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1 FACULDADE NORTE CAPIXABA DE SÃO MATEUS ENGENHARIA CIVIL/QUÍMICA ITALO ASSIS PRATES DE ALMEIDA LARISSA TEIXEIRA DA SILVA OTONIEL JOSÉ DE PAULA NETTO ROSIMAR ROGERIO DA SILVA SANTOS WANDERSON MELO DE OLIVEIRA EXPERIMENTO DE INDUÇÃO DE FARADAY – GERADOR DE ENERGIA. SÃO MATEUS 2017 2 ITALO ASSIS PRATES DE ALMEIDA LARISSA TEIXEIRA DA SILVA OTONIEL JOSÉ DE PAULA NETTO ROGERIO SANTOS WANDERSON MELO DE OLIVEIRA EXPERIMENTO DE INDUÇÃO DE FARADAY – GERADOR DE ENERGIA. Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Física 3, do curso de 4º Engenharia Civil/Química da Faculdade Norte Capixaba de São Mateus, como requisito parcial à obtenção de nota na avaliação bimestral. Professor: Guilherme Zogaib Biral SÃO MATEUS 2017 3 SUMÁRIO: 1. RESUMO ................................................................................................................ 4 2. OBJETIVO ............................................................................................................. 4 3. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 5 4. REFENCIAL TEÓRICO .......................................................................................... 5 4.1 Lei de indução de Faraday ....................................................................... 5 4.2 Lei de Lenz ............................................................................................... 6 5. MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 7 5.1 Materiais e equipamentos .......................................................................... 7 5.2 Fotos dos materiais usados no experimento ............................................. 7 5.3 Procedimento ............................................................................................. 8 5.4 Experimento ............................................................................................... 8 6. RESULTADOS E DISCURSÕES ........................................................................... 9 6.1 Dificuldades encontradas ........................................................................... 9 7. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 10 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 10 4 1. RESUMO Segundo BOCAFOLI (1990) o gerador elétrico é um equipamento que transforma a energia mecânica, química, solar ou de qualquer outra natureza, em energia elétrica. Antes de 1830, a única fonte de energia elétrica conhecida eram as pilhas e baterias, que transformavam energia química em eletricidade. Entretanto, em 1831, o inglês Michael Faraday, inventou um sistema capaz de produzir energia elétrica a partir de energia mecânica, criando, assim, um dispositivo gerador de energia. O gerador de Faraday consistia num disco de cobre que girava no campo magnético formado pelos polos de um ímã de ferradura e produzia uma corrente elétrica contínua. Essa grande descoberta de Faraday, além de ser fundamental para o crescimento, desenvolvimento e aplicabilidade da energia elétrica, foi a primeira etapa para o surgimento dos geradores, que ao longo dos tempos foram sendo aperfeiçoados, incorporaram inovações tecnológicas e transformaram-se em uma excelente e confiável fonte de energia. Graças ao legado de Michael Faraday e do avanço tecnológico proporcionado por outros diversos cientistas, atualmente, existem equipamentos de alta tecnologia capazes que gerar energia de elevado padrão. Palavras chave: Fluxo magnético; Energia; Lei de indução; Experimento. 