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Questionário Dirigido Direito Ambiental

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Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas. 
Profa. Dra. Kassia Watanabe
Disciplina Direito Ambiental
Roberta Lima de Paula 201511595 – Engenharia Florestal
O que levou o legislador brasileiro escrever um capítulo sobre o meio ambiente na Constituição Federal de 1988?
A Constituição Federal de 1988 revelou a importância que a sociedade, Estado e os instrumentos jurídicos devem ter quando se está diante de um bem jurídico ambiental. Segundo Celso Antonio Paduco Fiorillo e Marcelo Abelha Rodrigues, esta preocupação está evidenciada, pois, os constituintes partiram da seguinte premissa, “proteger o meio ambiente, em ultima análise, significa proteger a própria preservação da espécie humana”.(FIORILLO, p.73, 1999).
A partir da década de 80, as disposições legais referentes à proteção ambiental apresentaram maior fôlego, culminando na Constituição Federal de 1988, que dedicou um capítulo inteiro ao tema. A Lei nº 6.803, de 1980, veio normatizar o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição. Em 1981, podemos destacar a Lei nº 6.902, que cria áreas de proteção ambiental e as estações ecológicas, além do advento da Lei nº 6.938, que disciplinou e instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente, adotando princípios e regras estabelecidas pela Carta resultante da Conferência das Nações Unidas de Estocolmo, em 1972.(MEDEIROS, 2004, pág.60).
O artigo da constituição voltado ao meio ambiente foi criado devido a influência de fatores endógenos e exógenos. Devido aos vários desastres ambientais ocorrentes na época, e a preocupação crescente das organizações sobre os bens ambientais. A isso juntou-se as exigências das empresas de fomento em investir no país sobre as condições de se estabelecer leis que visassem a proteção jurídica dos bens ambientais.
Qual a definição de princípio para o Direito?
Os princípios, nesta perspectiva, são verdades objetivas, nem sempre pertencentes ao mundo do ser, senão do dever-ser, na qualidade de normas jurídicas, dotadas de vigência, validez e obrigatoriedade. (BONAVIDES, 2002).
Os princípios gerais são normas fundamentais ou generalíssimas do sistema, as normas mais gerais. O nome de princípios induz em engano, tanto que é velha questão entre juristas se os princípios são ou não são normas. (BOBBIO, 1996)
Tanto os princípios como as regras se referem ao âmbito do dever-ser e, portanto, são normas. Trata-se de distinguir entre dois tipos de norma. Os critérios distintivos são, pois, quanto à generalidade, em que os princípios têm uma generalidade maior que as regras, em relação aos suportes fáticos, pois não se pode referi a um só caso. (LORENZETTI, 1998)
Quais são os princípios do Direito Ambiental?
Meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito fundamental;
Solidariedade inter geracional;
Natureza pública da proteção ambiental;
Desenvolvimento sustentável;
Poluidor pagador;
Usuário pagador;
Prevenção e precaução;
Participação;
Ubiquidade ou transversalidade;
Cooperação internacional;
Função socioambiental da propriedade
Qual a diferença entre princípio de prevenção e o princípio de precaução?
Princípio da prevenção: Remete a certeza científica sobre o dano ambiental; A obra será realizada e serão tomadas medidas que evitem ou reduzam os danos previstos.
Princípio da precaução: Remete a incerteza científica sobre o dano ambiental; A obra não será realizada (in dúbio pro meio ambiente ou in dúbio contra projectum)
Qual é a diferença entre meio ambiente e bem ambiental?
O art. 3º da Lei nº 6.938/1981 define o meio ambiente como o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.  Sendo assim, pode-se dizer que o meio ambiente é o conjunto da interação entre o homem, a flora, a fauna, o solo, a água, o ar, o clima, a paisagem, os bens materiais e o patrimônio cultural. 
Para o ilustre constitucionalista José Afonso da Silva, o “bem ambiental” deve ser considerado bem de uso comum do povo, ou seja, bem de interesse público dotado de regime jurídico especial, não sendo, portanto, nem público e nem particular, tendo como fim o interesse coletivo. (SILVA,) Segue o mesmo pensamento o doutrinador José Rubens Morato Leite, acreditando que o meio ambiente é considerado um macrobem, desde que sendo o meio ambiente um “conjunto de relações e interações que condicionam a vida em todas suas formas”. (LEITE,2002)
Além do meio ambiente natural, quais são os outros tipos de meio ambiente
que a doutrina abrange?
