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artigo DIP - lavagem de dinheiro

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SUMÁRIO
Resumo.........................................................................................................04
Palavras-Chaves..........................................................................................04
Introdução..............................................................................................05
1.3 Desenvolvimento…................................................................................07
2.3 Importância da Cooperação Internacional no
 Combate à Lavagem de Dinheiro.................................................08
3.3 A Três Etapas do Processo de Lavagem de Dinheiro............09
1.4 Tratados Internacionais............................................................09
1.5 Conclusão...............................................................................................11
Referências Bibliográficas..........................................................................12
RESUMO:
Este artigo é a apresentação sintética, em forma de relatório escrito, dos resultados de investigações ou estudos realizados a respeito dos Tratados Internacionais sobre Lavagem de Dinheiro. O objetivo fundamental é combater a prática do crime de lavagem de dinheiro, buscando expor a grande relevância desta modalidade criminosa como principal fonte de recursos para o cometimento de uma grande variedade de delitos na esfera internacional. Tem a finalidade de destacar a extrema importância da adoção de ações cooperativas na formulação de políticas públicas de combate à criminalidade transnacional.
PALAVRAS-CHAVES:
Criminalidade; Assecuratórias; Macrocriminalidade; Narcotráfico; Corrupção;
1.1 INTRODUÇÃO:
O crime de lavagem de dinheiro descreve-se por um conjunto de operações comerciais ou financeiras que buscam a incorporação na economia de cada país, de modo transitório ou duradouro, de recursos, bens e valores de origem ilícita e que se desenvolvem por meio de um processo dinâmico que envolve, teoricamente, três fases independentes que, com frequência, ocorrem simultaneamente.
Em março de 1998, dando continuidade a compromissos internacionais assumidos a partir da assinatura da Convenção de Viena de 1988, o Brasil aprovou a Lei de Lavagem de Dinheiro ou Lei nº 9613, de 1998; DISPÕE SOBRE OS CRIMES DE LAVAGEM¨ OU OCULTAÇÃO DE BENS, DIREITOS E VALORES, A PREVENÇÃO DA UTILIZAÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO PARA OS ILÍCITOS PREVISTOS NESTA LEI; CRIA O CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS - COAF, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Essa lei atribuiu às pessoas físicas e jurídicas de diversos setores econômico-financeiros maior responsabilidade e comprometimento na identificação de clientes e manutenção de registros de todas as operações e na comunicação de operações suspeitas, sujeitando-as ainda às penalidades administrativas pelo descumprimento das obrigações.
Para devidos efeitos de regulamentação e aplicação das penas, o legislador preservou a competência dos órgãos reguladores já existentes, cabendo ao COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras, a regulamentação e supervisão dos demais setores.
Em 2012, a Lei nº 9.613, de 1998, foi alterada pela Lei nº 12.683, de 2012, que trouxe importantes avanços para a prevenção e combate à lavagem de dinheiro, tais como:
- a extinção do rol taxativo de crimes antecedentes, admitindo-se agora como crime antecedente da lavagem de dinheiro qualquer infração penal;
- a inclusão das hipóteses de alienação antecipada e outras medidas assecuratórias que garantam que os bens não sofram desvalorização ou deterioração;
- inclusão de novos sujeitos obrigados tais como cartórios, profissionais que exerçam atividades de assessoria ou consultoria financeira, representantes de atletas e artistas, feiras, dentre outros;
- aumento do valor máximo da multa para R$ 20 milhões.
- Estrutura orgânica da inteligência financeira no Brasil:
1.3 DESENVOLVIMENTO:
Os instrumentos convencionais utilizados pelo Direito Penal e Processual Penal para o combate à criminalidade não mais se mostram suficientes para inibir seu aumento contínuo, especialmente tendo em conta o nível de organização e especialização que as empresas do crime tem atingido. O crime moderno é transnacional, ignora fronteiras e financia-se com capital adquirido de forma ilícita. Desta forma, tem-se mostrado de extrema essencialidade a cooperação entre Estados nacionais na busca de formas de impedir o crescimento do crime organizado, suprimindo e dando finalidade em uma de suas principais fontes: a lavagem de dinheiro.
