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6 Manual de Estruturas de Concreto ABCP Escoramentos

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1CIMManual de Estruturas
Conceitos
Sistematizaçªo
Projeto para Produçªo
PrÆticas Recomendadas
Conclusªo
Cimbramento
Conceitos
Definiçªo e nomenclatura
Cargas Atuantes
Materiais utilizados (principais características e usos)
Sistemas de Cimbramento
Sistemas de Reescoramento
Sistematizaçªo
Cimbramento
Reescoramento
Projetos para Produçªo
PrÆticas Recomendadas
Conclusªo
2CIM Manual de Estruturas
Conceitos
3CIMManual de Estruturas
Conceitos
Nota
Neste Manual, adotamos o termo
cimbramento ao invØs de
escoramento por entender este
ser uma denominaçªo mais
ampla, abrangendo todos os
sistemas e nªo só os que usam
escoras. JÆ no caso do
reescoramento, apesar de em
alguns casos ser necessÆrio
reescorar com torres ou outros
elementos, Ø muito mais usual
utilizarmos escoras para tal, daí
o uso do termo reescoramento
ao invØs de recimbramento.
Dica
…posicionamos novas escoras e
DEPOIS desmontamos o
cimbramento. Em NENHUM
momento as peças recØm-
concretadas devem ficar sem
apoio, mesmo que seja por
alguns minutos.
Definiçªo e nomenclatura
Cimbramento
É um estrutura de suporte provisória composta por um conjunto de elemen-
tos que apoiam as fôrmas horizontais (vigas e lajes), suportando as cargas
atuantes (peso próprio do concreto, movimentaçªo de operÆrios e equipa-
mentos, etc.) e transmitindo-as ao piso ou ao pavimento inferior. Para tanto
deve ser dimensionado, entre outras coisas, em funçªo da magnitude de
carga a ser transferida, do pØ-direito e da resistŒncia do material utilizado.
Estes elementos normalmente divididem-se em:
• Suporte: escoras, torres, etc.,
• Trama: vigotas principais (conhecidas tambØm como longarinas) e vigotas
secundÆrias – conhecidas tambØm como barrotes)
• Acessórios: peças que unem, posicionam e ajustam as anteriores.
Reescoramento
Após a concretagem, inicia-se o pro-
cesso de endurecimento do concre-
to, onde as peças atingem a condi-
çªo de serem autoportantes (em
mØdia 72 horas após) atØ atingirem
a resistŒncia para a qual foram
projetadas (28 dias). A fim de libe-
rarmos a maioria das peças de
cimbramento para o próximo uso, posicionamos novas escoras (ou, nos sistemas que permitem a
desmontagem das outras peças sem movimentarmos as escoras, deixamos parte delas) e depois desmontamos as
demais peças para uso na próxima laje.
4CIM Manual de Estruturas
Conceitos
Materiais Utilizados
Atualmente, dispomos de vÆrias empresas especializadas no fornecimento,
atravØs de venda ou locaçªo, de sistemas de cimbramento e reescoramento.
Sªo peças, na sua grande maioria, de aço ou alumínio, que tŒm como
características principais: flexibilidade, ajustes precisos, resistŒncia, uniıes e
encaixes simples.
Estas empresas geralmente dispıem de equipes tØcnicas que, em conjunto
com a obra, estudam e escolhem a soluçªo mais adequada.