- Meio Ambiente Artificial: “é compreendido pelo espaço urbano construído, consistente no conjunto de edificações (chamado de espaço urbano fechado), e pelos equipamentos públicos (espaço urbano aberto)” (FIORILLO, 2003, p. 21). O Meio Ambiente Artificial é uma área que está diretamente relacionada ao conceito de cidade.
- Meio Ambiente Cultural: Integra o Meio Ambiente Cultural o patrimônio artístico, paisagístico, arqueológico, histórico e turístico. Vale pontuar que, apesar de serem bens produzidos pelo Homem e, portanto, também serem caracterizados como artificiais, eles diferem dos bens que compõem o Meio Ambiente Artificial em razão do valor diferenciado que possuem para uma sociedade e seu povo.
- Meio Ambiente do Trabalho: é constituído pelo ambiente, local, no qual as pessoas desenvolvem as suas atividades laborais, remuneradas ou não remuneradas, “cujo equilíbrio está baseado na salubridade do meio e na ausência de agentes que comprometam a incolumidade físico-psíquica dos trabalhadores, independentemente da condição que ostentem” (FIORILLO, 2003, p. 23). 
O que é bem difuso?
Os direitos difusos são aqueles que possuem o mais elevado grau de transindividualidade e, em face disso, não há como determinar todos os sujeitos titulares, o que, por outro lado, dá sustentação à indivisibilidade do objeto e a sua reparabilidade indireta. (GASTALDI, 2014)
O que é o instrumento para a Política Nacional de Meio Ambiente e para a
Política de Resíduos Sólidos?
A lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências, institui 13 instrumentos, dentre eles estão:
O estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
O zoneamento ambiental;                (Regulamento)
A avaliação de impactos ambientais;
O licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;
O sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
O Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental; Dentre outros.
A Lei 12.305/2010 instituiu dezoito instrumentos por meio dos quais a Política Nacional de Resíduos Sólidos é implementada. Dentre estes estão:
Acordos Setoriais;
Educação Ambiental;
Estudos de Regionalização;
Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos;
Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos;
Planos Estaduais de Resíduos Sólidos;
Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos, e etc.
Quais são os principais instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente?
Os principais instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, elencados no artigo nono, são: o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental, o zoneamento ambiental, a criação de áreas de proteção ambiental, a avaliação dos impactos ambientais, o licenciamento e a revisão de atividades poluidoras, a concessão dos recursos ambientais com fins econômicos, o incentivo ao desenvolvimento tecnológico e as penalidades pelo não cumprimento das medidas de preservação ambiental. (EBBESEN, 2016)
 Qual é o conceito que a Política Nacional de Meio Ambiente traz para os
seguintes termos: 
Meio ambiente
Entende-se por meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;
Poluição
Entende-se por poluição, a degradação da qualidadeambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:
Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
Afetem desfavoravelmente a biota;
Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
Lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos;
Poluidor
Entende-se por poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental;
 Quais são as finalidades do Sistema Nacional do Meio Ambiente
(SISNAMA)?
Criado pela Lei 6.938/1981, regulamentada pelo Decreto 99274/1990, o Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama) é a estrutura adotada para a gestão ambiental no Brasil, e é formado pelos órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios responsáveis pela proteção, melhoria e recuperação da qualidade ambiental no Brasil.
Quais são os objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos?
I - proteção da saúde pública e da qualidade ambiental; 
II - não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; 
III - estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços; 
IV - adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais; 
V - redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos; 
VI - incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados; 
VII - gestão integrada de resíduos sólidos; 
VIII - articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos; 
IX - capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos; 
X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira, observada a Lei nº 11.445, de 2007; 
XI - prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para: 
produtos reciclados e recicláveis; 
bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis; 
XII - integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; 
XIII - estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto; 
XIV - incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamento energético; 
XV - estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável. 	
 Quais são os princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos? Explicar
cada princípio.
I - A prevenção e a precaução - Princípio da prevenção: Remete a certeza científica sobre o dano ambiental; A obra será realizada e serão tomadas medidas que evitem ou reduzam os danos previstos.
