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Instrumentos de medidas Elétricas Introdução Os instrumentos elétricos empregados na medição das grandezas elétricas apresentam um conjunto móvel que é deslocado aproveitando um dos efeitos da corrente elétrica; Preso a um conjunto móvel, está um ponteiro que se desloca na frente de uma escala graduada de valores da grandeza que o instrumento é destinado a medir. Os instrumentos mais utilizados em medidas elétricas são os instrumentos de Bobina Móvel Imã Permanente (BMIP) e os de Ferro Móvel (FM). Campo Magnético Regra da Mão Direita Regra da Mão Direita Dispondo o polegar da mão direita ao longo do condutor, no sentido da corrente, o dedo indicador no sentido do campo e o "maior de todos" o dedo que indica o sentido da força. Magnetização Galvanômetro No caso dos instrumentos analógicos a base de seu funcionamento é um medidor de correntes muito baixas chamado de Galvanômetro de Bobina Móvel ou Galvanômetro de D'Arsonval, o qual consiste de uma bobina que pode queestácolocada sermovimentada entreospólos e de umimã. Instrumento de Bobina Móvel Imã Permanente Galvanômetro – Partes Principais Imã permanente de peças polares cilíndricas, fornecendo no entreferro uma indução magnética de cerca de 0,125 Wb/m2; Núcleo cilíndrico de ferro doce, com a finalidade de tornar radiais as linhas de fluxo magnético. Quadro retangular de metal condutor, em geral feito de alumínio, com a finalidade de servir de suporte à bobina e produzir amortecimento por corrente de Foucault (corrente parasita). Bobina de fio de cobre, enrolada sobre o quadro de alumínio, por onde circulará a corrente a medir. Instrumento de Bobina Móvel Imã Permanente Bobina Móvel Quando um condutor é percorrido por uma corrente I, na presença de um campo magnético (B), fica submetido a uma força F cujo sentido é dado pela regra da mão direita, e cujo módulo é dado por : F = B.I.L.sen(α); onde L é o comprimento do condutor sob a ação do campo magnético B, e α é o angulo entre B e a direção I.L no espaço. Bobina Móvel Assim a corrente I a medir, ao percorrer a bobina B vai dar origem às forças F. Deste modo, percebe-se que se a corrente I mudar de sentido, F também mudará de sentido, fazendo com que o ponteiro se desloque no sentido de 0 para 1 ou no sentido de 0 para 2. Se I mudar de sentido muito rapidamente, as forças F mudarão também de sentido, mas o conjunto mecânico mudança, devido à não acompanhará essa sua inércia, ou seja, o sistema não serve para medidas na freqüência industrial (50- 60 Hz). Bobina Móvel – Vantagens Baixo consumo próprio. Alta sensibilidade. Uniformidade da escala e possibilidade de escalas bastante amplas. A possibilidade de um simples instrumento ser utilizado com “Shunts” e resistores série apropriados, para cobrir uma ampla gama de correntes e tensões. Livre de erros devido à histerese e campos magnéticos externos. Bobina Móvel – Vantagens Amortecimento perfeito, simplesmente obtido por correntes parasitas no metal (carretel de alumínio), que suporta e forma a bobina móvel. Excelente precisão. Escala Uniforme. Bobina Móvel – Desvantagens Só são usados em corrente contínua. São instrumentos polarizados. Construção complexa e sensível. Devido a sua alta sensibilidade, danifica-se muito rapidamente, caso não seja utilizado com muito cuidado. Galvanômetro – Ferro Móvel Também conhecidos como instrumentos ferromagnéticos ou eletromagnéticos. O seu princípio de funcionamento é baseado na ação do campo magnético, criado pela corrente a medir percorrendo uma bobina fixa, sobre uma peça de ferro doce móvel. Existem dois tipos de instrumentos básicos: Instrumento de “atração” ou de “núcleo mergulhador”; Instrumento de “repulsão” ou de “palheta móvel”. Galvanômetro – Ferro Móvel A corrente I circulando pela bobina fixa, faz surgir um campo magnético que atrai o núcleo de ferro doce, dando uma leitura proporcional a corrente circulante. A) representa a bobina magnetizante; B) representa a placa de ferro fixa; representa a placa de ferro móvel, acoplada ao ponteiro. A figura a seguir representa de forma esquemática um instrumento de ferro móvel: Galvanômetro – Ferro Móvel Galvanômetro – Ferro Móvel de uma Quando colocado no interior bobina duas passagem da laminas de ferro, com a corrente elétrica, as duas lâminas terão identidade de polarização, isto é, haverá formação de pólos iguais nos seus extremos. Portanto, as duas lâminas terão a repelir- se, uma vez que, pela lei de atração e repulsão, pólos iguais se repelem. Galvanômetro – Ferro Móvel Galvanômetro – Ferro Móvel Note que quando a corrente elétrica circula pela bobina A, será formada um campo magnético, que magnetizará as placas B e C. Como estas placas estão alinhadas na mesma direção, elas se magnetizarão com pólos iguais. arrastando consigo o ponteiro. Por isso aplaca móvel C tenderá se afastar (repulsão) daplaca