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DP - MECANICA DOS FLUIDOS APLICADA 2017/2 1 MÓDULO 1 – Equação da Quantidade de Movimento A equação da quantidade de movimento é a 2ª Lei de Newton da dinâmica modificada funcionalmente para o estudo da Mecânica dos Fluidos. Segundo essa Lei a aceleração de uma massa implica a existência de uma força resultante sobre ela que tem, em cada instante, a direção e o sentido da aceleração. Acelerar uma massa significa modificar sua velocidade em modulo e/ou direção, e por essa observação, que a velocidade de um fluido seja modificada em módulo ou direção, será necessário aplicar uma força provocada por algum agente externo, em geral uma superfície sólida em contato com o escoamento (Brunetti). Considerando a 2ª Lei de Netown da dinâmica: �⃗� = 𝑚�⃗� = 𝑚 𝑑�⃗� 𝑑𝑡 (1) A equação (1) é estabelecida para um sistema que tem, po definição, massa constante, logo: �⃗� = 𝑑 𝑑𝑡 (𝑚�⃗�) (2) Como (𝑚�⃗�) é por definição a quantidade de movimento do sistema, então, pode-se dizer que a força resultante que age no sistema, é igual a variação com o tempo, da quantidade de movimento. A Figura 1 mostra que a variação da quantidade de movimento deve ser entendida como a variação entre as seções (1) e (2) (Brunetti). Figura 1 – Apresentação da quantidade de movimento entre as seções (1) e (2) (Brunetti) 2 Considerando as informações acerca do teorema da quantidade de movimento, a força resultante que age no fluido entre as seções (1) e (2) será: �⃗� = 𝑑𝑚2�⃗�2 𝑑𝑡 − 𝑑𝑚1�⃗�1 𝑑𝑡 (3) Tal que: �⃗� = 𝑄𝑚2�⃗�2 − 𝑄𝑚1�⃗�1 (4) Levando em consideração o regime de escoamento ser permanente, ou seja, 𝑄𝑚1 = 𝑄𝑚2=𝑄𝑚 então a eq (4) é modificada como segue. �⃗� = 𝑄𝑚(�⃗�2 − �⃗�1) (5) A próxima etapa do estudo é a análise das forças componentes da força resultante �⃗� (Figura 2) (Brunetti). A superfície lateral o fluido está sujeito a ação das pressões e também das tensões de cisalhamento devido ao movimento do fluido em contato com um determinado meio. Tanto as pressões quanto as tensões de cisalhamento podem variar de um ponto para outro da superfície lateral. A resultante das pressões pode ser obtida adotando-se em cada ponto uma normal dirigida para fora, conforme a convenção adotada. Figura 2 – Análise das forças componentes da força resultante �⃗� (Brunetti). A resultante em cada elemento 𝑑𝐴𝑙𝑎𝑡 no entorno de um ponto da superfície lateral é apresentada pela eq (6). 𝑑�⃗�𝑠 = −𝑃𝑙𝑎𝑡 �⃗⃗�𝑙𝑎𝑡𝑑𝐴𝑙𝑎𝑡 + 𝜏𝑑𝐴𝑙𝑎𝑡 (6) Dessa forma a força resultante das pressões e tensões de cisalhamento na superfície lateral é representada pela eq (7). �⃗�𝑠 = ∫ −𝑃𝑙𝑎𝑡 �⃗⃗�𝑙𝑎𝑡𝑑𝐴𝑙𝑎𝑡 + ∫ 𝜏𝑑𝐴𝑙𝑎𝑡 (7) 3 A força resultante �⃗� que age no fluido entre (1) e (2) será a soma das componentes representada pela Figura 3 (Brunetti). Figura 3 – Análise da força resultante �⃗� (Brunetti). Dessa forma, �⃗� = �⃗�𝑠 ′ + (−𝑃1𝐴1�⃗⃗�1) + (−𝑃2𝐴2�⃗⃗�2) + �⃗� (8) Igualando-se as equações (5) e (8): �⃗�𝑠 ′ − 𝑃1𝐴1�⃗⃗�1 − 𝑃2𝐴2�⃗⃗�2 + �⃗� = 𝑄𝑚(�⃗�2 − �⃗�1) (9) Reorganizando: �⃗�𝑠 ′ = 𝑃1𝐴1�⃗⃗�1 + 𝑃2𝐴2�⃗⃗�2 + 𝑄𝑚(�⃗�2 − �⃗�1) − �⃗� (10) O interesse pela equação corresponde aos casos em que o fluido está em contato com uma superfície sólida (�⃗�𝑠 ), na superfície lateral entre (1) e (2), nessas condições a força �⃗�𝑠 ′ representa a resultante das forças de contato da superfície sólida contra o fluido. Na prática: �⃗�𝑠 = −�⃗�𝑠 ′, logo: �⃗�𝑠 = −[𝑃1𝐴1�⃗⃗�1 + 𝑃2𝐴2�⃗⃗�2 + 𝑄𝑚(�⃗�2 − �⃗�1)] + �⃗� (11) Para a facilidade dos cálculos não será utilizado o peso do fluido G, entretanto é necessário ressaltar aqui que nem sempre esse termo pode ser considerado desprezível e, nas aplicações práticas, deverá, as vezes, ser calculado. Um caso típico de utilização da equação da quantidade de movimento que se pode apresentar é a determinação da força do jato d’água de um injetor de uma turbina Pelton sobre a pá da turbina. As Figuras 4 e 5 apresentam o esquema de uma turbina Pelton, do injetor e da pá da turbina. Esse tipo de turbina é utilizado em inúmeras 4 usinas hidroelétricas brasileiras. Pode-se verificar, por essa figura, que o jato que sai do injetor atinge a pá e o seu movimento segue o caminho do perfil da peça. Figura 4 – Imagem das pás de uma turbina pelton (http://www.kelvin.it/img/galleriafoto/galleria- equilibratura-turbina-pelton.htm ) Figura 5 – Imagem que simula o funcionamento das pás de uma turbina pelton ao receber água (http://www.ansys.com/ ) 5 EXEMPLOs Exemplo 1 – Conduto com redução gradual de seção – Determinar a equação da força que o fluido exerce sobre o conduto nas direções x e y. Resolução A resolução será apresentada considerando-se o fluido incompressível, propriedades uniformes nas seções e regime permanente de escoamento. Para o trecho (1)-(2) podemos escrever a equação da força que o fluido exerce no conduto (eq. 11), como segue: �⃗�𝑠 = −[𝑃1𝐴1�⃗⃗�1 + 𝑃2𝐴2�⃗⃗�2 + 𝑄𝑚(�⃗�2 − �⃗�1)] A equação que representa a projeção da componente da força na direção x (Fsx) será: 𝐹𝑠𝑥 = −[𝑃1𝐴1(−1) + 𝑃2𝐴2(+1) + 𝑄𝑚(𝑣2 − 𝑣1)] 𝐹𝑠𝑥 = 𝑃1𝐴1 − 𝑃2𝐴2 + 𝑄𝑚(𝑣1 − 𝑣2) 𝐹𝑠𝑥 = 𝑃1𝐴1 − 𝑃2𝐴2 + 𝜌𝑄(𝑣1 − 𝑣2) A projeção da componente da força na direção y (Fsy) será nula porque não temos componentes na direção y. 6 Exemplo 2 – A grande maioria das aplicações da quantidade de movimento dos fluidos está associada a escoamentos permanentes do fluido de trabalho, isto é, que não variam com o tempo, com o compressor, o ventilador e a bomba e os respectivos sistemas funcionando em regime estável, sem oscilações temporais significativas das características operacionais. Considerando uma aplicação de um conduto com redução de seção e direção, determine o esforço vertical e horizontal do fluido e a força resultante que o fluido exerce sobre a superfície com redução de seção e mudança de direção. Resolução A resolução será apresentada considerando-se o fluido incompressível, propriedades uniformes nas seções e regime permanente de escoamento. Da mesma forma como resolvemos o trecho (1)-(2) no exemplo anterior, podemos escrever a equação da força que o fluido exerce no conduto (eq. 11), como segue: �⃗�𝑠 = −[𝑃1𝐴1�⃗⃗�1 + 𝑃2𝐴2�⃗⃗�2 + 𝑄𝑚(�⃗�2 − �⃗�1)] A equação que representa a projeção da componente da força na direção x (Fsx) será: 𝐹𝑠𝑥 = −[𝑃1𝐴1(−1) + 𝑃2𝐴2(cos 𝜃) + 𝑄𝑚(𝑣2 cos 𝜃 − 𝑣1)] 𝐹𝑠𝑥 = 𝑃1𝐴1 − 𝑃2𝐴2 cos 𝜃 + 𝑄𝑚(𝑣1 − 𝑣2 cos 𝜃) A equação que representa a projeção da componente da força na direção y (Fsy) será: 𝐹𝑠𝑦 = −[0 + 𝑃2𝐴2(sen 𝜃) + 𝑄𝑚(𝑣2 sen 𝜃 − 0)] 𝐹𝑠𝑦 = −𝑃2𝐴2 cos 𝜃 − 𝜌𝑄𝑣2 cos 𝜃 A equação da força resultante que o fluido exerce sobre o conduto será: 𝐹𝑠 = √𝐹𝑠𝑥2 + 𝐹𝑠𝑦2 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/14 Para visualização do conteúdo do modulo acesse o ícone abaixo: Exercício 1: O barco da Figura tem um sistema de propulsão que consiste de uma bomba que succiona água na proa e a recalca na popa. Todos os tubos têm 5 cm de diâmetro e a vazão de saída é 50 L/s. Calcular a força de propulsão no instante da par�da, istoé, com o barco em repouso. Admite-se que a pressão nas entradas e saída seja pra�camente atmosférica (densidade da água = 1000 Kg/m3) 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/14 A) Fsx=-954,7 N B) Fsx=-1038,2 N C) Fsx=-1511,4 N D) Fsx=+975,4 N E) Fsx=+1045,5 N O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA Exercício 2: 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/14 O tubo (2)-(3) da Figura está ligado ao tanque por meio de uma junta elás�ca de borracha que impede a transferência de esforços entre o tanque e o tubo. Calcular a altura h do nível de água do tanque para que a força horizontal sobre o suporte S seja nula. Dados: g= 10 m/s2; massa específica=1000 Kg/m3; perda de carga entre (1) e (3) = 0; A3=20 cm 2; ângulo=60°, P2= 50 kPa; A2=80 cm2 A) 4,5m B) 6,0m C) 7,5m D) 9,5m 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/14 E) 12,0m