Princípio da precaução: Remete a incerteza científica sobre o dano ambiental; A obra não será realizada (in dúbio pro meio ambiente ou in dúbio contra projectum)
II - O poluidor-pagador e o protetor-recebedor – O princípio "poluidor-pagador" é uma norma de direito ambiental que consiste em obrigar o poluidor a arcar com os custos da reparação do dano por ele causado ao meio ambiente. (OLIMPIO, 2007). O segundo traz a proposta de compensação por serviços ambientais prestados, apontado como um novo paradigma na proteção ambiental, que tem por fundamento a possibilidade de indenizar ou compensar pela conservação e restauração do meio ambiente, promovendo a utilização da natureza de forma sustentável. (FELL, 2008).
III - A visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública - ou seja, na gestão dos resíduos sólidos, as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública são analisadas como um todo, de modo abrangente, e conjunto. Considera-se o ambiente macro, levando-se em consideração todos os fatores citados pelo dispositivo legal de forma conjunta. É uma visão multidisciplinar dos fatores que envolvem os resíduos sólidos, ao contrário de se analisar cada variável isoladamente.
IV - O desenvolvimento sustentável - esse princípio é aludido em diversos momentos da Lei nº 12.305/10, que prega à sociedade a obrigatoriedade da coleta seletiva, e da reciclagem de resíduos, incluindo, ainda, a produção de embalagens que devem propiciar a reciclagem e reutilização (art. 32). O desenvolvimento sustentável é, como se pode ler do texto legal, a grande preocupação da atualidade, e tema de grande destaque.
V - A ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada do planeta – decorre do princípio do consumo sustentável. Trata da necessidade de produção de produtos que atendam ao princípio da sadia qualidade de vida, e, ao mesmo tempo, permitam a redução do impacto ambiental causado pelo consumo.
VI - A cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade – precisam unir-se em prol do meio ambiente, e, no caso dos resíduos sólidos, para que a gestão, o gerenciamento, o manuseio, e o aterramento dos resíduos ocorram estritamente dentro das exigências estipuladas na Lei federal nº 12.305/10, e com o mínimo de impacto ao meio ambiente.
VII - A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos – tal princípio envolve cadeias produtivas, Poder Público, e a coletividade titular do bem ambiental, todos unidos no sentido de produzir e destinar corretamente os resíduos, com a finalidade de reduzir o impacto ambiental.
VIII - O reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania:  – está aí evidenciada a preocupação da lei com a coleta seletiva e com a reciclagem de resíduos. Tais resíduos precisam ser separados mediante a denominada coleta seletiva - coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição, nos termos do art. 3º, V, da Lei nº 12.305/10 –, que deve ser implementada pelo Poder Público nos termos da Lei federal, com valorização dos catadores como categoria profissional. A preocupação da Lei é também com a produção de embalagens que devem ser fabricadas com materiais que propiciem a reutilização ou a reciclagem, conforme reza o art. 32, da Lei nº 12.305/10.
IX - O respeito às diversidades locais e regionais  – as competências locais e regionais sobre resíduos sólidos devem ser observadas nos termos da Constituição Federal. A União, os Estados o Distrito Federal têm competência concorrente para legislar sobre o tema, nos termos do art. 24, inc. VI, da Constituição Federal, sendo que inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercem competência plena para atender às suas peculiaridades, nos termos do art. 24, § 3º, da Constituição Federal. E, ainda, cabe aos Municípios suplementar a legislação federal e estadual no que couber nos temos do art. 30, II, da Constituição Federal.
X - O direito da sociedade à informação e ao controle social  – o princípio da informação ambiental, também chamado da educação ambiental é um dos mais antigos e mais importantesprincípios de direito ambiental. Ele já constava da Carta de Belgrado, escrita em 1.975, por vinte especialistas em educação ambiental, e que dizia que a meta da educação ambiental é desenvolver um cidadão consciente sobre o meio ambiente. Após, o princípio também foi abordado pelo Princípio 19, da Declaração de Estocolmo sobre o Meio Ambiente, em 1.972.
XI - A razoabilidade e a proporcionalidade – é o princípio que determina a proibição de excesso, devendo ser sempre levada em conta a extensão do dano e o prejuízo sofrido pelo meio ambiente. A razoabilidade e a proporcionalidade devem sempre pautar e alicerçar os atos e as decisões administrativas e judiciais, porque servem como moderadores para que abusos sejam evitados.
 Qual a relação entre o princípio da visão sistêmica e o princípio da responsabilidade compartilhada?