MetÆlicos
Madeira Serrada Criado em conjunto com o sistema “formapronta”, apresenta peças de ma-
deira aparelhadas, peças padronizadas e com encaixes previstos. Como van-
tagens temos tambØm o seu baixo custo (em obras lentas sªo imbatíveis
quando comparamos o seu valor de aquisiçªo com o valor de locaçªo dos
sistemas industrializados) e sua disponibilidade. JÆ as suas desvantagens sªo
o nivelamento atravØs de cunhas e seu uso normalmente restrito a uma
œnica obra (principalmente devido à dificuldade em ser reformado e ade-
quado a outras dimensıes)
Normalmente composto de:
•escoras simples de pontaletes 3”x3” para as lajes
•escoras duplas (conhecidas como “garfos”) de pontaletes 3”x3” para as
vigas
•longarinas de sarrafos 1”x6” duplos
•barrotes de sarrafos 1”x4”duplos ou pontaletes 3”x3”
Madeira Bruta Normalmente na forma de troncos de eucalipto utilizados como escoras, Ø
um sistema bastante rudimentar, com material bastante heterogŒneo (ne-
cessidade de “dimensionar pelo pior caso”), nivelamento impreciso atravØs
de cunhas de madeira, custo baixo de material e facilmente encontrado.
Dica
…posicionamos novas escoras e
DEPOIS desmontamos o
cimbramento. Em NENHUM
momento as peças recØm-
concretadas devem ficar sem
apoio, mesmo que seja por
alguns minutos.
Cargas Atuantes
Enquanto o cimbramento Ø um sis-
tema estÆtico, onde as cargas de
montagem e concretagem sªo
transferidas para o apoio, o
reescoramento Ø um sistema dinâ-
mico que deve prever, alØm das car-
gas dos elementos recØm-
concretados, o quanto os pilares, vi-
gas e lajes dos pavimentos inferiores
podem (e devem) receber destas car-
gas. Por isso Ø fundamental discutir
com o Projetista Estrutural o plano
de reescoramento. Somente ele pode
definir o espaçamento mÆximo entre
escoras, o prazo que estas ficaram
“presas” e o nœmero de pavimentos a
serem reescorados.
5CIMManual de Estruturas
Conceitos
Sistemas de Cimbramento
Como jÆ foi dito, contamo hoje com diversas empresas especializadas no
fornecimento de sistemas de cimbramento/reescoramento, cada qual com
suas características próprias, porØm, de maneira geral, podemos dividi-los
em trŒs tipos:
Escoras / Torres / Mesas Voadoras
GlossÆrio
Contraventamento: travamento
entre escoras, atravØs de outro
elemento, criando uma “malha”
estrutural e evitando a flexªo das
escoras.
Escoras (ou sistema pontual)
Elementos verticais isolados e fÆceis de montar ,necessitando apenas de ele-
mentos que os deixem em pØ durante a montagem, normalmente conheci-
dos como tripØs. Sua Ærea de abrangŒncia varia normalmente de 1,5 a 4,5
metros de altura, sendo que, entre 3 e 4,5 metros geralmente devem ser
contraventados.
A capacidade de carga, a precisªo do nivelamento e a durabilidade, dªo às escoras
metÆlicas larga vantagem em relaçªo às de madeira. AlØm disto, a estabilidade
dimensional possibilitada pelas escoras metÆlicas as faz recomendada para
requisitos da qualidade onde nªo se aceitam deformaçıes (caso da “laje zero”).
Outra vantagem das escoras metÆlicas Ø que, em determinados sistemas, sªo
acoplados às suas cabeças descendentes (drop heads) que possibilitam a desforma
de todo o sistema de distribuiçªo de cargas sem que a escora seja removida, nªo
havendo a perda de contato da escora com a laje.
Isto confere uma segurança contra deformaçıes impostas em idades baixas do
concreto e a possibilidade do reaproveitamento das fôrmas e do vigamento de
suporte. Para tanto sªo utilizadas tiras de sacrifício ou reescoramento que ficam
presas atØ a retirada da escora.
JÆ para as escoras de madeira sªo normalmente utilizados pontaletes. Sua
capacidade de carga Ø baixa dependendo do tipo de madeira, gerando grande concentraçªo de peças sob a laje escorada
dificultando o trânsito.
