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Apostila Camara RJ Assistente Web Designer v2

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Apostila_Camara_RJ_Assistente_Web_Designer_v2/Apostilas/Atualidades.pdf
 
 
 
 
Atualidades
 
 
 
 
 2 
 
 
Desenvolvimento Sustentável 
 
O desenvolvimento sustentável é um conceito 
elaborado para fazer referência ao meio ambiente 
e à conservação dos recursos naturais. 
 
Entende-se por desenvolvimento sustentável a 
capacidade de utilizar os recursos e os bens da 
natureza sem comprometer a disponibilidade 
desses elementos para as gerações futuras. 
 
Isso significa adotar um padrão de consumo e de 
aproveitamento das matérias-primas extraídas da 
natureza de modo a não afetar o futuro da huma-
nidade, aliando desenvolvimento econômico com 
responsabilidade ambiental. 
 
Sabemos que existem os recursos naturais não 
renováveis, ou seja, aqueles que não podem re-
novar-se naturalmente ou pela intervenção hu-
mana, tais como o petróleo e os minérios; e que 
também existem os recursos naturais renováveis. 
 
No entanto, é errôneo pensar que esses últimos 
sejam inesgotáveis, pois o seu uso indevido po-
derá extinguir a sua disponibilidade na natureza, 
com exceção dos ventos e da luz solar, que não 
são diretamente afetados pelas práticas de explo-
ração econômica. 
 
Dessa forma, é preciso adotar medidas para con-
servar esses recursos, não tão somente para que 
eles continuem disponíveis futuramente, mas 
também para diminuir ou eliminar os impactos 
ambientais gerados pela exploração predatória. 
 
Assim, o ambiente das florestas e demais áreas 
naturais, além dos cursos d'água, o solo e outros 
elementos necessitam de certo cuidado para con-
tinuarem disponíveis e não haver nenhum tipo de 
prejuízo para a sociedade e o meio ambiente. 
 
A História Do Conceito De Desenvolvimento 
Sustentável 
 
O conceito de desenvolvimento sustentável foi 
oficialmente declarado na Conferência das Na-
ções Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, 
realizada em 1972, na cidade de Estocolmo, Sué-
cia, e, por isso, também chamada de Conferência 
de Estocolmo. 
 
A importância da elaboração do conceito, nessa 
época, foi a de unir as noções de crescimento e 
desenvolvimento econômico com a preservação 
da natureza, questões que, até então, eram vistas 
de forma separada. 
 
Em 1987, foi elaborado o Relatório “Nosso Futuro 
Comum”, mais conhecido como Relatório Brund-
tland, que formalizou o termo desenvolvimento 
sustentável e o tornou de conhecimento público 
mundial. Em 1992, durante a ECO-92, o conceito 
“satisfazer as necessidades presentes, sem com-
prometer a capacidade das gerações futuras de 
suprir suas próprias necessidades” tornou-se o 
eixo principal da conferência, concentrando os 
esforços internacionais para o atendimento dessa 
premissa. 
 
Com esse objetivo, foi elaborada a Agenda 21, 
com vistas a diminuir os impactos gerados pelo 
aumento do consumo e do crescimento da eco-
nomia pelo mundo. 
 
Medidas Sustentáveis 
 
Dentre as medidas que podem ser adotadas tanto 
pelos governos quanto pela sociedade civil em 
geral para a construção de um mundo pautado na 
sustentabilidade, podemos citar: 
 
- redução ou eliminação do desmatamento; 
 
- reflorestamento de áreas naturais devastadas; 
 
- preservação das áreas de proteção ambiental, 
como reservas e unidades de conservação de 
matas ciliares; 
 
- fiscalização, por parte do governo e da popula-
ção, de atos de degradação ao meio ambiente; 
 
- adoção da política dos 3Rs (reduzir, reutilizar e 
reciclar) ou dos 5Rs (repensar, recusar, reduzir, 
reutilizar e reciclar); 
 
- contenção na produção de lixo e direcioná-lo 
corretamente para a diminuição de seus impac-
tos; 
 
- diminuição da incidência de queimadas; 
 
- diminuição da emissão de poluentes na atmos-
fera, tanto pelas chaminés das indústrias quanto 
pelos escapamentos de veículos e outros; 
 
- opção por fontes limpas de produção de energia 
que não gerem impactos ambientais em larga e 
média escala; 
 
 
 
 
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- adoção de formas de conscientizar o meio políti-
co e social das medidas acimas apresentadas. 
 
