Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MICROECONOMIA Professora: Raquel Carvalhal O que é Macroeconomia (aula 1) � Trata das quantidades econômicas agregadas, tais como taxa de crescimento e nível do produto nacional, taxas de juros, desemprego e inflação. � Para entender como operam tais mercados agregados, é necessário compreender o comportamento das empresas, consumidores, trabalhadores e investidores que os compõem. O que é microeconomia (aula 1) � Trata do comportamento das unidades econômicas individuais (consumidores, trabalhadores, investidores, proprietários de terra, empresas), ou seja, explica como e por que estas unidades tomam decisões econômicas. Ex: Decisão de compra de uma casa por um indivíduo. Decisão de quantos trabalhadores uma empresa irá contratar. (o que influencia a escolha destas unidades econômicas?). � Estuda o comportamento e a interação entre cada empresa e os consumidores de forma a revelar como os setores e os mercados operam e se desenvolvem. Ex: Formação do preço de um automóvel, quanto a empresa deve investir em novas instalações e quantos automóveis deve ser produzidos ao ano. � Trata da alocação de recursos escassos, ou seja, dada um bem ou uma renda limitada (recursos limitados), como os indivíduos e empresas poderão tirar o máximo proveito desses recursos? Ex: Como os consumidores poderão gastar melhor a sua renda nos vários bens e serviços oferecidos pelo mercado. � A microeconomia descreve os trade offs com que os consumidores, trabalhadores e empresas se deparam e mostra como esses trade offs podem ser resolvidos da melhor maneira. � Teoria do Consumidor – Descreve como os consumidores, com base em suas preferências, maximizam o próprio bem estar optando comprar mais unidades de determinado bem e, em contrapartida, adquirir menos de outro. E também, como os consumidores irão decidir que parcela de sua renda será poupada, escolhendo entre o consumo atual e futuro. A partir da Teoria do Consumidor se determina a Curva de Demanda. � Teoria da Firma – Descreve como as empresas, em meio à limitações orçamentárias e restrições financeiras, escolhem o que e quanto e de que forma produzir de modo a maximizar o seu lucro. A partir da Teoria da Firma se determina a Curva de Oferta. � Teoria da Produção - Estuda o processo de transformação de fatores adquiridos pela empresa em produtos finais para a venda no mercado. Estuda as relações entre as variações dos fatores de produção (mão de obra, matéria prima e capital) e suas conseqüência no produto final. Determina as curvas de custo, que são utilizadas pelas firmas para determinar o volume ótimo de oferta. � A Microeconomia explica também as práticas de mercado, sendo estas divididas em: Monopólio, Monopsonio, Oligopólio, Oligopsonio, Concorrência Perfeita e Concorrência Monopolística Temas da microeconomia (aula 1) � A teoria microeconômica não deve ser confundida com a economia de empresas pois tem enfoque distinto. A Microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da demanda na formação do preço no mercado, isto é, o preço obtido pela interação do conjunto de consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um dado bem ou serviço. � Do ponto de vista da economia de empresas, que estuda uma empresa específica, prevalece a visão contábil-financeira na formação do preço de venda de seu produto, baseada principalmente nos custos de produção, enquanto na Microeconomia predomina a visão do mercado. � A abordagem econômica se diferencia da contábil mesmo quando são tratados os custos de produção, pois o economista analisa não só os custos efetivamente incorridos, mas também aqueles decorrentes das oportunidades sacrificadas, ou seja, dos custos de oportunidade ou implícitos. Os custos de produção do ponto de vista econômico não são apenas os gastos ou desembolsos financeiros incorridos pela empresa (custos explícitos), mas incluem também quanto as empresas gastariam se tivessem de alugar ou comprar no mercado os insumos que são de sua propriedade (custos implícitos). Qual a importância da Microeconomia na prática (aula 1) � Preços e Mercados – Todos os trade offs se baseiam nos preços que os consumidores, trabalhadores e empresas encontram, e é o movimento destes em busca de suas preferências que irá determinar o preço do mercado. Dito de outra forma, os preços são determinados pela interação que ocorre nos mercados, ou seja, pela interação entre consumidores, trabalhadores e empresas. Ex: O preço dos carros no mercado de automóvel é afetado pela concorrência entre a Ford, Volkswagen, Fiat, etc., assim como pela demanda dos consumidores. � Preços de Mercado – É o preço que prevalece em um mercado competitivo. O preço de mercado da maioria dos produtos flutua ao longo do tempo. � Preços Reais versus Preços Nominais – Preço Nominal é o preço absoluto de um bem, sem nenhum ajuste decorrente da inflação. Preço Real de uma mercadoria é o preço ajustado pela inflação. Preços (aula 1) � Mercado – É um grupo de compradores e vendedores que, por meio de suas reais ou potenciais interações, determinam o preço de um produto ou de um conjunto de produtos. � Em cada mercado vigora um padrão de concorrência definido a partir da interação entre as características estruturais e as condutas praticadas pelas empresas que nele atuam. � Um mercado representa mais do que um setor. Um setor é um conjunto de empresas que vendem o mesmo produto ou produtos correlatos. O setor corresponde ao lado da oferta do mercado. O que é um mercado (aula 1) O que é um mercado (aula 1) Fonte: Harvard University Modelo Estrutura-Conduta-Desempenho � Fatores estruturais do mercado definem os graus de concorrência/ concentração e a conduta (o comportamento) que determinarão o desempenho da empresa. O que é um mercado (aula 1) � Concorrência vs Concentração � Concorrência – as empresas disputam parcelas de um mercado (market share) e os lucros neles gerados mediante a adoção de políticas de preços, esforço de venda, diferenciação de produtos, etc. � Muita concorrência => pouca concentração e barreiras de entrada/ saída => Mercado Competitivo � Pouca concorrência => muita concentração e barreiras de entrada/ saída => Mercados Monopolistas e Oligopolistas � Mercados Perfeitamente Competitivos – Possui muitos compradores e vendedores de tal modo que nenhum comprador ou vendedor pode, individualmente, influenciar de forma significativa nos preços. � Hipóteses Básicas do Modelo de Competição Perfeita � Grande Número de Empresas � Produtos Homogêneos � Livre Entrada e Saída de Empresas � Livre Circulação da Informação � Perfeita Mobilidade dos fatores de produção Mercados Perfeitamente Competitivos(aula 1) Mercados Não Competitivos (aula 1) � Principais Causas para Concentração de Mercado � Propriedade exclusiva de matérias-primas ou de técnicas de produção; � Patentes sobre produtos ou processos de produção; � Licença governamental ou imposição de barreiras comerciais para excluir competidores; � Economias em função de uma grande escala de produção; � Altos custos de investimentos iniciais; � Altos custos com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Monopólio (aula 1) � Estrutura de Mercado em que há apenas um produtor no mercado, que possui poder de definir o preço das mercadorias. � Hipóteses Básicas do Modelo de Monopólio � Um único produtor � Produtos sem substitutos próximos � Barreiras/ Saídas à entrada � Monopólio Natural, ou seja, quando o mercado não suporta mais do que uma única empresa, pois a tecnologia de produção impõe que a operação eficiente tenhas ganhos de escala