O nivelamento Ø feito atravØs de sistemas de cunhas de madeira. A madeira nªo Ø recomendÆvel quando se buscam atender
requisitos da qualidade muito rígidos, jÆ que ela sofre deformaçıes atØ em funçªo das condiçıes atmosfØricas e sªo de
difícil ajuste quando hÆ variaçªo no pØ direito.
Conjuntos de pontaletes e sarrafos sªo utilizados para a confecçªo de “garfos” largamente usados no escoramento de vigas
de borda. Para as vigas internas, os mais indicados sªo as escoras metÆlicas.
Nota
Existem escoras com altura de
5,5m, sendo utilizadas para
reescoramento
6CIM Manual de Estruturas
Conceitos
Torres metÆlicas
Elementos verticais multiplos, ligados entre si (ou seja,
contraventados) formando quadros. Mais complexos de
montar do que as escoras, porØm com uma capacidade de
carga maior, resultando em menos pontos de apoio. Sua Ærea
de abrangŒncia Ø praticamente ilimitada, iniciando normal-
mente em 1,0 metro de altura atØ dezenas de metros. Para
grandes alturas as torres sªo contraventadas entre si.
As torres metÆlicas montÆveis sªo encontradas sob vÆrias
formas, diferindo no tipo de ajuste, encaixe das peças,
diagonais, tamanhos e diâmetro dostubos metÆlicos.
O princípio de funcionamento Ø, sempre, sistemas
tubulares em que as peças sªo interligadas formando
quadros.
Normalmente suportam mais carga que os sistemas pon-
tuais, vencem alturas maiores, sªo mais estÆveis, apre-
sentando um peso maior e um nœmero maior de ele-
mentos.
Sua utilizaçªo nas edificaçıes Ø feita normalmente em
trechos de pØ-direito maior, em que as escoras nªo tŒm aplicaçªo
e tambØm em vigas de periferia, onde podem ser produzidas
plataformas de trabalho com guarda corpo acoplado,
garantindo segurança ao operÆrio.
Mesas Voadoras
Os sistemas de distribuiçªo de carga e de
suporte (escoramento) sªo unificados. Sªo
integrados, tambØm, os escoramentos de
vigas e laje. É encontrado sob a forma
tubular (semelhante às torres) ou de alu-
mínio, formando grandes treliças.
Trata-se de um complexo metÆlico rígido
e/ou protendidas indeformÆvel, transpor-
tado por inteiro (inclusive, com a fôrma
incorporada), em que se ganha agilidade,
tempo e mªo-de-obra.
O seu uso depende principalmente das
características do projeto (lajes planas e/
ou protendidas sªo candidatas natas) e
da necessidade de uma grua com razoÆ-
vel capacidade de carga para sua
movimentaçªo.
Nota
O uso de torres junto com as
escoras sªo utilizados como
elemento de contraventamento.
7CIMManual de Estruturas
Conceitos
Sistemas de Reescoramento
Diferentemente do escoramento, o reescoramento Ø utilizado com um nœmero
inferior de opçıes. Como sua funçªo Ø a de transmitir a carga de pavimentos
superiores sendo concretados, a carga transferida a esse sistema Ø menor, alØm de
apoiar diretamente as lajes e vigas jÆ concretadas.
Portanto, a complexidade dessa etapa Ø menor (mas nªo menos importante), como
tambØm Ø menor o nœmero de elementos responsÆveis pelo cumprimento dessa funçªo.
Tipos mais utilizados
• Troncos: Ø um sistema extremamente rudimentar e desaconselhÆvel. Geralmente
de eucalipto, esses troncos tŒm um diâmetro de aproximadamente 10cm. O material
Ø heterogŒneo, as peças sªo disformes e diferentes entre si e a capacidade de carga,
limitada. O ajuste de altura Ø extremamente difícil e o reaproveitamento Ø baixo.
• Pontaletes: o pontalete de pinho jÆ Ø utilizado em escala na construçªo.