O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA C) RESPOSTA CORRETA Exercício 3: A água que sai de um reservatório de grandes dimensões penetra num conduto de 15 cm de diâmetro e incide sobre uma pá deflectora fixa que desvia o jato de 90°, conforme figura. Sabendo-se que o empuxo horizontal desenvolvido sobre a pá é de 1000N, determinar a potência da turbina. Dados: massa específica=1000 Kg/m3; perda de carga desprezível; rendimento da turbina=70% 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/14 A) 12,5m B) 15,4m C) 18,5m D) 21,7m E) 24,9m O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA C) RESPOSTA CORRETA D) RESPOSTA CORRETA E) RESPOSTA CORRETA Exercício 4: 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/14 No esquema que segue o registro (B) está fechado e registro (A) aberto e dessa forma a água é despejada por (1). A pressão indicada na Figura é a mesma, bem como tem-se a mesma força F=1090N, necessária para o equilíbrio segundo a direção “x”. Determinar qual deve ser a força de equilíbrio, segundo a direção y para essa situação. Dados: gH2O=10.000N/m3; A0=100cm2; A1=50cm2; A2=75cm2; g=10m/s2 A) 250N B) 180N C) 135N 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/14 D) 125N E) 118N O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA Exercício 5: Calcular o esforço horizontal sobre a estrutura do ventilador da Figura. Desprezar a perda de carga entre as seções (1) e (2). Dados: D2=0,38 m; v2= 30 m/s; v1= 0 m/s; peso específico=12,7 N/m 3 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/14 A) Fsx=-133 N B) Fsx=-143 N C) Fsx=-153 N D) Fsx=+133 N E) Fsx=+153 N 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/14 O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA Exercício 6: Sabendo-se que a perda de carga no trecho (1)-(2)_ é de 3m, determinar a componente vertical da força aplicada pelo fluido nesse trecho de tubulação. Dados: Q= 6 L/s; peso específico=10000 N/m3 A) Fsy=-96 N B) Fsy=-126 N C) 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/14 Fsy=-136 N D) Fsy=126 N E) Fsy=116 N O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA C) RESPOSTA CORRETA D) RESPOSTA CORRETA Exercício 7: Jet-ski ou moto aquática é um meio de transporte em água utilizado tanto em competições desportivas quanto em atividades de lazer. O termo jet-ski advém da marca registrada de equipamentos aquáticos pessoais jet-ski, desenvolvidos e fabricados pela Kawasaki Heavy Industries. No jet-ski um impulsor rotacionado por um motor a combustão interna capta uma grande quantidade de água (massa especifica de 1g/cm³) a baixa velocidade e a faz sair por um bocal localizado na parte traseira em velocidade bem maior. O jet-ski então se move baseado no princípio descrito pela terceira lei do movimento de Isaac Newton. De acordo com essa lei, toda ação provoca uma reação de mesma força, na direção e no sentido oposto. Nesse caso, a ação é a expulsão da água pelo bocal. A reação é o movimento do barco na direção oposta. Ao mudar a direção do jet-ski, cabos conectados ao guidão giram o bocal na parte traseira. Caso o bocal direcione a água para o lado direito, a traseira é empurrada para o esquerdo. Isso faz com que a frente do jet-ski gire para a direita. Suponha que o jet-ski esteja à velocidade constante de 36 Km/h e navegue em água à temperatura (t) de 20ºC com massa especifica de 1000 kg/m³. Considerando a entrada de água no jet-ski como sendo horizontal, a força de resistência em N ao movimento do jet-ski na unidade do Sistema Internacional de Unidades é de 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 11/14 A) 14300 B) 12500 C) 10600 D) 8534 E) 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 12/14 6245 O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA C) RESPOSTA CORRETA Exercício 8: No trecho (1)-(2) da tubulação. Que está num plano horizontal escoa água em regime permanente. A perda de carga de (1) a (2) é de 20m e a vazão, 10 L/s. Qual é a força resultante aplicada pelo fluido na tubulação? Dado: g=10000N/m3 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 13/14 A) 340N B) 360N C) 380N D) 420N E) 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 14/14 435N O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA 1 MÓDULO 2 – Forças em Superfícies Sólidas em Movimento Existem problemas da Engenharia que necessita ser determinada a ação de fluidos em superfícies sólidas em movimento. Nesse módulo serão considerados apenas movimentos retilíneos e uniformes das superfícies. Dessa forma a superfície sólida será observada em repouso e o fluido terá sua velocidade alterada em relação àquela vista do sistema de referência inercial. A variação da velocidade deverá ser estudada a partir de um sistema de referência fixo à superfície solida. Nesse momento será adotado um caso particular para maior facilidade de compreensão (Figura 1) (Brunetti). Sabe-se da Mecânica que 𝑣𝑎𝑏𝑠⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ = �⃗� + 𝑣𝑠⃗⃗ ⃗ (1) 𝑣𝑎𝑏𝑠⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑖𝑛𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑣𝑠⃗⃗ ⃗ = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑜𝑢 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑜𝑟𝑖𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑓𝑖𝑥𝑜 𝑛𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒 𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑎 (𝑑𝑒𝑠𝑣𝑖𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑗𝑎𝑡𝑜) �⃗� = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑜𝑢 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑚ó𝑣𝑒𝑙 (𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑗𝑎𝑡𝑜 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑣𝑖𝑎𝑑𝑜𝑟) Figura 1 – Apresentação do desviador de jato em movimento (Brunetti) A força do desviador contra o jato de fluido lançado pelo bocal será função da velocidade relativa (�⃗� ). Nesse exemplo em específico, a vazão do jato lançada pelo bocal será: 𝑄𝑚 = 𝜌(𝑣1𝐴1) (2) 2 A superfície sólida devido ao seu movimento não é atingida por essa vazão. O que incidirá sobre a superfície sólida será uma vazão aparente, dada por: 𝑄𝑚(𝑎𝑝) = 𝜌𝐴1(𝑣𝑎𝑏𝑠1 − 𝑣𝑠) = 𝜌𝐴1𝑢1 (3) Logo a equação da força que o fluido exerce sobre uma superfície sólida (vista no módulo 1) será modificada para: 𝐹 𝑠 = 𝑄𝑚(𝑎𝑝)(�⃗� 1 − �⃗� 2) (4) De forma geral, a equação que representa a força que o fluido exerce sobre uma superfície sólida em movimento poderá ser escrita como segue: 𝐹𝑠⃗⃗ ⃗ = −[𝑃1𝐴1�⃗� 1 + 𝑃2𝐴2�⃗� 2 + 𝑄𝑚(𝑎𝑝)(�⃗� 2 − �⃗� 1)] (5) EXEMPLO Exemplo 1 – Um desviador de jato move-se com uma velocidade de 9m/s. Um bocal de 5cm de diâmetro lança um jato de óleo com uma velocidade de 15m/s, tal que o jato incide sobre o desviador (Figura). O ângulo de saída é 60o e o peso específico do óleo 8000N/m3. Calcular a força que o jato exerce contra o desviador. Resolução A resolução será apresentada considerando-se o fluido incompressível, propriedades uniformes nas seções e regime permanente de escoamento. Para o trecho (1)-(2) considerando ser o mesmo aberto à atmosfera, podemos escrever a 3 equação da força que o fluido exerce no conduto (eq. 5) para as componentes horizontais e verticais do problema apresentado: 𝐹𝑠𝑥 = 𝜌𝑄(𝑎𝑝)(𝑢1 − 𝑢2𝑐𝑜𝑠𝜃) 𝐹𝑠𝑦 = 𝜌𝑄(𝑎𝑝)(0 − 𝑢2𝑠𝑒𝑛𝜃) Suponha que em módulo 𝑢1 = 𝑢2 = 𝑢, observe que: 𝑢 = 𝑣𝑗 − 𝑣𝑠 𝑢 = 15𝑚 𝑠 − 9𝑚 𝑠 = 6𝑚 𝑠 Cálculo da área do jato (𝐴𝑗): 𝐴𝑗 = 𝜋𝐷𝑗 2 4 = 𝜋(0,05𝑚)2 4 = 1,96 × 10−4𝑚2 Cálculo densidade do óleo (𝜌): 𝜌 = 𝛾 𝑔 = 8000𝑁/𝑚3 10𝑚/𝑠2 = 800𝑘𝑔/𝑚3 Voltando às equações das componentes verticais e horizontais da força, temos: Componente horizontal: 𝐹𝑠𝑥 = 𝜌𝐴𝑗𝑢(𝑢 − 𝑢 𝑐𝑜𝑠𝜃) = 𝜌𝐴𝑗𝑢 2(1 − 𝑐𝑜𝑠60𝑜) 𝐹𝑠𝑥 = 800 𝑘𝑔 𝑚3 (1,96 × 10−4𝑚2) (6 𝑚 𝑠 ) 2 (1 − 𝑐𝑜𝑠60𝑜) 𝐹𝑠𝑥 = 28,2𝑁 Componente vertical: 𝐹𝑠𝑦 = 𝜌𝐴𝑗𝑢(0 − 𝑢 𝑠𝑒𝑛𝜃) = −𝜌𝐴𝑗𝑢 2𝑠𝑒𝑛60𝑜 𝐹𝑠𝑦 = −800 𝑘𝑔 𝑚3 (1,96 × 10−4𝑚2) (6 𝑚 𝑠 ) 2 𝑠𝑒𝑛60𝑜 𝐹𝑠𝑥 = −49𝑁 A força resultante que o óleo exerce sobre o desviador móvel será. 