No principio da visão sistêmica, ao contrário de se analisar cada variável isoladamente, utiliza-se de uma visão multidisciplinar dos fatores que envolvem os resíduos sólidos. E na responsabilidade compartilhada, todos trabalham unidos no sentido de produzir e destinar corretamente os resíduos, com a finalidade de reduzir o impacto ambiental.
Qual a diferença entre o princípio protetor-recebedor e o princípio poluidorpagador?
O princípio do poluidor-pagador se verifica quando é imposto ao poluidor tanto o dever de prevenir a ocorrência de danos ambientais como o de reparar integralmente eventuais danos que causar com sua conduta.
Seria a outra face da moeda do Princípio do Poluidor-Pagador, ao defender que as pessoas físicas ou jurídicas responsáveis pela preservação ambiental devem ser agraciadas com benefícios de alguma natureza, pois estão colaborando como toda a comunidade para a consecução do direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Assim haverá uma espécie de compensação pelos serviços ambientais. (PAZ, 2017).
Quais são os instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos?
Art. 8o  São instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, entre outros: 
I - os planos de resíduos sólidos; 
II - os inventários e o sistema declaratório anual de resíduos sólidos; 
III - a coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; 
IV - o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis; 
V - o monitoramento e a fiscalização ambiental, sanitária e agropecuária; 
VI - a cooperação técnica e financeira entre os setores público e privado para o desenvolvimento de pesquisas de novos produtos, métodos, processos e tecnologias de gestão, reciclagem, reutilização, tratamento de resíduos e disposição final ambientalmente adequada de rejeitos; 
VII - a pesquisa científica e tecnológica; 
VIII - a educação ambiental; 
IX - os incentivos fiscais, financeiros e creditícios; 
X - o Fundo Nacional do Meio Ambiente e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico; 
XI - o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduo Sólidos (Sinir); 
XII - o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa); 
XIII - os conselhos de meio ambiente e, no que couber, os de saúde; 
XIV - os órgãos colegiados municipais destinados ao controle social dos serviços de resíduos sólidos urbanos; 
XV - o Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos; 
XVI - os acordos setoriais; 
XVII - no que couber, os instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente, entre eles: 
a) os padrões de qualidade ambiental; 
b) o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais; 
c) o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental; 
d) a avaliação de impactos ambientais; 
e) o Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (Sinima); 
f) o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; 
XVIII - os termos de compromisso e os termos de ajustamento de conduta; XIX - o incentivo à adoção de consórcios ou de outras formas de cooperação entre os entes federados, com vistas à elevação das escalas de aproveitamento e à redução dos custos envolvidos
 Como é realizada a execução efetiva dos objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos? Compete a quem a execução?
O poder público, o setor empresarial e a coletividade são responsáveis pela efetividade das ações voltadas para assegurar a observância da P.N.R.S.
Compete aos municípios a execução efetiva dos objetivos estabelecidos na lei.
Qual é a classificação dos resíduos sólidos?
Quanto à origem do resíduo:
Resíduos Químicos: Alto teor de nocividade e riscos à saúde e ao meio ambiente devido às características químicas. Ex.: drogas quimioterápicas e os produtos nelas contaminados, medicamentos vencidos, contaminados e outros.
Resíduos Comuns: Orgânicos e Inorgânicos que não fazem parte dos grupos anteriores.
a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas; 
b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana; 
c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”; 
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”; 
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alínea “c”; 
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais; 
g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS; 
h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis; 
i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades; 
j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira; 
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios; 
Quanto à periculosidade do resíduo:
Resíduos Perigosos: inflamável, corrosivo,reativo, tóxico, cancerígeno, etc, apresentam riscos à saúde pública ou à qualidade ambiental
Resíduos Não Perigosos
O que é logística reversa? Citar exemplos.
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (estabelecida pela lei 12.305 de 2/08/2010), a logística reversa pode ser definida como “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”.
Ex.: Pneus: A indústria de pneus, através de sua associação, criou o Reciclanip, uma associação sem fins lucrativos responsável pela coleta de mais de 600 milhões de pneus desde 2007.
 Óleos lubrificantes: O óleo usado pode ser totalmente reaproveitado, tornando-se 100% igual ao óleo do primeiro refino.
Baterias automotivas: As indústrias de baterias têm a responsabilidade de fazer a logística reversa, por isso elas fazem acordos com sucateiros que levam até elas as baterias usadas.