substanciais. Oligopólio (aula 1) � Apenas algumas empresas são responsáveis pela maior parte ou por toda a produção. � Hipóteses Básicas do Modelo Oligopolista � Produtos homogêneos � Barreiras/Saídas de Entrada � Interdependência da empresas (a decisão de uma empresa provocará a reação das outras) � Estratégia da empresa em relação ao mercado � Interação � Preço � Momento de Implementar Práticas Anticompetitivas (aula 1) � Conluio ou Colusão entre empresas � Acordos entre concorrentes para reduzir ou eliminar a concorrência de mercado visando ao aumento do poder de mercado (= poder de estabelecer preços). � Cartéis: Acordos explícitos ou tácitos que afetam parte substancial do mercado, envolvendo estabelecimento de preços, quotas de produção e distribuição e divisão territorial. � Outros Acordos entre empresas: Acordos que envolvem apenas parte do mercado com o objetivo de aumentar a eficiência produtiva ou tecnológica. � Acordos de Associações de Profissionais: Práticas que limitam injustificadamente a concorrência entre profissionais, principalmente por tabelamento de preços. � Em um de terminado Mercado, � A demanda representa os potenciais compradores do produto e � A oferta representa os produtores deste produto. � O estudo dos fundamentos da oferta e demanda é realizado no Modelo de Mercado Perfeitamente Competitivo. Mercado e Fundamentos de Oferta e Demanda (aula 2) � O equilíbrio entre a Oferta e a Demanda de uma mercadoria irá determinar o seu preço de mercado e a quantidade produzida. � As variações do preço e da quantidade dependerão das características específicas da oferta e demanda. � As variações do preço e da quantidade ao longo do tempo dependerão de como a oferta e a demanda reagem a outras variáveis econômicas, como por exemplo a atividade econômica agregada e os custos da mão de obra. Os Fundamentos da Oferta e Demanda (aula 2) Preço Quantidade Curva de Oferta Curva de Demanda Pe Qe � Curva de Demanda – é a relação entre a quantidade de um bem que os consumidores desejam adquirir e o preço dele. � Quantidade demandada = Fç. (preço) � A Curva de Demanda é descendente, pois os consumidores estarão dispostos a comprar quantidades maiores quando o preço estiver mais baixo. A Curva de Demanda (aula 2) Preço Quantidade Curva de Demanda P1 Q1 Q2 P2 � A quantidade demandada também poderá variar em função da renda do consumidor. Uma alteração na renda do consumidor irá deslocar a Curva de Demanda. A Curva de Demanda (aula 2) Preço Quantidade Demanda1 P1 Q1 Q2 P2 Demanda2 A B Alternativa A: Um aumento na renda do consumidor fará com que ele tenha a possibilidade de comprar uma quantidade maior de mercadorias (Q2) ao mesmo preço (P1). Alternativa B: Um aumento na renda do consumidor fará com que ele tenha a possibilidade de comprar a mesma quantidade de mercadorias (Q1) a um preço mais alto (P2). � Quando a renda aumenta, o poder de compra do consumidor se eleva, independente do que ocorrer com os preços de mercado. Toda a curva de demanda então se desloca para a direita. � Quando os a renda diminui, o poder de compra do consumidor se reduz, seja o que ocorrer com os preços de mercado. Toda a curva de demanda se desloca para a esquerda. � Portanto, quando a quantidade demandada se altera devido à mudanças nos preços de mercado, observa-se movimentos ao longo da curva. Por outro lado, quando a quantidade demandada se altera devido mudanças em outras variáveis, como a renda do consumidor, observa-se um deslocamento da curva. A Curva de Demanda (aula 2) � Bens Substitutos – Dois bens são substitutos quando um aumento no preço de um deles provoca um aumento na quantidade demandada do outro. � Ex: Caso o preço da carne da vaca suba, haverá um aumento na quantidade demandada da carne de frango. � Ex: Caso o preço do alumínio diminua, haverá uma redução na demanda do cobre. � Bens Complementares – Dois bens são complementares quando um aumento no preço de um deles provoca uma queda na quantidade demandada do outro. � Ex: Caso o preço de um computador suba, haverá uma queda na demanda pelos programas de computadores � Caso o preço dos automóveis diminua, haverá um aumento na demanda pela gasolina. Bens Substitutos e Complementares (aula 2) � Mudanças na demanda de bens relacionados (sejam substitutos ou complementares) também afetam a demanda. � Portanto, o deslocamento da Curva de Demanda também pode se dar em razão de uma variação no preço de um bem substituto ou de um bem complementar. � Um aumento no preço do bem substituto, aumentaria a demanda do bem e a curva de demanda se deslocaria para a direita. Uma redução no preço do bem substituto, reduziria a demanda do bem e a curva de demanda se deslocaria para a esquerda. � Um decréscimo no preço do bem complementar, aumentaria a demanda do bem e a curva de demanda se deslocaria para a direita. Um aumento no preço do bem complementar, reduziria a demanda pelo bem e a curva de demanda se deslocaria para a esquerda. Bens Substitutos e Complementares (aula 2) � Outras varáveis também afetam a quantidade demandada pelos consumidores, são elas: � Renda do consumidor � Preferências do consumidor � Preço dos bens substitutos � Preço dos bens complementares Qd = – aP + R + Pref. + Psubstitutos – Pcomplementares � Exemplo: Dada a seguinte função de demanda para ares condicionados: Qd = 10000 – 2P + 3R + 1 Psubstitutos Qual a quantidade demandada, quando o preço do ar condicionado é R$ 2000 a renda é R$1000 e o preço do bem substituto é R$ 1000. Qd = 10000 – 2(2000) +3(1000) + 1(1000) = 10000 – 4000 + 3000 + 1000 = 10.000 Função de Demanda (aula 2) � O que acontece com a Curva de Demanda quando há um aumento na renda dos consumidores? � O que acontece com a Curva de Demanda quando há uma redução no preço da mercadoria? � O que acontece com a Curva de Demanda quando há um aumento no preço do bem substituto? � O que acontece com a Curva de Demanda quando há uma queda no preço do bem complementar? � Dado o exemplo anterior, responda: � Qual a quantidade demandada, quando o preço do ar condicionado é R$ 2000 a renda é R$1000 e o preço do bem substituto é R$ 800. � Qual a quantidade demandada, quando o preço do ar condicionado é R$ 2000 a renda é R$2000 e o preço do bem substituto é R$ 800. Atividade (aula 2) � Curva de Oferta – é a relação entre as quantidades de um bem que os produtores desejam vender e o preço desse bem. � Quantidade Ofertada = Fç. (preço) � A Curva de Oferta é ascendente porque quanto mais alto for o preço, maior será a capacidade e o desejo das empresas de produzir e vender. A Curva da Oferta (aula 3) Preço Quantidade Oferta1 P2 Q1 Q2 P1 � A Curva de Oferta se desloca, pois variações nos custos de produção, incluindo-se aí salários, taxas de juros e o custo da matéria prima, afetam a decisão de qual quantidade produzir. � Se, por exemplo, o custo de produção cair, as empresas poderão produzir a mesma quantidade com um preço menor ou uma quantidade maior com o mesmo preço. Neste caso a Curva de Oferta se desloca para a direita. A Curva de Oferta (aula 3) Preço Quantidade Oferta1 P1 Q1 Oferta2 Q2 P2 A B Alternativa A: Com os custos de matérias-primas mais baixos, a produção se torna lucrativa, o que estimula as empresas a expandir a produção. Caso o preço de mercado se mantenha constante em P1. a quantidade ofertada será maior. Alternativa B: As empresas podem aceitar abaixar o preço para P2, já que seus custos foram reduzidos. Assim, podem manter a quantidade ofertada fixa em Q1 a um preço menor (P2). � Quando os custos caem, a produção aumenta, independentemente do que ocorrer com os preços