Essas medidas são, portanto, formas viáveis e 
práticas de se construir uma sociedade sustentá-
vel que não comprometa o meio natural tanto na 
atualidade quanto para o futuro a médio e longo 
prazo. 
 
Ecologia 
 
Definição e objeto de estudo 
 
Ecologia é uma ciência (ramo da Biologia) que 
estuda os seres vivos e suas interações com o 
meio ambiente onde vivem. É uma palavra que 
deriva do grego, onde “oikos” significa casa e 
“logos” significa estudo. 
 
A Ecologia também se encarrega de estudar a 
abundância e distribuição dos seres vivos no pla-
neta Terra. 
 
Importância 
 
Esta ciência é de extrema importância, pois os 
resultados de seus estudos fornecem dados que 
revelam se os animais e os ecossistemas estão 
em perfeita harmonia. 
 
Numa época em que o desmatamento e a extin-
ção de várias espécies estão em andamento, o 
trabalho dos ecologistas é de extrema importân-
cia. 
 
Através das informações geradas pelos estudos 
da Ecologia, o homem pode planejar ações que 
evitem a destruição da natureza, possibilitando 
um futuro melhor para a humanidade. 
 
Principais Ramos 
 
Por se tratar de uma ciência ampla, a Ecologia 
apresenta vários ramos de estudo e pesquisa. 
 
Os principais são: 
 
Autoecologia, 
 
Sinecologia (Ecologia Comunitária), 
 
Demoecologia (Dinâmica das Populações), 
 
Macroecologia, 
 
Ecofisiologia (Ecologia Ambiental) e Agroecologi-
a. 
 
Importância da Ecologia 
 
 A importância da ecologia está diretamente liga-
do a preservação ambiental. O cuidado com o 
meio ambiente deve ser uma preocupação de 
todos e que, ao olhar o problema, é preciso fazer 
com que a preservação se combine com ações 
que permitam o desenvolvimento, pois é ele que 
traz benefícios para a população, gerando em-
prego e renda. 
 
Alguns sugerem que o primeiro texto ecológico 
(Natural History of Selborne) foi publicado em 
1789, por Gilbert White(1720–1793). 
 
O primeiro livro ecológico da América foi publica-
do em 1905 por Frederic Edward Clements. 
 
No livro, Clements passa a ideia que as comuni-
dades de plantas são como superorganismos. 
 
Essa publicação lança o debate entre o holismo 
ecológico e individualismo que durou até a déca-
da de 1970. 
 
O conceito de Clements para superorganismo 
propõem quem os ecossistemas progridem por 
um regulado e determinado estágio de desenvol-
vimento, análogo ao estágios de desenvolvimento 
de um organismo, cujas partes função para man-
ter a integridade do todo. 
 
O paradigma de Clements foi desafiado por Henry 
Gleason. 
 
De acordo com Gleason, comunidades ecológicas 
se desenvolvem a partir da associação única de 
organismos individuais. 
 
Essa mudança de percepção colocado o foco 
para as histórias de vida de organismos individu-
ais e como isso se relaciona com o desenvolvi-
mento de comunidades. 
 
A teoria de superorganismo de Clements não foi 
completamente rejeitada, mas alguns sugerem 
que ela foi uma aplicação além do limite do ho-
lismo. 
 
Holismo continua a ser uma parte crítica da fun-
damentação teórica contemporânea em estudos 
ecológicos. 
 
 
 
 
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Holismo foi primeiro introduzido em 1926 por uma 
polarizada figura histórica, um general da África 
do Sul chamado Jan Christian
Smuts. 
 
Smuts foi inspirado pela teoria de superorganismo 
de Clement's e desenvolveu e publicou o conceito 
de holismo, que contrasta com a visão politica do 
seu pai sobre o Apartheid. 
 
Quase ao mesmo tempo, Charles Eltonpioneiro 
no conceito de cadeias alimentares no livro "Ani-
mal Ecology". 
 
Elton definiu relações ecológicas usando concei-
tos de cadeias alimentares, ciclos de alimentos, o 
tamanho de alimentos, e descreveu as relações 
numéricas entre os diferentes grupos funcionais e 
suas relativas abundâncias. 
 