20) Quais são os planos de resíduos sólidos, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos?
I - o Plano Nacional de Resíduos Sólidos; 
II - os planos estaduais de resíduos sólidos; 
III - os planos microrregionais de resíduos sólidos e os planos de resíduos sólidos de regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas;IV - os planos intermunicipais de resíduos sólidos; 
V - os planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos; 
VI - os planos de gerenciamento de resíduos sólidos. 
Quem está sujeito para a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos?
Os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas “e”, “f”, “g” e “k” do inciso I do art. 13; 
Os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que: 
Gerem resíduos perigosos; 
Gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal; 
As empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama; 
Os responsáveis pelos terminais e outras instalações referidas na alínea “j” do inciso I do art. 13 e, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se couber, do SNVS, as empresas de transporte; 
Os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão competente do Sisnama, do SNVS ou do Suasa. 
Qual é a classificação legal dos recursos hídricos?
Águas superficiais – superfícies da terra: internas (rios, lagos..); externas (mar territorial)
Águas subterrâneas – interior do solo (lençol freático)
Estatuários – baias formadas pela junção do mar com rios
Mar territorial – faixa marítima de 12 milhas de largura do teritório brasileiro
Quais são os objetivos da Política Nacional dos Recursos Hídricos?
Estabelecer regras claras para o controle e o consumo da água, especialmente na agricultura e na indústria, por meio da outorga do uso da água, observando os princípios, os objetivos e as diretrizes estabelecidas pelos planos.
Assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;
Planejar a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável
Promover a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso dos recursos naturais
24) O que é outorga do direito de uso dos recursos hídricos?
A outorga de direito de uso de recursos hídricos é um dos seis instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos, estabelecidos no inciso III, do art. 5º da Lei Federal nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997. Outorga é o consentimento; a concessão; a aprovação
25) Qual é o objetivo da outorga do direito de uso dos recursos hídricos?
Esse instrumento tem como objetivo assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso aos recursos hídricos.
26) Quando ocorre a dispensa da outorga do direito de uso dos recursos hídricos?
Em casos de usos insignificantes – não há outorga
Uso dos recursos hídricos atender às necessidades insignificantes da população
Necessidades de pequenos núcleos da população, distribuídos no meio rural
Captações, os lançamentos e as acumulações consideradas insignificantes
Poder Público delimita as hipóteses de isenção da outorga.
27) Qual é o objetivo da cobrança da água?
Por ser um bem econômico, cobra-se para dar ao usuário uma indicação de seu real valor. 
Tambem a fim de promover uma utilização de forma racional, para o usuário não desperdiçar a água. 
Para o Poder Público obter recursos para implantação dos planos de recursos hídricos
28) Quais são os objetivos do Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos?
I- reunir, dar consistência e divulgar os dados e informações sobre a situação qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos no Brasil
II- atualizar permanentemente as informações sobre disponibilidade e demanda de recursos hídricos em todo o território nacional
III- fornecer subsídios para a elaboração dos Planos de Recursos Hídricos
29) Quais são os objetivos do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos?
I- coordenar a gestão integrada das águas
II- arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hídricos
III- implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos
IV- planejar, regular e controlar o uso a preservação e recuperação dos recursos hídricos
V- promover a cobrança pelo uso dos recursos hídricos.
30) Quais são os participantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos?
I – Conselho Nacional de Recursos Hídricos
II- Agência Nacional de Águas (ANA)
III- Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal
IV Comitês de Bacias Hidrográficas
V- Órgãos dos poderes públicos federal, estaduais, do Distrito Federal e Municipais
VI- Agências de Água
31) Qual é o conceito de saneamento básico, segundo a Política Nacional de
Saneamento Básico?
É o Conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de:
ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL;
ESGOTAMENTO SANITÁRIO;
LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS;
DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
32) Quais são os objetivos da Política Nacional de Saneamento Básico?
Contribuir com o desenvolvimento nacional;
Redução das desigualdades regionais;
Geração de emprego e renda;
Inclusão social.
33) Quais são as diretrizes da Política Nacional de Saneamento Básico?
Participação: integração dos diversos agentes envolvidos do setor público (nos três níveis de governo), do setor privado e da sociedade civil;
 Descentralização: pela transferência aos níveis subnacionais dos processos decisórios relacionados à definição das prioridades básicas;
Articulação intersetorial e entre os níveis de governo: com o objetivo de conciliar prioridades;
Desenvolvimento do setor: estimulando a consolidação e disseminação de conhecimentos técnicos, tecnológicos e gerenciais desenvolvidos pelos setores público e privado envolvidos na prestação dos serviços e na produção de bens e materiais.
