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Material Complementar Aula 06

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IMPEACHMENT 
 
A ADPF 378, ajuizada pelo Partido Comunista do Brasil (art. 103, VIII da CRFB/88), em 03 de dezembro de 2015, 
pleiteava o reconhecimento da ilegitimidade constitucional de dispositivos e interpretações da Lei nº 1.079/50. 
Em 16/12/15 houve deferimento parcial dos pedidos cautelares pelo Relator, e indeferimento dos pedidos deduzi-
dos nas medidas cautelares incidentais, e o Tribunal decidiu, por unanimidade, prorrogar a eficácia da medida 
cautelar monocraticamente concedida até a conclusão do julgamento, que se deu entre o próprio dia 16 e 17 de 
dezembro, tendo a Corte julgado a APDF. 
 
PRINCIPAIS DESTAQUES 
 
a) Não há que se falar em direito à defesa prévia antes do recebimento da denúncia pelo Presidente da Câmara; 
b) A eleição da comissão especial do impeachment deve se dar por indicação dos líderes e voto aberto do Plená-
rio; 
c) É possível a aplicação subsidiária dos Regimentos Internos da Câmara e do Senado que tratam sobre o proce-
dimento do impeachment; 
d) No que diz respeito ao papel da Câmara no processo de impeachment, a sua atuação [...] 
deve ser entendida como parte de um momento pré-processual, isto é, anterior à instauração do processo pelo 
Senado. 
 
Segundo o Min. Barroso: "a Câmara apenas autoriza a instauração do processo: não o instaura por si própria, 
muito menos determina que o Senado o faça Dessa forma, os arts. 23, §§ 1º e 5º; 80 e 81, da Lei nº 1.079/50 
não foram recepcionados por serem incompatíveis com os arts. 51, I; 52, I; e 86, § 1º, II, da CRFB/88. 
Dessa forma, ao Senado compete decidir (por maioria simples) se deve receber ou não a denúncia cujo prosse-
guimento foi autorizado pela Câmara. Se a rejeitar, haverá o arquivamento do pedido; Se a receber, será iniciado 
o impeachment propriamente dito (fase processual), com a produção de provas e, ao final, o Senado votará pela 
absolvição ou condenação do Presidente (na forma do art. 52, parágrafo único, da CRFB); 
 
RESUMO SOBRE OS PRINCIPAIS ATOS DA CÂMARA, A PARTIR DO DECIDIDO NA ADPF 378: 
 
1. Cabe à Presidência da Câmara admitir ou não o prosseguimento da denúncia; 
2. Não há direito à defesa prévia antes do recebimento da denúncia pelo Presidente da Câmara; 
3. Do despacho da Presidência que indeferir o recebimento da denúncia, caberá recurso ao Plenário (art. 218, § 
3º, do RICD); 
4. Se admitido o prosseguimento da denúncia, deverá ser constituída comissão especial formada por Deputados 
Federais para analisar o pedido e elaboração de parecer; 
5. A eleição dos membros da comissão deve ser aberta e não poderá haver candidatura alternativa (avulsa); 
6. O Presidente denunciado terá seu direito à defesa no rito da Câmara dos Deputados. Após o recebimento da 
denúncia, o mesmo será notificado para se manifestar, querendo, no prazo de dez sessões; 
7. Não haverá grande dilação probatória na Câmara dos Deputados, em razão do rito abreviado; 
8. O Plenário da Câmara decidirá se autoriza a abertura do processo de impeachment por 2/3 dos votos; 
9. A denúncia será remetida ao Senado. 
 
RESUMO SOBRE OS PRINCIPAIS ATOS DO SENADO FEDERAL, A PARTIR DO DECIDIDO NA ADPF 378: 
 
1. Deverá ser instaurada uma comissão especial de Senadores para analisar o pedido de impeachment e elaborar 
um parecer (arts. 44 a 46 da Lei nº 1.079/50, aplicados por analogia); 
2. O parecer será votado pelo Plenário do Senado, que irá decidir se deve receber ou não a denúncia que foi auto-
rizada pela Câmara. Se rejeitar a denúncia, haverá o arquivamento do processo; se recebê-la, iniciará a fase de 
processamento, com a produção de provas e, ao final, o Senado votará pela absolvição ou condenação do Presi-
de 
3. A decisão do Senado que decide se instaura ou não o processo se dá pelo voto da maioria simples, presente a 
maioria absoluta de seus membros (art. 47 da Lei nº 1.079/50, por analogia); 
4. Se aceitar a denúncia, inicia-se a instrução probatória e o Presidente da República deverá ser afastado do car-
go temporariamente (art. 86, § 1º, II, da CRFB). Se, após 180 dias do afastamento do Presidente, o julgamento 
ainda não tiver sido concluído, cessará o seu afastamento e ele reassumirá, sem prejuízo do regular prossegui-
mento do processo; 
5. A defesa tem direito de se manifestar após a acusação; 
O interrogatório deve ser o ato final da instrução probatória; 
 