'Ciclos alimentares' foram substituídos por 'teias 
tróficas em posteriores textos ecológicas um texto 
posterior ecológica. 
 
Ecologia desenvolveu-se em muitas nações, in-
cluindo na Rússia com Vladimir Vernadsky que 
fundou o conceito de biosfera na década de 
1920 ou Japão com Kinji Imanishi e seu conceito 
de harmonia na natureza e segregação de habitat 
na década de 1950. 
 
O reconhecimento científico ou a importância das 
contribuições para a ecologia de outras culturas é 
dificultada por barreiras linguísticas e de tradu-
ção. 
 
Técnologia Atual 
 
Quando se trata de tecnologia atual, surgem vá-
rias vertentes sobre esse tema. 
 
Desde seu surgimento até os dias de hoje, esse 
meio que vem conquistando o mercado em diver-
sas áreas e atividades, dessa forma tornou-se 
essencial para o desenvolvimento e crescimen-
to das empresas, tal como o uso pessoal. 
 
Através de web sites e redes sociais, esse mundo 
virtual nos possibilita atualizações instantâneas 
de informações, onde em questão de segundos, 
vários conteúdos são expostos para todos que 
estão conectados. 
 
Antigamente desenvolvia-se gradativamente, aos 
poucos ia conquistando espaço na sociedade, 
hoje é totalmente diferente. 
 
Estamos sujeitos a um avanço tecnológico muito 
rápido, na qual adquirimos um produto tecnológi-
co, na espera do lançamento de um modelo mais 
atualizado. 
 
Enfim, essa modernização é bastante eficaz no 
nosso cotidiano, cabe a nós utilizar a melhor e 
mais produtiva maneira. 
 
 Atualmente a tecnologia tem um grande valor e 
importância na vida das pessoas. 
 
Enquanto estamos no computador, ou assistindo 
televisão, ou quando nos alimentamos, de uma 
maneira ou outra usamos a tecnologia. 
 
Também o combustível para transportar os ali-
mentos, quando temos problemas de saúde a 
tecnologia ajuda, como os tratamentos que fazem 
uso de células-tronco e podem regenerar órgãos 
e tecidos. 
 
Quando nos comunicamos pela internet ou bus-
camos informações das quais necessitamos rapi-
damente, estamos fazendo uso da tecnologia 
desenvolvida pela ciência, fruto de muita pesqui-
sa científica. 
 
Porém as pessoas deixam de viver com saúde 
ficando em um Sedentarismo, o aumento do nível 
de desenvolvimento tecnológico contribui para as 
pessoas realizarem tarefas mais facilitadas. 
 
Isso faz com que o ser humano, fique robotizado 
e dependente do material que usa. 
 
A tecnologia facilita o acesso a opções que antes 
eram inacessíveis, mas também, aproxima de um 
mundo onde quase não existem esforços físicos 
para conseguir o que se deseja. 
 
A facilidade de acesso da população à tecnologia 
pode romper barreiras que antes eram quase 
impossíveis de serem ultrapassadas. Um exem-
plo claro são os estudantes. 
 
Antes, para a realização de um trabalho escolar, 
era necessário que ele se locomovesse até uma 
biblioteca para pesquisar. Atualmente é só entrar 
na internet está tudo pronto... 
 
Um trabalho que antes demorava horas para ser 
feito, hoje em poucos minutos já está pronto. 
 
Mas até quando a tecnologia utilizada nos dias 
atuais pode ser um ponto positivo? 
 
 
 
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A forma ideal para convivermos com os artefatos 
tecnológicos positivamente, é saber moderar a 
utilização de maneira coerente e criativa, deixan-
do com que eles nos auxiliem, mas não compro-
metam a nosso estilo de viver e de pensar. 
 
Afinal, vivemos no mundo globalizado, mas preci-
samos ter idéias próprias e saber caminhar com 
as próprias pernas. 
 
Energia 
 
Os recursos energéticos são o foco dos interesses 
estatais, gerando disputas geopolíticas desde a 
primeira Revolução Industrial. 
 
Na segunda metade do século XX, com a expansão 
do meio urbano-industrial, principalmente, na Améri-
ca Latina e Sudeste Asiático e, consequentemente, 
o crescimento populacional, houve o aumento expo-
nencial da demanda energética. 
 
