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Plano de Aula: A soberania como elemento essencial: traços característicos e 
distintivos 
CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 
Título 
A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
6 
Tema 
A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
1 - compreender como se estabeleceu a construção do conceito de soberania no decorrer da 
Modernidade; 
2 - estabelecer as características que definem o conceito de soberania nos dias atuais; 
3 - perceber que o conceito de soberania se fundamenta em bases de legalidade e de legitimidade. 
Estrutura do Conteúdo 
Esta aula será apresentada com base nos conteúdos estabelecidos no Capítulo 5, Unidade II, do Livro 
Didático de Ciência Política. Leia-os em momento anterior à sua apresentação pelo professor em sala de 
aula. 
 
Tópicos: 
 
A construção histórica do conceito de soberania na modernidade - Partindo-se do princípio de que a ideia 
de soberania, estando submetida a contingências históricas, nem sempre existiu, tem -se por mais correto 
concebê-la como uma construção intelectual do Estado Moderno em oposição ao fragmentado poder da 
era medieval. Na verdade, o caminho da construção do conceito de soberania, iniciado por Jean 
Bodin, para legitimar o poder do Rei de França no contexto de disputa entre o poder temporal e o poder 
espiritual, engendra uma teoria da soberania absoluta do Estado. No decorrer da própria Modernidade, o 
conceito vai sendo desenvolvido (principalmente pelos clássicos contratualistas) em linhas teóricas 
coerentes com as concepções de Estado que vão sendo propostas. 
 
Os traços definidores do conceito de soberania - Mesmo que deva se admitir que o conceito de soberania 
é histórico e relativo, uma grande quantidade de acepções conceituais buscam explicá -lo. Trata de um 
termo que designa o poder político no Estado, expressando internamente seu poder de comando, ou seja, 
a plenitude da capacidade de direito em relação aos demais poderes dentro do Estado. Por outro lado, 
sob uma perspectiva externa, a soberania significar o atributo que possui o Estado nacional de não ser 
submetido às vontades estatais alienígenas. Assim, somente o Estado é dotado de soberania, sendo que 
outras comunidades ou pessoas coletivas de direito interno, no limite, podem ser dotadas tão somente de 
autonomia. 
 
Legalidade e legitimidade como fundamentos da soberania - Trata-se de enfatizar a ideia de que ao 
poder soberano no Estado Moderno não basta estar submetido às diretrizes legais, mas também deve se 
preocupar em ser legítimo. Se a legalidade, entendida como a submissão às leis produzidas pelo próprio 
Estado, pode ou não refletir as aspirações da sociedade como um todo, a concepção de legitimidade se 
atrela ao grau de lealdade de todos os seus cidadãos, ao grau de adesão por convicção. Neste sentido, 
enquanto a legalidade exige apenas uma adesão externa (bastando que o cidadão cumpra a norma 
emanada), o reconhecimento da legitimidade exige que o seguimento ao o rdenamento se dê por uma 
adesão interna, psicológica. 
Aplicação Prática Teórica 
O conceito de soberania é teoricamente bastante complexo e tem variado no decorrer do tempo, 
suscitando uma grande quantidade de acepções conceituais. Podemos, de qualquer forma, extrair que se 
trata de um termo que designa o poder político no Estado Moderno estando expresso em praticamente 
todas as constituições modernas. 
A Constituição brasileira tem alguns dispositivos (no caso os art. 4º e 14) que fazem tal referência, senã o 
vejamos: 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes 
princípios: 
I - independência nacional; (...) 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; (...) 
 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor 
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. (...)? (grifo nosso) 
 
Diante do acima exposto, pergunta-se: 
a) Diante do que está expresso no Art. 4º da Constituição Federal, é possível afirmar que o Brasil deve 
considerar que a soberania sempre exterioriza a supremacia estatal?

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