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d Ui j,fiJLUiti\U Uitii Cr\YiiilhU 1||il|| ililililililililililililililfiflHltHil i iil] Lon L. Fuller O Caso Dos ExproneooR-ES UN CEVERNAS T?adução e Notas por Ivo de Paula, LL. M. Mestre em Direito Internacional Bancário e Comércio Exterior pela American Universiry em Washington, DC, nos Estados Unidos Introdução e Apêndice por João Paulo Rossi Júlio Advogado @ Paulo SP 2008 Sào Sumário Introdução .......7 O caso dos exploradores de cavernas . . . . . .13 Posfácio . . .77 Apêndice - Esboço de trabalho com sugestões paraosprofessores .......75 Introdução Pretende-se com a leitura da presente obra aguçar curiosidade dos acadêmicos que entram na Universi- ..de. inaugurando-os no pensamento jurídico, e levan- - s. gradativamente, à formação de uma consciência .-.--:a. a partir do contato com os mais atraentes temas . l-:ncia do Direito suscitados pela obra "O Caso dos -. :.adores de Cavernas". -- -errura do texto não pressupõe um conhecimento - : :- ou de filosofia legal, não devendo ser penosa, - -:ra agradável Introdução a Ciência do Direito. - ., - 'urídico narrado no livro foi escrito por Lon : : -,:-ltrrente publicado sob o título The Cose of . . ^' :-',: -:, r'í/'s. na revista H an' ar d L av,' Review, - - '. : - s :a Suprema Corte. proferidos pelos : : : -. -.,,S:-: O CaSO. OS qUatS efpLOfam O . ; : :: - -'-: - *:--s riierentes e so'b pr.incioios eioLaw School. Foi autor de otto lir-ros e de rá- Lorv L. Fuu,ER rios artigos, quase sempre ligados a Filosofia do Direito, revelando-se um dos principais filósofos do direito nor- te-americano, na segunda metade do século XX. Crítico da Teoria do Positivismo, escreveu em 1964 a obra inti- tulada The Morality of Law, na qual defende sua posição jusnaturalista. Como apêndice a esta obra, Fuller incluiu o seu segundo caso, bem menos famoso que o primeiro: The Case of the Grudge Informer. Fuller inspirou-se para a criação de seu caso fictí- cio em dois casos reais, polêmicos às suas épocas: U.5. y. Holmes (7842) e Regino v. Dudley & Stephens (1884). Ambos os casos se originaram de naufrágios em aito-mar e têm como local de acontecimento os botes salva-vidas, onde os sobreviventes se envolvem em homicídios, que mais tarde são levados a apreciação da Justiça. No caso U.S. v. Holmes, os homicídios foram praticados para ali- viar a carga do bote salva-vidas, que estava ameaçado pela superlotação dos exploradores embarcados. Já no processo Reginav. Dudley & Stephens, os homicídios fo- ram praticados como forma de obter alimento para os sobreviventes à beira da morte pela fome. Pode-se facilmente perceber que os fatos que enri- quecem a obra de Fuiler foram emprestados destes dois casos: o estado de desespero e a falta de esperança dos envoividos, a escolha da vítima pela sorte, o homicídio seguido de canibalismo (em um dos casos), a simpatia dos reus e a comoção popular provocadas na sociedade, deiesas baseadas no estado de necessidade, condena- cÕes no júri e até a possibilidade de perdão. A este verdadeiro i.l-, -..--.: a criatividade de Fuller act..:-=. - - i a mudança do cenario pii: : levantou interessanre quesrà' :: - , - experts medicos e de ens. -.=.: quadro desasrroso QUe Sc -r::- dores: a morte por inani,- - grandes dificuldades que e:-. - de resgate. inclusir-e cor.r ç.:' - Não se esquece o au.,-:. participação da r,ítima. \\-:,:: processo de eleiçào daqu..= - = nefício da sobrevir,ência c',,. :=. Em suma, os fatos e :a -i - atenção em uma leirura i-:::-:1. o leitor inicia a formacàr- :: .. ou contra os exploradore! . - - ra é posto à prova diante G,trS ::rt'*- : vincentes dos diferenres . . da Suprema Corte. Esta diversidade de'*-,=.-= . . a amplitude do campo do :-:= = sa dos valores humanos. Ê:. , -...1 os valores morais \.igenies : ! - : Como na valiosa .-:: - - \lontoro. a ficção de Fu...: - O Caso nos A este r-erdac.-:, ---.':-,:i-:.,,, ;e iat,:s e sltr:acões. a criatividade de Fuiiel. ::-r.:Sr: - -- ar:lda .rLrros. como a mudança do cenár-: p-:r- :i -: a:.--:- -. l'i-'.. -:i'-:.tl e levantou interessanre que..-'. - -: - :'-.:--:.o. uDlniÔes 11c experts médicos e de ei-ig:nhai:ir,s cua -u.'Loanenrairrm o quadro desastroso que sÊ deselha-''a sobr.e os erpiora- dores: a morte por rnanlcaro, irnie-se a esre quadro as grandes dificuldades que envolr eran rodos os trabalhos de resgate, inclusive com eler adas bairas. Não se esquece o autor. rnciusrve. de detalhar a participação da vítima, Whetmore, nas deflnições do processo de eieição daquele que seria sacrificado em be- nefício da sobrevivência dos demais. Em suma, os fatos e seus detalhes prendem a nossa atenção em uma leitura atraente e envolvente. Quando o leitor inicia a formação de seu juízo de valor, a favor ou contra os exploradores sobreviventes, seu -iulgamento é posto à prova diante dos argumentos concretos e con- i-incentes dos diferentes votos proferidos pelos membros -.'. Suprema Corte" Fsra dir-ersidade de julgamentos demonstra ao leitor . -,:,,-lde do campo do direito e sua aplicacào na defe- - r -,- :es humanos. em confionro com as lers locais. :: r- -:.:.-rs r igentes e os anelos aa. s,-laledade. 10 LoN L. FULLER pararmos com um caso jurídico complexo, não nos de- vemos prostrar escravos dos ditames da norma posta, mas sim ter a consciência de que "...a realidade social e a justiça, como valor fundamentai, estão presentes em todos os momentos da vida do direito: na elaboração de normas, na sua interpretação e aplicação, nas senten- ças, pareceres, petições e recursos. Aceitar as normasjurídicas estabelecidas como inexorável imposição dos detentores do poder é negar ao jurista outra tarefa, que não seja a de executor mecânico das mesmas, significa desnaturar o direito e, mais do que isso, traí-lo". O Caso dos Espeleólogos narra de forma inten- sa, mas ao mesmo tempo esquemática, a complexida- de dos fatos e a flexibilidade da argumentação jurídica quando os enfrenta. Os cinco votos enfocam distintos detalhes dos fatos e se socorrem de precedentes legais e jurisprudenciais diversos, com o intuito de estruturar a argumentação jurídica que embasa os seus veredictos. Por meio desse recurso, Fuller possibilita a ilustração, na prática, das principais escolas da Filosofia do Direito, passeando pelas teorias do historicismo, jusnaturaiismo e positivismor entre outras, introduzindo o aluno ao es- rudo da Ciência do Direito. Exatamente pela sua riqueza é que este pequeno livro se tem revelado um grande aliado dos Professores da cadeira de Introdução à Ciência do Direito, permi- rindo que Mestre e Alunos participem de discussão fe- cunda, pela qual poderão ser dados os primeiros passos dos futuros bacharéis na arte da argumentação jurídica, O Ceso Dos ExpLoRADoRES DE C-crtn' introduzindo-os nas principais Corr:t-t: j - -: jurídico que convivem na Ciêncta r - - -. =. Com o intuito de colaborar i, t-- -: - . - trabalhos que possam ser desen',': --. -: - , - - atrevi-me a esboçar algumas ide,:s : -. , = final do livro, as quais devem at.r,i-r :: conduzir. os trabaihos que po-:.