𝐹𝑠 = √𝐹𝑠𝑥2 + 𝐹𝑠𝑦2 = √(28𝑁)2 + (−49𝑁)2 𝐹𝑠 = 56,5𝑁 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/8 Para visualização do conteúdo do modulo acesse o ícone abaixo: Exercício 1: Um bocal é instalado em um tanque como mostra a Figura. Determinar a força Fsx que deve ser aplicada para que ele permaneça parado. Esse novo bocal será instalado a 1 m de profundidade e admite-se que a sua perda de carga seja igual à do bocal da Figura. Desprezar o atrito das rodas. Dados: Po=150kPa; D2=10cm; r=1000Kg/m3; Hp(0,2)=6,5 m. A) 1725N B) 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/8 1649N C) 1520N D) 1450N E) 1300N O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA Exercício 2: O sistema da Figura encontra-se em equilíbrio. Para resolver esse problema, despreze as perdas e determinar a altura ho. Dados: gH2O=104 N/m3; g=2x104 N/m3; Ap=8x10-3m2; h1=78,5cm; g=10m/s2 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/8 A) 1,5m B) 2,3m C) 2,8m D) 3,2m E) 3,7m O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/8 Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA C) RESPOSTA CORRETA D) RESPOSTA CORRETA Exercício 3: O jato de água (r=1000Kg/m3) de área Aj=10-4m2 incide com velocidade vj na pá solidária do carro, que se move sem atrito num plano horizontal. O carro, ao se mover, por ação do jato, reboca um peso G=20N sobre um plano inclinado. Se entre a base do bloco e a área 10-2m2 e o plano inclinado existe uma camada de lubrificante de óleo (m=0,1N.s/m2) de espessura 10-4m, pergunta-se qual deve ser a velocidade do jato (vj) em m/s para que o bloco se movimente no plano inclinado com velocidade constante v=1m/s? A) 15,2 m/s 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/8 B) 18,3 m/s C) 21 m/s D) 24 m/s E) 27,5 m/s O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA C) RESPOSTA CORRETA Exercício 4: Segundo norma NBR 6445, a turbina Pelton (Figura 1) é uma turbina de ação na qual o fluxo de água incide sob a forma de jato sobre o rotor que possui pás em forma de duas conchas. A direção dos jatos é paralela em relação ao plano do rotor e seu projeto construtivo possui um rotor com pás em formato de conchas e por uma tubulação de adução que alimenta um ou mais injetores A posição do eixo pode ser vertical ou horizontal. Este tipo de turbina é projetado para operar em altas quedas e baixas vazões, entre 200m até 1.100m. 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/8 Fonte: HISA - Grupo WEG Considere o problema proposto no qual você como estudante de Engenharia precisa determinar a potência transmitida (N) por um jato de água a uma turbina de ação do tipo Pelton bem como determinar também o rendimento da transmissão de potência. Considere: N=Fsxvs 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/8 A) B) C) D) 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/8 E) O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA 1 MÓDULO 3 – Análise Dimensional Há muitos problemas de interesse no campo da mecânica dos fluidos, no mundo real dos projetos, que não podem ser resolvidos usando apenas equações diferenciais em integrais. Muitas vezes é necessário apelar aos métodos experimentais para estabelecer relações entre as variáveis de interesse. Como estudos experimentais são geralmente muito caros, é necessário manter as experimentações em um nível mínimo. Isso é feito usando uma técnica chamada análise dimensional, que é baseada na noção de homogeneidadedimensional – na qual todos os termos em uma equação devem ter as mesmas dimensões. Por exemplo, se podemos escrever a equação de Bernoulli na forma g vP z g vP z 22 2 22 2 2 11 1 (1) notamos que as dimensões de cada termo é comprimento. Além disto, se fatorarmos z1 do lado esquerdo e z2 do lado direito teríamos 1 2 2 2 2 2 2 1 2 1 1 1 1 22 1 z z gz v z P gz v z P (2) Nessa forma da equação de Bernoulli os termos são todos dimensionais, e escrevemos a equação como uma combinação de parâmetros adimensionais, a idéia básica de análise dimensional. Muitas vezes precisamos efetuar experimentos em objetos que são muito grandes, para serem manipulados em experiências a um custo razoável. Isso incluiria escoamentos sobre açudes e represas; interações de ondas com píers e quebra- mares; escoamento ao redor de submarinos e navios; escoamentos subsônicos e supersônicos ao redor de aeronaves; escoamento ao redor de edifícios e estádios; escoamento através de grandes bombas e turbinas; escoamento ao redor de automóveis e caminhões. Estes escoamentos são geralmente estudados em laboratórios, com modelos que são menores que o protótipo, o aparelho real. Isso reduz substancialmente os custos quando comparados aos estudos em escala plena e permite a análise de várias configurações ou condições de escoamento. 2 Há também escoamentos de interesses que envolvem dimensões bastante pequenas, tais como escoamento ao redor de uma lâmina de turbina, escoamento dentro de um tubo capilar, escoamento ao redor de um microrganismo, escoamento através de pequena válvula de controle e escoamento em torno e dentro de uma gotícula em queda. Estes escoamentos demandariam que o modelo fosse maior que o protótipo, de modo que as observações pudessem ser efetuadas com um grau de acurácia aceitável. Semelhança é o estudo da previsão das condições do protótipo a partir de observações de modelos. Ela será apresentada em seguida á análise dimensional. A semelhança envolve o uso de parâmetros adimensionais obtidos da análise dimensional. Há duas abordagens que podem ser usadas no estudo da análise dimensional e sua semelhança. Primeiro, usaremos o Teorema de Buckingham, que organiza os passos para assegurar homogeneidade dimensional; o teorema requer algum conhecimento do fenômeno estudado, de maneira que as quantidades apropriadas de interesse sejam incluídas. Segundo, extraímos os parâmetros adimensionais que influenciam uma situação particular de escoamento das equações diferenciais e condições de contorno que são necessárias para descrever o fenômeno investigado. No estudo dos fenômenos que envolvem o escoamento de fluidos, tanto analítico quanto experimentalmente, existem, invariavelmente, muitos escoamentos e parâmetros geométricos envolvidos. Com intuito de economizar tempo e dinheiro, deve ser usado um número mínimo de combinações de parâmetros. Antes de apresentar a técnica de análise dimensional, revisaremos as dimensões de quantidades de interesse em um curso de Mecânica dos Fluidos. Todas as quantidades têm alguma combinação de dimensões de comprimento, tempo, massa e força, que são relacionadas pela segunda Lei de Newton. maF (4) Em termos de dimensões, ela é escrita como: 2T ML F (5) em que F, M, L e T são as dimensões de força, massa, comprimento e tempo, respectivamente. Assim, vemos que é suficiente usar apenas três dimensões básicas. 