Com seçªo quadrada de 3 x 3 polegadas (7,5 x 7,5cm), trata-se de um
material mais homogŒneo. As peças sªo retilíneas e sua capacidade de carga
ainda Ø limitada. É instÆvel no manuseio e nªo possui ajuste de altura.
Dependendo da laje e viga a serem reescorados, hÆ necessidade de uma
grande quantidade de elementos.
• Garfos: os garfos consistem em uma estruturaçªo pontalete-sarrafo, muito
utilizados para vigas. Sua capacidade de carga bem como estabilidade sªo
um pouco melhores. O ajuste de altura ainda Ø precÆrio, atravØs de cunhas
de madeira.
• Escoras: sªo as mais utilizadas. Sªo encontradas no mercado para locaçªo e
venda, sua capacidade de carga Ø elevada e duram muitas obras. O sistema de ajuste
conta com tubo tipo “flauta” furado para o ajuste grosso e rosca para o ajuste fino.
Podem-se reescorar lajes e vigas com a mesma facilidade. Se o projeto de fôrmas
previr faixas de reescoramento, essas escoras poderªo ser colocadas abaixo dessas
faixas, estando posicionadas jÆ como reescoramento após a desforma.
• Torres: a utilizaçªo de torres metÆlicas como reescoramento Ø menos co-
mum. Isso acontece em casos especiais em que a carga transferida aos pavi-
mentos inferiores Ø muito elevada ou o pØ direito Ø muito alto.
Dentro do possível deve ser utilizado outro sistema, uma vez que
as torres compıem-se de muitos elementos e ocupam muito espaço
sobre a laje.
Reescoramento
MetÆlico
Reescoramento
de Madeira
8CIM Manual de Estruturas
Sistematizaçªo
Cimbramento
A escolha do tipo de cimbramento e reescoramento mais adequados a um determinado projeto depende de uma sØrie
de variÆveis que devem ser consideradas jÆ na fase de planejamento da obra:
Fornece subsídios para a escolha do melhor sistema ao mesmo tempo em que leva
em conta o tipo de cimbramento. A paginaçªo das chapas de lajes, por exemplo,
leva em conta a posiçªo das escoras, longarinas e barrotes e tambØm do reescoramento.
Fornece elementos tais como o volume e conseqüentemente peso das peças a serem
concretadas. É fundamental que o Projetista Estrutural participe na anÆlise das
deformaçıes admitidas e pontos de apoio descartando alternativas nªo compatí-
veis de cimbramento e reescoramento. AlØm disso, as exigŒncias relativas ao acaba-
mento da laje, se vai receber contrapiso ou nªo para seu nivelamento tambØm
devem ser consideradas.
Determina o ritmo de execuçªo da estrutura, bem como a sequŒncia dos trabalhos.
Os sistemas considerados devem ser compatíveis com estas exigŒncias, principal-
mente no que se refere ao equipamentos de movimentaçªo necessÆrios. O custo do
material (compra ou locaçªo) nªo pode ser avaliado isoladamente. Esse serÆ definido
pela composiçªo de materiais e horas trabalhadas para a montagem e desmontagem.
AlØm dos custos diretos na obra, devemos levar em conta os custos marginais,
como: reposiçıes, indenizaçıes, valor residual no caso de compra, opçªo de com-
pra x locaçªo, manutençªo, etc.
Cada sistema, em funçªo do(s) material(is) empregado e da tecnologia envolvida,
estÆ dimensionado para uma vida œtil e nœmero de utilizaçıes. Isto deve ser levado
em conta principalmente quando a opçªo for a compra do equipamento. Quando
alugado, devemos nos certificar de que os equipamentos suportarªo o uso, evitan-
do interrupçıes nªo previstas para troca de peças.
Pensar na maneira de movimentar o cimbramento influŒncia a sua escolha. Se a
obra contarÆ com grua, pode-se pensar em elementos mais pesados e paletizados. JÆ,
se o transporte for manual, deve-se pensar em elementos mais leves.