- -: classe com este fascinante 1i.'-:- Por fim, a1ém de agraiec.: :. -- - - tora Universitária de Dire.r,: : -., : - - vilegio de poder escre\ er .j:. - : - g,rande obra. gosraria de .. - de sua publicação. bem c- r : : ao cuidadoso trabalho *: .: - - . Pau1a, que procurou l::s:t- -:l ginal, introduzindo r a--'-... . também socorrem o ,. : : -.: - na redacào de seus '. - O Caso Dos L\p-cF,jJoFFS C rttzut.ts introduzindo-os nas princlpais correntes do pensamento jurídico que convir,em na Ciencia do Direito. Como intuito de colaborar com a discussão e os trabalhos que possam ser desenvolvidos com esta obra, atrevi-me a esbocai a,;lumas ideias que se encontram no final do 1ir-ro. a-s c-;a,s der-em apenas inspirar, e jamais conduzir, os tra:a-ros que podem ser desenvolvidos em" classe com este fascinante 1ivro. Por fim. aiem de agradecer à LEUD - Livraria e Edi- tora Universitárra de Direito a honra do convite e o pri- vilégio de poder escrever esta modesta introdução a esta grande obra, gostaria de cumprimentá-la pela iniciativa de sua publicação, bem como externar minha admiracào ao cuidadoso trabalho de tradução feito pelo Dr. Ir-o de Paula, que procurou preselvar a essêncla cio terlo ori- ginal, introduzindo valiosas notas que nào so erpiicam as diferentes facetas do direito norte-ane tl.,-ro. como também socorrem o leitor na correta inre::i.:;rcào dos rermos empregados pelos membtos da S''.::t:-a Cotre. r;. redacào de seus lotos, -'- :-:- , .:,.' _^.1 -i a- u'JIl, -=l,,r:. O Caso dos Exploradores de Cavernas' Na Suprema Corte de Newgarth, no ano de 4300 .r.!tut.rri Publicado por Lon L. Fuiler na 62 Hon'orciI : . -: rr posilicio. s réus, tendo sido indiciados pelo crime de as- sassinato, foram condenados e sentenciados a serem enforcados pelo Tribunal de Primeira Instância do Condado2 de Stowfield3. Tais réus apeia- ram para este tribunal alegando vício. Apresentando os argumentos e fatos necessários para a apreciação desta apelação perante este Tribunal, segue a decisão do Presidente do Tribunala. Truepenny, C. J. (Presidente): Os quatro réus são membros da Sociedade Espeleológica, doravante, simplesmente Sociedade, uma organização compos- ta de pessoas amadoras, com o interesse específico de exploração de cavernas. No princípio de maio de 4299, os quatro réus, na companhia de Roger Whet- more, também membro de tal Sociedade, adentraram o interior de uma caverna formada por pedras cal- 2. (Nota do tradutor) - No caso da aplicação da 1ei em um caso real, os condados são de jurisdição político-admrnistrativa, onde várias cidades lequenas se reúnem para obter melhor administracão púrblica, na questão Ca administração da justiça: pode-se comparar os condados às comaicas Srasileiras. 3. Court oJ GeneroL lnsldnces of the Coun4, of Stotvfield. .+. (Nota do tradutor) - Na organização do judiciário norte-ameiica- :o. o Presidente do Tribunal, sendo o Chief o_f Justice. não se apresc.nia nx ..:minrstração da justiça do direito da common lnlr como um elemeriu -:ansitório, or: mandatário. Sua condição e a de cheÍê entre pares. _senir -nais experiente ou mais respeitado ministro entre os qr:e têm as-senrr) -: ::ibunal. Sua designação é por nomeacão da autoridade comDetente - = '. itaiícia 16 Lor,r L. Furlrp. -,,r,:S úo rlpo encontrado no planalto central desta :-nunidades - Commonwealth. Enquanto se encon_ :ra\-am. remotamente, à entrada da caverna, ocorreu um deslizamento de terra. Em decorrência, grandes pedras caíram, de tal maneira que bloquearam, com_ pletamente, a única entrada conhecida da caverna, Quando os espeleologistas perceberam a sua situacão. posicionaram-se perro da entrada obstruída. ugrridu ram até que o resgate pudesse remover todo o entulhc que os impedia de sair de tal ,,prisão,,subterrânea. Dc nào retorno de Whetmore e dos réus às suâs câsâS. c, secretário da Sociedade foi notificado pelos familiares. Existem informações de que os exploradores deixaran: lndicações do local da expedição e da caverna a se: explorada na sede da Sociedade. imediatamente uma erpeclicão de resgate foi enviada para o local. O grr_rpo de resgate encontrou dificuldades er_ rreiu:ls e foi necessária a suplementação do número de pessoas, e tal incremento foi complementado con: máquinas, que demandaram grandei gastos para sua iocomoçáo para região erma e isolada, onde a caver_ na estava localizada. Um considerável campo tempo_ rário foi armado, onde se encontravam trabalhadoies. : : : .: t_-i - ltll]-os espeCialistaS. C, =,- : : - .---: -t-:iO pOr OLltfoS deSmC,fC,:1..:1, I - - - -:-.i:S ::Sr.ZamentOS. dez tfaba,:-:-; _. - . : .l::-:aa a entrada da car-erna. - : ' _ , :.. _ -t'ar-ia da Sociedade Esoeie, _ : :- ::.:cr esforÇO de Iesgate. e :1 : -:- : . - t-.,rr-s'. ier-antados. oarclar-- . ,, : ,: *lar- e outra pur,a pol- co.la-s-. ' - : .:--. tÉS{âtadOS, Sucesso no res lã:a . , - . .-: -.oi, dias depois qlle os esp-:1:- - '- : l_:,::-,-€fflâ. : , - :-*..- OS erpiOradores Car-Ie{â-,:iI-. ._ r: -t...-sÕes. e r-isto que. tambént. tà,' , - ' :.: :nimais ou \:egetaÇào d-.-rr :: * - . -,*.tis eles pudessem subs-siir. ..- ,s - -::.-: c Comeco de cue eles re:.-;-:r . r r -*: jSÉ ser obtido. No r-isesrrn,_, l :- - :'. at--1i. fOl deSCOh^rtn -ol. nr'--:'. :. -..r. .lur uc>LUUCI LU. pcl-1 I ,_--- : -r-.. uma máqulna sem flo. cap:,2 ': -:_:' .:.:'lsagens. Um inStrumentO si-:t,, - -:-:lo de resgate e a comuni!-r: : : :-::-*a Com os infOrtUnados exnl.: r. i\irtr,i do tradutor) - Cor,rrtonwealth é um termo normalmen:: .-:.1- D.i1it de signar a união das nações britânicas, também sendo o títu: clr crtarr() estados estadunrdenses. a saber: Kentuckv Massachusen. _ \ ;,.nihiâ , FULLER *:tero , com :a sua aa\-er- :mpo- iores, :- -I)ente , rirulo -:.r5etts. O Caso Dos ExpLoRADoRES DE CevsRr'iRs engenheiÍos, geólogos e outros especialistas. O esfor- ço do grupo responsávelpela remoção dos escombros foi, várias vezes, frustrado por outros desmoronamen- tos. Em um desses deslizamentos, dez trabalhadores ioram mortos limpando a entrada da caverna. Todos os recursos da tesouraria da Sociedade Espeleológica -ogo se exauriram no esforço de resgate, e a- soma le oitocentos mil frelars1. levantados, parcialmente, :or subscrição popular e outra parte por concessão :gislativa, foram gastos antes que os homens presos -.'