3 Escolheu-se o sistema MLT porque podemos eliminar a dimensão força com a equação (5). Se considerarmos situações de escoamento mais complicadas, tais como aquelas que envolvem gradientes de temperatura, teríamos de incluir as dimensões adicinais apropriadas. Porém, tais fenômenos não serão apresentados, com exceção do escoamento compressível de um gás ideal; para este caso uma equação de estado relaciona efeitos térmicos às dimensões anteriores, ou seja, RTp (6) em que T representa a temperatura. Isto nos permite escrever 2 23 2 23 2 RT T L M L L T ML M L L FP (7) em que os colchetes representam “a dimensão de“. Note que a equação de estado não introduz dimensões adicionais. Uma equação física verdadeira deve ser dimensionalmente homogênea, isto é, dever ter em ambos os membros a mesma fórmula dimensional. As quantidades de interesse em Mecânica dos Fluidos estão relacionadas às suas respectivas dimensões na Tabela 1. Teorema de Buckingham Em um determinado problema físico, a variável dependente x1 pode ser expressa em termos das variáveis independentes como ),...,,,( 4321 nxxxxfx (8) em que n representa o número total de vaiáveis. Em referência a Equação (1), P é a variável dependente e h d, , , , v são as variáveis independentes. O Teorema de Buckingham, devido a Edgar Buckingham (1867-1940), afirma que (n-m) grupos adimensionais de variáveis, chamados parâmetros , em que m é o número de dimensões básicas incluídas nas variáveis podem ser relacionadas por ),...,,,( 43211 nf (9) 4 em que 1 inclui a variável dependente e os parâmetros remanescentes incluem apenas variáveis independentes, como mostra a equação (2). Além disto notamos que a exigência para uma aplicação bem-sucedida da análise dimensional é de que uma dimensão deve ocorrer pelo menos duas vezes ou nenhuma. Exemplificando, a equação ),,( dlvfP é malformada, pois a pressão envolve as dimensões de força e v, l e d não contém tal dimensão. O procedimento a ser usado na aplicação do teorema é resumido como segue: 1. Escreva a forma funcional da variável dependente em função das (n-1) variáveis independentes. Este passo requer conhecimento do fenômeno a ser estudado. Todas as variáveis que afetam a variável dependente devem ser incluídas; estas incluem variáveis geométricas, propriedades do fluido e efeitos externos que influenciam a variável a ser estudada. Quantidades que não têm influência sobre a variável dependente não devem ser incluídas. Também não devem ser inclusas variáveis que dependam umas das outras; por exemplo, raio e área não devem ser ambos inclusos. As variáveis do lado direito da Equação (6.8) devem ser independente. 2. Identificar as m variáveis repetitivas, isto é, variáveis que serão combinadas com cada variável restante para formar os parâmetros . As variáveis repetitivas selecionadas das variáveis independentes devem incluir todas as dimensões básicas, mas não devem formar um parâmetro sozinhas. Um ângulo não pode ser uma variável repetitiva, já que não tem dimensão, e forma um parâmetro sozinho. 3. Formar os parâmetros combinando as variáveis repetitivas com cada uma das variáveis remanescentes. 4. Escrever a forma funcional dos (n-m) parâmetros adimensionais. O passo 3 pode ser realizado por meio de um procedimento algébrico relativamente simples. 5 Suponha que desejamos combinar as variáveis: tensão superficial (), velocidade (v), massa específica () e o comprimento l em um parâmetro , isto pode ser escrito como: dcba lv (10) O objetivo é determinar a, b, c e d de forma que o agrupamento seja adimensional. A dimensão a equação (10) é d cba ooo L L M T L T M TLM 32 (11) Equacionam-seos expoentes em cada uma das dimensões básicas: M: L: T: 0=a+c 0=a-3c+d 0=-2a-b (12) As três equações algébricas são resolvidas simultaneamente, fornecendo a=-c b=2c d=c (13) tais que o parâmetro se torna c vl 2 (14) Um parâmetro adimensional elevado a qualquer potência permanece adimensional; consequentemente podemos escolher c para que seja um número diferente de zero. Geralmente é escolhido como c=1 dependendo da proporção desejada. Selecionando c=1, o parâmetro : 2vl (15) 6 Na realidade poderíamos ter selecionado c=1 na Equação (10) e prosseguir com apenas 3 incógnitas. Ou, caso desejássemos no numerador elevado à primeira potência, poderíamos estabelecer a=1 e fazer b, c e d serem as incógnitas. Tabela 1 – Símbolos e dimensões de quantidades usadas na Mecânica dos Fluidos Quantidade Símbolo Dimensões Comprimento l L Tempo t T Massa m M Força F ML/T2 Velocidade v L/T Aceleração a L/T2 Frequência T-1 Gravidade g L/T2 Área A L2 Vazão Q L3/T Fluxo de massa m M/T Pressão P M/LT2 Tensão M/LT2 Massa específica M/L3 Peso específico M/L2T2 Viscosidade absoluta M/LT Viscosidade cinemática L2/T Trabalho W ML2/T2 Potência, fluxo de calor QW , ML2/T3 Tensão superficial M/T2 7 EXEMPLO Exemplo 1 – A força de arrasto, F, sobre uma esfera lisa depende da velocidade relativa, V, do diâmetro da esfera, D, da massa específica do fluido, , e da viscosidade do fluido, . Obtenha um conjunto de grupos adimensionais que podem ser usados para correlacionar dados experimentais. Resolução: A 1ª etapa do processo é listar todos os parâmetros envolvidos. Se todos os parâmetros pertinentes não forem incluídos, uma relação pode ser obtida, mas não fornecerá a história completa. Se houver inclusão de parâmetros que não têm efeito sobre o fenômeno físico em estudo, o processo de análise dimensional mostrará que eles não entram na relação buscada. F = g(V, D, , ) ou G(F, V, D, , )=0 Tal que: n = 5 parâmetros envolvidos Em seguida selecione um conjunto de dimensões primárias: MLT ou FLT. Note que para problemas de transferência de calor pode-se precisar de (para temperatura). Para resolvermos esse problema utilizaremos a base M, L,T. Definida a base o aluno deverá listar dimensões de todos os parâmetros em termos das dimensões primárias. F [ML / T2 ] V [L / T] D [L] [M /L3 ] [M /LT] Portanto, k= 3 (número de dimensões primárias utilizadas) Em seguida, selecione da lista k parâmetros que se repetem (k é igual ao número de dimensões primárias) que contenham todas as dimensões primárias utilizadas. Dois parâmetros que se repetem não podem ter as mesmas dimensões finais, diferindo por apenas um expoente, p. ex.: não inclua simultaneamente um comprimento (L) e um momento de inércia de área (L4) como parâmetros que se repetem. Também não inclua o parâmetro dependente entre aqueles selecionados neste passo. Escolheremos nesse problema: V D (se repetirão nos cálculos). Agora é necessário estabelecer equações dimensionais combinando os parâmetros selecionados com cada um dos outros parâmetros a fim de formar grupos adimensionais. Resolva as equações dimensionais para obter os grupos adimensionais. π1=ρ av𝑏Dc𝐹 = ( 𝑀 𝐿3 ) 𝑎 ( 𝐿 𝑇 ) 𝑏 (𝐿)𝑐 ( 𝑀𝐿 𝑇2 ) = 𝑀𝑜𝐿𝑜𝑇𝑜 Resolvendo a equação dimensional, avaliando as dimensões: 8 M a + 1 = 0 a = - 1 L - 3a + b + c + 1 = 0 c = - 2 T - b – 2 = 0 b = - 2 π1= F ρv2D2 Resolva as equações dimensionais para obter os n-k grupos adimensionais. π2=ρ av𝑏Dc𝜇 = ( 𝑀 𝐿3 ) 𝑎 ( 𝐿 𝑇 ) 𝑏 (𝐿)𝑐 ( 𝑀 𝐿𝑇 ) = 𝑀𝑜𝐿𝑜𝑇𝑜 M a + 1 = 0 a = - 1 L - 3a + b + c - 1 = 0 c = - 1 T - b -1 = 0 b = - 1 π2= μ ρvD Verifique se os grupos obtidos são realmente adimensionais. Então, de acordo com o Teorema dos de Buckingham, podemos afirmar que: G ( F ρv2D 2 , μ ρvD ) = 0 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/7 Para visualização do conteúdo do modulo acesse o ícone abaixo: Exercício 1: No painel de um carro, está indicado no velocímetro que ele já "rodou" 120000 km. A alternativa que melhor indica a ordem de grandeza do número de voltas efetuadas pela roda desse carro, sabendo que o diâmetro da mesma vale 50 cm, é: Adote ™ = 3. Despreze possíveis derrapagens e frenagens A) 108 B) 107 C) 106 D) 105 E) 104 O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA Exercício 2: 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/7 A) B) C) D) E) O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA Exercício 3: 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/7 A) B) C) D) E) 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/7 O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA C) RESPOSTA CORRETA Exercício 4: Segundo a lei da gravitação de Newton, o módulo F da força gravitacional exercida por uma partícula de massa m2 sobre outra de massa m‚, à distância d da primeira, é dada por F = G(m1m2‚)/d2, onde G é a constante da gravitação universal. Em termos exclusivos das unidades de base do Sistema Internacional de Unidades (SI), G é expressa em A) kg-1m3s-2 B) kg2m-2s2 C) kg2m-2s-1 D) kg3m3 s-2 E) kg-1m2 s-1 O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/7 