 
 
 
 
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7. Ao final do processo, os Senadores deverão votar se o Presidente deve ser condenado ou absolvido. Para que 
haja condenação, é necessário o voto de 2/3 dos Senadores; 
8. Se houver condenação, serão aplicadas duas sanções: perda do cargo e inabilitação para o exercício de fun-
ções públicas por 8 anos. E, ainda, poderá ser oferecida denúncia criminal pelo Ministério Público; 
9. Havendo condenação, o Vice-Presidente assumirá, completando o mandato (não será necessária a convoca-
ção de novas eleições). 
 
PROCESSO LEGISLATIVO 
 
É o conjunto de atos realizados pelos órgãos legislativos visando à formação das espécies normativas, previstas 
no art. 59, CRFB/88. A rigor, segundo alguns autores, as medidas provisórias não deveriam incluir‑se dentre as 
espécies normativas arroladas no artigo citado, porque o ritual para sua formação não ocorre por meio de proces-
so legislativo, e sim por intermédio de um ato monocrático do Poder Executivo. 
 
Obs.: Ressalte‑se que o desrespeito às normas do processo legislativo previstas na CRFB/88 terá por consequên-
cia a declaração de sua inconstitucionalidade formal, apreciada tanto no controle difuso quanto pelo método con-
centrado. 
 
 INTRODUÇÃO 
 
►►Há hierarquia entre LO e LC? 
 
Ambas são atos normativos primários, porque extraem seu fundamento jurídico de validade diretamente da 
CRFB/88. Se a norma que serve de fundamento da validade é a mesma, não existe hierarquia entre essas duas 
espécies normativas. Não há grau de subordinação jurídica entre elas. 
 
►►Diferenças entre LO e LC: 
 
A LC é exigida para algumas matérias específicas. A CRFB/88 deve indicar expressamente quais matérias so-
mente podem ser disciplinadas por LC. Ex: art. 22 § único e art. 7º, I, da CRFB/88). Quando a CRFB/88 não diz 
expressamente que deve ser LC, a matéria poderá ser disciplinada por LO. Ex: art. 5º, XXXII da CRFB/88. Tam-
bém há distinção formal com relação ao quórum, que será logo abaixo abordada. 
 
►►LO pode revogar LC? 
 
Em regra não. Mas o STF já disse que se uma LC dispuser sobre assunto de LO, ou seja, for formalmente LC mas 
tratar de tema de LO, poderá ser alterada ou revogada por LO. 
 
A questão foi examinada no caso da COFINS, que foi criada por meio de LC, quando não seria necessária a for-
ma qualificada. Posteriormente, veio LO para alterar essa LC. Ver RE 377457/PR (DJE de 19.12.2008) e do RE 
381964/MG. 
 
►►Medida Provisória pode alterar LC que dispõe sobre direito civil? 
 
É o mesmo raciocínio acima. Se a LC tratou de direito civil, que não é matéria reservada à LC, deve ser conside-
rada materialmente como LO. Assim, em que pese a Medida Provisória não poder tratar de matéria reservada a 
LC, neste caso não haveria problema, já que estaria na essência alterando LO. 
 
FASES DO PROCESSO LEGISLATIVO DE ELABORAÇÃO DA LEI 
 
ORDINÁRIA E COMPLEMENTAR 
 
a) Fase iniciadora – composta pelo ato de Iniciativa, que pode ser: 
 
• Extraparlamentar 
• Parlamentar 
• Privativa/Reservada (art. 61 § 1º e art. 93 caput da CRFB/88) 
• Concorrente (art. 61, caput da CRFB/88) 
• Popular (art. 61 § 2º da CRFB/88) 
 
 
 
 
 
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b) Fase constitutiva 
 
►►Deliberação parlamentar – composta pelos seguintes atos: 
 
i. Discussão e Emendas – CCJs (art. 63, I da CRFB/88) 
ii. Votação 
• LO → Maioria simples/relativa 
• LC → Maioria absoluta 
 
►►Deliberação executiva – composta pelos seguintes atos: 
 
iii.Sanção e Veto 
c) Fase complementar 
i. Promulgação e Publicação 
 
►►Iniciativa Privativa 
 
A Constituição Federal exige que algumas matérias somente possam ser reguladas por meio de leis de iniciativa 
privativa de certas autoridades ou órgãos. Somente a pessoa legitimada poderá propor projeto de lei sobre aquela 
matéria específica. Existe muita violação de iniciativa, o que implica na inconstitucionalidade formal da lei. 
 
