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gametogenese masculina e feminina

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SDE0028 – Histologia e Embriologia 
Aula 3: Gametogênese Masculina e Feminina 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Gametogênese 
É o processo de formação e 
desenvolvimento das células 
germinativas especializadas – os 
gametas (Moore, 2012, p.14). 
O desenvolvimento embrionário se 
inicia quando um ovócito é 
fertilizado por um espermatozoide, 
formando uma célula – ZIGOTO. 
O Zigoto possui 46 cromossomos 
(2n) dispostos em 23 pares. 
Formação de gametas masculinos 
(espermatozoides) e femininos 
(ovócitos ou oócitos). 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Gametogênese 
Formação de gametas masculinos (espermatozoides) e femininos (ovócitos ou oócitos) 
• Ocorre nas gônadas: ovários e testículos. 
• Existem dois tipos de divisão celular: Mitose e meiose. 
• A mitose é o tipo de divisão celular em que o número de cromossomos é mantido – células 
somáticas. 
• A meiose é o tipo de divisão celular em que o número de cromossomos é reduzido – células 
germinativas ou gametas. 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Divisão celular: Mitose x meiose 
A meiose envolve dois processos de 
divisão celular: 
• A primeira divisão meiótica é 
classificada como reducional, 
pois envolve a redução pela 
metade, do número de 
cromossomos. (2n → n) 
Diploide para haploide. 
• A segunda é equacional, isto é, 
mantém o número de 
cromossomos. 
MEIOSE MITOSE 
Célula em que ocorre Células da linha germinativa para formar 
gametas ou esporos 
Células somáticas 
Nº de divisões 2 1 
Nº de células-filhas 4 (haploides) 2 (haploides ou diploides) 
Relação do DNA Uma vez (na interfase que antecede o início 
do processo) 
Uma vez (na interfase que 
antecede o início do processo) 
Quantidade de 
cromossomas das células-
filhas em relação à célula-
mãe 
Metade Igual 
Quantidade de DNA das 
células-filhas em relação à 
célula-mãe (após 
replicação) 
¼ da célula-mãe Metade 
Qualidade dos 
cromossomos das células-
filhas 
Diferente informação genética 
relativamente à célula-mãe, devido ao 
fenômeno crossing-over e à separação ao 
caso dos cromossomas homólogos na 
anáfase I. 
A informação genética é 
idêntica à da célula-mãe. 
Emparelhamento de 
homólogos 
Ocorre (prófase I) Não ocorre 
Divisão do centrômetro Ocorre (anáfase II) Ocorre (anáfase) 
Diferenças na metáfase Ocorrem duas metáfases. Metáfase I: os 
cromossomas colocam-se aos pares na 
placa equatorial com os pontos de quiasma 
no centro e os centrômeros voltados para 
os polos. Metáfase II: Igual à metáfase 
Metáfase: os centrômeros 
estão na placa equatorial e os 
braços dos cromatídios estão 
voltados para os polos 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Divisão celular: Mitose x meiose 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Importância da meiose 
Possibilita a constância do número de 
cromossomos de geração a geração pela 
redução do número de diploide para 
haploide – gametas haploides. 
 
Possibilita o arranjo ao acaso dos 
cromossomos materno e paterno. 
 
Reposiciona os segmentos dos 
cromossomos através de cruzamentos dos 
segmentos cromossômicos – crossing-over. 
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AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Gametogênese masculina: espermatogênese 
Sequência de eventos pelos quais as células germinativas primitivas se transformam em 
espermatozoides. 
 
Início na puberdade quando o organismo começa a secretar altos níveis de testosterona – intensa 
produção até a velhice. 
 
Ocorre no interior dos túbulos seminíferos. 
 
As células-tronco chamadas de espermatogônias são transformadas em espermatozoides. 
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• Espermatogônias 
• Espermatócito primário 
• Espermatócito secundário 
• Espermátides 
• Espermatozoides 
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Espermatogênese. 
As espermatogônias ficam quiescentes até a puberdade quando são estimuladas a se proliferarem e 
crescerem. Dão origem aos espermatócitos primários (2n). 
Os espermatócitos primários entram na primeira divisão meiótica dando origem aos espermatócitos 
secundários (n). 
Os espermatócitos secundários entram na segunda divisão meiótica e dão origem às espermátides (n). 
Ao final, cada espermatogônia (2n) dará origem a 4 espermátides (n). 
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Controle hormonal da espermatogênese. 
Ainda no embrião, já se inicia a produção de 
testosterona pelas células de Leydig e que é 
importante para o desenvolvimento dos 
caracteres sexuais primários e secundários. 
Por volta da puberdade, ocorre a maturação das 
células hipofisárias e se inicia a produção dos 
hormônios do eixo hipotálamo e da hipófise. 
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Controle hormonal da espermatogênese. 
O hipotálamo inicia a produção do hormônio 
estimulante das gonodotrofinas (GnRH), que 
vai estimular a hipófise a produzir os 
hormônios LH e FSH – hormônios 
gonadotrópicos. 
 
LH – hormônio luteinizante 
Estimula as células de Leydig a produzir mais 
testosterona. 
 