A) RESPOSTA CORRETA Exercício 5: Medições da altura de líquido a montante de uma obstrução colocada em um escoamento de canal aberto podem ser usadas para determinar a vazão em volume. Tais obstruções, projetadas e calibradas para medir a vazão em um canal aberto são chamadas de vertedores. Admita que a vazão em volume Q, sobre um vertedor é uma função da altura a montante, h, A) B) C) D) E) O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA C) RESPOSTA CORRETA D) RESPOSTA CORRETA Exercício 6: Uma correia contínua, movendo-se verticalmente através de um banho de líquido viscoso, arrasta uma camada de líquido, de espessura h, ao longo dela. Admite-se que a vazão em volume do líquido, Q, depende de μ, ρ, g, h e v, onde v é a velocidade da correia. Aplique a análise dimensional para prever a forma de dependência de Q em relação às outras variáveis. A) 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo6/7 B) C) D) E) O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA Exercício 7: Uma placa fina e retangular está imersa num escoamento uniforme com velocidade ao longe igual a v. A placa apresenta largura e altura respec�vamente iguais a w e h e está montada perpendicularmente ao escoamento principal. Admita que o arrasto na placa (Fa) é função de w, h, r, m e v. Determine o conjunto de termos pi adequado para cada estudo experimental deste problema. A) 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/7 B) C) D) E) O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA C) RESPOSTA CORRETA D) RESPOSTA CORRETA E) RESPOSTA CORRETA 1 MÓDULO 4 – Estudo dos Modelos A análise dimensional e semelhança são muito utilizadas em problemas em Engenharia (principalmente na área de Térmica e Fluidos) que dificilmente são resolvidos aplicando-se exclusivamente análise teórica. Portanto, utilizam-se com frequência estudos experimentais. Muito do trabalho experimental é feito com o próprio equipamento ou com réplicas exatas. Porém, a maior parte das aplicações em Engenharia é realizada utilizando-se modelos em escala. Semelhança é o estudo da previsão das condições do protótipo a partir de observações de modelos. Ela será apresentada em seguida á análise dimensional. A semelhança envolve o uso de parâmetros adimensionais obtidos da análise dimensional. 4.1 Condição de semelhança Completa Dois sistemas dizem-se fisicamente semelhantes relativamente a um conjunto de grandezas quando há uma relação constante entre valores homólogos dessas grandezas nos dois sistemas (sendo, muitas vezes, um deles o protótipo e o outro o respectivo modelo reduzido). Para que possamos obter as informações do protótipo (fenômeno não ensaiado), através das informações obtidas no ensaio do modelo, ambos devem ser caracterizados pela mesma função características, o que equivale a dizer, que tanto o protótipo, como o modelo, serão definidos pela mesma função equivalente [ (π1 , π2 , π3 ....)=0]. A condição de semelhança completa estabelece que: π1m = π1p, π2m = π2p, π3m = π3p . . . A semelhança geométrica é a semelhança de formas e traduz-se pela existência de uma relação constante entre comprimentos homólogos nos dois sistemas (Figura 1). 2 Figura 1 – Semelhança geométrica (a) protótipo, (b) modelo (em escala reduzida) As relações podem ser escritas: oãraz protótipo elomod L L L ou r p m L L L r 2 oãraz 2 protótipo 2 elomod 2 protótipo elomod r LL L L A A A A semelhança cinemática é a semelhança do movimento e consiste em partículas homólogas descreverem percursos homólogos em tempos proporcionais (Figura 2). Figura 2 – Semelhança cinemática: protótipo e modelo (em escala reduzida) Algumas relações úteis são: Velocidade: r r p m p m pp mm p m r T L T T L L TL TL V V V 3 Aceleração: r 2 r p 2 m 2 p m p 2 p m 2 m p m r T L T T L L TL TL a a a Vazão: r r 3 p m p 3 m 3 pp 3 mm 3 p m r T L T T L L TL TL Q Q Q A semelhança dinâmica é a semelhança de forças e significa que partículas homólogas são atuadas por forças cujas resultantes têm direção e sentido iguais e cujas grandezas ou módulos são proporcionais. Notar que a semelhança dinâmica determina a semelhança geométrica das linhas de corrente e a semelhança cinemática; requer, evidentemente, a semelhança geométrica das fronteiras do escoamento. Figura 3 – Semelhança dinâmica: (a) protótipo e (b) modelo (em escala reduzida) 4 EXEMPLOs Exemplo 1 – Água escoa a 32º F através de um tubo liso horizontal de 3 polegadas de diâmetro com uma velocidade média de 10 pés/s. A queda de pressão em 30 pés deste tubo é 2,0 lbf/po2. A que velocidade deve escoar Benzina (68 º F) em um tubo (geometricamente similar) de 1 pol. de diâmetro para que o escoamento seja dinâmicamente similar e qual será a queda de pressão em 10 pés deste tubo de 1 pol. de diâmetro. Dados: H20 a 32 º F = 3,746×10-5 lgf.s/pé2; H20 a 32 º F = 1,939 slug / pé3 ; Benzina a 68 º F = 1,37×10-5 lbf.s/pé2 ; Densidade de Benzina a 68 º F = 0,88 Solução: Sabemos que em um escoamento interno as forças de inércia, de pressão e de viscosidade são mais importantes. Portanto, para o modelo e o protótipo: Rem = Rep ou pm VDVD 5 p 5 1037,1 88,0939,1 12 1 V 10746,3 939,1 12 3 10 ou seja pés/s 468,12Vp pés/s 12,468 V benzina, da e velocidadA Benzina Da igualdade do Número de EULER i p F F teremos, p 2pm m 2 V P EUEU V P ou 2 p 2 468,1288,0939,1 P 10939,1 2 2 p lbf/pol 74,2P Exemplo 2 – Um modelo 1:10 de um avião é testado num túnel aerodinâmico (túnel de vento) que tem a pressão de 20 atm. O avião vai voar a velocidade de 500 Km/h. A que velocidade o túnel de vento (modelo) deve ser operado para dar a amplitude dinâmica entre modelo e protótipo. Arrasto (força de arrasto) medido sobre o modelo é 337,5 N. Qual a potência será necessária a propulsar o avião à velocidade de 500 Km/h ? Solução: Sabemos que ReflVF 22A (dado) F º 68 a , pé 12 1 D , ?V V (dado) F º 32 a (dado) F º 32 a , pé 3/12D pés/s, 10VV Benzinap pBenzinap H20m H20mm aguam 5 Mas pm ReRe (1) Semelhança dinâmica p 22 A m 22 A lV F lV F De (1) p ppp m mmm lVlV p m p p m m p m V l l V A viscosidade diâmica dy dV de um fluido é apenas uma função de temperatura. Além disso se considerarmos a condição isotérmica, então 1mp ou seja pm Da equação de estado, o)considerad cte. (T RTP ou CTE. RT pois CTE. . P ou P a pressão diminui com a redução da massa específica. Dado, Pm = 20 atm. É claro que Pp = 1 atm. Pode-se escrever, então, Pm = 20 . Pp Devido à compressibilidade do ar, pm . 20 Substituindo esses valores em (3), tem-se, 10 1 l l seja,ou 10,:1 modelo o V101 20 V p m p m p m ou Km/s 250V Km/h 500 2 1 V mm Considerando: p 22 A m 22 A lV F lV F ou p22p pA 22 p l500 F 10lp25020 N 5,337 N 6750F pA A potência, WN . s m ForçaVelocidade tempo Energia P ou W937500 s Nm 937500N 6750 s 3600 h . h m 10500P 3 KW 937,5P será, necessária potênciaA 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/10 Para visualização do conteúdo do modulo acesse o ícone abaixo: Exercício 1: Água escoa a 32º F através de um tubo liso horizontal de 3 polegadas de diâmetro com uma velocidade média de 10 pés/s. A queda de pressão em 30 pés deste tubo é 2,0 lbf/po 2. Determine a velocidade deve escoar Benzina (68 º F) em um tubo (geometricamente similar) de 1 pol. de diâmetro para que o escoamento seja dinâmicamente similar. Dados: mH20 a 32 º F = 3,746×10-5 lgf.s/pé2; rH20 a 32 º F = 1,939 slug / pé3; mBenzina a 68 º F = 1,37×10-5 lbf.s/pé2; rBenzina a 68 º F = 0,88 A) 2,5 ft/s B) 12,5 ft/s C) 22,5 ft/s D) 32,5 ft/s E) 42,5 ft/s O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/10 Exercício 2: Água escoa a 32º F através de um tubo liso horizontal de 3 polegadas de diâmetro com uma velocidade média de 10 pés/s. A queda de pressão em 30 pés deste tubo é 2,0 lbf/po 2. Determine qual será a queda de pressão em 10 pés deste tubo de 1 pol. de