de mercado. Toda a curva de oferta então se desloca para a direita. � Quando os custos sobem, a produção diminui, independentemente do que ocorrer com os preçosde mercado. Toda a curva de oferta se desloca para a esquerda. � Portanto, quando a quantidade ofertada se altera devido à mudanças nos preços de mercado, observa-se movimentos ao longo da curva. Por outro lado, quando a quantidade ofertada se altera devido mudanças em outras variáveis, como os custos de produção, observa-se um deslocamento da curva. A Curva da Oferta (aula 3) � Outras varáveis também afetam a quantidade ofertada pelos produtores, são elas: � Tecnologia � Custo dos fatores de produção � Preço dos bens substitutos � Preço dos bens complementares Qo = a + bP + Tec - Cfp. – Psubstitutos + Pcomplementares � Exemplo: Dada a seguinte função de oferta para ares condicionados: � Qo = 3000 + P – 2Cfp - 1Psubstitutos � Qual a quantidade ofertada, quando o preço do ar condicionado é R$ 2000, os custos do fatores de produção é R$500 e o preço do bem substituto é R$ 1000. � Qd = 3000 + (2000) -2(500) - 1(1000) = 3000 A Curva da Oferta (aula 3) � O que acontece com a Curva de Oferta quando há um aumento no salário dos funcionários? � O que acontece com a Curva de Oferta quando há uma redução no preço das matérias-primas? Atividade (aula 3) � Mecanismo de Mercado – é a tendência dos preços a se modificarem num mercado livre (sem controle de preços) até que haja balanceamento do mercado, ou seja, até que a quantidade ofertada e a quantidade demandada sejam iguais. � Preço de Equilíbrio – é o preço em que as quantidades ofertadas e demandadas são exatamente iguais. Neste ponto, não há escassez nem excesso de oferta, de tal forma que não existe pressão para que o preço suba ou desça. O Mecanismo de Mercado (aula 3) Preço Quantidade Curva de Oferta Curva de Demanda Pe Qe P1 Excesso Escassez P2 � Quando o preço é alto (P1), os produtores são estimulados a produzir e vender quantidades maiores do que as que os compradores estariam dispostos a adquirir. Neste caso, há um excesso de oferta, ou seja há mais quantidade ofertada do que demandada. Para que os produtores consigam vender seus bens, terão que abaixar o preço até o preço de equilíbrio, onde a quantidade demandada é maior. � Quando o preço é baixo (P2), os consumidores são estimulados a comprar mais do que o mercado tem a oferecer. Neste caso, há uma escassez de oferta, ou seja, há mais quantidade demandada do que ofertada. Uma maior demanda ocasiona uma pressão ascendente sobre os preços, os quais subirão o preço de equilíbrio, onde a quantidade demandada é menor. � O equilíbrio entre a Oferta e Demanda funciona apenas num Mercado Competitivo. O Mecanismo de Mercado (aula 3) Equilíbrio de Mercado (aula 3) � Equilíbrio de Mercado: o equilíbrio de existe quando a quantidade ofertada a um determinado preço é totalmente consumida pela demanda. Qd = Qo � Exemplo: Dada a seguinte função de demanda e de oferta para ares condicionados: Qd = 10000 – 2P Qo = 3000 + P Qual a quantidade e preço de equilíbrio ? 10000 – 2P = 3000 +P 3P = 7000 P = 2.333 Qd = Qo = 10000 – 2(2.333) = 5333 � Novo equilíbrio após um deslocamento da oferta � Quando a curva de oferta se desloca para a direita, em função de uma queda no preço das matérias-primas, o mercado se equilibra a um preço mais baixo (P2) e a uma quantidade maior (Q2). Menores custos resultam em menores preços e aumento das vendas. Mudanças no Equilíbrio do Mercado (aula 3) Preço Quantidade Oferta1 P1 Q1 Oferta2 Q2 P2 Demanda � Novo equilíbrio após um deslocamento da demanda � Quando a curva de demanda se desloca para a direita, por decorrência de um aumento na renda dos consumidores, o mercado se equilibra a um preço mais alto (P2) e a uma quantidade maior (Q2). Mudanças no Equilíbrio do Mercado (aula 3) Preço Quantidade Oferta1 P1 Q1 Q2 P2 Demanda1 Demanda2 � Novo equilíbrio após um deslocamentos da oferta e da demanda � As curvas de oferta e demanda deslocam-se ao longo do tempo em respostas às mudanças das condições de mercado (mudanças nas preferências dos consumidores, nos salários, nos custos das matérias primas, etc.). No exemplo abaixo, há um deslocamento para a direita tanto da curva de oferta quanto da curva de demanda, o que eleva tanto o preço quanto a quantidade. Mudanças no Equilíbrio do Mercado (aula 3) Preço Quantidade Oferta1 P1 Q1 Q2 P2 Demanda1 Demanda2 Oferta2 � Descreva o que acontece com os preços de mercado, com a quantidade demandada e a quantidade ofertada quando há uma redução na renda dos consumidores. Desenhe o gráfico para mostrar o novo equilíbrio das Curvas de Oferta e de Demanda. Atividade (aula 3) � Se o preço do café subir em 10%, em quantos por centos irá cair a demanda por este produto? � Se o nível de renda dos consumidores aumentar em 20%, em quantos por centos a demanda por carros irá aumentar? � Elasticidade - mede quanto uma variável pode ser afetada por outra, ou seja, é a variação percentual que ocorrerá em uma variável como reação a um aumento de um ponto percentual de outra variável. Elasticidade (aula 4) � Mede quanto a quantidade demandada pode ser afetada por modificações no preço. � Ep = % ∆∆∆∆Q / % ∆∆∆∆P ou Ep = ∆∆∆∆Q/Q = P x ∆∆∆∆Q ∆∆∆∆P/ P Q x ∆∆∆∆P � Ex: Se o preço do café subir 10% e a demanda (quantidade) cair em 5%, a elasticidade preço da demanda é: Ep = 5%/10% = 0,5 � A elasticidade preço da demanda é geralmente um número negativo, pois quando o preço de uma mercadoria aumenta, a quantidade demandada em geral cai. � Quando a elasticidade de preço é superior a 1, dizemos que a demanda é Elástica ao preço, porque o percentual de redução da quantidade demandada é maior que o percentual de aumento no preço. � Quando a elasticidade de preço é inferior a 1, dizemos que a demanda é Inelástica ao preço, por que o percentual de redução da quantidade demandada é menor que o percentual de aumento no preço. � Em geral, a elasticidade de preço da demanda por um mercadoria depende da disponibilidade de outras mercadorias que possam ser substituídas por ela. Quando existem substitutos, um aumento no preço faz com que o consumidor passe a comprar menos da mercadoria que sofreu o aumento e mais do bem substituto. Então a demanda é altamente elástica ao preço. Elasticidade de Preço da Demanda (aula 4) Elasticidade (aula 4) � Curva de Demanda ou Oferta – quanto mais inclinada, menos elástica. Quanto menos inclinada, mais elástica. � Suponha uma curva de Demanda Linear com a seguinte função: Q = 8 – 2P P Q 4 2 4 8 C A: P = 4 e Q = 8 – 2x4 = 0, então Ep = (4/0)x(-2) = - B: P = 2 e Q = 8 – 2x2 = 4, então Ep = (2/4)x(-2) = -1 C: P = 8 e Q = 8 – 2x0 = 8, então Ep = (0/8)x(-2) = 0 A ∞ B P P P P Q Q Q Q Demanda infinitamente elástica Demanda completamente inelástica 3 6 8 2 � A elasticidade de renda da demanda corresponde a uma variação percentual na demanda em função da variação percentual da renda. � Er = % ∆∆∆∆Q / % ∆∆∆∆R ou Er = ∆∆∆∆Q/Q = R x ∆∆∆∆Q ∆∆∆∆R/ R Q x ∆∆∆∆P � Ex: Se o nível de renda dos consumidores aumentou em 20% e a demanda por carros aumentou em 30%, a elasticidade renda da demanda é: Er = 30%/20% = 1,5 � A elasticidade de renda da demanda é geralmente um número positivo, pois quando a renda dos consumidores aumenta, a quantidade demandada em geral aumenta. � Quando a elasticidade de renda da demanda for superior a 1, dizemos que a demanda é Elástica à renda, porque o percentual de aumento da quantidade demandada é maior que o percentual de aumento na renda. � Quando a elasticidade de renda é inferior a 1, dizemos que a demanda é Inelástica à renda, por que