Nos últimos anos, a questão energética traz novas 
discussões: agências internacionais, estados e a 
sociedade, geram debate sobre consumo, recursos 
naturais, mudanças climáticas e, principalmente, a 
segurança energética dos países mais ricos. 
 
Antes de tudo, é importante conhecer os diferentes 
tipos de fontes de energia. Podemos classificá-las 
em renováveis e não renováveis; primárias e secun-
dárias; convencionais e alternativas. 
 
Renováveis → Têm capacidade de se regenerar 
em um tempo curto, tornando-a inesgotável. 
 
Ex.: Biomassa (óleos/biodiesel a partir de cana-de-
açúcar, mamona, girassol, entre outros). 
 
Não Renováveis → Oriundas de matéria orgânica 
decomposta por milhões de anos, não havendo 
tempo hábil para serem formados para uso humano. 
 
Ex.: Petróleo, gás natural e carvão. 
 
Primárias → Quando utilizamos diretamente para 
geração de calor/energia. 
 
Ex.: Lenha queimada para uso doméstico. 
 
Secundárias → Utiliza-se um meio de energia para 
obter outro. 
 
Ex.: Usina Nuclear enriquece o Urânio para aquecer 
a água e mover as turbinas, gerando energia elétri-
ca. 
 
Convencionais → São as energias base da socie-
dade contemporânea. 
 
Ex.: Petróleo, gás natural, carvão e hidroelétricas. 
 
Alternativas → Constituem uma alternativa ao mo-
delo energético decorrente dos últimos dois séculos, 
sua introdução diversifica 
a matriz de energia dos 
países, aumentando sua 
segurança e seu desen-
volvimento econômico e 
ambiental. 
 
Ex.: Solar, Eólica, Geotérmica e Maremotriz. 
 
Apesar dos avanços tecnológicos das últimas quatro 
décadas, proporcionados pela Revolução Técnico-
Científico Informacional, o principal recurso da matriz 
energética é o mesmo desde a Segunda Revolução 
Industrial (1850) – o petróleo – tendo o carvão como 
segundo maior demanda e o gás natural em terceiro. 
 
Neste caso, apesar dos investimentos em fontes 
alternativas – solar, eólica, geotérmica, mantêm-se 
os combustíveis fósseis como a principal forma de 
obtenção de energia em nível mundial. 
 
Esquema com matriz energética mundial (Foto: 
Revista Escola) 
 
Combustíveis fósseis são originados a partir da de-
composição de restos de seres vivos, depositados 
em partes mais baixas da crosta terrestre. 
 
Neste caso, podemos perceber que cerca de 85% 
da matriz energética mundial é baseada em recursos 
 
 
 
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finitos, emitindo cada vez mais CO2na atmosfera, 
alterando as condições climáticas do planeta. 
 
É importante frisar que há esforços em investir e 
aumentar o consumo de energia proveniente de 
fontes renováveis como a solar e a eólica. 
 
Países como Estados Unidos, China e Alemanha 
investem cada vez mais em pesquisas para tornar 
mais eficiente a captação e a distribuição de energia 
originada pelo vento e sol. 
 
Já no Brasil, diferente da mundial, observamos que 
a matriz energética nacional é diversificada, tendo 
quase metade dela proporcionada por fontes reno-
váveis, como a hidrelétrica e biomassa (conhecida 
como biodiesel). 
 
 
 
 
 
Gráfico com matriz energética brasileira 
 
 
A diversificação demonstra que o Brasil está inserido 
neste novo cenário de mudanças e discussões so-
bre o clima e o desenvolvimento sustentável, já que 
busca alternativas à importação, extração e uso em 
larga escala de energias não-renováveis, como o 
petróleo, gás natural e carvão. 
 
Investimentos em produção de biocombustíveis a 
partir da cana-de-açúcar e na construção de usinas 
hidrelétricas, principalmente, na região Norte, trazem 
o Brasil para um patamar de um dos países com 
matriz energética mais limpa do mundo. 
 
Quase tudo que fazemos e usamos hoje passa por 
algum gasto de energia. Ir à escola ou ao trabalho, 
assistir à televisão, cozinhar, tomar banho, em tudo 
há gasto energético. 
 
Todavia, existem diferentes formas de sua produção, 
distribuição e consumo, tanto de combustíveis, como 
de energia elétrica. 
 
A maioria dos transportes são movidos a partir de 
óleos refinados do petróleo (gasolina, diesel e que-
rosene) sendo, então, o maior consumidor da indús-
tria petrolífera. 
 
