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Sociologia - 2º Bimestre

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Sociologia, 2º Bimestre - Dominação Legal Burocrática.
Os que acreditam em leis acreditam que ela se encaixa perfeitamente; a predominação do uso dessa racionalização se chama dominação legal burocrática – associa a presença de instituições burocráticas que tem as seguintes características:
Atos de administração que regulam ação dos funcionários
Funcionários Subordinados
Especialização de funções
Separação do funcionário dos meios de administração
Impessoalidade – o cargo tem o poder; o funcionário não;
Essa burocratização onde tudo é programado ocorre graças ao processo do capitalismo
A grande questão é: se os operadores do direito estão realmente fazendo justiça de forma burocrática, o real objetivo deles passa a ser a finalização do processo, não resolver de fato o problema.
Modernidade = expansão da administração burocrática (visto com mais eficácia).
Sociologia na administração do Direito
A sociologia no direito, relacionada com a discussão sobre a utilidade do direito, tem a contribuição de filósofos clássicos, como Marx, Webber e Durkhein. 
Condições de Mudança
As condições de mudança ocorrem nas décadas de 50 e 60 no pós-guerra, e essas mudanças atingem, principalmente, o cunho processual, institucional e organizacional.
Condições Teóricas e aumento de pesquisas acadêmicas que pesquisam essas mudanças.
Desenvolvimento da Sociologia: Webber defende que as instituições jurídicas cercam a nossa vida. Ocorre nas décadas de 50 e 60 um interesse maior pelos tribunais.
Desenvolvimento da Ciência Política e a neutralidade da Justiça: sua analise dos tribunais como sistemas políticos – questiona a neutralidade da justiça, ou seja, se ela realmente é justa.
Antropologia do Direito – antropólogos estudavam sociedades não ocidentais para compreendê-las socialmente. Após um tempo estudando essas sociedades, os antropólogos trouxeram elementos diferentes do que estavam institucionalizados – isso incentiva os estudos acadêmicos de direito e principalmente como os tribunais funcionam.
Condições de Surgimento
	Surgimento de novos movimentos sociais – ocorrem nas décadas de 50 e 60 quando ocorre uma pulverização de movimentos reivindicatórios, como por exemplo, os movimentos raciais nos EUA. O Estado passa a ser uma instituição que deve prover condições mínimas a sociedade, como educação, moradia, saneamento básico e etc.
	Demanda da Administração da Justiça – a partir do momento que nasce a reivindicação dos novos direitos, a demanda processual cresce e progressivamente há uma potencialização do judiciário devido ao nascimento de novos direitos.
Crise da Administração Pública
Estado Liberal 	 Estado Assistencial ou Estado Providencia
																																			
Judicialização do Direito		Explosão Litigiosa (ocorre na crise do petróleo)
O problema com a explosão litigiosa ocorre na década de 70 com a recessão economia e isso demanda mais juízes.
O acesso à justiça – Mauro Capelleti
Mauro Capelleti tem a definição de acesso a justiça que define de Direito Charneira que significa que a negação acarretaria os demais; se um direito não fosse atendido, os outros também seriam.
	Obstáculos á justiça:
Econômicos: altos custos de litigação; lentidão processual; custos com o advogado; custas judiciais; para os que são mais pobres, a justiça sai mais cara proporcionalmente ao quanto eles ganham. Exemplo: uma discussão sobre uma geladeira que foi vendida para um vizinho e o mesmo não pagou as duas ultimas parcelas. Para a pessoa que precisa desse dinheiro, por falta de recursos, ir a justiça despende tempo e dinheiro que ele não tem. Já para a pessoa que tem mais dinheiro, discutir o pagamento de um imóvel valioso exige um grande esforço, necessário e que cabe no bolso.
Sociais e culturais: precariedade no conhecimento de direitos; desconfiança; baixa qualidade nos serviços advocatícios (um advogado mais barato, às vezes, não tem muita experiência e acaba caindo à qualidade da defesa, o que faz total diferença na hora de decidir uma causa), pouca familiaridade com advogados e distâncias geográficas (quem precisa de um advogado, muitas vezes mora em regiões mais afastadas do centro, onde há a maior conglomeração de escritórios de advocacia)
Novos institutos:
Novos institutos foram criados com a intenção de diminuir os obstáculos à justiça.
