Aula 2 - Hospedeiro

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HOSPEDEIRO 
Prof. Andréa Maria Góes Negrão 
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA 
INSTITUTO DE SAÚDE E PRODUÇÃO ANIMAL – ISPA 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
Eixo Temático MEDICINA PREVENTIVA E SAÚDE COLETIVA I 
• Organismo capaz de abrigar um agente causal de 
doença com a qual pode estabelecer várias 
interações. 
• Ser vivo que oferece, em condições naturais, 
subsistência ou alojamento a um agente infeccioso 
(Organização Pan-americana da Saúde (1992) 
Hospedeiro 
Hospedeiro 
Hospedeiros em potencial e podem apresentar duas 
condições, dependendo de fatores intrínsecos: 
Vertebrados 
Resistência Suscetibilidade 
Conjunto de estratégias defensivas 
que é dotado o hospedeiro. O 
organismo reage à multiplicação 
do agente ou aos efeitos dos 
produtos tóxicos do agente 
Falta de defesa de um 
hospedeiro para resistir a 
agressão de um 
determinado agente causal 
Resistência 
RESISTÊNCIA INESPECÍFICA 
OU NATURAL 
RESISTÊNCIA ESPECÍFICA OU 
IMUNIDADE ADQUIRIDA 
Ligada a fatores humorais e 
teciduais responsáveis pela 
resposta imune desenvolvida 
pelo hospedeiro em decorrência 
de um estímulo específico 
Depende das características 
estruturais e funcionais do 
próprio hospedeiro, sem a 
participação dos recursos 
imunitários 
Resistência Inespecífica ou Natural 
 Barreiras Naturais: Ex: Pele e mucosas 
 Mecanismos Preventivos: Reflexos naturais; Processos 
fisiológicos 
 Mecanismos Defensivos: Fatores humorais; Fatores 
metabólicos; Fatores hormonais; Reações naturais de 
defesa 
 Natureza da Resistência: Espécie, raça, linhagem, 
família, sexo, idade 
Existem vários fatores intrínsecos envolvidos no 
processo de defesa do organismo: 
Resistência Inespecífica ou Natural - 
Barreiras Naturais 
 Processo de dessecamento e de remoção de intrusos 
pela descamação contínua do tecido epitelial 
 Pêlo, penas e escamas – impedem o livre acesso dos 
agentes 
 glândulas sebáceas - Ácidos graxos insaturados – barreira 
contra penetração do agente, ação antimicrobiana 
 Transpiração – ácido lático e sais – ação antimicrobiana 
PELE – é a primeira barreira de proteção do hospedeiro 
MUCOSAS – revestimento 
 Conjuntiva Ocular: Atividade de defesa – fluxo lacrimal 
 Mucosa Respiratória: células muco ciliares e glândulas 
secretoras de muco 
 Mucosa Digestiva: Boca – Epitélio estratificado; 
descamação; muco; saliva 
 Mucosa Urogenital: Muco 
São potenciais portas de entrada para agentes causadores 
de doenças, sejam elas transmissíveis ou não, por isso 
contam com recursos adicionais para evitar essa entrada 
Resistência Inespecífica ou Natural - 
Barreiras Naturais 
Resistência Inespecífica ou Natural - 
Mecanismos Preventivos 
Reflexos Naturais 
São capazes de interferir, inespecíficamente, no período 
pré-patogênico das relações intrínsecas entre hospedeiro 
e agente 
Abanar a cauda, a crina, as orelhas, 
reflexo do músculo cutâneo, reflexo de 
limpeza conjuntival pelo movimento das 
pálpebras associado ao fluxo lacrimal 
Processos Fisiológicos 
 SECREÇÕES e EXCREÇÕES - contém substâncias microbicidas 
 ÁCIDOS GRAXOS (pele) - propriedades microbianas 
 LISOZIMA (lágrima, saliva, secreção nasal, leite) - enzima mucolítica 
 SUCO GÁSTRICO (estômago) – ácido clorídrico - Não age contra 
bacilos ácido resistentes – Mycobacterium sp 
 BILE (intestino) – propriedades microbicidas 
 BACTERIOLISINAS, PROPERDINAS E LEUCÓCITOS (leite) - proteção 
contra infecção intestinal 
 URINA – fluxo descendente – remoção mecânica 
 MUCO VAGINAL – proteção contra invasão de agentes microbianos 
Resistência Inespecífica ou Natural - 
Mecanismos Preventivos 
Quando um agente consegue passar por todos os 
mecanismos preventivos, entram em ação os 
mecanismos defensivos 
 Fatores Humorais 
 Fatores Metabólicos 
 Fatores Hormonais 
Resistência Inespecífica ou Natural - 
Mecanismos Defensivos 
Fatores Humorais 
 LINFA – recolhe elementos particulados livre, inclusive agentes 
microbianos encaminhando-os aos gânglios linfáticos, onde são 