o percentual de aumento da quantidade demandada é menor que o percentual de aumento na renda. Elasticidadede Renda da Demanda (aula 4) � Refere-se à variação percentual da quantidade demandada de uma mercadoria que resultará no aumento percentual no preço de uma outra mercadoria. � Eqapb = % ∆∆∆∆Qa / % ∆∆∆∆Pb ou Ep = ∆∆∆∆Qa/Qa = Pb x ∆∆∆∆Qa ∆∆∆∆Pb/ Pb Qa x ∆∆∆∆Pb � Ex: A elasticidade da demanda da manteiga em relação ao preço da margarina é: Eqmpm = % Quant. da mant./% Preço da marg. � Neste exemplo as elasticidades cruzadas serão positivas porque os produtos são substitutos, ou seja, um aumento no preço da margarina irá elevar a demanda pela manteiga, pois esta agora está relativamente mais barata. � Quando os bens são complementares, a elasticidade cruzada da demanda é negativa. Por exemplo, quando o preço da gasolina sobe, os consumidores utilizam menos os seus carros e, por consequencia, a demanda por óleo de motores cai. Elasticidade Preço cruzada da Demanda (aula 4) � Elasticidade Preço da Oferta corresponde à variação percentual da quantidade ofertada em consequencia do aumento percentual no preço. � Esta elasticidade é normalmente positiva porque um preço mais alto incentiva produtores a aumentar a produção. � Pode-se falar também em elasticidades de oferta em relação a variáveis como taxas de juros, salários e preços de matérias-primas e outros bens intermediários utilizados para gerar o produto em questão. Elasticidade da Oferta (aula 4) � Curto Prazo – 1 ano � Longo Prazo – mais de 1 ano � Demanda – no caso de muitas mercadorias, a demanda é muito mais elástica no longo prazo do que no curto prazo. Isso se dá porque as pessoas demoram para modificar seus hábitos de consumo. Outra razão é que a demanda por uma mercadoria pode estar ligada ao estoque de outra. Por exemplo, se o preço da gasolina aumentar, os consumidores poderão reduzir o uso do carro diminuindo um pouco o consumo da gasolina, mas no longo prazo o impacto na quantidade demandada da gasolina é bem maior em virtude do aumento de aquisição de carros mais econômicos. Elasticidade de Curto Prazo versus Elasticidade de Longo Prazo (aula 4) � Oferta – Para a maior parte dos produtos, a oferta no longo prazo é muito mais elástica ao preço do que a oferta no curto prazo. As empresas se defrontam com restrições de capacidade produtiva no curto prazo e necessitam de tempo para poder expandi-la por meio da construção de novas instalações e da contratação demais funcionários. No caso de alguns bens e serviços, a oferta no curto prazo é completamente inelástica. Por exemplo, a oferta de imóveis residenciais para locação na maior parte das cidades é fixa no curto prazo, ou seja, um aumento do preço do aluguel não elevaria a quantidade de imóveis ofertados no curto prazo. Elasticidade de Curto Prazo versus Elasticidade de Longo Prazo (aula 4) � Qual a elasticidade preço da demanda da carne, sendo que o preço da carne aumentou em 5% e a quantidade demandada em 10%? � A elasticidade preço da demanda da passagem de ônibus é elástica ou inelástica? Pense no que acontecerá com a demanda pelo transporte se o preço da passagem subir. � O que acontece com a quantidade ofertada de bicicletas se o preço do alumínio subir 10% e a elasticidade preço da oferta for 2? � O salário de um grupo de funcionários de uma mesma empresa aumentou em 20% e demanda pelo restaurante perto da empresa subiu em 15%. Calcule a elasticidade da renda da demanda do restaurante e diga se a demanda é elástica ou inelástica. Atividade (aula 4) � A Teoria do comportamento do Consumidor descreve como os consumidores alocam sua renda entre diferentes bens e serviços, procurando maximizar o próprio bem estar. � Para entender o comportamento do consumidor, três etapas serão examinadas: � Preferências do Consumidor: Por que os indivíduos preferem um bem a outro? � Restrições Orçamentárias: Geralmente, os consumidores têm uma renda limitada que restringe a quantidade de mercadorias que podem adquirir. � Escolhas do Consumidor: Diante de suas preferências e da limitação da renda, os consumidores escolhem comprar as combinações de mercadorias que maximizam suas satisfação. � Entender as escolhas do consumidor, nos ajudará a compreender a demanda, isto é, como a quantidade de bens que os consumidores podem adquirir dependem de seus preços. Comportamento do Consumidor (aula 5) � Cestas de Mercado – é o conjunto com quantidades determinadas de uma ou mais mercadorias. A cesta de mercado pode conter, por exemplo, produtos alimentícios, de vestuário e produtos para casa que um consumidor compra num mês. � O mundo real apresenta várias combinações de cestas de mercados, com quantidades e itens diferentes. O consumidor irá escolher a cesta que mais trará satisfação, ou seja, a que lhe será mais útil. Preferências do Consumidor (aula 5) � Integralidade – As preferências são completas. Isso significa que os consumidores podem comparar e ordenar todas as cestas de mercado. Com isso, ele pode fazer a escolha de acordo com a cesta que mais satisfizer seu bem estar, ou ele pode ser indiferente as cestas disponíveis. Por indiferente indicamos que qualquer uma das cestas deixaria o indivíduo igualmente satisfeito. � Transitividade – Transitividade significa que se um consumidor prefere a cesta A a B e prefere B a C, então ele também prefere a cesta A a C. � Mais é melhor do que menos – Presumindo que todas as mercadorias são desejáveis, os consumidores sempre preferem quantidades maiores de cada mercadoria. Preferências do Consumidor Premissas Básicas (aula 5) � Podemos apresentar graficamente as preferências do consumidor por meio das Curvas de Indiferença. � Curva de Indiferença representa todas as combinações de cestas de mercado que fornecem o mesmo nível de satisfação a um consumidor. Para ele, portanto, são indiferentes as cestas de mercado representadas pelos pontos ao longo da curva. Preferências do Consumidor Curvas de Indiferença (aula 5) Curva de Indiferença B A D Unidades de Vestuário Unidades de Alimento 10 30 40 50 20 30 40 50 E C As premissas de integralidade, transitividade e mais é melhor que menos podem ser visualizadas no gráfico. Preferências do Consumidor Mapas de Indiferença (aula 5) � Gráfico que contém um conjunto de curvas de indiferença mostrando as cestas de mercado cuja escolha é indiferente para o consumidor. � A curva de indiferença U3 oferece o mais alto grau de satisfação, sendo seguida pelas curvas U2 e U1. Mapa de IndiferençaB A Unidades de Vestuário Unidades de Alimento C U1 U2 U3 30 40 45 20 50 55 Cestas de Mercado Unidades de Vestuário Unidades de Alimentos Total de Unidades da Cesta A 50 30 80 B 45 20 65 C 55 40 95 Atividade (aula 5) � Qual a melhor cesta para o Consumidor? � Qual cesta você preferiria, a cesta A ou a cesta D? � Qual a curva de indiferença que oferece o maior grau de satisfação? Mapa de Indiferença B A Unidades de Vestuário Unidades de Alimento C U1 U2 U3D Preferências do Consumidor Mapas de Indiferença (aula 5 ) � Curvas de Indiferença não podem se interceptar, pois violaria a premissa de mais é melhor do que menos. � Para o consumidor é indiferente entre consumir A, B ou C, pois A se encontra na mesma curva de indiferença que B e C. � De acordo com a premissa da transitividade, o consumidor não deveria ter preferências entre C e B. No entanto a cesta C é preferível a cesta B, pois contém quantidades maiores de mercadorias. B A Unidades de Vestuário Unidades de Alimento U1 U2 C Preferências do Consumidor Taxa Marginal de Substituição (TMS) (aula 5) � Quantidade máxima de um bem que um consumidor deseja deixar de consumir para obter uma unidade adicional de um outro bem.