Advogados particulares sem contraprestação: são advogados que advogam para famílias carentes sem cobrar honorários. Mas muitas vezes, por terem outros processo que lhe darão retorno financeiro, ou até mesmo pelo numero de famílias que buscam esse tipo de auxilio, o advogado não dá conta das ações.
Advogados particulares conveniados com a OAB: são advogados pagos pela União na qual o advogado é recebe honorários pagos pela união.
Defensoria Pública: algo muito recente no Brasil. São advogados concursados que pegam causas de famílias carentes.
Existem outros questionamentos ao redor do funcionamento da justiça, como: a ideologia da magistratura (quem são e qual é o perfil dos juízes e promotores?) e sobre o recrutamento da mesma (é bom? Atinge os objetivos propostos?).
Documentário ‘Justiça’.
	Trata essencialmente do acesso a Justiça Penal, e essa dependem do Ministério Público (que é quem decide se haverá ou não ação penal) e da Polícia (é quem faz a investigação e envia o inquérito para o promotor).
	Partes relevantes:
No primeiro julgamento, percebe-se que o juiz é automático nas suas perguntas e ações. O réu está sobre cadeira de rodas, e o juiz não percebe as necessidades dele, mesmo após o mesmo ter dito sobre elas.
O juiz filtra o estará escrito nos autos, o que imprime apenas a visão dele sobre o que os fatos. Caso, o juiz deixe de ser o julgador dos fatos, e outro juiz assumir esses autos, a única ferramenta que esse segundo juiz terá para julgar será a visão do primeiro juiz, que as vezes, pode ser prejudicial a decisão. 
A primeira audiência, tanto o Carlos Eduardo, quanto o cadeirante, vão sem preparo algum, visto que eles não têm defensor nomeado, e esse defensor é nomeado na hora.
Quando o Carlos Eduardo tem ciência da sua sentença ele não está acompanhado da sua defensora. A escrevente questiona se ele deseja recorrer, e ele nega, com um argumento fundado que o tempo que ele ficara no CDP se alongará, e que prefere cumprir sua sentença na prisão, onde há condições melhores.
O processo penal visa fazer valer uma verdade e o testemunho muitas vezes é apenas ocular, ou ainda apenas da policia, que tem um testemunho direcionado a acusação para fazer valer o poder da polícia.
O Ministério Público, em uma cena, não se manifesta, porque a acusação está totalmente formada.
Existe uma enorme distancia salarial entre o Ministério Publico e a Defensoria, o que configura uma grande injustiça, visto que ambos defendem.
O cotidiano das pessoas que participam de um processo é totalmente diferente, a realidade que eles encaram é oposta. E isso reflete também na linguagem.
O principio da individualização da pena não funciona, a pena ultrapassa os limites do réu e atinge a família do réu como um todo. Como mostra no documentário, existe um conflito quanto a filha do Carlos Eduardo e seu registro que não será feito até que ele esteja presente no Cartório, ou seja, só no fim da prisão.
Sistema Prisional incentiva às organizações criminais, como é mostrado no CDP, quando eles cantam.
Divisão Prisional não há responsabilidade sobre esse sistema. O juiz não vê a consequência de uma sentença dentro da cadeia, ela esta ligada apenas com a finalização do processo.
E o grande questionamento do documentário esta ligado com funcionalidade do sistema prisional e tudo é direcionado pela penalidade.
A juíza informa ao réu que nada pode fazer quanto a alimentação do sistema prisional, e se ele não tem família que possa ajudar, ela sente muito.
Conflitos sociais e mecanismos de sua resolução
	Uma série de questionamentos sobre como o Poder Judiciário julga e se este é realmente eficaz, e a grande questão,que tipo de poder judiciário é esse? Se questiona o modelo tradicional que é o modelo adjudicatório de solução de conflitos, é uma justiça vertical:
	J
	
 			 Determina quem ganhou a ação
R A
	Ela rearmoniza o conflito entre as partes, ela é capaz de restaurar estes conflitos aquele que intervém é o mediador antigamente que era um cacique que conhecia que conhecia as partes que julgava.
	Começa a ser implementado novos modelos, a partir de novas pesquisas, dizem que o Estado não é monopólio da justiça, recorre a padres por exemplo. Essa discussão tem muito haver com a crise judiciária. 