diâmetro no qual escoa Benzina (68 º F) em um tubo (geometricamente similar) de 1 pol. de diâmetro para que o escoamento seja dinâmicamente similar. Dados: mH20 a 32 º F = 3,746×10-5 lgf.s/pé2; rH20 a 32 º F = 1,939 slug / pé3; mBenzina a 68 º F = 1,37×10-5 lbf.s/pé2; rBenzina a 68 º F = 0,88 Vbenzina=12,5 ft A) 2,75lbf/in2 B) 12,75lbf/in2 C) 22,75lbf/in2 D) 32,75lbf/in2 E) 42,75lbf/in2 O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA Exercício 3: Água escoa a 32º F através de um tubo liso horizontal de 3 polegadas de diâmetro com uma velocidade média de 10 ft/s. A queda de pressão em 30 ft deste tubo é 2,0 lbf/ft 2. Determine qual será a queda de pressão em 10 pés deste tubo de 1 pol. de diâmetro no qual escoa Benzina (68 º F) em um tubo (geometricamente similar) de 1 pol. de diâmetro para que o escoamento seja dinamicamente similar. Dados: mH20 a 32 º F = 3,746×10-5 lgf.s/ft2; rH20 a 32 º F = 1,939 slug / ft3; 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/10 mBenzina a 68 º F = 1,37×10-5 lbf.s/ft2; rBenzina a 68 º F = 0,88 Vbenzina=12,5 ft A) 0,442 B) 0,342 C) 0,242 D) 0,142 E) 0,042 O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA C) RESPOSTA CORRETA D) RESPOSTA CORRETA E) RESPOSTA CORRETA Exercício 4: Um navio cujo comprimento de casco é de 138 m deve navegar a 7,5 m/s. Para que haja semelhança dinâmica qual será a velocidade de um modelo 1:30, arrastado através d’água ? Dado: g = 9,81 m/s2 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/10 A) 1,32m/s B) 2,32m/s C) 3,32m/s D) 4,32m/s E) 5,32m/s O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA Exercício 5: Ar a 20 º C (68 º F) escoa através de um tubo de 610 mm (24in) a uma velocidade média de 1,8 m/s (6 ft/s). Para que haja semelhança dinâmica, qual é o diâmetro de tubo que carrega água a 16º C (60 º F) e 1,1 m/s (3,65 ft/s) poderia ser usado? Dados: uAR(20ºC) = 16×10-5 ft2/s , uAR(16ºC) = 1,217×10-5 ft2/s A) 0,376 m B) 0,756 m C) 0,076 m D) 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/10 0,976 m E) 0,176 m O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA C) RESPOSTA CORRETA Exercício 6: Água a 16 º C escoa a 3,6 m/s (12 ft/s) em um tubo de 152 mm (6in). A que velocidade deverá escoar um óleo médio a 32 º C em um tubo de 76 mm (3in) para que os escoamentos sejam dinamicamente semelhantes? Dados: uAR(16ºC) = 1,217×10-5 ft2/s, uóleo(32ºC) = 3,9×10-5 ft2/s A) 29,0 m/s B) 23,0 m/s C) 19,0 m/s D) 14,0 m/s E) 11,0 m/s O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/10 A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA C) RESPOSTA CORRETA Exercício 7: Um modelo 1:80 de um avião é testado a 20 º C no ar, o qual tem a velocidade de 45 m/s. (a) A que velocidade seria o modelo impelido quando completamente submerso em água a 27 º C? (b) Qual seria a força resistente de um protótipo no ar, cujo modelo na água representa uma resistência de 0,57 Kgf? Dados: uAR(20ºC) = 16×10-5 ft2/s, uH2O(27ºC) = 0,93×10-5 ft2/s A) 3,62 m/s e 200 gf B) 4,62 m/s e 200 gf C) 1,62 m/s e 200 gf D) 2,62 m/s e 200 gf E) 6,62 m/s e 200 gf O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA C) RESPOSTA CORRETA D) RESPOSTA CORRETA Exercício 8: Um modelo de um torpedo é testado em um tanque de provas a uma velocidade de 24 m/s. Espera-se que o protótipo atinja a velocidade de 6m/s em água a 16 º C. Qual a escala a ser utilizada para o modelo? 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/10 A) 1:4 B) 1:8 C) 1:10 D) 1:14 E) 1:20 O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA C) RESPOSTA CORRETA D) RESPOSTA CORRETA Exercício 9: Está para ser realizado um teste de um projeto proposto para um bomba grande que deve fornecer 1,5m3/s de água através de um rotor de 40cm de diâmetro com uma elevação de pressão de 400kPa. Um modelo com um rotor de 8cm de diâmetro será usado. Que vazão deve ser usada e que elevação de pressão é esperada? O fluido a ser usado no modelo é a água, na mesma temperatura a ser bombeada pelo protó�po. A) Qm=0,3m 3/s e DPm=10.000kPa B) Qm=0,5m 3/s e DPm=12.000kPa 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/10 C) Qm=0,8m 3/s e DPm=15.000kPa D) Qm=1,0m 3/s e DPm=18.000kPa E) Qm=1,2m 3/s e DPm=25.000kPa O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA Exercício 10: Um modelo em escala 1:20 da super�cie de um barco é usado para testar a influência de um perfil proposto do barco sobre o arrasto das ondas. Um arrasto de onda de 6,2lb é medido no modelo a uma velocidade de 8,0�/s. A que velocidade isso corresponde no protó�po e que arrasto de onda é esperado para o protó�po? Despreze os efeitos viscosos e suponha o uso do mesmo fluido no modelo e no protó�po. A) vp=22,5�/s e (Fa)p=40000lb B) vp=35,8�/s e (Fa)p=43600lb C) vp=25,4�/s e(Fa)p=45870lb D) vp=35,8�/s e (Fa)p=49700lb E) vp=45,2�/s e (Fa)p=52300lb 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/10 O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA C) RESPOSTA CORRETA D) RESPOSTA CORRETA Exercício 11: Um modelo escala 1:10 de um avião deve ser ensaiado num túnel de vento pressurizado para determinar o arrasto no protótipo que deve voar a 107m/s na atmosfera padrão. Para minimizar os efeitos de compressibilidade, a velocidade do ar na seção de teste do túnel de vento é igual a 107m/s. Determine a pressão do ar na seção de teste do túnel. Qual é o arrasto no protótipo que corresponde a uma força de 4,45N medida no modelo? Admita que a temperatura do ar na seção de teste é a padrão. A) 910kPa (abs) B) 1010kPa (abs) C) 1030kPa (abs) D) 1070kPa (abs) E) 1090kPa (abs) O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA Exercício 12: 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/10 Um modelo é utilizado para estudar o escoamento de água numa válvula que apresenta seção de alimentação com diâmetro igual a 610mm. A vazão na válvula é 0,85m3/s e o fluido no modelo também é água na mesma temperatura daquela que escoa no protótipo. A semelhança entre o modelo e o protótipo é completa e o diâmetro da seção de alimentação do modelo é igual a 76,2mm. Determine a vazão de água no modelo. A) 0,51m3/s B) 0,41m3/s C) 0,31m3/s D) 0,21m3/s E) 0,11m3/s O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA C) RESPOSTA CORRETA D) RESPOSTA CORRETA E) RESPOSTA CORRETA MÓDULO 5 – Força de Arrasto Quando um corpo está submerso em um fluido em escoamento, surgem forças de interação entre ambos. Muitas vezes, o fluido está em repouso, e o corpo é que se movimenta através da massa fluida, como no caso de um avião em voo ou um submarino em mergulho. Em outras, o corpo está imóvel, imerso no fluido em escoamento, como o vento soprando sobre uma ponte ou o rio escoando sobre os pilares dessa ponte. Contudo, em ambas as situações, pode- se fixar a referência no corpo e tratar o assunto como se o fluido estivesse escoando. Por simplificação, considera-se que a velocidade do fluido antes de atingir um corpo, distante o bastante para não ser influenciada pelo mesmo, é constante. Corpos aerodinâmicos, como a asa de um avião, provocam efeitos menores no escoamento se comparados a corpos rombudos como uma antena parabólica. Assim, entende- se que é muito mais fácil carregar, em um dia de ventos muito fortes, uma asa de um avião, no sentido do seu perfil aerodinâmico, no fluxo do vento do que carregar uma antena parabólica com sua concavidade apontada para o mesmo. As forças que atuam sobre o corpo submerso em um escoamento são oriundas da interação do fluido com a superfície do corpo, ou seja, da tensão de cisalhamento produzida pela viscosidade do fluido e da tensão normal à superfície produzida pela pressão do escoamento sobre o corpo. As forças produzidas por essas tensões produzem forças resultantes chamadas de arrasto, no sentido do fluxo, e sustentação, perpendicular