- caverna fossem resgatados. Sucesso no resgate foi ,--,rldo após trinta e dois dias depois que os espeleólo- : -'s entraÍam na caverna. Era sabido que os exploradores carregavam com . =s esCaSSas provisões, e visto que, também, não es- :.',r1rr dlsponíveis animais ou vegetação dentro de tal : :rna. com os quais eles pudessem subsistir, ansie- . -: eristiu desde o começo de que eles teriam en- -r.ado a morte devido à desnutrição, antes que o -rri r a eles pudesse ser obtido. No vigésimo dia de ' :r.,são na caverna, foi descoberto, pela primeira - --,ie fbi levada uma máquina sem fio, capaz de - i-r. . receber mensagens. Um instrumento similar ...::,1ado no campo de resgate e a comunicação : - -r -ili estabeiecida com os infortunados explora- :r:r.1utorl - X,{edida de valor monetário fictícia. t8 LoN L. FUILTR dores dentro da montanha. Eles solicitaram para se- rem informados de quanto tempo demoraria para serem liberados. Os engenheiros responsáveis pelo projeto responderam que pelo menos dez dias seriam necessários, [Iesmo que nenhum outro desmorona- mento ocorresse. os exploradores, então, pergunta- ram se havia médicos presentes, sendo coiocado em comunicação um comitê de especialistas médicos. Os espeleologistas presos dentro da caverna descreveram a sua condição e as rações que foram levadas com eles, e solicitaram uma opinião médica se acaso eles teriam uma chance de sobreviver sem comida por dez dias. O chefe do comitê médico afirmou que havia poucas possibilidades de sobrevivência. O comunicador ficou em silêncio por oito horas. Quando as comunicações foram restabelecidas, os exploradores presos pediram para falar com os médicos novamente. O chefe dos médicos foi posto na frente do comunicador e Whet- more, falando por todos, inclusive por ele mesmo, perguntou se eles teriam condições de sobreviver por mais de dez dias consumindo carne do corpo de um deles.O médico, com relutância, respondeu de forma afirmativa a questão. Whetmore perguntou se seria aconselhável para eles tirarem a sorte para determi- nar qual deles seria usado para tal fim7. Nenhum dos médicos presentes se disponibilizou para responder à tútícl-r of them should be eaten. --a,,.j respondera tal quts:' l''-''- .:: ,, Iesgate Se apresentoU ' -': - - - l: : - : . -:-.-'. responder a tal quetii- : r: -- - Dos dePoimentos dos reus' qL' ' ' :- 'úrados, Parece que foi Wherr - l: -- -: - *rn dos presentes na exPediçà'- : '-- . --: método paÍa tirar a sorte, chal: j-- - - *,. ,aut paÍa um par de dados que '': --'- : -. reus, lnicialmente, relutaram eil ::- '- :.irmento desesperado, mas, após as '' .'- -=,atadas acima, eles finalmente conc'll:- ': ino Proposto Por Whetmore' \Pos : - . , r.. q.,.itões matemáticas envolr icas - . --r'L acordo sobre o método para se soLu:- ' '' -:o. usando-se os dados. .. :rploradores se hariam eu': '-- - ,. =rploradores presos, descob-l':*-:: - -.: - .=ro dia, apos entrarem na c3"=---: :-,r pelos seus comPanheiros -: : 'I ' :-:ro dia, aPós entrarem na ca-''::-j -.i-LER O CASO Dos EXPLORADORES DE CA\ERNAS ,ergunta. Whetmore, então, peíguntou se havia entre ls presentes um juiz, ou outro oficial do governo que :udesse responder a tal questão. Nenhum dos presen- :es no resgate se apresentou como conselheiro em tal Juestão. Ainda, perguntou se um padre ou ministro :oderia responder a tal questão, e nenhuma pessoa foi -'-chada que se qualificasse para tal. Após isso, nenhusta :ensagem foi recebida de dentro da caverna, e assu- ::iu-se, erroneamente, que as baterias do comunicador :rs exploradores se haviam extinguido. Da liberação - -,s exploradores presos, descobriu-se que no vigésimo =:ceiro dia, após entrarem na caverna, Whetmore foi -- lr-to pelos seus companheiros de exploração. Dos depoimentos dos réus, que foram aceitos pe- -, .iurados, parece que foi Whetmore quem, primei- -,:rente, propôs que deveriam usar como nutriente, ,::r o qual a sobrevivência seria impossível, a carne -: '*m dos presentes na expedição" E, também, foi :imore quem primeiro propôs que se usasse al- - -:- método para tirar a sorte, chamando a atenção - , :Êus para um par de dados que e1e teria consigo. . r.:us. iniciaimente, reiutaram em adotar ta1 pro- -.-iÊnto desesperado, mas, após as comunicações, r -.,j-,jas acima, eles finalmente concordaram com o proposto por Whetmore. Após muita discussão . = -,uestões matemáticas envoividas, chegoll-se a - --::i.do sobre o método para se solucionar a ques- -::.ndo-se os dados. 20 LoN 1.. Fur,r,nR Antes dos arremessos dos dados e computação dos resultados, porém, Whetmore retirou-se de tal acordo, pois, decidiu, devido à reflexão, aguardar por mais uma semana, antes de se resolver a tal expedien- te temerário e odioso. Os outros exploradores acusa- ram Whetmore de quebra de boa vontacie e continua- ram arremessando os dados. Quando chegou a vez de Whetmore, os dados foram lançados por um dos rétrs, e ele foi inquirido a levantar quaisquer objeções que tivesse quanto à justiça do arremesso. Whetmore afir- mou que ele não teria nenhuma objeção. O resultado foi contrário a Whetmore, e ele foi morto e consumi- do8 pelos seus companheiros. Depois do resgate dos réus, e depois de comple- tada a convalescência no hospitai, onde foram trata- dos por desnutrição e choque, todos foram indiciados pelo assassinato de Roger Whetmore. Durante o jul- gamento, após os depoimentose concluídos, o repre- sentante dojúri (que era um advogado por profissão) inquiriu ao tribunal se os jurados não poderiam emi- tir um veredicto especial, deixando para o tribunal decidiq baseado nos fatos, achar os réus culpados. B. "... eoten...". 9. (Nota do tradutor) -No sistema cia common lolr. o processo penal real não apresenta inquérito como no Brasil; como muito se vê nos filmes .1e Hollvnood, a inquirição e acareacão do réu e das testemunhas são itita-s perante o juiz e jurados. -r,s alguma ponderação, tanto, .-:' - -.-:- .omo o Advogado de Defesa --l:-- j-: ::r para tal Procedimento. o a'j': j -- ---rrna1. Em um longo e espeCLâr-.' - i :onsideÍaram os fatos, ta1 coi]l, . '-nda, decidiram que, se, baseac': :*s fossem culpados, e o crime in:-':-- . -', os jurados considerariam os re*> --: - .