Informalização do Judiciário: estudos e políticas versando a fundação dos institutos livres, informais que agem dentro do Estado para resolver conflitos. Aposta-se agora em um modelo conciliatório, no qual a justiça passa a ser horizontal. E ela consiste na criação de mecanismos prévios para a conciliação. Conflitos estes que são menos complexos (no Brasil estão localizados no JEC e os JECRIMs). Essa forma de informalização é menos burocrática, pois visa a restauração do problema, como é feito hoje em SCS. O juiz nesse tipo de justiça não fica acima, fica entre as partes, e ele é mais participativo, pois busca a solução do problema. Entretanto, esse juiz nem sempre é um bacharel em direito.
Justiça Restaurativa
Definição: 
A Justiça Restaurativa baseia-se num procedimento de consenso, em que a vítima, o infrator e outras pessoas ou membros da comunidade afetados pelo crime, participam coletiva e ativamente na construção de soluções para a cura das feridas, dos traumas e perdas causados pelo crime. Trata-se de um processo estritamente voluntário, relativamente informal, a ter lugar preferencialmente em espaços comunitários.
Finalidade:
Institucional: Um instrumento de aperfeiçoamento do funcionamento da justiça
Político-Criminal: instrumento de implementação da política criminal na qual há uma tendências conservadoras, moderadas e radicais. 
	JUSTIÇA RESTAURATIVA
	JUSTIÇA RETRIBUTIVA
	Vê o crime como lesão à sociedade
	Vê o crime como lesão ao Estado
	Busca a reintegração do indivíduo a sociedade através das retificações que o mesmo fez.
	Busca “castigar”, penalizar o infrator, através da sua própria exclusão do convívio social.
	A justiça restaurativa se dá num ambiente estruturado, informal, onde cada componente do círculo restaurativo possui importante missão pacificadora.
	No cenário austero de um tribunal, a vítima é apenas meio de prova, sem nenhuma participação, o infrator nada mais é que o acusado.
Potencial da Justiça Restaurativa:
Causa maior satisfação tanto das vítimas como dos infratores;
Redução da reincidência;
Não há a figura do Estado punitivo, mas sim, um Estado preocupado com a reintegração do indivíduo a sociedade.
Qual a concepção de justiça restaurativa adotada?
A Justiça Restaurativa precisa buscar a melhoria do aparato judicial tendo como horizonte a implementação de uma política criminal despenalizadora.
	JUSTIÇA VELHA
	JUSTIÇA
	Práticas dos Tribunais, decisões tomadas por especialistas.
	Participação de vítima e ofensor para tomada de decisões
A justiça restaurativa tem na sua formação o papel do conciliador que serve para abrir uma via de comunicação entre as partes.
Quem participa?
Vítima;
Ofensor;
Comunidade.
Facilitador
Em quais cidades brasileiras têm tido aplicação?
Porto Alegre:
Realizado na 3° VRJIJ;
Aplicada nos processos de execução da medida sócio – educativa;
Instituição responsável : 3° VRJIJ.
Brasília:
Realizado no 1° e no 2° Juizados Especiais de Competência Geral do Núcleo Bandeirantes; 
Instituições responsáveis : TJDFT – MPDFT;
São Caetano do Sul
Instituição responsável: Vara da Infância e da Juventude.
Mediação realizada nas escolas
Círculos restaurativos realizados no município
Quanto à eficácia:
Não opor-se a atividade de fiscalização exercida pelo MP e Poder Judiciário, com o fim de garantir o respeito à proporcionalidade e à dignidade humana, evitando excessos e situações vexatórias.
Objetivos do programa:
Aprimoramento no sistema de execução de medidas sócios – educativas;
Contribuição apta a apartar as arestas do sistema tradicional;
A visão do mediador:
Pedagoga Vera Lúcia Barbosa de Oliveira
Professora e Mediadora da Escola Estadual Coronel Bonifácio de Carvalho (S.C.S)
A mediação está presente em todas as escolas de São Caetano
Tem a proposta de sanar os conflitos desde a sua geração
São tratados na mediação conflitos reversíveis, que não exigem um posicionamento penal.
Qual a utilização da Justiça restaurativa hoje?
Não há freqüência de utilização do programa.
Substituído por MEDIADOR.
Deixou de ser uma responsabilidade do poder judiciário, passando para o Ministério público.
Falta de incentivo, investimento, estrutura para a aplicabilidade.
Projeto pouco divulgado.

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