2. OBJETIVO Elaboramos o experimento na tentativa de discriminar a ideia de correte elétrica pela variação do fluxo de campo magnético, ou seja, verificar se o sistema montado faz com que a variação do fluxo magnético, que atravessa o circuito, é capaz de produzir uma tensão elétrica, dando origem a uma corrente. As fontes de energia renováveis tem papel fundamental na sustentabilidade. O cenário atual mostra uma dependência cada vez maior do ser humano em se obter fontes de energia. A construção de um cenário com uma gama maior e mais eficiente de fontes alternativas de energia é um grande desafio para um país, como o Brasil, que precisa satisfazer as necessidades energéticas da sua população em proporções justas e sempre levando em conta as responsabilidades ambientais. (BERMANN, Célio). 5 3. INTRODUÇÃO De acordo com a lei de Michael Faraday, “quando um campo magnético varia em função do tempo, produz-se um campo elétrico no espaço”. (UMANS, FITZGERALD e JUNIOR 2006, p.28). A análise da lei de Faraday foi fundamental para possibilitar a compreensão do principio de geração de corrente elétrica por indução. Assimilando a lei de conservação das energias, pode-se renomear o supracitado como, principio de transformação elétrica por indução. Nesse experimento, nós pudemos observar que a correte elétrica é gerada por uma força eletromotriz atuante no cobre. A força eletromotriz, em caso, esta sendo influenciada por um imã de Neodímio que, ao passar próximo do fio de cobre, acaba provocando a variação do fluxo de campo elétrico magnético. Ou seja, os elétrons se movimentam de uma tal forma que origina-se uma corrente elétrica. 4. REFERENCIAL TEÓRICO 4.1 LEI DE INDUÇÃO DE FARADAY Uma das descobertas mais importantes do que conhecemos hoje como eletromagnetismo foi feita pelo inglês Michael Faraday (1791-1867). Renomado cientista e pesquisador inglês, Faraday notou que ao aproximar dois circuitos elétricos, percebeu que no momento em que um deles era ligado ou desligado, aparecia por um instante de tempo uma corrente no outro circuito. Percebeu também que o sentido da corrente era diferente se o circuito estava sendo ligado ou desligado. Para confirmar que era um efeito magnético, ele aproximou um ímã, e também observou o aparecimento de corrente. Essa corrente só se mantinha enquanto o ímã estava em movimento, e tinha sentido contrário dependendo se o ímã se aproximava ou se afastava. Ele também manteve o ímã fixo e movimentou o circuito, obtendo os mesmos resultados. A conclusão de Faraday é que a variação do fluxo magnético que atravessa o circuito produz uma tensão elétrica, que dá origem a corrente. Na verdade, a própria ideia de fluxo é devida em grande parte a Faraday, que imaginava linhas de campo emanando de cargas elétricas e de magnetos para visualizar os campos elétricos e 6 magnéticos, respectivamente. Essa forma de pensar só seria aceita e usada de forma sistemática pelos cientistas após sua morte, mas sua importância pode ser percebida pelo fato de Maxwell ter dado a seu primeiro artigo, de 1856, o título “On Faraday’s lines of force”. Em 1861, o artigo em que Maxwell corrige a lei de Ampère foi chamado de “On physical lines of force”. Neste artigo não será apresentado as equações de Maxwell, uma vez que não será utilizado na temática abordada. Lei de indução expressa matematicamente: │Ɛ│= │ 𝚫𝚽𝚫𝐭 │ Essa é a lei da indução na forma mais apropriada para se trabalhar com circuitos, pois relaciona parâmetros que podem ser medidos diretamente ou calculados a partir da geometria do circuito. O sinal negativo da lei de indução, que dá a direção da tensão induzida, é explicado pela chamada lei de Lenz, publicada por Heinrich Lenz em 1834. 