No âmbito internacional, a configuração inicial deste crime ocorreu com a Convenção de Viena, em 1988, denominada “Convenção Sobre O Tráfico Ilícito De Entorpecentes De Substâncias Psicotrópicas”, aprovado pelo Decreto nº 154/91, nos seguintes termos:
“ARTIGO 3
Delitos e Sanções
Logo após, o GAFI – Grupo De Ação Financeira Sobre Lavagem De Dinheiro ou FATF, (do inglês financial Action Task Force), organismo internacional criado em 1989 pelo grupo dos sete países mais industrializados, para combater a lavagem de dinheiro, elaborou 40 recomendações, que regulam conjuntamente questões penais, financeiras e de cooperação internacional, sobre lavagem de dinheiro. Vale registrar que o Brasil é membro do GAFI desde junho de 2000 (BONFIM, 2005).
Cumprindo determinação da Convenção de Viena, o Brasil promulgou, em 3 de março de 1998, a Lei nº 9.613, dispondo sobre os crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, e criou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF. Esta Lei criminalizou a lavagem de dinheiro como delito autônimo, independentemente da condenação pelos crimes antecedentes, ocupando o lugar de núcleo central do sistema de combate à lavagem de capitais.
A Lei brasileira, por sua vez, procurou ser abrangente ao tipificar o crime de lavagem de dinheiro, buscando transformar o conceito aberto trazido pela Convenção de Viena em tipos penais fechados, nos seguintes termos:
Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de crime:
I - de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins;
II - de terrorismo;
II – de terrorismo e seu financiamento;
III - de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado à sua produção;
IV - de extorsão mediante sequestro;
V - contra a Administração Pública, inclusive a exigência, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, de qualquer vantagem, como condição ou preço para a prática ou omissão de atos administrativos;
VI - contra o sistema financeiro nacional;
VII - praticado por organização criminosa.
VIII – praticado por particular contra a administração pública estrangeira.
 2.3 IMPORTÂNCIA DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL NO COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO:
A lavagem de ativos é atualmente a principal atividade do crime organizado, a essência da macrocriminalidade econômica e que, anualmente, movimenta cerca de 5% do PIB mundial de forma clandestina. Diversos setores criminosos estão diretamente envolvidos e com a lavagem de ativos, como o narcotráfico, o contrabando de armas, o terrorismo, as grandes fraudes, roubos, extorsões, evasão fiscal, crimes financeiros e especialmente a corrupção. Como afirma ASCARI (2003).
A lavagem de dinheiro talvez seja o mais importante caso de internacionalização do Direito Penal, fazendo surgir, ante a intensa produção legislativa internacional sobre a matéria, o que se convencionou chamar “sistemas globais de proibição”. Estes sistemas caracterizam-se por uma aproximação ou mesmo uma harmonização dos sistemas nacionais e supranacionais com o Direito Penal Internacional. (JAPIASSÚ, 2008).
“A expansão de normas penais ocorre raramente, em termos internacionais – mas certamente não se viu nada parecido em nível de complexidade deregulações, dos mecanismos de avaliação e de controle”.
A corrupção é a maior fonte de lavagem de dinheiro no brasil. Porém, sua caracterização é mais ampla, inclui suborno e propina, peculato, extorsão, tráfico de influência, nepotismo, apropriação indébita, utilização de informação privilegiada para fins pessoais, compra e venda de sentenças judiciais ou qualquer outro desvio de recursos por parte de um funcionário público.
Historicamente, a corrupção é mais notória em países com maior nível de injustiça social, onde o contraste entre ricos e pobres é bem evidente. Os países mais corruptos são aqueles que tem menores percentuais de alfabetização, maiores taxas de mortalidade e piores resultados no índice de desenvolvimento humano. Esse aprofundamento da pobreza tem em sua base o desvio dos recursos públicos, que deveriam beneficiar os menos favorecidos.
3.3 A TRÊS ETAPAS DO PROCESSO DE LAVAGEM DE DINHEIRO:
 - Etapa 1. Colocação dos recursos ilícitos no sistema econômico: é a disposição dos recursos quando são inseridos no sistema econômico por meio das técnicas que dificultam a identificação da sua procedência.