--.: nesse veredicto, o juiz, presidinr - : ,: - - ,: ,rem exarar a sentença de que oS r:-: : - - - s peia morte de Roger Whetmore ---i: -r. . -.. -'rou que eles deveriam ser enfo: -, : ' -- do nosso Commonwealth nào p.:-..--' - -,:-i respeito à pena a ser imputada. -:: - i -. --. dos juradcs, todos os membros. .'" - ' : '.-1aram comunicação para o Chefe a - ''-. ' , ,-rando comutação da pena para pl--.. -. .=s, Tal comunicação foi, similarmenl.. -. - - - *. presidiu o julgamento. Com respe-:- . -' -=.-huma açâo foi tomada, pois o Chr-: - : :):a\-a, aparentemente, aguardando d.: '. - : -:a1 sobre esta apelaçá'o - petition o-' :--' Parece-me que, em se tratando a. *' - .,,-:aordinário, o júri e o juiz seguiram c :-r-' , simplesmente justo e criterioso. mas . *'.-- ..:' romado sob a lei ügente' A linguag.: :: . .-rm conhecida: "Qualquer um quÊ. -: :' : -' je. retira a vida de outrem, der-erá sei : -- - O Caso nos ExpLorucDoRES DE Cer,tRxas \pós alguma ponderação, tanto o Promotor de Jus- -ica como o Advogado de Defesa indicaram sua acei- -:cão para tal procedimento, o que foi adotado pelo .rbunai. Em um longo e especial veredicto, os jura- -:s consideraram os fatos, tal como relatados acima, . ainda, decidiram que, se, baseado em tais fatos, os : --s fossem culpados, e o crime imputado a eles, en- . , ,rs iurados considerariam os réus culpados. Com -' .: nesse veredicto, o juiz, presidindo a seção, achou lem exarar a sentença de que os réus eram culpa- , ::ia morte de Roger Whetmore. Assim, o juiz sen- : .ru que eles deveriam ser enforcados, sendo que : ro rrosso Commonwealth náo permite discrição - :speito à pena a ser imputada. Depois da libera- - ,. iuradcs, todos os membros, conjuntamente, - :-r) Corrunicação para o Chefe do Executivo, so- - -, comutação da pena para prisão de seis me- . ,omunicação foi, similarmente, feita pelo juiz ::-liu o julgamento. Com respeito a tal pedido, ' - : acào foi tomada, pois o chefe do executivo .,:.irentemente, aguardando decisão deste tri- , , r - esta apelação - petition of error. : , . -=-me que, em se tratando de um caso tão - r.:::ro. o 1úri e o juiz seguiram o curso que não - : r - .nte justo e criterioso, mas o único curso a - i - -r a 1ei vigente. A linguagem do estatuto ' - .--Ca: "Qualquer um que, de própria von- : ' -la de outrem, deverá ser punido com a Lo\ L. a- , moÍte"1o. Esse estatuto não permite exceção âpli'-;' : a este caso, muito embora nossas simpatias possar- -' clinar-nos afazer concessões, devido à trágica situ::' na qual essas pessoas estavam envolvidas. Em um caso como este, o princípio da cleme'::-' exercida pelo poder executivo parece-me, admirar''-' mente, casado com a intenção de mitigar os rigo::' da lei, e eu pÍoponho para os meus colegas que s' juntem para seguir o exemplo dos jurados e do iuir presidente do julgamento, na comunicação que eles enviaram para o Chefe clo Executivo. Há todas as ra- zões para se acreditar que tais solicitações de clemên- cia serão atendidas, vindo de quem estudou e te\-e a oportunidade de se tornar profundamente conhe- cedor das circunstâncias do caso. E pouco prováve1 que o Chefe do Executivo negue estas solicitações, a não ser que ele mesmo estabeleça audiências tão ex- tensivas como aquelas que envolveram o julgamento abaixo, que duraram três meses. O estabelecimento de tais audiências, o que montaria virtualmentea um novo julgamento, seria, dificilmente, compatível com a função do executivo, como é usualmente concebido' Eu acho que nós devemos de alguma forma assumir que clemência será estendida a esses réus. Se esta for concedida, far-se-á justiça sem se otender a letra ou lO. Whoever sltalt tçillftLlty rake the li.fe o.i attLtther shall be punishetl lty deorh. N.C.S.A. (n.s.) § 12-4. - i -:.--:: ?ÊSSOaS COme:Ê:- - -' ' -. :.:condenadanorr:'r-:' - : -.- :-a o que aconteça Com f'S -l - - : - -rI clpe lândo para uma dtspens: -- t: :-. irsposição pessoal do poder '-'::-- ,, : -:ia admissão de tal monta QL.ie : ': -' ".' :altl't não mais pretende incol"l.':'' -:irrio, que e1a declara que eles devam s': -'- - - :e qualquer crime. Apresento minha conr *': ao a* duas bases independentes, amba' " : ' sozinhas, suficientes para justificar a ir:! ' rais réus. r'aLLER icárrel Lm in- :raÇão encia ravel- gores ue se : juiz : eles as ra- ,mên- I IEVC rnhe- -' ável )es, a iC eX- lento iento aum . com rido. iumir :a for :a ou O CASo oos ExploneDoRES DE Cer,nRNes :spírito de nossos estatutos e sem oferecer encoraja- :rento pelo desrespeito à lei. Foste6 J. (Ministro): Estou chocado que o Pre- ..dente do Tribunal, em um esforço de escapar do - - rstrangimento deste trágico caso, tenha adotado, : :Ênhâ proposto para seus colegas, um expediente .,, sórdido e tão óbvio. Acredito que algo mais está .- julgamento neste caso, que excede a sorte desse -.,)ltunado grupo de exploradores, que é a lei deste ",mortweolth. Se este tribunal declarar que sob a .sa lei estas pessoas cometeram um crime, então, ,sa 1ei será condenada no tribunal do senso comum, ' ,mporta o que aconteça com os indivíduos envolvi- : resta apelação. Para que possamos estabelecer que :, ilue defendemos e nos compele a uma conclusão : --,rs devemos envergonhar, e da qual só poderemos . .: -'.r apelando para uma dispensa que repousa den- -,, disposição pessoal do poder executivo, parece- : -,:â admissão de tal monta que a lei deste Com- .:ith não mais pretende incorporar a justiça. - -, meu entendimento, não acredito que nossa , :ompele a conclusões monstruosas, que tais .,. sejam assassinas. Acredito, muito pelo con- -_,-e ela declara que eles devam ser inocentados . : -- iÊr crime. Apresento minha conclusão basea- : - -,.lS bases independentes, ambas as quais são, .: . suricientes para justificar a absolvição de r I 24 Lo\r L. Fulr-nR A primeira repousa na premissa de que poderá 1e\-antar oposição até ser examinada imparcialmente. Tomo a posição de que a lei positiva e promulgada deste Commonweal.th, incluindo todos os seus estatu- tos e precedentes, são inaplicáveis a este caso, e que o caso é governado por escrituras antigas da Europa e América, chamadas de "lei natural"11. Esta conclusão repousa na premissa de que nos- sa lei positiva declara a possibilidade da existência das pessoas em sociedade. Quando tal situação se apresenta, tal coexistência das pessoas se torna im- possível, então a condição que se apresenta para to- dos os nossos precedentes e estatutos deixa de existir. Quando tal condição desaparece, então é de minha opinião que a força da nossa lei positiva desaparece com ela. Nós não estamos acostumados a aplicar a ntaxim cesssonte ratione legis, cessat et ipsa lex12 para toda a nossa lei promulgada, mas acredito que este é o caso em que devemos aplicar a moxim. A proposição de que toda a lei positiva é basea- da na possibilidade da coexistência das pessoas soa estranhamente, não simplesmente porque a verdade que contém é, também, estranha, mas porque sim- 17 . Tlte law ctf nattLre. 