34) Quais são os princípios dos serviços públicos de saneamento básico?
I - universalização do acesso: atender o maior número de pessoas; 
II – integralidade: conjunto de atividades e componentes de cada um dos serviços de saneamento básico;
III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos – visando saúde pública e à proteção do meio ambiente;
IV - serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais em áreas urbanas - saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado;
V - métodos, técnicas e processos específicos (locais e regionais);
VI - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras – qualidade de vida
VII - eficiência e sustentabilidade econômica;
VIII - utilização de tecnologias apropriadas;
IX - transparência das ações;
X - controle social; participação da população na elaboração políticas públicas
XI - segurança, qualidade e regularidade;
XII - integração das infra-estruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos.
35) O que é floresta?
É um tipo de vegetação, formando um ecossistema próprio, onde interagem continuamente os seres vivos e a matéria orgânica e inorgânica presentes.
36) Qual é a classificação da floresta quanto à sua titularidade, quanto à origem e quanto ao uso?
Quanto à sua titularidade:
Floresta de domínio público - P.Público
Floresta de domínio privado
Quanto à origem:
Primitiva ou primária
Em regeneração (naturalmente ou florestamento / reflorestamento
Regenerada
Plantada ou secundária
Quanto ao uso:
Floresta de exploração proibida
Floresta de exploração limitada – dependerá de prévia autorização do IBAMA, mediante o manejo controlado.
37) Como é possível a exploração econômica da floresta?
A exploração econômica da floresta pode ser feita mediante o manejo adequado, cuja licença deverá ser precedida do estudo prévio de impacto ambiental
38) O que é concessão florestal?
É a Delegação onerosa, feita pelo poder concedente, do direitode praticar manejo florestal sustentável, mediante licitação
39) Antes do Código Florestal de 2012, Lei 12.651 de 25 de maio de 2012, a
proteção do meio ambiente era feita por quais regulamentações?
 Antes do Código Florestal, a proteção do meio ambiente era feita pelo Código Civil e por algumas legislações específicas:
Código Florestal de 1934 – proteção de alguns recursos naturais estratégicos, tais como água e madeira
Governo militar cria o Código Florestal de 1965 (Lei n. 4.771 de 15 de setembro de 1965)
14/08/1990 – Presidente Fernando Henrique Cardoso baixou a MP n. 1.511, aumentando % da RL
MP 2.166/2001 – APP e RL
40) Qual é o histórico da formação do Código Florestal de 2012? Breve histórico.
2009 – Código Florestal começa a ser debatido no Congresso Nacional;
2010 – Aprovação da proposta em comissão;
2011- Grande mobilização de produtores e aprovação na Câmara dos Deputados;
2012 - Aprovação do novo Código Florestal pelo Congresso, vetos e Medida Provisória;
Sanção do texto final: Duas semanas após a provação final da Medida Proviósria 571/12 pelo Congresso Nacional a Presidente da República sanciona o texto com nove vetos. O Novo Código Florestal, Lei 12.651/12, passa a vigorar com as alterações feitas pela MP e sem os trechos vetados pelo Executivo.
41) Quais foram os dois espaços para a proteção territorial? Definir.
Áreas de Preservação Permanente - APP(s) são espaços cobertos ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, de proteger o solo e de assegurar o bem-estar das populações humanas
Reserva Florestal Legal - Espaço florestal que deve ser preservado, além da Área de Preservação Permanente. Área localizada no interior da propriedade ou posse rural com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, proteção da fauna e flora nativa.
42) Quem autoriza o desmatamento total ou parcial da vegetação?
O governo federal.
43) Quando é possível o desmatamento parcial da vegetação?
 Quando for para a execução de atividades de utilidade pública ou de interesse social.
44) Quais são os limites das Áreas de Preservação Permanente (APPs)?
APP(s): as florestas e demais formas de vegetação natural situadas às margens de lagos ou rios (perenes ou não); nos altos de morros; nas restingas e manguezais; nas encostas com declividade acentuada e nas bordas de tabuleiros ou chapadas com inclinação maior que 45º; e nas áreas em altitude superior a 1.800 metros, com qualquer cobertura vegetal.