� Ex: A Taxa Marginal de Substituição de vestuário por alimento corresponde à quantidade máxima de unidades de vestuário das quais uma pessoa estaria disposta a desistir para poder obter uma unidade adicional de alimento. � Se a TMS for 3, então o consumidor estará disposto a desistir de 3 unidades de vestuário para obter 1 unidade adicional de alimento. B A Unidades de Vestuário Unidades de Alimento U1 2 C 1 3 20 30 50 -20 -10 TMS entre C e A = -20 TMS entre A e B = -10 11 Preferências do Consumidor Taxa Marginal de Substituição (TMS) (aula 5) � Matematicamente, TMS = - Variação do bem Y/ Variação do bem X � A TMS cai conforme nos movemos para baixo na curva de indiferença, logo a taxa marginal de substituição é decrescente. Isso acontece pois a medida que maiores quantidades de uma mercadoria são consumidas, esperamos que o consumidor prefira abrir mão cada vez menos de uma outra mercadoria para adquirir mais unidades adicionais da primeira mercadoria. B A Unidades de Vestuário Unidades de Alimento U1 2 C 1 3 20 30 50 -20 -10 11 Preferências do Consumidor Taxa Marginal de Substituição (TMS) (aula 5) � Taxa Marginal de Substituição de Bens Substitutos Perfeitos – Quando um consumidor é totalmente indiferente entre consumir um bem a outro, dizemos que os Bens são Substitutos Perfeitos. Sua TMS é constante, ou seja, ele sempre abrirá mão de uma quantidade de um bem para adquirir a mesma de um outro bem. � Ex: Para João é indiferente trocar 1 banana por 1 maçã. Ele poderá abrir mão de 1 banana para comer 1 maçã. Logo sua TMS é -1. � Ex: Para Marcos é indiferente adquirir um pen drive de 16 megabytes ou 2 de 8 megabytes. Ele poderá abrir mão de 1 pen drive de 16 megabytes para adquirir 2 pen drives de 8 megabytes. Sua TMS é constante em -½. Unidades de Bananas Unidades de Maçã21 3 1 2 3 Unidades de Pen Drive 16 Unidades de Pen Drive 8 1 2 3 2 4 6 Preferências do Consumidor Taxa Marginal de Substituição (TMS) (aula 5) � Taxa Marginal de Substituição de Bens Complementares Perfeitos – Quando um consumidor adquirir uma unidade de um bem e sua satisfação não aumentar, ou seja o consumidor não abriria mão de um bem para adquirir o outro bem. A TMS de Bens Complementares Perfeitos é 0, quando o consumidor não desiste de 1 bem para conseguir uma unidade adicional de outro bem. E a TMS dos Complementares Perfeitos é infinita, quando o consumidor desiste de todos os bens, menos 1 para conseguir 1 unidade adicional de um outro bem. � Ex: João não abre mão de 1 sapato do pé esquerdo para adquirir mais unidades de sapatos do pé direito. Ele só estará satisfeito com o par de sapatos. � Ex: Marcos abriria mão de todos os sapatos direitos, menos 1, para obter 1 sapato esquerdo e, assim, ter pelo menos 1 par de sapatos. Sapatos esquerdos Sapatos direitos21 3 1 2 3 Preferências do Consumidor Bens Males (aula 5) � São mercadorias que os consumidores preferem em menor quantidade em vez de maior quantidade. � Ex: A poluição do ar. Quanto menos poluição, melhor. Atividade (aula 5) � Pedro está disposto a abrir mão de 2 bolas de futebol para ter 1 unidade adicional de bolas de tênis. Qual a sua taxa marginal de substituição? � Carla gosta tanto de batom rosa quanto batom vermelho. Para ela é indiferente ter 1 batom rosa ou 1 batom vermelho? Qual a sua TMS? De qual tipo de bem estamos falando? � Maria só bebe café com açúcar. Ela não desistiria de 1 Kg. de açúcar para comprar 1 Kg. adicional de café. Qual a taxa marginal de substituição? De que tipo de bem estamos falando? � Analise o gráfico e diga qual a TMS entre B e A, A e C, B e C. B A 2 C 1 3 3 4 7 Unidades de vestuário Unidades de alimento Preferências do Consumidor Utilidade (aula 6) � Utilidade é o valor numérico que representa a satisfação que o consumidor obtém de uma cesta de mercado, ou seja, é uma forma de medir em números o quanto um consumidor está satisfeito em possuir uma determinada cesta de mercado. � Função Utilidade é uma fórmula que atribui um nível de utilidade a cada cesta de mercado. � Ex: Suponha uma função de utilidade U(alim.,vest.) = A + V. � Se a cesta contém 5 itens alimentícios e 2 itens de vestuário, a função de utilidade desta cesta é 5 + 2 = 7. Logo, o consumidor tem um nível de utilidade no valor de 7. � Porém, existe uma outra cesta com 6 itens alimentícios e 3 itens de vestuário. A função de utilidade é 6 + 3 = 9. Logo, o consumidor tem um nível de utilidade de 9. � Portanto, o consumidor irá preferir a cesta que fornece um nível de utilidade maior. � Ex: Suponha uma função de utilidade U(alim.,vest.) = A + 2V. � Se a cesta contém 5 itens alimentícios e 2 itens de vestuário, a função utilidade é 5 + 2x(2) = 9. � Porém, existe uma outra cesta com 3 itens alimentícios e 3 itens de vestuário. A função utilidade é 3 + 2x(3) = 9. � Portanto o consumidor é indiferente entre qualquer uma das duas cestas. Preferências do Consumidor Utilidade (aula 6) � Função de Utilidade Ordinal – gera uma ordenação de cestas de mercado da maior para a menor preferência. � A classificação ordinal não indica em que proporção uma cesta é preferível a outra. � Ex: Maria prefere a cesta com o nível de utilidade 9 do que a cesta com o nível de utilidade 7. � Função de Utilidade Cardinal – informa em que medida uma cesta de mercado é mais ou menos preferível a outra. � Ex: Maria fica duas vezes mais satisfeita obtendo a cesta com o nível de utilidade 9 do que a cesta com o nível de utilidade 7. Atividade 9 (aula 6) � Diga se esta certo ou errado: � As curvas de indiferença são crescentes. � As curvas de indiferença não se cruzam nunca. � As curvas de indiferença obedecem a três premissas: integralidade, transitividade e quanto menos melhor. � As curvas de indiferença são um ângulo reto. � O que a Utilidade mede? � Suponha uma função de utilidade U = x + 3y. Maria está em dúvida sobre qual cesta adquirir, se a que contém 5 bens x e 2 bens y ou a que contém 7 bens x e 2 bens y. Qual cesta Maria deveria comprar? � Qual a diferença entre utilidade ordinal e utilidade cardinal? Preferências do Consumidor Restrição Orçamentária (aula 6) � Restrições que os consumidores enfrentam por disporem de uma renda limitada. � Linha do orçamento corresponde à todas as combinações de bens para os quais o total de dinheiro gasto é igual à renda. � Ex: Suponha que o preço do alimento é 1 e o preço do vestuário é 2. Logo, Renda = Preço Vest. x Quant. Vest. + Preço Alim. X Quant. Alim. Renda = 80 Renda = 2V + 1A Quant. de Vestuário 40 8040 20 Quant. de Alimentos Preferências do Consumidor Restrição Orçamentária (aula 6) � Modificações na Renda � Uma alteração na renda altera o ponto de interseção com os eixos, mas não muda sua inclinação. � Se a renda aumentar, a linha do orçamento se desloca para a direita. � Se a renda se reduzir, a linha do orçamento se desloca para a esquerda. Renda = 80 Renda = 2V + 1A Quant. de Vestuário 40 8040 20 80 160 Quant. de Alimentos Preferências do Consumidor Restrição Orçamentária (aula 6) � Modificações nos Preços � Uma alteração no preço de uma das mercadorias, altera a inclinação da linha do orçamento. � Se o preço do vestuário aumentar, por exemplo, em duas vezes (P do vestuário = 4), a linha do orçamento se tornará menos inclinada. R = 4V + 1A � Se o preço do vestuário se reduzir pela metade (P do vestuário = 1), a linha do orçamento se tornará mais inclinada. R = 1V + 1A Renda = 80 Quant. de Vestuário 40 8040 20 80 160 Quant. de Alimentos � Se o preço do alimento se reduzir pela metade, a linha do orçamento serámenos inclinada. R = 2V + 0,5A Preferências do Consumidor Restrição Orçamentária (aula 6) � A Escolha do Consumidor � O consumidor irá escolher a cesta que trará o máximo de satisfação, considerando sua restrição orçamentária. � Logo, a cesta maximizadora deverá atender duas condições: � Deverá estar sobre a linha do orçamento. � Deverá dar ao consumidor sua combinação preferida de bens e serviços. Renda = 80 80 = 2V + 1A Quant. de Vestuário 40 8040 20 Quant. de Alimentos U1 U2 U3 A B C Preferências do Consumidor Restrição Orçamentária (aula 6) � A Escolha do Consumidor � Portanto, a cesta maximizadora deverá estar situada sobre a curva de indiferença mais elevada com a qual a linha do orçamento tenha contato. � Neste ponto, a inclinação da curva de indiferença é igual a inclinação da reta orçamentária. � Logo, pelo fato da TMS (- ∆V / ∆A) ser igual à inclinação da curva de indiferença com sinal negativo, podemos afirmar que o grau de satisfação é maximizado no ponto em que: TMS = PA/ PV. � Assim, a satisfação é maximizada quando a taxa marginal de substituição for igual à razão entre os preços. TMS = -20 /40 = -1/2 80 = 2V + 1A PA = 1 PV = 2 PA/ PV – 1/2 Quant. de Vestuário 40 8040 20 Quant. de Alimentos U1 U2 U3 A B C Atividade 10 (aula 6) � Matheus ganha R$ 150 ao mês. Sabe-se que o preço de uma cesta básica mensal é R$ 20 e uma cesta mensal de vestuário é de R$ 50. Qual a função de restrição orçamentária? Desenhe o gráfico da função. � Dado o gráfico da restrição orçamentária abaixo e a seguinte função de restrição orçamentária: 100 = 5A + 10V, responda � O que acontecerá com a linha de restrição orçamentária, se houver um a renda triplicar? � O que acontecerá com a linha de restrição orçamentária, se o preço dos alimentos se reduzir em 2 reais? � O que acontecerá com a linha de restrição orçamentária, se o preço do vestuário aumentar em 2 reais? Quant. de Vestuário 10 20 Quant. de Alimentos Demanda Individual e Demanda de Mercado (aula 7) � Demanda Individual � Como surge a curva de demanda individual a partir das escolhas de bens em face de uma restrição orçamentária? � Modificações nos Preços � Uma alteração no preço de uma mercadoria, muda a inclinação da linha do orçamento e faz o consumidor escolher uma outra cesta mercado que seja compatível com a nova linha do orçamento. Fç. de Restrição orçamentária 80 = 2V + 1A U1: PA dobra U3: PA cai pela metade 40 8040 160 Quant. de Alimentos Quant. de vestuário U1 U2 U3 Demanda Individual e Demanda de Mercado (aula 7) � Demanda Individual � Curva Preço- Consumo � Apresenta as combinações maximizadoras de utilidade de dois bens, conforme o preço se modifica. A medida que o preço cai, aumenta o nível alcançável de utilidade, e o consumidor passa a adquirir mais alimento. Fç. de Restrição orçamentária 80 = 2V + 1A U1: PA dobra U3: PA cai pela metade 40 8040 160 Quant. de Alimentos Quant. de vestuário U1 U2 U3 Curva Preço-Consumo Demanda Individual e Demanda de Mercado (aula 7) � Demanda Individual � Curva da Demanda Individual � Relaciona a quantidade de um bem que determinado consumidor comprará com o preço desse bem. � Propriedades: � O nível de utilidade que pode ser obtido varia à medida que nos movemos ao longo da curva. � Em cada ponto da curva de demanda, o consumidor estará maximizando a utilidade ao satisfazer a condição de que a TMS do vestuário por alimento seja igual à razão entre os preços destes dois bens. 40 40 Quant. de vestuário U1 U2 U3 Curva Preço-Consumo 80 160 Quant. de Alimentos Preço do alimento Quant. de Alimento Curva de Demanda 40 80 160 2 1 0,5 Demanda Individual e Demanda de Mercado (aula 7) � Demanda Individual � Modificações na Renda � Variações na renda, mantendo os preços constantes, deslocam a linha do orçamento. Os consumidores passam a ter novas escolhas de acordo com a nova renda. � Curva de Renda-Consumo � Apresenta as combinações que maximizam a utilidade de dois bens, conforme muda a renda do consumidor. Esta curva é ascendente, pois tanto o consumo de alimento como o de vestuário aumentam conforme se eleva a renda. 40 40 Quant. de vestuário U1 U2 U3 Curva Renda-Consumo 80 160 Quant. de Alimentos Preço do alimento Quant. De Alimentos Curva de Demanda 40 80 160 1 20 80 D1 D2 D3 Demanda Individual e Demanda de Mercado (aula 7) � Demanda Individual � Bens Inferiores � Um bem em que sua quantidade demandada cai quando a renda dos consumidores aumenta. Ex.: Carnes de segunda são substituídas por carnes de primeira, a medida que a renda dos consumidores aumentam. � Curvas de Engel � Relacionam a quantidade consumida de uma mercadoria à renda. � Possui inclinação ascendente, quando se aplicam aos bens normais e descendentes quando se aplicam aos bens inferiores. Renda Quant. de Alimento40 80 160 100 200 300 Curva de Engel dos bens normais Renda Quant. de Alimento40 80 160 100 200 300 Curva de Engel dos bens inferiores Demanda Individual e Demanda de Mercado (aula 7) � Curva de Demanda de Mercado � Relaciona a quantidade de um bem que todos os consumidores em um mercado vão comprar a um dado preço. � Para simplificar suponha que existam somente 3 consumidores no mercado de café. A tabela abaixo apresenta as quantidades demandadas individuais e a quantidade demandada de mercado em relação a cada preço de mercado. Preço Quant. de Café4 7 11 1 2 3 Preços Demanda do Consumidor A Demanda do Consumidor B Demanda do Consumidor C Demanda do mercado 1 6 10 16 32 2 4 8 13 25 3 2 6 10 18 4 0 4 7 11 5 0 2 4 6 4 5 DA DB DC Demanda de mercado Demanda Individual e Demanda de Mercado (aula 7) � Curva de Demanda de Mercado � Dois aspectos em relação à Demanda de mercado devem ser observados: � A curva de demanda de mercado será deslocada para a direita à medida que mais consumidores entrarem no mercado. � Os fatores que influenciam a demanda de muitos consumidores também afetarão a demanda de mercado. Preço Quant. de Café4 7 11 1 2 3 4 5 DA DB DC Demanda de mercado Produção (aula 8) � Decisões Empresariais quanto à Produção � Tecnologia de Produção � Como uma empresa pode gerar determinado nível de produção usando diferentes combinações de insumos (trabalho, capital e matérias primas, por exemplo). � Restrições de Custos � As empresas precisam levar em conta o preço do trabalho, do capital e de outros insumos. � Escolha de Insumos � Conforme sua tecnologia de produção e o preço dos insumos, a empresa precisará decidir quanto de cada insumo utilizar. Produção (aula 8) � Tecnologia de Produção � Durante o processo produtivo, as empresas transformam os insumos, também chamados de fatores de produção, em produtos. � Função de Produção � Função que mostra a relação entre os insumos do processo produtivo e o produto máximo que uma empresa pode obter para cada combinação destes insumos. � Produto = Função (capital, trabalho, matérias-primas) � A função de produção também depende da tecnologia, isto é, de um determinado grau de conhecimento a respeito dos diversos métodos que poderiam ser empregados para transformar insumos em produtos. À medida que a tecnologia se torna mais avançada e a função de produção se modifica, uma empresa pode obter um maior volume de produção utilizando a mesma quantidade de insumos. Produção (aula 8) � Produção com Um Insumo Variável (trabalho) � Suponha que uma linha de produção, o fator trabalho é variável, ou seja,o único jeito de aumentar a produção da firma é aumentando o insumo trabalho. Neste caso, a empresa dispõe de uma quantidade de capital (máquinas e instalações) fixa. Quantidade de Trabalho Quantidade de Capital Produto Total 0 10 0 1 10 10 2 10 30 3 10 60 4 10 80 5 10 95 6 