12. (Nota do tradutor) - A razão da lei cessa e a lei em si cessa os s:us efeitos, -: =:lte temos a oPOrtunidade *. -' . l - :rio ar que respiramos. Quc s: :-'-;, - - -.=io ambiente, porém, esquea-..- - -i - -: : :-: - momento em que dele sor-) ,l -:- - -.-s forem os objetos que poss:'-'.-- - -: - - -.is areas do nosso direito. il.; --l ' . -=rào mais profunda que todo> --., - :- -:- ts no sentido de facilitar e inc:-..--'. ..-:-a humana, regulando com ius:,:-: : : - - :.:-Ões da vida em comum. Qu" : - -: pessoas vivendo em comunidar. - ,. :- -i-erdade, mesmo perante a ób"i:- . : - - - :rnstância, quando a vida somel:: r.l ::, se retirando a própria vida. en:--: -, . '-.,cas que suportam toda a nossa 1:::: : -:r'ào seu sentido e sua força. Se tais eventos tivessem ocorrido *l- -: - - s limites territoriais do nosso Cot;lr'---- - - . -:m acharia que nossa lei se ap[cat"'" : - - l":s reconhecemos que a jurisdição I-e:- --': ,:ialidade. A base desse princípio da L.::-- ' . -: forma alguma é óbvia, sendo exami;:: - - -:luencia. Eu tomo que este princrpr : ' - -,r uma asserção de que ele é possi-'.' : -ra ordem legal única sobre um gru: -. . ) -ÍIente viver juntos dentro dos limrret -: - :-:ea do planeta Terra. A premissa de :---= -,, O Caso oos ExplonaDoRES DE CewnNes :-esmente a verdade é tão óbvia e penetrante que ra- :rTrente temos a oportunidade de nomeá-la. É como :róprio ar que respiramos, que se espalha pelo nos- . - meio ambiente, porém, esquecemos que ele existe, i,- o momento em que dele somos privados. Sejam -.-'.:s forem os objetos que possamos procurar nas , r -as áreas do nosso direito, fica aparente em uma .'.nào mais profunda que todos eies foram direcio- -. > no sentido de facilitar e incrementar a coexis- ---' humana, regulando com justiça e equidade as , - :s da vida em comum. Quando a premissa de : :SSoâs vivendo em comuniclade, juntas, perde- .r.iade, mesmo perante a óbvia e extraordinária .:ancia, quando a vida somente seria possível . r -:irando a própria vida, então as premissas i :--re suportam toda a nossa ordem legal per- ,:* sentido e sua força. : .:.S e\-entos tivessern ocorrido uma milha além :) ierritoriais do nosso Commontvealth, nin- - - -:r. :r que nossa lei se aplicaria para os réus. -..emos que a jurisdição repousa na terri- . .-- base desse prir-icípio da territorialidade .,-:-tcf € óbvia, sendo examinado com certa r - :,lmo que este princípio é suportado ::: --r.t de que ele é possível para impor - .: ',,.rica sobre L1m grllpo de pessoas, r -los dentro clos limites de uma dada --. ,=r-ra. A premissa de que as pessoas 25 a1 :1 t- e LoN L. FUIIT,R devam coexistir em Srupo denota, então, o princípio da territorialidade, como toda a lei o faz. Agora eu disputo um caso que poderá ser removido, moralmen- te, do jugo de uma ordem legal, bem como ser, tam- bém, removido geograficamente. Se nós olharmos os objetivos da lei e governo, e para as premissas que fundamentam a lei positiva, essas pessoas, quandb tomaram a decisão fatídica, estavam removidas da nossa ordem legal, como se estivessem a milhares de milhas das nossas fronteiras. Mesmo se considerando a questão da presença física, pois a prisão subterrâ- nea estava separada dos nossos tribunais e oficiais de justiça por uma sólida cortina de pedras, que foram removidas somente após gastos extraordinários de tempo e esforço. Assim, concluo que, na hora em que a vida de Roger Whetmore foi terminada por esses réus, eles estavam usando a singular linguagem dos autores do século XIX, fora do "estado da sociedade civil", mas no "estado natural". Isso tem a consequência de que a lei aplicáve1a eles não é a promulgada e estabelecida pelo Commonwealrh, mas, sim, da lei derivada daqueles princípios que eram apropriados para a condição em que eies se apresentavam. Não hesito em dizer que sob tais princípios eles são inocentes de qualquer crime. O que essas pessoas fizeram foi realizado em con- secução a um acordo por todos eles, e primeiramente : -:::nte que a SitUaçãOextraolí---:r--: - -s:,rria e que não existem er-ide:: - -: -. -rorte m a noção de que qualque: -: - : " :r. renha sido fundado de uma n'i:-. . - --:-a teoria. Moralistas retrucaran. -: -: aontrato era uma ficcão de un : . :-:o. a nocão ou contrato fornecr. , - __- 5-- - _ - -:, : etica na qual os poderes de go-..-. . -: - rérmino de uma vida por orde::- : - - I -::-.,ri repousar. OS pOderes do go.,'-- , . - : - : ,, ser justificados moralrnente coÍ- - .-: : - : : ::: poderes que pessoas l'azoa', :. j - ,- : .-ceilariam, se eles fossem conh-,:'r--- -. - : -::. --:de de construir, novamenle. a,.--.- , " , . .::i- sua vida comunitária possL.,-e-. ..ER Lpio en- lm- rCS lLie rdo da de rdo -.... :d- de am de O Ceso »os Expr,oRaDoRES DE Cer,nRlRs proposto pelo próprio Whetmore. Mesmo porque era aparente que a situação extraordinária tornou ina- plicável os princípios usuais que regulam as relações pessoais; pois foi necessário para eles estabelecerem, :omo aconteceu, a instituição de um governo apro- :riado para a situação na qual eles se encontravam. Vem da antiguidade e tem sido reconhecido des: ..e então que o princípio mais básico da lei e do go- ..rno é encontrado na noção de contrato ou acordo. .-.nsadores da antiguidade, especialmente durante o ::ríodo de 1600 a 1900, usando como base de gover- - -r em uma suposição original social - o contÍato. Cé- :os avisam que essa teoria é contraditória aos fatos - . história e que não existem evidências científicas - --. suportem a noção de que qualquer governo, algu- -'-: -,-eZ, tenha sido fundado de uma maneira proposta i.uma teoria. Moralistas retrucaram, pois, se a for- ' ' de contrato era uma ficção de um ponto de vista , . -,r-ico, a noção olr contrato fornecia a únir:a justi- -'.:-r'a ética na qual os pocieres de governo, que in- . :-r o término de uma vida por ordem do governo, --':-ram repousar. Os poderes do governo somente ' -:r'ao ser justificados moralmente com base de que .