fixa B, Galvanômetro – Ferro Móvel Galvanômetro – Ferro Móvel O afastamento da placa móvel C da placa fixa B será maior ou menor, de acordo com o valor da corrente que estiver circulando pela bobina. Os instrumentos de medida elétrica tipo ferro móvel funcionam tanto em corrente contínua como em corrente alternada. Galvanômetro – Ferro Móvel Comportamento Dinamico Resistor de derivação Por vezes faz-se necessário medir correntes de magnitudes superiores à de fundo de escala do amperímetro; para isso, liga-se em paralelo com o instrumento um resistor (chamado derivação ou shunt), que desviará a parcela de corrente que excede o fundo de escala. Este procedimento, chamado multiplicação de escala. • Rm = resistência interna do instrumento (bobina) • Rs = resistência de derivação ou shunt • Im = corrente de deflexão a plena escala do instrumento (Ifsd) • Is = corrente de derivação • I = corrente a plena escala do amperímetro incluindo a corrente de derivação Resistor de derivação Rm = Resistencia interna do movimento (a bobina) Rs = Resistencia de derivação Im = Corrente de deflexão a plena escala do movimento Is = Corrente de derivação I=Corrente a plena escala do amperímetro incluindo derivação Resistor de derivação Resistor de derivação Um galvanômetro de 1 mA com uma resistência interna de 100 Ω se quer utilizar como um amperímetro 0-100mA. Calcule o valor da resistência de derivação necessária. Amperímetro com escalas Amperímetro de Derivação de Ayrton É um amperímetro de escalas mediante varia resistências de derivações Amperímetro de Derivação de Ayrton Projete um amperímetro de derivação de Ayrton para escalas de corrente de 1A, 5A e 10A, conforme indicado na figura. Utilizando um galvanômetro d’Arsonval com uma resistência interna de Rm=50 Ω, uma corrente de deflexão a plena escala de 1mA. Voltímetro de CC A adição de uma resistência em serie o multiplicador converte ao instrumento básico de D’Ansorval em um voltímetro de CC Voltímetro de CC • Im = corrente de deflexão a plena escala do galvanômetro/instrumento (Ifsd) • Rm = resistência interna do galvanômetro • Rs = resistência multiplicadora ou série •V = tensão a plena escala do voltímetro (galvanômetro + Rs) Voltímetro de escala Voltímetro de escala Um galvanômetro/instrumento d’Arsonval que apresenta uma resistência interna, Rm = 100Ω e uma corrente de fundo de escala, Ifsd=1mA, será utilizado na construção de um voltímetro CC com escalas de tensão de 0-10 V, 0-50 V, 0- 250 V y 0-500 V; utilizando o circuito abaxio. Calcule as resistências multiplicadoras. Sensibilidade A somatória das resistências relativas a escala selecionada em um voltímetro multifaixa sempre é constante, a relação entre esta resistência e a escala de tensão é conhecida como sensibilidade S ou relação ohms/volt de um voltímetro. S é essencialmente o inverso da corrente de deflexão a plena escala do instrumento básico, isto é: Efeito de carga Todo o instrumento de medição absorve uma determinada corrente do circuito a que está ligado. Essa corrente é necessária para o seu funcionamento, como a corrente Im Efeito de carga Na maioria dos instrumentos, esta corrente é pequena, com valores típicos da ordem de microampères. Denomina-se de sensibilidade de um instrumento a intensidade de corrente necessária para provocar a deflexão total do seu ponteiro. Sensibilidade de um instrumento é o valor de corrente que provoca a deflexão do seu ponteiro. IMPEDÂNCIA DE ENTRADA DE UM INSTRUMENTO Se um instrumento de medição absorve uma certa corrente do circuito, pode-se dizer que este instrumento apresenta uma resistência interna entre os seus bornes, como mostrado na Fig. O instrumento atua como carga no circuito. Erros devido ao posicionamento Além do erro provocado pelo instrumento, existem os seguintes fatores que interferem na confiabilidade de uma medição : · O posicionamento do instrumento. · O posicionamento do observador. POSICIONAMENTO DO INSTRUMENTO Os instrumentos de medição com indicação através de ponteiro, têm posição correta de trabalho definida. Existem instrumentos cuja posição correta de trabalho é vertical, outros horizontal e ainda alguns que são construídos para trabalhar em posição inclinada. Alguns instrumentos trazem um símbolo no painel que indica a posição adequada de funcionamento, como mostrado na Fig. POSICIONAMENTO DO INSTRUMENTO No caso de multímetros, a posição de trabalho correta é horizontal. Instrumentos como o osciloscópio que não têm peças móveis, podem operar em qualquer posição sem prejuízo para a indicação. Contudo, o operador deve procurar posicionar este tipo de instrumento de forma a ter visibilidade perfeita para a leitura. POSICIONAMENTO DO OBSERVADOR Outro fator de grande importância para a maior exatidão de uma medição é o posicionamento do observador para realizar a leitura. Bibliografia
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