Cada sistema detemina etapas de montagem e desmontagem mais simples ou mais
complexas, alguns ainda permitem um prØ-montagem inicial e uma apenas uma
desmontagem parcial no decorrer do ciclo de concretagens. É fundamental que os
operÆrios envolvidos sejam treinados no uso do equipamento.
O sistema deve contemplar peças específicas para a segurança dos operÆrios, como:
plataformas de trabalho, guarda-corpos, etc.
Um bom sistema tambØm deve ser flexível, adaptando-se as variaçıes geomØtricas
das peças a serem concretadas.
Custo
Planejamento
Projeto Estrutural
Projeto de Fôrmas
Durabilidade
Segurança
Movimentaçªo
Produtividade
Flexibilidade
9CIMManual de Estruturas
Sistematizaçªo
Movimentaçªo
Facilidade
de Ajustes
PØ-direito
Quantidade de
‘peças soltas’*
Durante a montagem, deve-se contar com um sistema que permita ajustes precisos.
Por questıes óbvias de segurança e qualidade, a alternativa de escoramento deve ser
estÆvel no pavimento onde se apóia e propiciar estabilidade tambØm nas fôrmas
que suporta.
Muitos sistemas leves vencem pequenas alturas e os sistemas que atendam a pØ
direitos altos sªo pesados. Um bom sistema vence a altura de projeto, sem ser
extremamente pesado.
Quanto maior o nœmero de elementos do sistema, maior a possibilidade de se
perderem componentes e mais difícil a montagem e desmontagem.
Facilidade de ajustes
Estabilidade
PØ-direito
Quantidade de
elementos
Abaixo demonstramos uma comparaçªo entre os sistemas apresentado o
desempenho esperado para cada variÆvel:
Custo Inicial
Durabilidade
Produtividade
Segurança
Flexibilidade
Estabilidade
Madeira Escoras Escoras MetÆlicos
Torres
Mesa Voadora
AtØ 3 metros Normalmente Praticamente Normalmente
(sem contraven- atØ 4,5 metros qualquer altura atØ 4,5 metros
tamento)
Baixo MØdio MØdio/alto Alto
Baixa Alta Alta Alta
Geralmente Geralmente Manual ou Exclusivamente
manual manual mecânico Mecânico
BaixaMØdia/Alta MØdia Alta
Baixa MØdia MØdia/Alta MØdia/Alta
Baixa MØdia Alta MØdia
Baixa Alta Alta Alta
Baixa Baixa Alta Alta
MØdia MØdia VariÆvel Mínima
Nota
Peças soltas: peças que devem
ser montadas e desmontadas a
cada concretagem.
10CIM Manual de Estruturas
Sistematizaçªo
Reescoramento
Nem sempre o tipo de reescoramento acompanha a alternativa escolhida para o escoramento. Por exemplo, se uma
laje Ø escorada atravØs de mesa voadora, o reescoramento nªo adotarÆ esse sistema, uma vez que a mesa serÆ
transferida ao pavimento superior. A laje serÆ reescorada, por exemplo, com escoras metÆlicas.
A escolha dos sistemas de reescoramento deve levar em conta alguns aspectos, como:
Planejamento o planejamento fornecerÆ os ciclos e seqüŒncias de trabalho para que se
dimensione corretamente o nœmero de elementos de apoio e a quantidade
de pavimentos a serem reescorados.
Projeto Estrutural com o conhecimento do projeto e orientaçıes específicas conseguidas junto
ao calculista, teremos informaçıes a respeito de deformaçıes, cargas e pon-
tos corretos de apoio.
Características do projeto
de escoramento
deverÆ haver compatibilidade entre os sistemas, a fim de que nªo se perca
qualidade e produtividade.