retidos e submetidos a outros mecanismos de defesa do organismo 
 SORO – propriedades microbicidas – atribuídas ao complemento e 
a bacteriolisinas (lisozima e leucina) 
 Fração albuminóide do soro + sais de Magnésio – provocam 
destruição de bactérias e inativação de vírus 
Resistência Inespecífica ou Natural - 
Mecanismos Defensivos 
Fatores Metabólicos 
 PRESSÃO SANGUÍNEA – regula o fluxo natural de suprimento 
nutritivo e de oxigenação dos tecidos - Facilita a eliminação de 
substâncias e agentes indesejáveis - transporte e filtração do sangue 
nos rins 
 TEMPERATURA CORPORAL – 37ºC é temperatura de crescimento 
de um número limitado de agentes patogênicos - Temperaturas 
elevadas como as das aves (42ºC) são mais restritivas 
 FEBRE – reação do organismo que pode limitar a sobrevivência do 
agente ou redução da virulência 
Resistência Inespecífica ou Natural - 
Mecanismos Defensivos 
Fatores Hormonais 
 TIROXINA – (Tireóide) – resistência contra agentes de doenças 
 ESTROGÊNIO - atuam no epitélio vaginal, fornecendo níveis 
adequados de glicogênio, gerando ácido lático – inibindo seletivamente 
determinados agentes 
Resistência Inespecífica ou Natural - 
Mecanismos Defensivos 
Fatores Hormonais 
Reações 
Naturais de 
Defesa 
Inespecífica 
Os elementos de defesa 
interna do hospedeiro 
desencadeiam, reação 
inespecífica 
Fagocitose 
(Polimorfonucleares - 
neutrófilos e leucócitos) e 
macrófagos 
Processo 
inflamatório 
local 
Resistência Inespecífica ou Natural - 
Mecanismos Defensivos 
Determinadas características do hospedeiro estão 
relacionadas com sua condição de resistência ou 
suscetibilidade 
 ESPÉCIE 
 RAÇA – LINHAGEM - FAMÍLIA 
 IDADE 
 SEXO 
Resistência Inespecífica ou Natural - 
Natureza da Resistência 
ESPÉCIE 
Podemos classificar os agentes etiológicos em dois grupos: Os que afetam uma 
única espécie 
hospedeira ou espécies 
aparentadas 
Os que podem afetar mais 
de uma espécie hospedeira 
ou grupo de espécies 
aparentadas 
Sarampo, 
Cinomose, 
Peste suína 
Zoonoses 
Resistência Inespecífica ou Natural - 
Natureza da Resistência 
ESPÉCIE 
 Determinadas espécies oferecem meio nutricional 
adequado para certos agentes etiológicos e outros não, 
estando relacionado a seu metabolismo basal e sua 
constituição físico-química 
Brucella abortus 
Preferência pelo 
eritritol, produzido pela 
placenta de bovinos 
Mulher = não existe a produção dessa substância, não 
causando abortamento 
Abortamento 
Resistência Inespecífica ou Natural - 
Natureza da Resistência 
ESPÉCIE 
Outras características genéticas determinam a 
susceptibilidade 
Febre Aftosa Doença de Newcastle AIE 
Resistência Inespecífica ou Natural - 
Natureza da Resistência 
RAÇA – LINHAGEM - FAMÍLIA 
RAÇA: Dentro de uma mesma espécie, existem raças com 
comportamentos variáveis, sendo as raças mais refinadas 
e aprimoradas mais suscetíveis à doenças 
LINHAGEM E FAMÍLIA: Diferenciações de resistência 
associadas a linhagens são percebidas durante quadros 
epidêmicos 
Linhagens de galinhas 
resistentes a leucose 
Resistência Inespecífica ou Natural - 
Natureza da Resistência 
IDADE 
O conhecimento do perfil de ocorrência de doenças 
segundo as diferentes faixas etárias é fundamental 
Doenças que aumentam a incidência de acordo com o 
aumento de idade dos hospedeiros 
→ Maior período de exposição durante a vida 
→ Maior tempo para o desenvolvimento da doença 
→ Desaparecimento de anticorpos maternos 
→ Maior exploraçãodos indivíduos 
Resistência Inespecífica ou Natural - 
Natureza da Resistência 
SEXO 
As diferenças de suscetibilidade podem estar relacionadas a 
condições capazes de influir na intensidade do risco de 
exposição ao agente 
Condições fisiológicas, 
anatômicas ou 
ocupacionais 
Resistência Inespecífica ou Natural - 
Natureza da Resistência 
NATUREZA DA IMUNIDADE 
Resistência Específica ou Imunidade 
Adquirida 
IMUNIDADE HUMORAL IMUNIDADE CELULAR 
TIPOS DE IMUNIDADE 
PASSIVA 
Naturalmente adquirida Artificialmente adquirida 
ATIVA 
Vacinação Infecção 
Soros hiperimunes 
Placenta e colostro 
Resistência Específica ou Imunidade 
Adquirida