-:sses poderes que pessoas razoáveis concorda- - : aceitariam, se eles fossem confrontados com a . -.::-dade de construiE novamente, alguma ordem ::Ze í sua vida comunitária possível. de 1es io no iei =1o .ts r:T: ib 28 LoN L. FuLI-nR Felizmente, nosso Commonwealth náo se preo- cupou com as perplexidades que acossavam nossos ancestrais. Sabemos, como uma questão de verdade histórica, que nosso governo foi fundado sob um con- trato ou livre vontade das pessoas. A prova arqueoló- gica é conclusiva de que, no primeiro período seguin- te à grande espiral evolucionária13, os sobreviventês daquele holocausto, voluntariamente, reuniram-se para desenhar e instituir governo. Escritores sofisti- cados têm levantado questões sobre o poder de esses contratantes remotos compÍometer gerações futuras, mas o que prevalece é que o nosso governo traça uma linha contínua para o passado até a época da forma- ção de tal governo original. Se, então, nossos carrascos têm o poder de dar cabo das pessoas, se nossos xerifes têm o poder de co- locar inquilinos inadimplentes na rua, se nossa polí- cia tem o poder de encarcerar ébrios libertinos, esses poderes acham sua justificativa moral no contrato so- cial dos nossos ancestrais. Se nós não podemos achar nenhuma fonte melhor para a nossa ordem legal, que fonte melhor poderíamos esperar daqueles desafortu- nados, famintos, que encontraram a mesma ordem que eles adotariam para a situação que se apresentava? Acredito que a linha mestra do argumento que explanei não dá espaço para explica-ção racional. 13. Grear Spirol. . .- ::bi que isto, provavelmeflte . S;r-: r.- -: - - -crro Cesconforto por muito. , -: . : - , -. principalmente aqueles que cs-: -,r , .-soeitar de que algum sofistica;: : - - :, - - rdido, baseando-se nllma demc,:s:, - - ^^-^l--^1^- --' ,--- c- :tlr .-'-fras conclusões pouco familiaies .-. - :. ,-\nf^rf^ á tnrlqrrio Ç4nil ,1o,.'l---r- .- -:, r rnforto é, todavia, fácil de idei:-,-, - -, .. usuais da existência humana no.. :: Jue a vida humana tem um r-a1or -'- poderá ser sacrificada em nent*:.. - - , Àl. muito disso é pura ficção, pr,':-., __ -: - : a concepção, mesmo quando esra :, -: -:--, as relações ordinárias da sociec::= - ..- rlustração dessa verdade neste m.-.-- - i :.:alhadores foram mortos flo procÉSS - *: *'. pedras para a abertura da carrern: . :ngenheiros e seruidores públicos. :,* - =:açào de salvamento, a par dos sei-_ -,ia dos trabalhadores que efetua\-ai:- - r::. - apropriado que a vida de dez traba.:.,: . ::ificada para salvar a vida de cincc, =.:. - --:sos, por que, então, nos estão dizer: . : .:*o pârâ esses mesmos exploradores a -_ .::,rdo peio qual se salvou a r.ida de q...:,' -: -1Il1â? Toda estrada, todo túne1, todo er---: : -,ietamos envolve um risco à r.ida hul:..-, ,. . :SeS projetos Como um tOdO. poden-1,:s :----- l'ulr-BR O Ceso oos Erplozua.DoREs DE CevsRNes ?ercebi que isto, provavelmente, será recebido com --m certo Cesconforto por muitos que lerem esta de- - -;ào, principalmente aqr,reles que estejam inclinados suspeitar de que algum sofisticado sofisma esteja .. :ondido, baseando-se numa demonstração que leva :antas conclusões pouco familiares. A fonte desse ..conforto é, todavia, fácil de identificar. As condi- .s usuais da existência humana nos inciinam a pen- . lue a vida humana tem um valor absoluto, e que - : poderá ser sacrificada em nenhuma circunstân- , \i. muito disso é pura ficção, principalmente so- r -'. concepção, mesmo quando este conceito é apli- as relações ordinárias da sociedade. Nós temos ' , -rustração dessa verdade neste mesmo caso. Dez .,radores foram mortos no processo de retirada ::aras para a abertura da caverna. Não estavam ' :=lheiros e seruidores pirbiicos, que dirigiam a : , -.rc de salvamento, a par dos sérios riscos para i -rl)s trabalhadores que efetuavam o resgate? Se : .:r'iado que a vida de dez trabalhadores fosse -::lâ para salvar a vida de cinco espeleólogos , :,ll- que, então, nos estão dizendo que foi er- :-a esses mesmos exploradores conduzirem o :-,: qual se salvou a vida de quatro à custa -.: :srrâda, todo túnel, todo edifício que nós -. . :nr-olt e um risco à vida humana" Pegando . :-,s como um todo, podemos caicular com 30 T,o]v L. FULLER certa precisão quantas mortes mais sua construção irá cobrar; estatísticos podem-nos dizer a média de custo de vidas humanas em mil milhas de uma estra- da de quatro pistas de concreto. Ainda, nós, delibera- damente, e conscientemente, incorremos e pagamos esses custos na premissa de que os valores obtidos para aqueles que sobreviveram superam a perda. Se essas coisas podem dizer sobre o funcionamento de uma sociedade, sobre a terra, em condições normais e ordinárias, o que poderia ser dito por nós sobre o su- posto valor absoluto da vida humana em uma situação desesperadora, na qual os réus e seu companheiro whetmore se encontravam? Isto conclui a exposição da primeira justificativa da minha decisão. A segunda base prossegue rejei- tando, hipoteticamente, todas as premissas nas quais usei até agora. Vou conceder, para dar força ao ar- gumento, que este-la errado em dizer que a situação em que os exploradores estavam possa ser removida do efeito da lei positiva, e assurÍIo que os estatutos consolidadosla têm o poder de penetrar quinhentos pés dentro de pura pedra e imporem-se sobre pessoas famintas em sua prisão subterrânea. Assim, naturalmente, é perfeitamente claro que essas pessoas agiram de forma a violar a formulação I4. Consolidared Slorrrre.s -..:al do estatuto que declara QUe :* *: : _ : . -. própria retira a vida de ourrem , -_: : . I.las um dosmais antigos fragne,_,_. -. -. ::ca está no fato de que uma p€-(-.-:- - - -: , ::r-a da lei, sem violar a própria _.- - _- , ,-:ies da lei positiva, contidas err -r :: . -i'isprudência, deverão ser interpi. _, - _. -:-:e. sob a luz das evidências proprs-... : :. -lde tão elementar que não há â r,:-::: - : _-enorizar tal conceito, sendo que -t,-:. _ . - --:ação são inúmeros e estão prese:t::: : .--..s do direito. No caso Commontyedj'.' : . -.- --,i condenado sob um estatuto qua -_:-., -:-',-a: um carro estacionado eITl c€11ã: ::,:, : - = - , jo superior a duas horas. O réu ha-, -,, .. - :: seu Carro, mas não pôde fazê 1C t _ - , _: : : :rn bloqueadas por uma demons::'-- __ -. :_ *:l e1e tomou parte e não tinha Cor _ _: .: . :. -:,o. Sua condenação foi anulada pc: :-: : .: - :r:-t se considerando que seu caso nà,: :: .:,:,:-rt do estatuto. Novamente, ent F.;... : j. * ferante este Tribunal o propósiro :., _. - -: -- estatuto no qual a palarrra "nel.o ' , _ . _ : :,rSpoStâ da sua posição pretendida. - - - , :rucial seção do ato. Sua transposi:--. . - ,: :-s minutas sucessivas do alo. r'rr. - :=' ,-ada pelos minutantes e patronos -.