4.2 LEI DE LENZ Em 1833, o físico russo Heinrich Friedrich Lenz descreveu que: a ação eletrodinâmica de uma corrente opõe-se igualmente à ação mecânica que a induziu. (KOSOW, 2008, p.10) A lei de Faraday expressa somente a intensidade da força eletromotriz induzida, já Lenz define que a força eletromotriz é igual ao negativo da variação do fluxo magnético no interior da espira, assumindo a forma: │Ɛ│= − │ 𝚫𝚽 𝚫𝐭 │ Além da lei que leva seu nome, Lenz também descobriu de forma independente a lei de Joule enquanto trabalhava na Universidade de São Petesburgo; por esse motivo, na Rússia, essa lei é conhecida como lei de Joule-Lenz). O sinal negativo garante que a fem induzida é no sentido de criar um campo magnético que vai se opor à variação do fluxo. Em outras palavras, se o fluxo está aumentando, a tensão cria uma corrente que gera um fluxo negativo. Quando um ímã se aproxima da espira, o fluxo através desta aumenta. A corrente induzida na espira produz um campo contrario ao campo original, a fim de anular a variação no fluxo original. Note ainda que a espira desenvolve um dipolo 7 magnético para a esquerda, i.e. oposto ao do ímã. Portanto, existirá uma força de repulsão entre eles, no sentido de afastar o ímã e impedir o aumento do fluxo. A lei de Lenz é uma consequência da conservação de energia. Devido às contribuições de Neumann e Lenz, a lei da indução pode ser chamada de lei de Faraday, lei de Faraday-Lenz ou lei de Faraday-Neumann-Lenz. 5. MATERIAIS E MÉTODOS 5.1 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Cobre esmaltado Fita Adesiva Ímã de neodímio Duas Lâmpadas de Led Seringa descartável 5.2 FOTOS DOS MATERIAIS USADOS NO EXPERIMENTO Figura 1: Bobina (seringa com fio de cobre envolto) Figura 2: Sistema montado Figura 3: Par de Lâmpadas de LED Figura 4: Ímã de neodímio 8 5.3 PROCEDIMENTO O tubo descartável (seringa) é a base para as espiras de cobre, apoiado longitudinalmente. As espiras, devidamente envolvidas na seringa, devem estar conectadas as lâmpadas de LED, que servirão como indicadores de corrente. O ímã, deve se movimentar no interior da seringa, consequentemente por dentro das espiras, fazendo com que se ascendam os LEDs. 5.4 EXPERIMENTO Utilizamos o fio de cobre para envolver a seringa, afim de criarmos uma “bobina”. Foi retirado a parte interna da seringa, de forma que ficasse apenas a “casca”. Enrolamos cerca de 2 metros de fio de cobre, focando na parte central da seringa. Fixamos devidamente o fio de cobre com fita isolante e deixamos cerca de 50 cm de ambas as extremidades do fio para conectarmos às duas lâmpadas de LED. As lâmpadas de LED foram ligadas de forma invertida entre elas, ou seja, o negativo de uma delas ligado ao positivo da outra, e vice versa. Em seguida, para conectarmos as lâmpadas de LED à bobina, nós raspamos um pedaço de cada uma das extremidades para retirar os excesso de esmalte. Enrolamos cada respectivo fio de cobre a ambos os lados da conexão das lâmpadas de LED (um de uma lado e um de outro). Para finalizar a parte de montagem do experimento, colocamos 4 pequenos ímãs de neodímio dentro da bobina (os ímãs tem quase o mesmo diâmetro da seringa). Com a montagem do experimento devidamente pronta, passamos para a fase de testes. Com uma das mãos segurando a bobina e outra segurando a base das lâmpadas de LED, “chacoalhamos” a bobina, de forma que o ímã atravessasse todo o perímetro da seringa, de um canto a outro, fazendo com que as lâmpadas ascendessem alternadamente. A razão pela qual os LEDs não ficam acesos constantemente é que o movimento feito ao “chacoalhar” o sistema, no intuito de mover os ímãs, não é constante, isso não acontece em uma hidrelétrica por exemplo, onde o fluxo de agua é contínuo e a pressão da água faz a turbina girar transformando a energia potencial em energia cinética. Após passar pela turbina, o gerador transforma a energia cinética em energia elétrica. (SCHREIBER, G. 1978) O experimento foi realizado no laboratório de Física, localizado na sala 111, no térreo do bloco II, com inicio ás 20 horas e termino as 20 e 47 minutos. Os alunos presentes na bancada eram: Italo Assis Prates de Almeida, Larissa Teixeira da Silva, Rosimar Rogerio da Silva Santos, Otoniel José de Paula Netto e Wanderson Melo de Oliveira. 