e NT Links 4 Entradas de contagem rápida (50 KHz bidireccional) 4 Entradas de interrupção Dimensões: 90 x 73,9 mm Peso: 120 gramas MA43_CLP_pt3.indd 27 8/12/2009 18:05:42 28 Mecatrônica Atual :: Novembro/Dezembro 2009 automação que o CLP possa guardar o valor do sinal, no instante de conversão, num registro de memória. Os módulos de entradas analógicos digitalizam sinais analógicos para que a CPU se possa servir dessa informação. A sequência de eventos que ocorrem quando se lê um sinal analógico é: O sensor detecta a grandeza física do processo transformando-a, em seguida, numa grandeza elétrica. O módulo de entradas analógicas transformao sinal analógico, através de um conversor Analógico Digital (A/D), numa informação digital de 12 bits, que será guardada num registro de memória (veja figura 3). Depois da leitura da informação, a CPU referencia o endereço do registro onde a informação foi armazenada, para com ele realizar comparações e cálculos aritméticos. Devido à existência de uma grande variedade de sensores analógicos, os módulos de entradas analógicas dos CLPs estão preparados para aceitar uma série de sinais eléctricos standard (veja figura 4). É importante notar que a interface analógica tanto pode ser unipolar (somente tensão positiva, isto é, 0 até +5 VDC) como bipolar (tanto tensão negativa como positiva, isto é, – 5 até +5 VDC). Este sinal convertido é o equivalente discreto do sinal analógico, no instante da conversão, medido pelo dispositivo de campo, ou seja, o sensor ou o transdutor envia um sinal em corrente, ou em tensão. A operação de divisão do sinal de entrada denomina-se resolução. A resolução do módulo indica em quan- tas partes o módulo de entradas analógico divide o sinal analógico. Por exemplo, se o conversor A/D divide o sinal de entrada em 4095 partes (212 – 1 = 4095) ele tem uma resolução de 12 bits. Alguns CLPs também permitem uma conversão de escala direta do sinal de en- trada (0 a 9999). Na tabela 3 temos a conversão de valores analógicos para bits. Esta proporção permite obter novamente o valor da grandeza física lida pelo sensor, através da fórmula abaixo: • • T1. Áreas da memória. T2. Alguns dos Relés Especiais mais relevantes no CJ1M. F2. Conversão de um sinal analógico. F3. Leitura e conversão de um sinal analógico num CLP. MA43_CLP_pt3.indd 28 8/12/2009 18:05:49 29Novembro/Dezembro 2009 :: Mecatrônica Atual automação Os módulos de entradas analógicas podem receber entradas em modo comum ou em modo diferencial, como é mostrado na figura 5. As entradas em modo comum têm o comum, das suas entradas, referenciado no mesmo ponto. As entradas diferenciais têm, entre elas, dois terminais distintos onde deverão ser ligados os sensores ou transdutores. Saídas analógicas As saídas analógicas são utilizadas para controlar dispositivos que respondam a uma variação analógica de tensão ou corrente. As instruções usadas nas saídas analógicas são semelhantes às utilizadas nas entradas analógicas, e são empregadas quando se pretende enviar uma informação analógica a um dispositivo de campo. Um exemplo deste tipo de dispositivo, apresentado na figura 6, é uma válvula proporcional que permite controlar o volume de óleo através da sua abertura proporcional a uma tensão 0-10V. O conteúdo de um registro de memória, geralmente especificado por 16 bits, é enviado à carta de saída analógica, que converte a quantidade digital numa quantidade ana- lógica proporcional à primeira. As saídas analógicas estão ligadas a dispositivos através de condicionadores de sinal que amplificam, reduzem ou alteram o sinal, para controlar o dispositivo de campo (figura 7). A resolução do conversor D/A é definida pelo número de bits usados para a conversão analógica. Por exemplo: Um conversor D/A com uma resolução de 12 bits, cria um sinal analógico que pode variar em 4095 intervalos. Para um dispositivo analógico com uma variação de 0 V (fechado) até 10 V (total- mente aberto) o valor 2047 é igual a um sinal de 5 V, na tabela 4 temos a conversão de bits/decimal e a sua saída . Cada um dos módulos de saídas analó- gicas está isolado, quer dos outros