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Noções de Direitos Humanos. Sistema de proteção dos DH e Pacto de San José da Costa Rica. Revisando. Pós Segunda-Guerra Mundial: criação da ONU e processo de internacionalização dos Direitos Humanos. Objetivos? Tratados internacionais. O que são? Segundo José Francisco Rezek (2008, p. 14.) e Hildebrando Accioly (2002, p. 28.), respectivamente: “tratado é todo acordo formal concluído entre sujeitos de direito internacional público, e destinado a produzir efeitos jurídicos” e “por tratado entende-se o ato jurídico por meio do qual se manifesta o acordo de vontades entre duas ou mais pessoas internacionais”. Proteção Internacional dos Direitos Humanos. Suplementar e paralelo ao direito nacional; Procedimentos internacionais: natureza subsidiária; Garantia adicional à proteção dos Direitos Humanos em caso de omissão dos instrumentos adicionais. Sistema Global de Proteção. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). Estabeleceu: A universalidade; A interdependência; A indivisibilidade dos Direitos Humanos. Processo de Juridicização. Início em 1949 e término em 1966. Produção de dois Tratados: Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos. Pacto Internacional dos Direitos Sociais, Econômicos e Culturais. Tratados multilaterais e específicos. Tortura: Convenção Internacional Contra a Tortura. Discriminação racial: Convenção Internacional Sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial. Tratados multilaterais e específicos. Discriminação contra as mulheres: Convenção Internacional Sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher. Convenção Internacional Sobre os Direitos das Crianças. Mecanismos de Proteção. Mecanismos convencionais: Criados por convenções específicas de Direitos Humanos. Receber petições individuais. Proferir decisões que determinem a reparação pelo Estado. Requerer informações dos Estados. Mecanismos não convencionais. Decorrentes de resoluções elaboradas por órgãos das Nações Unidas, como a Assembleia Geral e o Conselho Econômico e Social. Conselho de Direitos Humanos (CDH): criado pela Assembleia Geral. Mecanismos não convencionais. Competência genérica; Apreciação de casos específicos de violação dos Direitos Humanos; Manter a situação sob análise; Designar relatores para examinarem determinadas violações aos Direitos Humanos. Tribunal Penal Internacional. Tribunais ad hoc. Criado em 1998 pelo Estatuto de Roma. Competência: Crimes contra a humanidade; Genocídio; Crimes de guerra; Agressão internacional. Sistema Regional de Proteção aos Direitos Humanos. Objetivos. Sistemas: Europeu; Africano; Interamericano. Sistema Interamericano Carta da OEA. Pacto de San José da Costa Rica (Convenção Interamericana de Direitos Humanos). Comissão Interamericana dos Direitos Humanos Função executiva/administrativa Corte Interamericana de Direitos Humanos Função judicial/contenciosa. Corte Interamericana de Direitos Humanos. Órgão jurisdicional. Instituição Judiciária: 7 Juízes, nacionais da OEA. Objetivo. Competência Competência consultiva. Competência contenciosa Em âmbito nacional. O consentimento e o obrigar-se. A assinatura do Chefe de Estado é suficiente? Como ficam os casos dos acordos multilaterais? Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: [...] VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; Todo tratado precisa de ratificação do Legislativo? Valério de Oliveira Mazzuoli (2004, p. 51.) nos elucida: A expressão designa aqueles acordos concluídos pelo Poder Executivo sem o assentimento do Poder Legislativo. São concluídos, na maioria dos casos, por troca de notas diplomáticas, troca de correspondência, ou outro procedimento similar, sendo sua assinatura, em regra, suficiente para obrigar o Estado. Caracterizam-se, pois, pela sua conclusão imediata (negociação e assinatura), dispensando-se desse procedimento a ratificação do Chefe de Estado. São vários os motivos que levam o Executivo a adotar os acordos em forma simplificada, dentre eles, a rapidez na sua conclusão, o seu caráter técnico, a necessidade em se conservar certo sigilo, a multiplicidade do fenômeno contratual etc. A intervenção do parlamento, para o Executivo, representa um freio à sua atuação internacional, tornando-se mais um fator de morosidade a entravar as relações internacionais. Quanto à recepção: Em face da incorporação automática, os tratados internacionais incorporam-se de imediato ao direito nacional em virtude do ato da ratificação. (…) Em suma, em face da sistemática da incorporação automática, o Estado reconhece a plena vigência do Direito Internacional na ordem interna, mediante uma cláusula geral de recepção automática plena. Com o ato da ratificação, a regra internacional passa a vigorar de imediato tanto na ordem jurídica internacional, como na ordem jurídica interna, sem a necessidade de uma norma de direito nacional que a integre ao sistema jurídico. Esta sistemática da incorporação automática reflete a concepção monista, pela qual o Direito Internacional e o Direito interno compõem uma mesma unidade, uma única ordem jurídica, inexistindo qualquer limite entre a ordem jurídica internacional e a ordem interna. Piovesan (2006, p. 106). Posição hierárquica dos tratados internacionais. Duas formas. Art. 5º. [...] [...] § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. O sistema interno. Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Algumas leis. Lei 9.455/1997 – Define o crime de tortura. Lei 10.471/2003 – Estatuto do Idoso. Lei 11.340/2006 – Lei Maria da Penha.
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