Os limites das APPs às margens dos cursos d’água variam entre 30 metros e 500 metros, dependendo da largura de cada um, contados a partir do leito maior. 
Também devem ser mantidas APPs em um raio de 50 metros ao redor das nascentes e “olhos d’água”, ainda que sequem em alguns períodos do ano.
45) Quais são os limites da Reserva Legal (RL)?
80% da cobertura vegetal nativa localizada na Amazônia Legal
35% do cerrado localizado na Amazônia Legal
20% das florestas ou vegetação nativa localizada em área de campos gerais
20% da cobertura vegetal nativa localizada nas demais regiões do país
46) Quando é possível a inexigibilidade da Reserva Legal (RL)?
Empreendimentos destinados a abastecimento público de água e tratamento de esgoto
Áreas adquiridas ou desapropriadas destinadas a energia elétrica
Áreas adquiridas ou desapropriadas destinadas a rodovia e ferrovias.
47) É possível o manejo sustentável da vegetação da RL? Precisa de alguma autorização para isso? Explicar.
Sim. Reserva Legal é possível o manejo florestal sustentável da vegetação da Reserva Legal. Depende de autorização do órgão competente. Área de RL em extensão inferior poderá regularizar, desde que adote as seguintes alternativas, isolada ou conjuntamente:
Recompor a RL
Compensar a RL.
48) Quando a área da RL é inferior ao determinado por lei, como é possível
regularizar? 
O proprietário pode adquirir através de compra, concessão ou arrendamento de Reserva Legal de outra propriedade com excedente de mata nativa para suprir a falta de RL na sua propriedade. Desde que ambas sejam no mesmo bioma.
49) No caso de propriedade de agricultura familiar e pequena propriedade, é
necessário recompor a área de preservação permanente de forma integral?
Não precisa ser integral e é possível o plantio de culturas temporárias sazonais de vazante ciclo curto, na faixa da terra que fica exposta no período de vazante dos rios ou lagos.
50) O que é reserva legal de compensação? Quais são as formas para realizar a compensação de Reserva Legal?
É uma área de vegetação nativa existente em outro imóvel, destinada a compensar a ausência de RL de uma outra propriedade, desde que a área para compensação seja equivalente em extensão e esteja localizada no mesmo bioma da área a ser compensada.
51) O que é Cota de Reserva Ambiental (CRA)?
As Cotas de Reserva Ambiental (CRAs) são títulos que representam de uma área de cobertura vegetação natural em uma propriedade que podem ser usados para compensar a falta de Reserva Legal em uma outra. Cada cota corresponde a 1 hectare (ha) e elas podem ser criadas por proprietários rurais que tenham excesso de reserva legal para que negociem com produtores com menos área de reserva que o mínimo exigido.
52) Quais são os instrumentos para a realização da compensação de reserva legal?
A Compensação poderá ser feita pelos seguintes instrumentos:
Aquisição de Cota de Reserva Ambiental 
Arrendamento ou compra de área sob regime de servidão ambiental: A servidão ambiental basicamente, significa a restrição estabelecida voluntariamente pelo proprietário, para restringir a utilização de áreas naturais existentes além das Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal do imóvel.
Doação ao poder público de propriedade localizada no interior de uma Unidade de Conservação de domínio público pendente de regularização fundiária:
Cadastramento de outra área equivalente e excedente à Reserva Legal em imóvel do mesmo proprietário ou adquirida em imóvel de terceiro, com vegetação nativa estabelecida, em regeneração ou recomposição, localizada no mesmo bioma: o proprietário que possuir mais de uma propriedade rural, poderá utilizar a área vegetativa em “excesso” de uma propriedade para compensar o passivo ambiental referente à Reserva Legal da outra propriedade. Poderá, inclusive, adquirir uma propriedade coberta por vegetação nativa exclusivamente para esta finalidade
53) O que são áreas de uso restrito? Como é possível sua exploração?
São áreas onde há a exploração econômica dos pântanos e das áreas de inclinação entre 25º e 45º. Nessas áreas é permitida a exploração ecologicamente sustentável através do manejo florestal sustentável.
54) Para que serve o Cadastro Ambiental Rural (CAR)?
Isenta a averbação da Reserva Legal no cartório de registro de imóveis
Registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, que tem a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais e compor base de dados para combate ao desmatamento, controle, monitoramento e planejamento ambiental e econômico.