Pelo princípio da simetria ou paralelismo das formas, se no plano federal cabe ao Presidente oferecer projeto de 
lei sobre criação de órgão público, no plano estadual a atribuição será do Governador, e no âmbito municipal será 
do Prefeito. A sanção chefe do Executivo NÃO convalida o vício de iniciativa. 
 
O rol de iniciativas privativas não se exaure no art. 61 § 1º da CRFB/88, mas é o mais cobrado em provas: 
 
§ 1º – São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: 
 
I – fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; 
II – disponham sobre: 
 
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta 
e autárquica ou aumento de sua remuneração; 
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, 
serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios; 
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento 
de cargos, estabilidade e aposentadoria; 
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem 
como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria 
Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; 
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, 
observado o disposto no art. 84, VI 
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, 
promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. 
 
►►Iniciativa popular 
 
O art. 61, § 2º da CRFB/88 prevê que o projeto de lei popular depende do preenchimento de três requisitos cumu-
lativos: 
 
• Assinatura de 1% dos eleitores do país (equivale a aproximadamente 1 milhão e 400 mil eleitores); 
• Assinaturas divididas entre 5 Estados; 
• Em cada Estado, essas assinaturas devem representar 0,3% do eleitorado do Estado. 
 
§ 2º – A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscri-
to por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos 
de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. 
 
A iniciativa popular está limitada à LO e LC; não teria legitimidade para apresentar 
 
 
 
 
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Proposta de Emenda à Constituição. 
Em regra, a casa iniciadora da votação é a Câmara dos Deputados, que é a casa que representa o povo. Mas se 
a iniciativa do projeto for do Senado, a votação irá começar pelo Senado. Previsão no art. 64 da CRFB/88: 
 
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal 
Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados. 
 
►►Discussão e Emendas 
 
Existem no Congresso inúmeras Comissões temáticas, mas destaca‑se a CCJ (Comissão de Constituição e Justi-
ça), que faz o controle preventivo político de constitucionalidade dos projetos de leis apresentados. Mas o parecer 
da CCJ não tem o condão de arquivar o projeto de lei em tramitação. 
 
Na fase constitutiva há deliberação sobre o projeto e apresentação de emendas. 
 
As emendas são alterações ao projeto. Quanto ao tema, é importante destacar o art. 63, inciso I da CRFB/88, que 
prevê: 
 
Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista: 
 
I – nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e § 4º; 
 
Em princípio, projetos de lei de iniciativa privativa do Presidente podem sofrer alterações durante a tramitação, 
desde que: 
 
►►Não sejam alterações substanciais; 
►►Não haja aumento de despesas, ressalvado o disposto no art. 166 § 3º e § 4º: 
 
§ 3º – As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser 
aprovadas caso: 
 
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; 
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as 
que incidam sobre: 
 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou 
 
III – sejam relacionadas: 
 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
 
§ 4º – As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis 
com o plano plurianual. 
 
►►Votação 
 
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão 
tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. 
 
Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta. 
 
Para a aprovação da Lei Complementar, a referência do cálculo é a totalidade dos membros da Casa Legislativa. 
O quórum de instauração da sessão é a maioria absoluta dos membros. 
O quórum para aprovação da LC também é a maioria absoluta dos membros. 
Para a aprovação da Lei Ordinária, a referência para cálculo é a maioria absoluta (ou mais) dos membros da Casa 
Legislativa. 
 
 
 
 
 
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►►Sanção e Veto 
 
São atos exclusivos do Chefe do Executivo, e devem ser realizados no prazo de 15 dias úteis contados do rece-
bimento do projeto de lei. A sanção pode ser tácita ou expressa, mas o veto somente pode ser expresso. O trans-
curso do prazo de 15 dias úteis sem manifestação expressa do Presidente implica na sanção tácita. 
 
Na forma do art. 66 da CRFB/88, são características constitucionais do veto: 
 
• irretratável. 
• superável pela derrubada do Congresso Nacional. 
• pode ser total ou parcial. No caso de ser parcial, não pode ser de palavra ou expressão, 
 
pois deve abranger texto integral de artigo, inciso, alínea ou parágrafo. 
 
• O veto pode ser material/político ou formal/jurídico. Na primeira hipótese, o Presidente veta projeto contrário ao 
interesse público, e no segundo caso, contrário à CRFB/88, realizando assim controle preventivo político de cons-
titucionalidade. 
 
►►Promulgação e Publicação 
 
São atos do processo legislativo que recaem sobre a lei e não mais sobre o projeto. 
 
A promulgação certifica formalmente a existência da norma, confirmando seu plano de validade. A publicação dá 
notoriedade à lei, com a sua inserção no Diário Oficial. Não são 
atos exclusivos do Chefe do Executivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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