 - Etapa 2. Ocultação da origem por meio de difícil rastreamento: é a fase da lavagem propriamente dita, quando se promove a mudança do formato dos recursos para ocultar sua fonte.
 - Etapa 3. Integração: e nesta última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao sistema econômico.
Dessa maneira a facilidade para a execução da lavagem de dinheiro é muito grande, e possibilita o enorme desfalque de dinheiro, o qual deveria ser destinado para suas devidas funções.
No dia 29 de outubro, as instituições brasileiras que compõem a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA) se juntam ao Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) para lançar o Dia Nacional de Prevenção à Lavagem de Dinheiro. O objetivo é articular os setores público e privado e a sociedade civil para construir uma cultura contra a lavagem de dinheiro, por meio da mobilização e conscientização de todos de que esse crime acoberta outros como o tráfico de pessoas, de armas e de drogas, a extorsão, a corrupção e o terrorismo.
O valor estimado de dinheiro lavado anualmente no mundo está entre 2% e 5% do PIB mundial, ou seja, algo entre US$ 800 bilhões e US$ 2 trilhões.
1.6 TRATADOS INTERNACIONAIS
Atualmente, existem tratados multilaterais que regulam os crimes de lavagem de dinheiro no âmbito internacional. A Convenção Contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias Psicotrópicas (1988) é a primeira legislação internacional que prevê o crime da lavagem de dinheiro, crime correlato ao tráfico de substâncias ilícitas objeto do referido tratado. A Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional (2003) e a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção (2005) ampliam o escopo da lavagem de dinheiro ao afirmar que este crime não deve ser somente identificado em relação ao comércio ilícito de substâncias psicotrópicas, mas também a vários outros crimes. Elas também incentivam os países a instituírem Unidades de Inteligência Financeiras (UIFs) e sistemas regulatórios e de supervisão das ações relacionadas a este crime, tanto para instituições financeiras como não-financeiras, incluindo os indivíduos e entidades suscetíveis de estar envolvidas nestes esquemas criminosos. (UNODC – United Nations Office on Drugs and Crime).
CONCLUSÃO:
O problema de lavagem de dinheiro tem se agravado bastante, e caminha com uma velocidade infinitamente maior do que as iniciativas e métodos de prevenção e controle, não só no Brasil, mais no mundo inteiro. O fato é que as pessoas estão fazendo das necessidades e prioridades, um interesse pessoal, alimentando-se daquilo que deveria ser destinados para os seus devidos fins, ou seja, quando os servidores públicos transformam suas obrigações funcionais em favores pessoais; o que requere pagamentos de forma indevida para proporcionar caprichos, ganancia, satisfação, luxo, entre outros, a qualquer custo, independentemente do meio que seja necessário para alcançar tal objetivo. Diante disso, a cooperação que ocorre entre os países também é crescente
O meio utilizado para adquirir direitos e valores ilicitamente, prejudicam inúmeras pessoas, causando danos gravíssimos.  De acordo com a doutrina especializada, o primeiro instrumento de direito internacional a tratar sobre lavagem de dinheiro foi a Recomendação do Conselho da Europa, de 1980 e, de lá para cá, cada vez surgem mais instrumentos visando o combate deste delito.
REFERÊNCIAS:
BONFIM, Márcia Monassi Mougenot; BONFIM, Edílson Mougenot. Lavagem de dinheiro. São Paulo: Malheiros, 2ªed, 2005, p. 19
DE CARLI, Carla Verissimo . Lavagem de Dinheiro - Ideologia da Criminalização e Análise do Discurso. 1. ed. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2008. p. 134
TORRES, Leonia de Oliveira. Lavagem de dinheiro e a realidade enganadora desse crime que representa grave ameaça para a sociedade e a economia. Revista da Esmape, Recife, v. 12, n. 25, p. 847-855, jan./jun. 2007.
DE RIZZO, Maria Balbina Martins. Prevenção à lavagem de dinheiro nas instituições do mercado financeiro. ed Trevisan, 2014.
https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/crime/campanhas.html

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