ao fluxo. A Figura 1 representa a velocidade a montante e as forças de arrasto e de sustentação em um perfil aerodinâmico como a asa de um avião. Figura 1 - Velocidade a montante, forças de arrasto e sustentação na asa de um avião (Fonte: CTISM) Força de arrasto é uma força aerodinâmica que opõe resistência ao movimento de um objeto para diante. A forma do objeto aumenta a forca de arrasto. Por exemplo, os projetistas da indústria aeronáutica desenham os aviões de modo a reduzir ao mínimo o arrasto. Os aviões construídos segundo esses princípios precisam de motores menos potentes para voar, e a redução do arrasto também melhora o desempenho do avião. Os automóveis, trens, caminhões e outros veículos estão sujeitos ao arrasto. Os efeitos das forças viscosas manifestam-se na forma da camada limite e seriam os únicos a contribuir na força de arrasto se não houvesse variações de pressões entre a borda de ataque e de saída do corpo no escoamento. Essa contribuição na força de arrasto é chamada de arrasto de atrito. Entretanto, quando a superfície for parte de um corpo que possui espessura considerável como uma esfera, um cilindro ou outra forma qualquer, outra contribuição na força de arrasto será percebida, o arrasto de pressão. A Figura 2 mostra o descolamento da camada limite sobre uma esfera devido aos efeitos da variação da pressão ao longo do curso da camada limite. Esse fenômeno ocorre porque toda partícula fluida que percorre a camada limite em torno do cilindro sofre, a partir da borda de ataque, uma diminuição da pressão ao longo da metade dianteira da esfera e um aumento da sua velocidade, ou seja, uma transformação de energia de pressão em energia cinética. Figura 2 - Descolamento da camada limite sobre uma esfera (Fonte: CTISM) O descolamento e a formação da região da esteira atrás do corpo dependem do número de Reynolds do escoamento (Figuras 3, 4 e 5). (a) (b) Figura 3 – Representação esquemática do ponto de separação escoamento em um cilindro em regime laminar (a) e turbulento (b). (Fox&McDonald, “Introdução à Mecânica dos Fluídos”, Edit. Guanabara, 2002) Figura 4 – Representação esquemática do ponto de separação escoamento em um cilindro em regime turbulento (Fox&McDonald, “Introdução à Mecânica dos Fluídos”, Edit. Guanabara Dois, 2002) Figura 5– Representação esquemática do ponto de separação escoamento em um cilindro em regime turbulento (Fox&McDonald, “Introdução à Mecânica dos Fluídos”, Edit. Guanabara, 2002) O arrasto total é a soma dos efeitos do arrasto de atrito e do arrasto de pressão. A formação da esteira indica maior influência do arrasto de pressão no arrasto total. Corpos com perfis aerodinâmicos buscam eliminar o efeito do descolamento da camada limite, de forma a diminuírem o arrasto total. Por exemplo, o perfil aerodinâmico de um veículo moderno diminui a formação da esteira e o arrasto, proporcionando maior economia de combustível, pois o veículo gasta menos energia para se deslocar em um meio fluido de ar. A determinação do arrasto total pode ser dado pela seguinte equação (1). O coeficiente de arrasto é determinado por numerosos experimentos em túneis de vento, túneis de água ou outros dispositivos, e seus resultados apresentados em tabelas ou gráficos (Figuras 6 e 7). Aρvc 2 1 D 2D (1) D [N] e a força de arrasto, [kg/m3] e a massa especifica do fluido, v [m/s] é a velocidade a montante, A [m2] é a área frontal do corpo e CD é o coeficiente de arrasto. Figura 5 - Coeficientes de Arrasto para corpos bi-dimensionais em função do Reynolds (F.M. White, “Fluid Mechanics’, 4nd Ed. McGraw Hill, 2003) Figura 6 - Distribuições de pressão num cilindro, causadas por um escoamento: potencial (teórico), camada limite laminar e turbulenta (F.M. White, “Fluid Mechanics’, 4nd Ed. McGraw Hill, 2003) A potência necessária para vencer o arrasto aerodinâmico é calculada como mostra a equação (2). DvP (2) P [W] é a potencia Substituindo a eq. (1) na eq (2):Aρvc 2 1 P 3D (3) EXEMPLO Exemplo 1 – Uma placa plana retangular de 1m de largura e 2m de comprimento, imersa em água (=1000Kg/m3; =1,5x10-6 m2/s) é arrastada horizontalmente com uma velocidade constante de 1,5m/s. Calcular a força necessária supondo-se: a) a camada limite mantém-se laminar desde a borda de ataque até a borda de fuga; b) a camada limite é turbulenta desde a borda de ataque; D D 2 D 2 D C 4500 )2x2x1(5,11000C 2 1 A vρC 2 1 a) 3 6 6 o D 100,945 102 1,328 101,5 21,5 1,328 υ Lv 1,328 Re 1,328 C 4,25N100,9454500C 4500 D 3D b) 3 5 65 L D 104,07 102 0,074 Re 0,074 C 18,3N)104500(4,07C 4500 D 3D 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/6 Para visualização do conteúdo do modulo acesse o ícone abaixo: Exercício 1: Uma placa plana retangular de 1m de largura e 2m de comprimento, imersa em água é arrastada horizontalmente com velocidade constante de 1,5 m/s. Calcular a força necessária supondo o número de Reynolds crítico é 5x105 A) 2,5N B) 6,5N C) 7,83N D) 11,2N E) 14,5N O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA C) RESPOSTA CORRETA D) RESPOSTA CORRETA E) RESPOSTA CORRETA Exercício 2: Ar escoa sobre uma placa plana de 40 cm de comprimento. Sabendo-se que a velocidade ao longe (vo) é igual a 0,6 m/s, pede-se a força de arrasto sabendo que a placa é retangular e que tem uma largura de 1m. 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/6 Dado: uar = 2x10-5 m²/s, Recritico=5x105 A) 0,38N B) 1,75N C) 2,34N D) 3,8N E) 4,2N O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA Exercício 3: Quer-se impulsionar uma embarcação de 105 N de peso à velocidade de 72 km/h.A embarcação é sustentada por uma asa submarina cujos coeficientes de sustentação e arrasto são, respectivamente, 0,7 e 0,06. Determinar a área da asa. A) 4,71 B) 3,71 C) 2,71 D) 1,71 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/6 E) 0,71 O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA C) RESPOSTA CORRETA D) RESPOSTA CORRETA E) RESPOSTA CORRETA Exercício 4: Uma barcaça de casco chato de 20 m de comprimento e 7 m de largura está imersa em profundidade de 1,5 m e deve ser empurrada com uma velocidade de 3.6 km/h. Estimar a potência necessária para efetuar o serviço se ν = l0 A) 4,5kW B) 6,5kW C) 8,5kW D) 10,5kW E) 12,5kW O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA Exercício 5: 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/6 A asa de um avião tem 7,5 m de envergadura e 2,1 m de corda. Estimar a força de arrasto na asa utilizando os resultados para o escoamento sobre uma placa plana e admitindo a camada limite turbulenta desde o bordo de ataque, quando o avião voa a A) 120N B) 220N C) 320N D) 420N E) 520N O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA C) RESPOSTA CORRETA D) RESPOSTA CORRETA Exercício 6: Um anemômetro, utilizado para medir a velocidade do vento, consiste de duas semi- esferas ocas montadas em sentidos opostos sobre dois braços iguais, que podem girar livremente quando montados sobre um eixo vertical. Qual é o momento necessário para manter o dispositivo estacionário, quando o vento tem uma velocidade de 36 m/h? 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/6 A) 0,97 N.m B) 1,97 N.m C) 2,97 N.m D) 3,97 N.m E) 4,97 N.m O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA Exercício 7: Um painel retangular de 6 m de comprimento por 0.7 m de largura faz parte da caixa de um camião que se desloca a 90 km/h, como mostra a figura. Qual é o valor da tensão de corte na parede. 