Direito Empresarial Aula 6 Títulos de Crédito

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Direito Empresarial III
Títulos de Crédito
Prof. Gustavo Teixeira Villatore
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Aval
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Aval
AVAL: É o ato cambiário pelo qual uma pessoa (avalista) se compromete a pagar título de crédito, nas mesmas condições que um devedor desse título (avalizado). Detém autonomia e equivalência. 
	O aval é autônomo: sua existência, validade e eficácia não estão condicionadas à da obrigação avalizada. 
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Aval
Conceito: AVAL “é a declaração cambiária sucessiva e eventual decorrente de uma manifestação unilateral de vontade, pela qual uma pessoa, natural ou jurídica, estranha à relação cartular, ou que dela já figura, assume obrigação cambiária autônoma e incondicional de garantir, total ou parcialmente, no vencimento, o pagamento do título nas condições nele estabelecidas.” Luiz Emygdio F. da Rosa Jr. 
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Aval
1) é “declaração cambiária sucessiva” porque o aval é lançado no título após a formalização da declaração cambiária necessária (saque ou emissão do título);
2) é “declaração cambiária eventual” porque a não existência do aval no documento não o descaracteriza como título de crédito;
3) decorre de mera “declaração unilateral de vontade” do avalista e que independe, formalmente, da concordância do avalizado e do portador do título;
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Aval
4) é “autônoma” porque não é a mesma obrigação do avalizado, tanto que se a obrigação do avalizado for nula, obrigação do avalista subsiste;
5) é um “ato incondicional” como qualquer obrigação cambiária, não podendo sua eficácia ficar condicionada a evento futuro e incerto; 
6) o aval “só pode ser lançado no título de crédito” não se admitindo por documento em separado;
7) o avalista “garante o pagamento do título no vencimento”, e não a obrigação avalizada. 
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Aval
8) o aval pode “garantir total ou parcialmente” o pagamento do título (AVAL PARCIAL);
9) o aval “pode ser prestado por terceiro, estranho à relação cartular”, ou “por pessoa que nela já figure com obrigação cambiária distinta.”;
10) A obrigação do avalista só pode ser exigida “segundo as condições constantes do título de crédito” em respeito ao princípio da literalidade; 
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Aval
CIVIL E PROCESSUAL. EXECUÇÃO. EMBARGOS DO DEVEDOR. CONTRATO DE CÂMBIO. AVAL. NOTA PROMISSÓRIA. EXECUÇÃO CORRETAMENTE DIRIGIDA CONTRA OS GARANTES. NÃO ASSUNÇÃO DE SOLIDARIEDADE NAS OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS. CC, ART. 906. EXEGESE.
I. O aval dado em nota promissória não se estende aos demais encargos contratuais, se deste instrumento não participaram os garantes.
II. Recurso especial não conhecido.
(REsp 695898/MT, Rel. Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, julgado em 10/11/2009, DJe 07/12/2009)
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STJ - Súmula nº26
“O avalista do título de crédito vinculado a contrato de mútuo também responde pelas obrigações pactuadas, quando no contrato figurar como devedor solidário.”
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Aval
O AVAL é garantia exclusivamente cambiária e, assim, prescrita a ação cambiária, o aval perde eficácia, não respondendo o garante pela obrigação assumida pelo devedor principal, salvo se comprovado que auferiu benefício com a dívida. 
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Aval
DIREITO COMERCIAL. FALÊNCIA. SENTENÇA DECLARATÓRIA. PUBLICAÇÃO. AUSÊNCIA. AÇÃO MONITÓRIA. SUBSISTÊNCIA. DUPLICATA PRESCRITA. AVAL. PERDA. EFICÁCIA. AVALISTAS. BENEFÍCIO. DÍVIDA. AVERIGUAÇÃO. OMISSÃO. ACÓRDÃO RECORRIDO. OCORRÊNCIA.
(...) 3 - Prescrita a ação cambiária, o aval perde eficácia, não respondendo o garante pela obrigação assumida pelo devedor principal, salvo se comprovado que auferiu benefício com a dívida.
Nuance, portanto, relevante que, suscitada na instância de origem, não foi decidida pelo acórdão recorrido, mesmo após os declaratórios. Omissão reconhecida. (...)
(REsp 896543/MG, Rel. Ministro FERNANDO GONÇALVES, QUARTA TURMA, julgado em 13/04/2010, DJe 26/04/2010)
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AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL - AÇÃO MONITÓRIA - NOTA PROMISSÓRIA - PRESCRIÇÃO CAMBIÁRIA - ILEGITIMIDADE PASSIVA DOS AVALISTAS - ACÓRDÃO RECORRIDO EM HARMONIA COM O ENTENDIMENTO DESTA CORTE - AGRAVO IMPROVIDO.
(AgRg no REsp 1209815/MT, Rel. Ministro MASSAMI UYEDA, TERCEIRA TURMA, julgado em 26/06/2012, DJe 02/08/2012)
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Do corpo do acórdão:
“Inicialmente, verifica-se que, no tocante à ilegitimidade passiva dos avalistas, o Tribunal de origem consignou que o título objeto da ação monitória é uma nota promissória prescrita, cujo vencimento se deu em 31/07/96.
Fixada tal premissa pelas Instâncias ordinárias, a qual, diga-se, não pode ser alterada por este Tribunal Superior em razão do óbice da Súmula n. 7/STJ, verifica-se que o acórdão recorrido, de fato, coaduna com a jurisprudência deste STJ que se firmou no sentido de que, o aval perde sua eficácia quando prescrita a ação cambiária, não mais respondendo o garante pela obrigação assumida pelo devedor principal, salvo se comprovado o locupletamento do avalista.”
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