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PRESERNAÇÃO E CONSERVAÇÃO

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Apresentação em tema: "Preservação e Conservação de Bens Culturais I Profa. Ms. Lia Sipaúba Proença Brusadin Curso de Museologia Escola de Direito, Turismo e Museologia - UFOP."— Transcrição da apresentação:
1 Preservação e Conservação de Bens Culturais I Profa. Ms. Lia Sipaúba Proença Brusadin Curso de Museologia Escola de Direito, Turismo e Museologia - UFOP 
2 Conceitos Iniciais: Preservação; Conservação e Restauração + Conservação-Restauração; Conservação Preventiva Ciência da Conservação Patrimônio Cultural 
3 Preservação de Acervos METODOLOGIA FASES 1ª) Cognitiva 2ª) Operativa Conservação Preventiva ou Intervenção Curativa (Adaptado de González López, 2002) Investigação histórica/função Análise material/técnica Documentação fotográfica Diagnóstico Equipe Interdisciplinar Conservar para não Restaurar! Conhecer para Conservar! 
4 Deontologia da Preservação, Conservação-Restauração Imagem representando ética O que é ética na preservação, conservação-restauração? 
5 O Código de Ética do Conservador-Restaurador 1.Relação com os bens culturais 2.Pesquisa e documentação 3.Relação com proprietário ou responsável legal 4.Relação com o público 5.Relação com colegas e com a profissão [O presente texto foi elaborado a partir dos Códigos do Internacional Council of Museums – ICOM, do American Institute of Conservation – AIC, do European Federation of Conservetor_Restores’ Organizations – ECCO e de DUVIVIVER, Edna May de A, Código de Ética: um enfoque preliminar, in: Boletim da Associação Brasileira de Conservadores- Restauradores de Bens Culturais – ABRACOR. Ano VIII. N. 1 – Julho/1988, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.] 
6 Artista ≠ conservador-restaurador O conservador-restaurador não é artista, nem artesão. É um profissional de nível superior, que pode ser oriundo das áreas de ciências humanas, exatas ou biológicas. O artista e o artesão criam, dominam técnicas e podem conhecer bem os materiais, mas não possuem a formação, nem dispõem de conceitos fundamentais para a intervenção em bens culturais (CÓDIGO DE ÉTICA DO CONSERVADOR-RESTAURADOR, 1988, p.2). 
7 Contextos Histórico: consagração do monumento A revolução industrial como processo em desenvolvimento planetário dava, virtualmente, uma dimensão universal ao conceito de monumento histórico, aplicável em escala mundial. Como processo irremediável, a industrialização do mundo contribuiu, por um lado, para generalizar e acelerar o estabelecimento de leis visando à proteção do monumento histórico e, por outro, para fazer da restauração uma disciplina integral, que acompanha os progressos da história da arte (CHOAY, 2001,p.127). (1) Obelisco, Londres; (2) Arco do Triunfo, Paris; (3) Basílica de São Pedro, Vaticano (1)(2) (3) 
8 Restauração como disciplina – aporias da Restauração Restaurador (?) = ou ≠ Destruidor (?) Linha Antiintervencionista John Ruskin (Inglaterra) X Linha Intervencionista Eugène Emannuel Viollet-le-Duc (França) 
9 A Lâmpada da Memória (1849) – John Ruskin Ela [restauração] significa a mais total destruição que um edifício pode sofrer: uma destruição da qual não se salva nenhum vestígio: uma destruição acompanhada pela falsa descrição da coisa destruída. Não nos deixemos enganar nessa importante questão; é impossível, tão impossível quanto ressuscitar os mortos, restaurar qualquer coisa que já tenha sido grandiosa ou bela em arquitetura (RUSKIN, 2008, p. 79). John Ruskin, (1819 - 1900) 