módulos quer do CLP. Este isolamento protege o sistema de sobretensões ou sobrecorrentes que possam ocorrer nos módulos de saídas analógicas. F4. Condicionamento de sinal num CLP e respectiva conversão para bits. F5. Módulos de entradas em modo comum e diferencial. T3. Tabela de conversão direta de valores analógicos para valores em MA43_CLP_pt3.indd 29 8/12/2009 18:05:56 30 Mecatrônica Atual :: Novembro/Dezembro 2009 automação F6. Válvula proporcional que permite controlar o volume de óleo através da sua abertura proporcional a uma tensão. F7. Condicionamento de um sinal analógico até ao seu registo na memória de um PLC. F8. Saídas de um CLP em modo comum e diferencial. As saídas analógicas também podem ser em modo comum ou em modo diferencial, como mostra a figura 8. Em modo comum, o comum de todas as saídas encontra-se referenciado ao comum da carta de saídas analógica, enquanto, em modo diferencial cada saída tem associado um comum independente. A corrente máxima necessária nos módulos de saídas analógicos é superior à dos módulos de saídas digitais e deverá ser considerada na computação das correntes de carga. Encontra-se com frequência nas cartas de saídas analógicas um By-Pass para controlar manualmente a posição de válvulas, contro- ladores de velocidades, servos hidráulicos, conversores pneumáticos, entre outros. Este sistema é bastante útil para diag- nosticar uma avaria relacionada com uma saída analógica (Figura 9). Módulos de I/O especiais Os módulos de I/O especiais estabele- cem a ligação entre o CLP e os dispositivos de campo que têm sinais que, de alguma forma, são especiais. Esses sinais, que diferem dos típicos sinais digitais ou analógicos, não são muito comuns, encontrando-se apenas em 5 a 10% dos casos de aplicações com CLPs. Os módulos de I/O especiais podem dividir-se em duas categorias: os que têm uma interface direta com o CLP e os de interface inteligente. Os módulos de interface direta, como o próprio nome indica, têm uma interface direta com os dispositivos de campo, sejam eles de entrada ou saída. Estes módulos apresentam como principal característica o fato de pré-processarem a informação de sensores ou atuadores, que as cartas de I/O standard não conseguem processar (figura 10). Os módulos de I/O inteligentes têm como principal característica, a existência de um processador capaz de executar tarefas e/ou informação, independentemente do processador do CLP. Apesar de existir uma infinidade de mó- dulos de entradas e saídas especiais, os mais fre- quentemente encontrados nas aplicações são: Módulos de contagem rápida; Módulos analógicos especiais; Módulos de eixos ou de posiciona- mento; Módulos de comunicação. • • • • T4. Resolução do conversor D/A definida pelo número de Bits usados para a conversão analógica. MA43_CLP_pt3.indd 30 8/12/2009 18:06:10 31Novembro/Dezembro 2009 :: Mecatrônica Atual automação F9. By-Pass para controlar manualmente a posição de válvulas, controladores de velocidades, servos hidráulicos, conversores pneumáticos, etc. F11. Tempo de um clico de Scan num módulo de contagem rápida. F10. Módulos de entradas e saídas especiais. F12. Ligação eléctrica de um termopar a um CLP. Módulos de contagem rápida Os módulos de contagem rápida, como o próprio nome indica, são módulos especiais que detectam impulsos de curta duração. Existem dispositivos que são muito mais rápidos que o tempo de SCAN da CPU, logo, estes dispositivos não poderiam ser detectados por cartas de I/O normais. As cartas de entradas rápidas procedem ao aumento do tempo de duração do im- pulso (figura 11) fazendo com que este esteja disponível e válido durante um ciclo de SCAN do PLC. Módulos analógicos especiais - Termopar Os módulos analógicos especiais para termopares, servem de interface direta entre o processador e o termopar. Como existe uma infinidade de termo- pares, as cartas especiais analógicas aceitam todos configurando-se unicamente uma série de conectores. Os módulos especiais dos termopares transformam o sinal analógico num sinal digital e fornecem a temperatura de refe-
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