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/6 Re=vL/u Tw=Cf(1/2)rv2A A) 0,975 Pa B) 9,75 Pa C) 975 Pa, D) 975 Pa E) 9750 Pa O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA MÓDULO 6 – FORÇA DE SUSTENTAÇÃO A ocorrência de uma força de sustentação tem sobretudo origem na distribuição de pressões em torno do objeto submerso no escoamento e é necessário que essa distribuição seja assimétrica pois se assim não for não haverá força de sustentação. Alguma da nomenclatura utilizada no estudo de escoamentos em torno de perfis alares está (Figura 1). Figura 1 - Nomenclatura utilizada em aerodinâmica relativa a perfis alares. Para se criar uma força de sustentação, ou seja, a distribuição assimétrica de pressão, é necessário que o objeto seja ele mesmo assimétrico ou se ele for simétrico que esteja colocado numa posição assimétrica relativamente ao escoamento. Estes dois casos estão ilustrados na Figura 2. Figura 1 - Escoamento sobre perfis alares simétricos e assimétricos. É frequente em Mecânica dos Fluidos a apresentação de resultados sob forma adimensional, como visto nos módulos 3 e 4. As forças de arrasto (D) e sustentação (L) são adimensionalizadas nos respectivos coeficientes de arrasto (CD) e sustentação (CL) da seguinte forma: Avρ 2 1 C 2 D D Avρ 2 1 C 2 L L Nestas expressões a área A tem diferentes significados consoante o tipo de objeto submerso. Assim, destacamos os seguintes três casos: I. corpos fuselados tais como asas, perfis alares, placas planas: A representa a área planificada do objeto. No caso de uma asa esta área será o produto da envergadura pela corda do perfil (Figura2) II. superfícies de navios e barcos: A representa a área molhada do - objeto submerso, como por exemplo a área molhada do casco; III. corpos não fuselados: para os restantes objetos A representa a área frontal, a área vista pelo escoamento, ou seja, a área projetada num plano normal ao escoamento. Para a outra componente da força a sua adimensionalização é idêntica e para normalizar um qualquer momento M usa-se a equação (10.5) onde L representa uma escala de comprimento. ALvρ 2 1 C 2 M M 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/2 Para visualização do conteúdo do modulo acesse o ícone abaixo: Exercício 1: Um avião Piper tem uma massa de 700 kg e voa em cruzeiro à velocidade de 190 km/h. Sabendo que a área da superfície alar é de 16.5 m2, determine o valor do coeficiente de sustentação nestas condições FL=mg FL= CL (1/2)rv2A A) 0,1834 B) 0,249 C) 0,287 D) 0,324 E) 0,354 O aluno respondeu e acertou.Alternativa(B) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA B) RESPOSTA CORRETA Exercício 2: 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/2 Um Boeing 747, que pesa 290 t quando carregado com fuel, leva 100 passageiros e descola a uma velocidade de 225 km/h. O peso médio de cada passageiro e a respectiva bagagem é igual a 100 kg. Calcule a velocidade que o Boeing terá de ter para descolar quando carregado com 372 passageiros, assumindo que o faria na mesma configuração geométrica (ângulo de ataque, posição de flaps, etc). A) 233,3 Km/h B) 213,7 Km/h C) 200,5 Km/h D) 197 Km/h E) 183 Km/h O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: A) RESPOSTA CORRETA MÓDULO 7 – ESCOAMENTO COMPRESSÍVEL Hipóteses • Escoamento Unidimensional ou uniforme nas seções – Gases em velocidade alta: Re • Regime permanente • Fluido que escoa: gás perfeito Na prática nenhum gás obedece perfeitamente ao modelo de gás perfeito. Existem faixas de pressões e temperaturas: hipótese aproxima suficientemente os resultados Gás perfeito Equação de Estado RT P P: pressão na escala absoluta : massa específica T: temperatura absoluta R: constante do gás R : constante universal dos gases= 8314,5 J/mol M R R mol Em termos dimensionais: 1-22 24 2 θTL θTFL FL R T P R Problemas Gerais e Equações Básicas 1. Equação da Continuidade Seção (1): área A Seção (2): área A + dA 222111 m2m1 AvρAvρ QQ 2. Equação de Energia h1=entalpia no ponto 1 e h2=entalpia no ponto 2 22 2 2 m11 2 1 gzh 2 v qgHgzh 2 v Forma diferencial dhh 2 dv)(v dqh 2 v 22 Simplificando e desprezando o termo de 2a ordem: dA > 0: Conduto divergente dA < 0: Conduto convergente dA = 0: Seção constante 2h 22 2 2 2 2 m11 1 1 2 1 gzu P 2 v qgHgzu P 2 v ρρ 1h Se não houver máquina: Escoamento for adiabático: 2 2 2 1 2 1 h 2 v qh 2 v 2 2 2 1 2 1 h 2 v h 2 v dhvdvdq 3. Equação da Quantidade de Movimento Velocidade do Som É a velocidade de propagação de uma perturbação de pressão, causada por um fluido Função: estado do fluido. Portanto: propriedade que pode ser relacionada com outras (grande utilidade no escoamento de fluidos compressíveis). Modelo matemático constituído de um fluido perfeitamente incompressível: A partir do equilíbrio aplica-se uma força dF, provocando no fluido um aumento de pressão dP. A dF dP 12m222111s vvQnAPnAPF 21m2211 vvQAPAP sxF dv)(vvvA)dP(PPAdFsx vdvdP A dFsx Escoamento sem atrito: dF sx =0 Fluido perfeitamente incompressível: aumento de pressão (dP) se transmitirá imediatamente para a seção seguinte, desta para a próxima e assim sucessivamente: fluido será derramado. Fluido compressível: ao se deslocar o pistão, cria-se compressão na camada adjacente à sua face, que fica a pressão maior que a seguinte, expandindo-se contra a mesma. Esta ficará então mais comprimida que a próxima, expandindo-se contra a mesma comprimindo-a, e assim por diante. c: velocidade de propagação kRTc Observador: • fluido passará sempre pela seção (1) com velocidade c e com as propriedades iniciais • sairá pela seção (2) com velocidade c-dv e com novas propriedades Número de Mach - M É a relação entre a velocidade do fluido numa seção e a velocidade do som na mesma seção: c v Μ • M < 0,2 escoamento incompressível • 0,2 <M < 1 escoamento subsônico • M = 1 escoamento sônico • M > 1 escoamento supersônico Estado de Estagnação - Relação entre as propriedades do fluido e as propriedades do estado de estagnação Energia total específica de um gás em movimento: m1v 1 1 2 1 2v 2 2 2 2 2v 2 2 2 2 m1v 1 1 2 1 2 v 22 gHqTc ρ P 2 v Tc ρ P 2 v Tc ρ P 2 v gHqTc ρ P 2 v h 2 v Tc ρ P 2 v u ρ P 2 v m totalEnergia 12 m 12 m totalEnergia m totalEnergia : térmica trocae máquinahouver não se gHq m totalEnergia m totalEnergia 2 2 2 1 2 1 2v 2 2 2 2 1v 1 1 2 1 h 2 v h 2 v Tc ρ P 2 v Tc ρ P 2 v Estado de estagnação terá o índice zero (0) e as propriedades do estado de estagnação: ho, Po, To, o Desenvolvendo a eq. (III) em séries de potência: ... 24 k-2 4 1 2 v PP 2 o 2 2 M M Se M for pequeno: 2 v PP 2 o k ρρρ 1 oo kk o o P P ou PP 1o 1o k 1-k 1 teAnalogamen 2 1-k 1 P P k k 2 k k 2 M M I II III Eq. (I), (II) e (III): obter valores de oo T T , , P P o para cada valor de M uma vez escolhido o gás ou o k. Algumas Aplicações da Teoria 1. Tubo de Pitot: medida da velocidade de um gás em escoamento subsônico 2. Tubo de Venturi: medida da velocidade de um gás em escoamento subsônico – coeficiente de compressibilidade 3. Descarga de um gás para a atmosfera por um orifício de um reservatório de grande dimensões EXEMPLOS Exemplo 1 – Uma massa de ar de 8Kh de oxigênio sofre transformação de um estado (1) (P1=1,3 bar(abs) e T1=10C) para o estado (2) (P2=5 bar(abs) e T2=95C). Sabendo que para o oxigênio k=1,393 e cp=921,6 J, determinar: (a)Constante R da equação de estado; (b) Calor específico a volume constante, (c) Variação de energia interna, (d) Variação de entalpia e (e) densidade final. Resolução kgK J a 260 1,393 1-1,393 921,6 1k k cR 1k kR c ) pp kgK J b 6,661 1,393 921,6 k c c ) p v kJmc 9,44910956,6618 TcU ) v kJmd 7,62610956,9218 TcH ) p 3 5 2 2 2 226,5 27395260 105 RT P ) m kg e Exemplo 2 – Um projétil desloca-se à velocidade de 360 Km/h. Qual é o tipo de escoamento se no local a temperatura é 20 C? Dados: K=1,4 e R=286 J/Kg.K. 100m/s 3,6 360 v m/s423 2932861,4 kRTc 29,0 342 100 v M c Bibliografia Básica Bunetti, F., Mecânica dos Fluidos , São Paulo, Prentice Hall, 2ª ed. 2009. White, F.M., Mecânica Dos Fluidos, McGraw-Hill, 4ª ed. 2010. 11/09/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo
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