10 Pensamento antiintervencionista e preservacionista Restauração destruição Pátina “mancha dourada do tempo” Matéria original e marcas do tempo Caráter sagrado da arquitetura Não falaremos, pois, de restauração. Trata-se de uma mentira do começo ao fim (RUSKIN, 2008, p. 81). História e memória Anjos Mestre Ataíde Sé de Mariana Fontes dos Amores Mestre Valentim Passeio Público Rio de Janeiro 
11 Verbete: Restauração (1854 - 1868) Eugène Emannuel Viollet-le-Duc RESTAURAÇÃO, s.f. A palavra e o assunto são modernos. Restaurar um edifício não é mantê-lo, repará-lo ou refazê-lo, é restabelecê-lo em um estado completo que pode não ter existido nunca em dado momento (VIOLLET-LE-DUC, 2000, p. 29). Viollet-le-Duc (1814 - 1879) 
12 Intervenções corretivas e o modelo ideal Unidade de estilo Modelo Ideal O “vilão” da história? Teoria racional, coesa, cabal, dogmática. Metodologia fotografia É portanto essencial antes de qualquer trabalho de reparação, constatar exatamente a idade e o caráter de cada parte, compor uma espécie de relatório respaldado por documentos seguros, seja por notas escritas, seja por levantamento de gráficos (VIOLLET-LE-DUC, 2000, p. 47). Notre Dame Paris 
13 Questões: 1.Quais bens materiais devem ser preservados ou não? 2. A quem interessam esses bens? 3.E qual o sentido deles para a cultura e para a história? 4. Por que é um dever conservar-restaurar? 
14 Estudo de caso: teoria e critérios da preservação, conservação-restauração No ano de 2012, o painel Ecce Homo, século XIX, autoria de Elías García Martínez, localizado no Santuário da Misericórdia, na cidade espanhola de Borja, foi desfigurado. A restauração foi feita por Cecília Gimenez. A imagem de Santa Barbara faz parte do acervo do Forte de Santa Cruz da Barra em Niterói (RJ). Data do inicio do século XIX e no ano de 2012 a imagem passou por um processo de restauração feita por uma equipe de conservação e preservação do Museu Histórico do Exército no Forte de Copacabana. 
15 BIBLIOGRAFIA : CHARTIER, Roger. A história cultural entre práticas e representações. Lisboa / Rio de Janeiro: Difel / Bertrand, 1990. CHOAY, Françoise. Alegoria do patrimônio. São Paulo: Unesp/Estação Liberdade, 2001. CÓDIGO DE ÉTICA DO CONSERVADOR-RESTAURADOR. Disponível em:. Acesso em 28/07/2011. CURY, Isabelle (coord.). Cartas Patrimoniais. Rio de Janeiro: Edições do Patrimônio: IPHAN, 2000. EUGÉNE, Emmanuel Viollet-le-Duc. Restauração. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000. FRONER, Y.A.; ROSADO, A; SOUZA, L.A. Tópicos em conservação preventiva. Belo Horizonte: LACICOR-EBA-UFMG, 2008. FUNARI, Pedro Paulo, PELEGRINI, Sandra. C.A. Patrimônio histórico e cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2006. GONZÁLEZ LÓPEZ, María José et al. Metodologia de estúdio para la intervencion em escultura policromada em I.A.P.H In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE LISBOA Policromia: a escultura policromada religiosa dos séculos XVII e XVIII: estudo comparativo das técnicas, alterações e conservação em Portugal, Espanha e Bélgica., 2002, Lisboa. Actas... Lisboa: Instituto Português de Conservação e Restauro, 2002. MACARRON, Ana Maria Miguel. Historia de la Conservación y la Restauración: desde la antiguedad hasta finales del siglo XIX. Madrid: Tecnos, 1995. PRICE Nicholas Stanley; TALLEY, Mansfield Kirby; VACARRO, Alessandra Melucco. Historical and Philosophical Issues in the Conservation of Cultural Heritage. The Getty Conservation Institute: Los Angeles, 1996. RUSKIN, John. A Lâmpada da Memória. São Paulo: Ateliê Editorial, 2008.

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