- : - .---in conseguiu provar cofito o cri.r,r :: _ -: : _: -..so oos Expr,onc.ooRgs »n Car,ERuRs ..,.1.a1 do estatuto que declara que "aquele que de von- , :e própria retira a vida de outrem" comete assassina- \las um dos mais antigos fragmentos da sabedoria -'-aica está no fato de que uma pessoa poderá rriolar - :rra da lei, sem violar a própria lei. Todas as pro- sicões da lei positi."ra, contidas em um estatuto ou ' rurisprudência, deverão ser interpretadas, razoavei- .. -:nte, sob a luz das evidências propostas. Esta é uma .:Cade tão elementar que não há a necessidade de :-inenorizar tal conceito, sendo que exemplos da sua :-icação são inúmeros e estão presentes em todas as . -.-as do direito. No caso Commonwealthv. Staymore, o .,l ioi condenado sob um estatuto que tornava crirne -.-rar um carro estacionado em certas áreaS por um :irodo superior a duas horas. O réu havia tentado re- - r\-er seu carro, mas não pôde fazê-io porque as íuas :i:a\ram bloqueadas por uma demonstração pohcial, - -, qual ele tomou parte e não tinha como antecipar ta1 - -,queio. Sua condenação foi anulada por este tribunai, -:smo se considerando que seu caso não se ajustava à :;aÇão do estatuto. Novamente, en1 Fehler v. l/eego.s, .,.-stiu perante este Tribunal o propósito da construçáo -: L1m estatuto no qual a palavra "não" foi claranren- : transposta da sua posição pretendida, no final r rra -..,is crucial seção do ato. Sua transposição estavi; ern las as minutas sucessivas do ato, nas qr,tais fci r:r'- . -lenciada pelos minutantes e patronos da iegisiac:ao. .-rguem conseguiu provar corlo o etro apareceLl, nras 31 -!R 'aode ra- los los Se de SE ;11- ào IO ro ris ir- io .t^td ]S ]S ]S 1e irJ 32 LoN L. Fur-rsR aincia estava presente queJ em se considerando o con- teúdo do estatuto como um todo, havia um erro, pois a leitura Iiteral da cláusula final denotava inconsistência com tuclo que havia sido tratado antes e com o objeto a ser promlllgado, como estava descrito em seu preâm- buio. Este Tribunai se recusou a aceitar a interpretacão literal do estatuto e, de fato, Íetificou sua linguagem, lendo-se a palavra "não" no lugar em que deveria ter sido colocada. O estatuto perante nós, para interpretação, nun- ca foi aplicado literalmente. Há séculos ficou estabe- lecido que matar em legítima defesa é uma escusa para a punição. Não há nada no estatuto que sugira essa ex<'ec.'ão. Várias tentativas foram feitas para re- cor',cilia r o tratamento legal da legítima defesa com as palavliis c1o eslatutoJ mas, na minha opinião, estes são sonr*urt sof ismas ingênuos. A verdade é que a etr:eiiil r.m i'ivor r.1a legítima defesa não pode ser re- <--oncili;r,lii ('om As palavras do estatuto, mas somente coilr {) :;r,:i ohiel ir,.rl A'"'er-tiadeira reconciliação da escusa de legítima dei-esa c{)ril o estatuto, tornando crime matar outrem, só poderá ser achada na seguinte linha de raciocínio. iim dos principais ob,ietivos sustentando qualquer le- sislacão rriminal é o de deter pessoas de cometerem cnmes. Acora, é aoarente que, se foi declarado como lei cr.te r--rrf irr ::1qr:cnl em legítima defesa é, também, -: .:- :.gra não poderá operar como restrir.' -:i-:-: que tenha a vida ameaçada irá repe - il:,.::. nào importa o que a lei diga. Obsen: - : .,.-.:. os objetivos mais ampios da legislac - - :- :,rs poderemos, seguramente, declarar c : ::.:--.ro não pretendia ser aplicado para os ca: -: :..-.,r-â defesa. - -.rdo o racional da escusa da legítima deie : -'io. torna-se aparente que, precisamente, * : :,ctona1 se aplica ao caso presente às barras - '-. Se. no futuro, qualquer grupo de pessoas -:. -:: rrágica situação em que se acharam os re' -: s nos assegurar de que a sua decisão de -' ii - - :.er não será controlada pelo estabelecido t - , , l:digo Penal. Consequentemente, se lermos : ': --.-, criteriosamente, o regulamento nào se a: - -: : :ste caso. A retirada dessa situação dos efel - :: . : ruto é justificada, precisamente, pelas mes.l . -:r-:rações que foram aplicadas para os nossos : : r:'--S. que exerciam o ofício da justiça, nos sÊ.u . :, i:-:os. para os casos de legítima defesa. :-ristem aqueles que levantaram a queslio . --acào judicial, toda r.ez que um tribunal a,,, - objetir.o do estatuto, dando à sua redacàc , : .-,lo que não é o aparente para o leitoi casu:i. - - , ::nha estudado o estatuto mais detaihadar., -- , : examinado os objetivos que pretende aica''- -=E-B ton- ris a ncia ,tetO 'am- ,,.CàO lÊm, t ler lLin- ! -t: -l ^: -1.-'. -.- lr Ccso Dos ExPLoRADoRES DE CA\iT,R\'{s .me, tal Íegra não poderá operar como restnl--:' - rla pessoa que tenha a vida ameaçada irá repeiir , ., u[."rror, não importa o que a lei diga' Obsen'an- ,.1então, os objetivos mais ampios da legislação - ,ninal, nós poderemos, seguramenteJ declarar que : estatuto não pretendia ser aplicado para os casos .gítima defesa. Quando o racional da escusa da legítima defesa :.,-p1icado, torna-se aparente que, precisamente' o ..no racional se aplica ao caso presente às barras do --na1. Se, no futuro, qualquer grupo de pessoas se .,: na trágica situação em que se acharam os réus, :-tlos nos assegurar de que a sua decisão de viver -- rrrer não será controlada pelo estabelecido em - Código Penal. Consequentemente, se lermos tal - -o criteriosamente, o regulamento não se apli- i este caso. A retirada dessa situação dos efeitos -'-r-uto é justificada, precisamente, pelas mesmas -.t.ações que foram aplicadas para os nossos an- ,. que exerciam o ofício da justiça, nos séculos , !. para os casos de legítima defesa' ::em aqueles que levantaram a qllestão de ',,,,r iudiáal, toda vez que um tribunal anali- , ,:tr-o do estatuto, dando à sua redação urn - -. não é o aparente para o leitor casual' que - -,, estudado o estatuto mais detalhadamer- , . :,inado os objetivos que pretende alcançar' 34 LoN L. Fui,r_rR Gostaria de, enfaticamente, declarar que aceito semqualquer reserva a proposta de que este tribunar está obrigado por esses estatutos do nôsso Commonwealth eque exercita seus poderes subordinado pelo desejo le_gai da Câmara dos Representantesrs. O arrazoado que apliquei acima não levanta nenhuma questão quanto afidelidade da lei promulgada, porém, poaerá levanrar uma quesrão sobre a distinção entre a fid"lidud" racio- nal e irracional. Nenhuma pessoa na posição de supe_ rior quer um subordinado que não tenha a capacidadede ver as entrelinhas. A mais estúpida empregacla do_méstica sabe que, quando lhe é diio "descascar a sopa e esfolar as batatas,,16, sua patroa não quer dizer o quedisse. Ela também saberá que, quando seu patrão lhedisser "largue tudo e r"rhu aoi.