9 Considerando todos os equipamentos apropriados para montagem do experimento... 6. RESULTADOS E DISCURSÕES O movimento dos Ímãs, dentro da bobina, faz com que os elétrons no fio se movimentem, gerando uma corrente induzida para ascender as lampadas de LED. No tópico de indução eletromagética, explorando o conceito das Leis de Faraday, segundo os princípios de indução: quanto maior a velocidade, maior a variação do fluxo e, portanto, maior a corrente induzida e a intensidade da luz do LED. Nesse experimento, notamos que um LED ascende na aproximação do ímã e outro no afastamento. Isso acontece porque quando o ímã se aproxima da bobina, os elétrons correm em um sentido, quando o ímã se afasta da bobina esses eletróns correm em sentido contrário, fazendo justamente os LEDs se ascenderem alternadamente. Podemos afirmar que não existe, nesse experimento, um fonte infinita de energia, visto que gastamos energia do nosso corpo para movimentar a bobina, e consequentemente os ímãs. Respodendo ao questionamento do professor, a medida que adiconamos mais LEDs nesse mesmo sistema, nas mesmas condições, percebemos que a intesidade da luz dos LEDs diminui consideravelmente. O fluxo elétrico produzido pelo movimento do ímã ao se aproximar ou se afastar da bobina não é suficiente para “gerar” essa energia necessária para ascender muitos LEDs de forma satisfatória. 6.1 DIFICULDADES ENCONTRADAS Um dos problemas na execução dessa atividade foi conciliar os horários para reunião do grupo. Sabe-se que uma atividade experimental para ser bem sucedida precisa ser feita com organização e mediante a interação e participação direta dos envolvidos. No desenvolvimento dessa atividade em laboratório foi possível observar que, mesmo com os conhecimentos teóricos, são necessários conhecimentos práticos e de manuseio de alguns objetos e ferramentas. Apesar de simples, realizar essa atividade requer uma pratica, no mínimo básica, de emendas de fios, isolamento e conhecimento de polaridades. O auxílio do vídeo, disponibilizado pelo professor no roteiro, foi de suma importância para a conclusão do experimento. 10 Mesmo frente à essas dificuldades é necessária uma reflexão sobre a importância das atividades experimentais em laboratório. O desenvolvimento do aprendizado conciliado a prática é essencial para a capacitação do aluno. 7. CONCLUSÃO Este experimento tem como finalidade evidenciar a força magnética transformada em energia luminosa. A energia de um sistema, de uma forma geral, é definida como a capacidade do sistema produzir trabalho. A variação do fluxo magnético no interior da bobina pode ser obtida mediante movimentos relativos do ímã em relação à bobina, podendo movimentaro ímã ou a bobina. São diversas as aplicações dos geradores em nosso mundo moderno, uma delas é sua utilização em nossas usinas hidrelétricas que são nossa principal fonte de energia elétrica. A lei de Faraday tem uma importância teórico-científica muito grande, pois foi através dela que surgiu o “eletromagnetismo” que é um dos conteúdos mais utilizados na nossa tecnologia atual. Através desse experimento podemos atestar a veracidade dos estudos feitos através das Leis de Faraday-Lenz. 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOCAFOLI, Francisco. Física 2: Termometria Ondulatória Óptica Geométrica. São Paulo: FTD, 1990. v.2. 248 p. Brochura, ilu. HALLIDAY, David, RESNIK Robert, KRANE, Denneth S. Física 3, volume 2, 5 Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004. 384 p. KOSOW, Irving L. Máquinas Elétricas e Transformadores. 15. ed. São Paulo (SP): Globo, 2008. 667 p. SCHREIBER, G. P. Usinas hidrelétricas. São Paulo: Edgard Blücher, 1978. 233 p. UMANS, Stephen D.; FITZGERALD, Arthur E.; JUNIOR, Charles Kingsley. Máquinas Elétricas. 6 ed. Porto Alegre (RS): Bookmann, 2006. 648 p.
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