10 108 7 10 112 8 10 112 9 10 108 10 10 100 � Quando o insumo de trabalho é zero, o produto total também é zero. A medida que o trabalho aumenta, a produção total também aumenta até o ponto em que são utilizados 8 unidades de trabalho. A partir deste ponto, a produção cai. Isto se deve porque com o capital fixo, quantidades maiores de trabalhadores não teriam espaço para trabalhar e o rendimento destes cairia. Produção (aula 8) � Produção com Um Insumo Variável (trabalho) Produção Mensal Trabalho Mensal 112 80 Curva da Produção Total Produção (aula 8) � Produção com Um Insumo Variável (trabalho) � Produto Médio � Produto obtido por uma unidade do insumo. Mede a produtividade da força de trabalho da empresa, em termos de quanto produto cada unidade de trabalho produz em média. Quantidade de Trabalho (T) Quantidade de Capital (K) Produto Total (P) Produto Médio (P/ T) 0 10 0 0 1 10 10 10 2 10 30 15 3 10 60 20 4 10 80 20 5 10 95 19 6 10 108 18 7 10 112 16 8 10 112 14 9 10 108 12 10 10 100 10 Produção (aula 8) � Produção com Um Insumo Variável (trabalho) � Produto Marginal do Trabalho � É o volume de produção adicional gerado ao se acrescentar 1 unidade de insumo trabalho. O produto marginal do trabalho depende da quantidade de capital empregado, isto é, os trabalhadores adicionais possivelmente serão mais produtivos se tiverem mais capital para utilizar. Quantidade de Trabalho (T) Quantidade de Capital (K) Produto Total (P) Produto Médio (P/ T) Produto Marginal (∆P/ ∆T) 0 10 0 0 0 1 10 10 10 10 2 10 30 15 20 3 10 60 20 30 4 10 80 20 20 5 10 95 19 15 6 10 108 18 13 7 10 112 16 4 8 10 112 14 0 9 10 108 12 -4 10 10 100 10 -8 Produção (aula 8) � Produção com Um Insumo Variável (trabalho) Produção Mensal por trabalhador Trabalho Mensal 30 80 10 1 43 20 Produto Marginal Produto Médio � As curvas do produto médio e produto marginal são estritamente relacionadas. � Quando o produto marginal é maior que o produto médio, o produto médio é crescente. � Quando o produto marginal é menor que o produto médio, o produto médio é decrescente. Produção (aula 8) � Produção com Um Insumo Variável (trabalho) � Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes � À medida que aumenta o uso de determinado insumo em incrementos iguais (mantendo-se fixos os demais insumos), acaba-se chegando a um ponto em que a produção adicional resultante decresce. � Ex: Quando houver funcionários em excesso, alguns se tornarão ineficientes e o produto marginal do insumo trabalho apresentará uma queda. � Geralmente se aplica ao curto prazo, quando pelo menos um dos insumos é fixo. � A lei dos rendimentos decrescentes descreve um produto declinante, mas não necessariamente um produto marginal negativo. � Aplica-se a uma determinada tecnologia de produção específica. Ao longo do tempo, quando ocorrem avanços tecnológicos, a curva do produto total se desloca para cima, de tal maneira que um maior volume possa ser produzido com os mesmo insumos. Produção (aula 8) � Produção com Dois ou Mais Insumos Variável � No longo prazo, trabalho e capital são variáveis. A empresa pode produzir de vários modos, combinando diferentes quantidades de trabalho e capital. � A combinação da quantidade de trabalho e capital pode variar e são representadas pela curva Isoquanta. � Um conjunto de curvas isoquanta pode ser apresentado através do Mapa de Isoquanta. � Cada isoquanta é associada a um nível diferente de produção, e o nível de produção aumenta à medida que nos movemos para cima e para a direita na figura. Produção (aula 8) � Produção com Dois ou Mais Insumos Variável Capital por mês Trabalho por mês q1 = 50 q2 = 60 q3 = 70 isoquanta Mapa de Isoquantas Produção (aula 8) � Substituição entre Insumos � Taxa Marginal de Substituição Técnica é a quantidade na qual um insumo pode ser reduzido quando uma unidade adicional de outro insumo é utilizada. � TMST = - Variação do insumo capital (k) / variação do insumo trabalho (t) = -∆∆∆∆k/ ∆∆∆∆t Capital por mês Trabalho por mês 4 3 2 1 1 2 3 4 • As isoquantas possuem inclinação descendente e são convexas. • A taxa de substituição técnica mede a inclinação da isoquanta. Produção (aula 8) � Rendimentos de Escala � No longo prazo, a empresa precisa decidir sobre a melhor maneira de aumentar o produto. � Por exemplo, aumentar a quantidade dos insumos irá aumentar a produção na mesma proporção que o aumento dos insumos? Ou a produção irá crescer numa proporção maior que o aumento dos insumos? � Rendimentos de Escala é a taxa de crescimento do produto a medida que os insumos crescem proporcionalmente. � Rendimentos Crescentes de Escala é uma situação em que a produção cresce mais do que o dobro quando se dobram os insumos. � Rendimentos Constantes de Escala é uma situação em que a produção dobra se dobram todos os insumos. � Rendimentos Decrescentes de Escala é uma situação em que a produção aumenta em menos que o dobro quando se dobram todos os insumos. Atividade 11 (aula 8) � O que representa a curva de preço-consumo? � O que representa a curva de Engel? � Suponha uma função de demanda de mercado da seguinte forma: Qd = Da + 2Db + 3Dc, em que Da, Db e Dc são demandas individuais. Qual a quantidade demandada do mercado? � O que uma empresa deve levar em consideração para decidir o quanto deve produzir? � O que diz a lei dos rendimentos marginais decrescentes? � O que a Taxa Marginal de Substituição Técnica? Qual a sua fórmula? � O que são rendimentos de escala? Quando se observa um rendimento decrescente de escala? Custos da Produção (aula 9) � A firma tem como objetivo a geração de lucro, para isso ela deve combinar os fatores de produção de acordo com seus respectivos os preços, de modo que consiga produzir a um custo mínimo. � Assim, um dos objetivos dos tomadores de decisão é escolher a melhor combinação dos fatores de produção de forma a minimizar os custos da firma. � Mas, quais custos considerar? De que forma são determinados os custos? Custos da Produção (aula 9) � Custos Econômicos versus Custos Contábeis � Os custos contábeis se traduzem em Despesas Correntes mais as Despesas ocasionadas pela depreciação dos equipamentos de capital. � Os custos econômicos levam em consideração como os recursos poderão ser alocados, de forma a aumentar a lucratividade futura. Portanto, a visão econômica considera os custos de oportunidade. � Custos de Oportunidade � Estão associados às oportunidades perdidas quando os recursos de uma empresa não são utilizados da melhor forma possível. Custos da Produção (aula 9) � Custos Irreversíveis ou Custos Afundados � São despesas realizadas que não podem ser recuperadas. Como estes custos não podem ser recuperados, não deveriam ter nenhuma influência sobre as decisões da empresa � Ex: Uma máquina foi adquirida por uma empresa para empacotar produtos. No entanto a empresa decidiu terceirizar este serviço, por verificar que é mais barato. O custo de aquisição da máquina é um custo irreversível ou afundado. � Custos Fixos e Custos Variáveis � Custos Fixos (CF): não variam com o nível de produção e só podem ser eliminados se a empresa deixa de operar. � Ex: gastos com seguro, manutenção da fábrica. � Custos Variáveis (CV): variam quando o nível de produção varia. � Ex: saláriose matérias primas Custos da Produção (aula 9) � Custo Total � É o somatório dos Custos Fixos com os Custos variáveis. � CT = CV + CF � Custos Médios e Custo Marginal � Custo Marginal ou Custo Incremental: é o aumento de custo ocasionado pela produção de uma unidade adicional de produto. Informa quanto custará aumentar a produção em uma unidade. � Uma vez, que o custo fixo