*do,,, ele poderá estar negligenciando a possibilidade de que elà esteja, na_quele momento, salvando o bebê de cair em um barrilde á91217. Certamente, nós temos o direito de esperar a mesma racionalidade no judiciário. A correção de errosiegislativos ou negligências não é para supiantar o de_ sejo do legislativo, mas, sim, para iazê_lo efêtivo. Assim, concluo queJ em todos os aspectos sob osquais este caso poderá ser visto, esses réus são ino- : - :: :o crime de assassinato de Roger Whetm,::, - r : ,,)ndenação deverá ser negada. -.:rlrrg, J. (Ministro): No desempenho das - - ., .ncões como ministro deste tribunal. norri -: -. sou capaz de dissociar os lados emocion: - -. ..aldas minhas reações, e decidir o caso apres , - .inicamente, com base na racionalidade. En : - - ÊSte trágico caso, acho que meus recursos usL - -'-l'r-me. No lado emocional, acho-me dividido r '- simpatia por essas pessoas e um sentimenio - ::.ecimento e repugnância para com o ato mc - '- so que elas cometeram. Tenho esperança de ,. :..,: CâpâZ de colocar estas emoções contradltoi -. .do, como irrelevantes, e decidir o caso com b :- -ir]â demonstração lógica e convincente como - :ado requerido pela nossa lei. Infelizmente. € - ..ibilidade não me foi concedida. .\o anahsar a opinião do meu colega Foster. ar ,. está crivada de contradições e falácias. \amos --:râ1- com a sua primeira proposição: estas pess -. -, estariam sujeitas à nossa 1ei porque elas nàc -- li:l\-am no "estado cia sociedade civil" e sin :!râdo natrrral". Não estou certo do porQue *c . -'-racão, se é por calrsa da grossura das rochas , , prendiam, olt da fome, ou, ainda. porque ".s-: -aera.m 11m novo governo", que as regras usu--.-! .:m slrplantadas pelo arremesso de dados: oLr - ,-. 75. Cltantber o/ Àepresentotn,es. 76. 'fo peeL the ,sotLp cuttl skim úre po7(77rrs5 17. ... Roiir borre!... -r\ L. Furr-nR - ].SO DOS EXPLORÀDORES DE CEVERUAS 35 a acelto sem , ::-rbunai está ".'-'.ortvealth e '.-c desejo le- -: razoado que :s:à.o quanto à :erá levantar .-idade racio- ,:cào de supe- ;, capacidade :pregada do- ,i:1scâÍ a sopa -l' dizer o que rL1 patrão the - poderá estar '.ir esteja, na- en-r um barril r-, de esperar a :.ccão de erros rplanrar o de :ietivo. fectos sob o. leus são inc,- -.lres do crime de assassinato de Roger Whetmore, e - -: a condenação deverá ser negada. Tatting, J. (Mínístro): No desempenho das mi- - .,s funções como ministro deste tribunal, normal- - -'nte sou capaz de dissociar os lados emocional e . -.onai das minhas reações, e decidir o caso apresen- . *,r. 'únicamente, com base na racionalidade. Em re- . do est€ trágico caso, acho que meus recursos usuais . -ârn-me. No lado ernocional, acho-me dividido en- . a simpatia por essas pessoas e um sentimento de :recimento e repugnância para com o ato mons- - - so qlle elas cometeram. Tenho esperança de que -i capaz de colocar estas emoções contraditórias : -Ldo, como irrelevantes, e decidir o caso com base - ill-]a demonstração 1ógica e convincente como re- ..do requerido pela nossa lei. Infelizmente, essa ,. rilidade não me foi concedida. \c analisar a opinião do meu coiega Foster, acho . :sfá crivacla de contradições e falácias. Vamos co- .r- com a sua primeira proposição: estas pessoas .rtariam sr.rjeitas à nossa lei porque elas não se ' 'lrn no "estaclo da sociedade civil" e sim em . 'r natlrral". Não estou certo do porquê de ta1 - :o. se é por cati-ca da grossura das rochas que .rdian-i, oi,i da fome, ou, ainda, poÍque "estabe- '.-r 1ir[ novo goveÍno". que as regras usuais se- , llerntadas pelo arremesso de dados; oti outras 36 LoN L. FULLER dificuldades que se apresentavam para eles. Se essas pessoas passaram da jurisdição da nossa lei para a "lei natural", em qual momento isto ocorreu? Acon- teceu quando a entrada da caverna foi bloqueada, ou quando a ameaça de desnutrição e fome atingiu um cefto grau de intensidade indefinida, ou quando o acordo para o arremesso dos dados foi feito? Essas incertezas na doutrina proposta pelo colega são ca- pazes de produzir dificuldades reais para definição. Suponhamos, por exemplo, que uma dessas pessoas tenha completado seus 21 anos de idade, enquanto presa nas montanhas. Em tal data ela seria conside- rada como atingindo sua maioridade - pois comple- tou 21 anos, nesse momento ela estava, por hipótese, alheia aos efeitos da nossa 1ei, ou somente quando ela foi libertada da caverna e passou, novamente, a estar sujeita ao que meu amigo chama de nossa ,,lei positiva"? Estas dificuldades podem parecer obra da imaginação, mas elas somente servem para mostrar a natureza fantasiosa da doutrina que é capaz de dar origem a elas. Mas isto não é necessário para explorar essas amenidades, ainda mais para demonstrar o absur_ do da posição do meu colega de ofício. O Ministro Foster e eu somos juízes indicados para o tribunai do Comtnonwealth de Newgarrh, fizemos juramento e lomos empossados para acimintstrar as iers deste Comm-onwealth. Por qual autoridade poderemos nós . -: ], DOS EXPLORADORES DE CA\ERNAS -. - l.r em um "Tribunal Natural"? Se tais pessoas . - .:fm, realmente, sob a lei natural, então como i I - :ie autoridade para explanar e aplicar ta1 1ei? Pc -:*:mente, nós não estamos no estado natural. \ amos examinar o conteúdo desse Código natul - -: meu colega propõe que adotemos como nosso .- -:a-lo paÍa este caso. Que atrapalhado e odioso es - - ::go él E um Código no qual a lei de conÍatos ..-s hrndamental do que a lei de crime contra a \tc -n Código sob o qual uma pessoa poderá fazer u . - - rdo válido, dando poderes para seus companh, - . consumirem seu próprio corpo1S. Sob as pror isÕ -=ste Código, ainda mais, tal acordo, uma vez feilo --.r-ogável, e se uma das partes pretender Íetirar-i .: cutros poderão fazer justiça com as suas própri , -.rs, e fazer valer o contrato pela vioiência - o q -.-=u velho amigo ignora por meio de um conlenier ', -.ncio ao fato da retirada de Whetmore, sendo nect ,.:,a a implicação disto no seu argumento (Fcster, l Os princípios que o meu colega de câmara er: -. contêm outras implicações que não podem ser : ..:adas. Argumenta que, quando os réus se r olrar. - ,ra Whetmore e o mataram (nós não sabemos cc':: lB. ... empowering his felLows ro eot his... 19. (Nota do tradutor) - Nome entre parênteses adic-- .-- :a melhor compreensão.
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