55) No caso do proprietário ter realizado o CAR, como fica a questão da
averbação da Reserva Legal no Cartório de Registro de Imóveis?
56) O que é dano ambiental?
O dano ambiental, não possui definição legal. Porém, a doutrina entende que: “o dano ambiental deve ser compreendido como toda lesão intolerável causada por qualquer ação humana (culposa ou não) ao meio ambiente, diretamente, como macrobem de interesse da coletividade, em uma concepção totalizante, e indiretamente, a terceiros, tendo em vista interesses próprios e individualizáveis e que refletem no macrobem”. (PINTO, 2011)
57) Qual é a diferença entre responsabilidade objetiva e subjetiva?
A responsabilidadeobjetiva não depende da comprovação do dolo ou da culpa do agente causador do dano, apenas do nexo de causalidade entre a sua conduta e o dano causado à vítima, ou seja, mesmo que o agente causador não tenha agido com dolo ou culpa, deverá indenizar a vítima. (PIACENTI, 2015)
Já a responsabilidade subjetiva é aquela que depende da existência de dolo ou culpa por parte do agente causador do. Desta forma, a obrigação de indenizar e o direito de ser indenizado surgem apenas se comprovado o dolo ou a culpa do agente causador do dano. Para ser indenizada, a vítima deverá comprovar a existência destes elementos, o dolo ou a culpa, caso contrário não receberá nenhum tipo de indenização (PIACENTI, 2015). 
58) Quais são as diferenças entre responsabilidade civil, responsabilidade penal e responsabilidade administrativa?
O conceito de responsabilidade diz que: Responsabilidade é o dever jurídico secundário de respeitar regras, contratos e princípios (dever jurídico originário).
Responsabilidade civil é a obrigação de reparar o dano que uma pessoa causa a outra. Em direito, a teoria da responsabilidade civil procura determinar em que condições uma pessoa pode ser considerada responsável pelo dano sofrido por outra pessoa e em que medida está obrigada a repará-lo.
Responsabilidade penal é o dever jurídico de responder pela ação delituosa que recai sobre o agente imputável". Ao cometer um delito, um indivíduo considerado responsável será submetido a uma pena.
Responsabilidade Administrativa: repercute na restrição dos direitos ou prerrogativas funcionais do servidor, podendo acarretar até mesmo a extinção do vínculo que o liga à Administração Pública. (WILLEMAN, 2009)
59) O que se compreende por caso fortuito e força maior?
São fatos ou eventos imprevisíveis ou de difícil previsão, que não podem ser evitados, mas que provocam consequências ou efeitos para outras pessoas, porém, não geram responsabilidade nem direito de indenização. Quanto às diferenças, de maneira breve e simples, podemos dizer que o caso fortuito é o evento que não se pode prever e que não podemos evitar. Já os casos de força maior seriam os fatos humanos ou naturais, que podem até ser previstos, mas da mesma maneira não podem ser impedidos; por exemplo, os fenômenos da natureza, tais como tempestades, furacões, raios, etc ou fatos humanos como guerras, revoluções, e outros. (TJDFT, 2012)
60) E que caso considera-se a existência de excludentes (caso fortuito e força
maior)?
Na parte final do art. 1.058 do Código Penal faz remissão aos arts. 955, 956 e 957, deixando claro com isso, que a mora impede a prevalência da força maior, ou caso fortuito, como excludente de responsabilidade. Ainda que haja cláusula expressa do devedor, assumindo a responsabilidade incondicional pelas conseqüências, a mora impedirá que a parte inocente se beneficie dessa cláusula, salvo se provar que não teve culpa no atraso da prestação, ou que o dano ocorreria, ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada (art. 957 C.C. /1916 in fine). Evidentemente a força maior é excludente de mais eficácia do que o caso fortuito pontifica Silvio Rodrigues com aguda propriedade. Ainda em consonância com Agostinho Alvim, se a responsabilidade se funda no risco, só a força maior serve de excludente se, entretanto a responsabilidade se funda na culpa, então a mera prova do caso fortuito exonera o devedor da responsabilidade. A teoria do exercício da atividade perigosa, adotada no parágrafo único do art. 927 do novo Código Civil, não aceita o fortuito como excludente da responsabilidade. Quem assume o risco do uso da máquina ou da empresa, desfrutandos cômodos, deve suportar também os incômodos. (LEITE,
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