FSH – hormônio folículo estimulante 
O FSH e a testosterona ativam as células de 
Sertoli que, por sua ve,z estimulam as 
espermatogônias a iniciarem a 
espermatogênese. 
LH 
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Espermatogênese 
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Espermiogênese 
A série de transformações que as espermátides sofrem até adquirirem formato de espermatozoides: 
A. Formação do 
acrossomo; 
B. Condensação do 
núcleo; 
C. Formação do colo, 
parte média e cauda; 
D. Eliminação da maior 
parte do citoplasma. 
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Gametogênese feminina: ovocitogênese 
Processo que abrange a formação dos gametas femininos. Inicia-se ainda no período pré-natal e 
termina depois do fim da maturação sexual (puberdade). 
As células-tronco são as ovogônias que migraram do saco vitelino ainda no período embrionário e 
interrompem sua divisão celular na fase de prófase da meiose I. 
Dentro de cada folículo primordial existe um ovócito primário. 
No sétimo mês de desenvolvimento fetal, as ovogônias degeneram. A partir dessa fase não há mais 
formação de folículos. 
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Ovogênese 
Células germinativas (2n) 
Meiose II (só se completa se ocorre fecundação) 
Período 
germinativo 
Período de 
crescimento 
Período de 
maturação 
Ovogônias (2n) 
2n 
Mitose 
Ovogônias (2n) 2n 2n 
Crescimento sem 
divisão celular 
Ovócito I (2n) 
Meiose I 
2n 
Ovócito II (n 
cromossomos 
duplicados) 
n 
Primeiro glóbulo polar (n cromossomos 
duplicados) n 
n n glóbulos polares (n) n n Óvulo (n) 
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• Aumento das células 
germinativas por mitose; 
• Crescimento das 
espermatogônias; 
• Redução do material 
germinativo por meiose; 
• Maturação estruturas e 
funcional. 
Fases da gametogênese masculina 
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Espermatozoides 
Células móveis que nadam livremente. 
• Cabeça: contém núcleo haploide e é revestida pelo acrossomo (forma de capuz) que possui 
enzimas cuja a função é a penetração na corona radiata e zona pelúcida do ovócito. 
• Peça intermediária (da cauda): possui mitocôndrias – energia para o movimentoda cauda. 
• Cauda: motilidade. 
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Epidídimo 
Após sua produção no testículo são transportados passivamente 
até o epidídimo. 
Funções: 
• Armazenamento dos espermatozoides; 
• Reabsorção do fluido testicular e de espermatozoides 
“velhos”; 
• Maturação dos espermatozoides: motilidade progressiva e 
aptidão para fertilizar o ovócito. 
• Inserção de glicoproteínas na superfície celular e perda da 
gota citoplasmática. 
Gota citoplasmática distal – defeito do epidídimo 
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Capacitação dos espermatozoides 
Ocorre durante a passagem dos espermatozoides pelas secreções do trato reprodutor feminino 
(muco cervical e fluido folicular). 
Desprendimento da cobertura superficial de glicoproteínas secretadas no epidídimo e de proteínas 
oriundas do líquido seminal; 
Aumenta a motilidade e ativa as proteínas que o ligam à zona pelúcida do ovócito. 
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Gametogênese feminina 
Tem início no embrião quando células indiferenciadas migram do saco vitelino para as gônadas em 
desenvolvimento e se diferencial em ovogônias. 
As ovogônias se proliferam (mitose) durante a fase fetal. Antes do nascimento, algumas se 
diferenciam em ovócitos primários enquanto que as demais degeneram. 
Os ovócitos primários ficam parados na prófase I (meiose I). As células do estroma do ovário 
envolvem o ovócito primário formando o folículo primordial. 
A cada ciclo, vários folículos primordiais são recrutados pelos hormônios LH e FSH e iniciam a 
maturação. 
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Meiose 
Ao contrário do aparelho reprodutor 
masculino em que uma 
espermatogônia dará origem a 4 
espermatozoides, uma ovogônia dará 
origem a um ovócito. 
O ovócito é uma célula grande – 
recebe uma grande quantidade de 
citoplasma. 
Durante a formação do ovócito serão 
formados 4 corpúsculos polares. 
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Controle hormonal Hipotálamo 
Fatores liberadores de 
gonadotrofinas 
Adenohipófise 
Liberação de gonadotrofinas 
FSH 
Estimula os 
desenvolvimento dos 
folículos ovarianos 
LH 
Estimula a 
ovulação 
Puberdade 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Ciclo hormonal feminino 
Adaptada de: 
 http://www.educa.aragob.es/iescarin/depart/biogeo/varios/BiologiaCurtis/Seccion%207/
7%20-%20Capitulo%2050.htm 
No início, ocorrem pequenos pulsos de FSH 
e LH que recrutam um grupo de folículos 
primordiais – maturação. 
À medida que esses folículos maturam 
iniciam a produção de estrogênio. 
Um dos folículos matura primeiro 
provocando a atresia dos outros folículos. 
O estrogênio provoca um surto de LH e FSH 
o que causa a ovocitação. 
O LH, então, provoca a luteinização das 
células foliculares. 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Ciclo hormonal 
Retirado de: 
http://www.ufrgs.br/espmat/disciplinas/midias_digitais_II/modulo_II/fisiologia2.htm 
Assuntos da próxima aula: 
1. Ciclo hormonal reprodutivo 
feminino.

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