Características do projeto
de fôrmas
muitas vezes Ø interessante que jÆ no projeto de fôrmas (na etapa de pagina-
çªo de chapas) sejam previstas faixas de reescoramento para que, após a
concretagem, sejam deixados elementos de reescoramento, sem que se tenha
o trabalho de movimentar excessivamente peças durante a desforma.
11CIMManual de Estruturas
O projeto de cimbramento tem a funçªo de orientar a montagem das diversas peças que compıem o sistema,
identificando cada elemento e sua posiçªo. O tipo e a quantidade de peças necessÆrios sªo definidos e dimensionados
atravØs do cÆlculo das cargas atuantes.
As principais variÆveis e condicionantes necessÆrias para execuçªo do projeto de cimbramento sªo:
Projeto Estrutural
define a geometria das peças e sua posiçªo no espaço.
Projeto de Fôrmas
define a paginaçªo dos fundos de vigas e painØis de lajes, bem como a compatibilizaçªo entre os travamentos
metÆlicos e os painØis.
Movimentaçªo do Cimbramento
define o tamanho/peso mÆximo de cada um dos elementos do sistema.
Tipo de Lançamento
define as cargas atuantes no momento do lançamento do concreto.
Projeto
12CIM Manual de Estruturas
PrÆticas Recomendadas
Os procedimentos para a execuçªo de cimbramento envolvem no processo das
fôrmas, o “esquadrejamento” das fôrmas de vigas e o nivelamento geral do
conjunto. Conforme descrito nos procedimentos para execuçªo das fôrmas, os
ajustes sªo feitos atravØs de cunhas de madeira (principalmente para cimbramentos
em madeira) e roscas e pinos para os cimbramentos metÆlicos.
No caso de cimbramento metÆlico, cada sistema disponível tem suas peculiaridades
e deve ser objeto de treinamento por parte do fornecedor.
Durante a execuçªo da fôrma e cimbramento, Ø preciso atentar para os seguintes itens:
Vigas e Lajes
• verificar no projeto de fôrmas e
escoramento a seqüŒncia correta de
montagem.
• checar se as proteçıes de periferia
foram instaladas no perímetro da Ærea
de trabalho.
• conferir se os equipamentos de
proteçªo individual (EPI·s) estªo
disponíveis em nœmero e estado de
conservaçªo adequados.
• conferir se os equipamentos de
travamento e escoramento estªo
disponíveis e em condiçıes de uso.
• realizar as checagens necessÆrias nas
fôrmas de pilares, vigas e lajes.
AlØm disto, existem alguns itens que
deverªo ser checados, conforme as
características dos projetos de fôrmas
e cimbramento. Sªo eles:
Escoramento de vigas
• verificar o alinhamento e espaçamento
das escoras ou garfos de vigas.
• conferir o prumo das escoras ou garfos.
• verificar o nivelamento dos fundos
de vigas, utilizando nível a laser
preferencialmente.
• checar a imobilidade das escoras,
batendo com uma madeira, por
exemplo; no caso de utilizaçªo de
garfos, observar a fixaçªo nos painØis
de vigas e as cunhas.
• verificar o apoio das escoras ou garfos,
principalmente quando estivermos
trabalhando sobre terreno irregular
PrÆticas
13CIMManual de Estruturas
Escoramento de lajes
• conferir o prumo das escoras.
• verificar o alinhamento e espaçamento das escoras
• conferir o posicionamento das longarinas e transversinas, bem como seu apoio
nas escoras.
• verificar a fixaçªo e o posicionamento dos sarrafos-guia para apoio das
longarinas (conforme projeto).
• verificar o nivelamento do assoalhos, utilizando nível a laser preferencialmente;
• checar a imobilidade das escoras, batendo com uma madeira, por exemplo.
• verificar o apoio das escoras, principalmente quando estivermos trabalhando
sobre terreno irregular.
• conferir as contraflechas, quando solicitado em projeto.