não se altera quando varia o nível de produção, o custo marginal é apenas o aumento no custo variável (CV) ou custo total (CT) ocasionado por uma unidade adicional de produto (P). � Custo Marginal (CMg) = ∆CV/ ∆P ou ∆CT/ ∆P � Ex: Se o custo variável aumentou em 20 reais e isso levou a um aumento da produção em 10 unidades, qual o custo marginal? CMg = 20/10 = 2 reais. Ou seja o custo de se produzir uma unidade adicional é de 2 reais. Custos da Produção (aula 9) � Custo Total Médio (CMe): � É o custo por unidade de produto, ou seja, é o custo total dividido pelo nível de produção. � CMe = CT/ P � Ex: Uma fábrica produziu 2.000 garrafas de suco e o custo total da produção foi de 3.000. Qual o Custo Médio de se produzir garrafas de suco? CMe = 3.000/ 2.000 = 1,5 reais por unidade de produto. � O Custo Total Médio possui dois componentes: � Custo Fixo Médio (CFMe): é o custo fixo dividido pelo nível de produção. � CFMe = CF/P � Custo Variável Médio (CVMe): é o custo variável dividido pelo nível de produção. � CVMe = CV/ P Custos da Produção (aula 9) � Custos No Curto Prazo � No curto prazo, os custos variáveis e totais aumentam. A taxa de crescimento dos custos depende da Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes. � Se o trabalho fosse o único insumo variável, para elevar o nível de produção, a empresa terá que contratar mais trabalhadores. Pois a Lei dos rendimentos decrescentes diz que cada trabalhador adicional irá elevar a produção em quantidades cada vez menores. � Se o produto marginal do trabalho diminui rapidamente á medida que a quantidade de trabalho contratada é aumentada, significa que as despesas com mão-de-obra devem ser cada vez maiores. � Por outro lado, se o produto marginal do trabalho diminuir pouco à medida que a quantidade de mão-de-obra aumentar, os custos não subirão com tanta rapidez quando o nível de produção se elevar. Custos da Produção (aula 9) � Custos No Curto Prazo � Sabe-se que o Custo Marginal é a mudança do custo variável ocasionada por uma variação de uma unidade na produção, ou seja, ∆CV/ ∆P. No entanto a mudança do custo variável é o custo de trabalhadores extras, w, multiplicado pela quantidade de mão- de-obra extra. � Dessa forma, CMg = ∆CV/ ∆P = w ∆T/ ∆P Custos da Produção (aula 9) � Custos No Longo Prazo � A empresa tem a possibilidade de variar todos os seus insumos. � Custo de Uso do Capital: � Algumas empresas alugam equipamentos, prédios e outros bens, no entanto, existem empresas que adquirem os bens de capital. � Contudo, para a análise de longo prazo, todos os bens de capital utilizados devem ser considerados como se fossem alugados, pois de uma forma ou de outra, mesmo um bem adquirido deverá ser amortizado/ depreciado pela sua vida útil. � Assim, o valor de aquisição do bem deverá ser alocado em fluxos anuais ao longo da sua vida útil. � Por outro lado, quando a empresa adquire um bem, ela abre mão de receber rendimentos se investir a mesma quantia em um banco. Com isso, os juros que ela deixa de receber também irá compor o custo do bem de capital. � Dessa forma, Custo do Uso do Capital = Depreciação Econômica + Taxa de Juros*(Valor do Capital) Custos da Produção (aula 9) � Custos No Longo Prazo � Linha de Isocusto � Inclui todas as combinações possíveis de trabalho e capital que podem ser adquiridas mediante dado custo. � Dado um Custo Total = wT +rK, a linha de isocusto é uma função do Custo Total. Para cada nível diferente de custo total, existe uma linha de isocusto diferente associada. K/ ano T/ ano C0 C1 C2 Custos da Produção (aula 9) � Custos No Longo Prazo � Linha de Isocusto � A linha de isocusto tem inclinação igual a –w/r, que é a razão entre a taxa de remuneração do trabalho e o custo de locação do capital. � Escolha dos Insumos � A melhor escolha de produção que minimiza os custos dos insumos, é o ponto em que a inclinação da Isoquanta é igual à inclinação da Isocusto. Assim, a melhor escolha é quando –w/r = TMST. K/ ano T/ ano C0 C1 C2 A Atividade 12 (aula 9) � Qual é um dos principais objetivos dos tomadores de decisão dentre de uma empresa? � O que são Custos de Oportunidades? � O que são os Custos Irreversíveis? � Suponha uma variação no Custo Total de 1000 reais e uma variação na produção de 250 quantidades. Qual é o Custo Marginal? � Suponha que uma empresa contratou mais 6 trabalhadores, e sua produção aumentou em 180 unidades. Sendo o salário de cada trabalhador igual a 560 reais. Qual é o custo marginal de se adquirir estes trabalhadores extras? � O que são linhas de Isocusto? � Qual é o ponto em que o empresário escolhe a melhor combinação de insumos de forma a minimizar os custos de produção? Maximização de Lucros e Oferta Competitiva (aula 10) � Mercados Perfeitamente Competitivos � Este modelo se baseia em três suposições básicas: � Aceitação de Preços – Existe um número muito grande de empresas e consumidores independentes nesse mercado, os quais acreditam que suas decisões não afetam o preço de mercado. � Homogeneidade de produtos – A aceitação de preços ocorre quando há muitos bens substitutos perfeitos no mercado, ou seja, quando eles são homogêneos. Assim, se uma delas elevar o preço acima do praticado no mercado, os consumidores irão comprar dos concorrentes. � Livre entrada e saída – não há custos especiais que tornam difícil para uma nova empresa entrar em um setor e produzir ou sair dele se não conseguir obter lucros. Assim, em ramos com essa característica, os compradores podem facilmente mudar de um fornecedor para outro, e os fornecedores podem entrar e sair livremente do mercado. Maximização de Lucros e Oferta Competitiva (aula 10) � Maximização de Lucros � O Lucro corresponde à diferença entre Receita Total e Custo Total. Expressa da seguinte forma: L = RT – CT � Para maximizar lucros, a empresa opta pelo nível de produção para o qual a diferença entre receita e custo seja máxima. Neste ponto, se houver uma variação na produção, poderá reduzir o lucro. � Por sua vez, alterações na produção, implicam em alterações na Receita (receita Marginal) e nos Custos (custo Marginais). Isso pode ser ilustrado pelas seguintes fórmulas: CMg = ∆CT/ ∆P e RMg = ∆R/ ∆P � Da fórmula do Lucro, obtém-se a fórmula de variação do lucro dada a variação na produção, que é a seguinte: (∆L/∆P) = (∆R/∆P) – (∆CT/∆P) ou LMg = RMg - CMg � Para que o Lucro não seja reduzido, a produção não deve variar, ou seja LMg deve ser igual a 0. Portanto, o ponto em que o lucro é maximizado é o ponto em que RMg = CMg Maximização de Lucros e Oferta Competitiva (aula 10) CT RT Quant. produzida Custo, receita, lucro Lucro RMg CMg Maximização de Lucros e Oferta Competitiva (aula 10) � Como no mercado competitivo, as empresas são aceitadoras de Preço, sua decisão de produção não terá impacto sobre o preço do produto. Logo, a Receita que é Quantidade de Produção x Preço do Produto se mantém fixa ao mesmo nível de Preços de Mercado. � Receita = Preço x Produção (quantidade produzida) � Receita Marginal = Preço x ∆∆∆∆Produção/∆∆∆∆Produção � Receita Marginal = Preço � Logo, o ponto de maximização do lucro no mercado competitivo é onde o CMg = P Maximização de Lucros e Oferta Competitiva (aula 10) Q Preço RT CT Cmg Rmg RMg - Cmg Lucro Lmg 0 60 0 100 0 0 0 -100 1 6060 150 50 60 10 -90 10 2 60 120 178 28 60 32 -58 32 3 60 180 198 20 60 40 -18 40 4 60 240 212 14 60 46 28 46 5 60 300 230 18 60 42 70 42 6 60 360 250 20 60 40 110 40 7 60 420 272 22 60 38 148 38 8 60 480 310 38 60 22 170 22 9 60 540 355 45 60 15 185 15 10 60 600 411 56 60 4 189 4 11 60 660 470 59 60 1 190 1 12 60 720 530 60 60 0 190 0
Compartilhar