Para facilitar o trabalho de conferŒncia Ø recomendÆvel a utilizaçªo das Listas de
Verificaçıes - Verificaçªo dos Serviços. Ao mesmo tempo em que elas parametrizam
a checagem dos trabalhos, tambØm determinam as responsabilidades das pessoas
pelo serviço. Esta Lista de Verificaçıes pode ser incorporada às Verificaçıes de
Fôrmas de Vigas e Lajes.
PrÆticas
14CIM Manual de Estruturas
Reescoramento
Para a realizaçªo do reescoramento de vigas e lajes, Ø importante seguir as
determinaçıes do Projeto de Reescoramento, bem como obter o aval do calculista
da estrutura com relaçªo a prazos mínimos para a retirada destes.
O reescoramento de vigas deve ser feito antes da desforma dos painØis laterais.
Retiramos os garfos ou escoras do terço central do vªo, posicionamos as reescoras
e, só entªo, procedemos à retirada das escoras e ao reescoramento dos terços
restantes.
Observar que o painel de fundo de viga fica preso ao concreto, sendo liberado
somente quando retiramos as reescoras.
O reescoramento de lajes tambØm deve ser feito antes da desforma do assoalho.
Colocamos as reescoras, posicionando-as sobre as tiras de sacrifício e, só entªo,
liberamos a retirada das escoras, longarinas, transversinas e compensado.
TambØm neste caso, as tiras de sacrifício só poderªo ser liberadas quando a laje tiver
resistŒncia suficiente e nªo apresentar sobrecarga acidental nªo prevista em projeto.
O tempo mínimo necessÆrio para a permanŒncia do reescoramento em uma peça
estrutural deve ser definido em projeto e depende de algumas variÆveis, tais como:
• concepçªo do projeto estrutural
• propriedades e características do concreto
• planejamento executivo do ciclo de trabalho
Inspeçªo
A inspeçªo dos serviços de reescoramento Ø simples e rÆpida. Devemos ter em
mªos o projeto de reescoramento, constando informaçıes como: quantidade de
escoras para reescoramento, posiçªo das reescoras (espaçamento) e nœmero de
lajes que deverªo manter estas peças.
Esta inspeçªo deve ser realizada no dia anterior à concretagem da laje, em todos
os pavimentos solicitados por projeto.
Visualmente podemos verificar o posicionamento, o prumo, o apoio e a fixaçªo
das reescoras dos fundos de viga e das tiras de sacrifício de laje.
A manutençªo do reescoramento Ø necessÆria atØ a liberaçªo final da laje, conforme
informaçıes constantes em projeto ou aprovaçªo do calculista. Por isto, sempre
que possível, inspecionar visualmente o reescoramento, evitando retiradas
prematuras ou nªo programadas por funcionÆrios desavisados.
PrÆticas
15CIMManual de Estruturas
Conclusªo
Se as fôrmas sªo os elementos que dªo forma à nossa estrutura, o cimbramento
Ø o sistema que posiciona e suporta. Assim como nas fôrmas, o cimbramento
mais adequado à nossa estrutura Ø aquele que: seja dimensionado aos esforços
atuantes garantindo a segurança da obra; seja compatível com nosso(s)
equipamento(s) de movimentaçªo e, principalmente, que o processo de montagem
e desmontagemseja simples e conhecido pelos operÆrios. Esta œltima qualidade
tem uma importância maior ainda, quando, devido à impossibilidade de
movimentar peças montadas, devemos montar e desmontar todo o cimbramento
à cada laje / etapa.
Mas e se nªo for assim...
Fôrmas e cimbramento compıem um sistema œnico, que molda e posiciona os
elementos estruturais. Dessa forma, o que foi dito para fôrmas aplica-se no caso
do cimbramento: devemos dar atençªo especial a este sistema a fim de garantirmos
a correta geometria de nossa estrutura, facilitando as demais etapas da obra.
Conclusªo

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