É, por isso que, uma entre diversas dificuldades em 
programar sistemas eficientes de transporte público 
– como metrôs, trens, ciclovias etc – além da intro-
dução e barateamento de carros híbridos, que tam-
bém são movidos à eletricidade, são originados 
pelas indústrias petroquímicas, que influenciam as 
ações governamentais na área energética. 
 
Dessa maneira, das 25 maiores empresas do mun-
do em 2013, mais da metade é vinculada ao setor 
de energia. 
 
Podemos adquirir de diversas maneiras a energia 
elétrica que abastece nossas residências, parques 
industriais e prédios públicos. Pode-se obter pelas 
hidrelétricas, com o represamento d‟água, gerando 
quedas para fluir entre as turbinas. 
 
Também temos as termoelétricas – usinas que ge-
ram energia a partir do aquecimento de grande 
quantidade de água pela queima de gás natural, 
biomassa e Urânio enriquecido. Além, obviamente, 
das novas fontes limpas – solar, eólica, geotérmica, 
maremotriz, etc. 
 
Educação: conheça as etapas do processo de 
tratamento da água 
 
Vale lembrar que a demanda energética vai crescer 
nos próximos anos, principalmente, nos chamados 
países emergentes, como China, Índia, Brasil, África 
do Sul, entre outros. 
 
O avanço do meio urbano, do potencial industrial e 
da população vai incrementar essas áreas como 
novas grandes consumidoras, principalmente de 
petróleo e energia elétrica. Contudo, os EUA ainda 
terão grande parcela na produção e no consumo da 
energia do mundo. 
 
Estes, inclusive, vêm investindo maciçamente em 
novas fontes de energia para se tornarem indepen-
dentes, principalmente, dos exportadores de petró-
leo do Oriente Médio, Rússia e Venezuela. 
 
Gráfico informativo sobre o futuro da energia. 
 
 
 
 
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Assim, o tabuleiro geopolítico vai se movimentando, 
conforme os interesses em investir, importar e expor-
tar energia a partir de diversas fontes existentes. 
 
O mundo vem passando por transformações, sobre-
tudo, no meio ambiental, tornando os novos meios 
de energia essenciais para todos os países, o que 
possibilita a segurança econômica e social em todo 
planeta. 
 
Política 
 
Além de ter enfrentado situações inesperadas, 
criadas por seus próprios aliados, o governo fede-
ral se equilibra diante do quadro mundial da eco-
nomia. 
 
As situações políticas, advindas da judicialização 
de vários temas, por ineficiência legislativa, criam 
espaços de indefinição. 
 
-Políticos e ex-governantes expostos a julgamen-
tos criminais ou a acusações de seus próprios 
parceiros já criaram boas dores de cabeça no ano 
que se encerrou. 
 
Ameaças e bravatas são bradadas pelos acusa-
dos ou culpados, que deveriam apresentar uma 
autocritica a toda a população, por terem usado 
indevidamente as prerrogativas dadas pelos elei-
tores. E muito dinheiro público, também. 
 
Algumas situações beiram o ridiculo, dada a 
mesquinharia envolvida, e que demonstra o des-
preparo dos representantes eleitos, via de regra, 
no trato dos temas públicos, por ausência de pos-
tura ética, por voracidade, por ambição, e por 
falta de consciência do que seria a gestão pública 
ou a elaboração de políticas públicas, efetivamen-
te voltadas às demandas legítimas e pertinen-
tes, da sociedade. 
 
Alguns tópicos falam por si e comprovam a pobre 
fase política por que passa o Brasil, e a pequena 
visão de Estado, direitos e deveres, que assola os 
três poderes da República. 
 
-Em algumas instâncias estatais brasileiras paga-
se auxílio moradia, no valor de R$ 4.000,00 men-
salmente, a vários funcionários públicos. 
 
A saúde com problemas seríssimos, a educação 
com salários a desejar, a segurança com carên-
cias, e valores elevados são gastos com quem já 
recebe bons ganhos dos cofres públicos. 
 
-Enquanto isso, o reajuste dado ao salário mínimo 
foi de um pouco mais de 9%, mas para o salário 
mínimo dos aposentados deste Brasil das dife-
renças, foi de 6%. 
 
Aposentados têm menos necessidades, apesar 
de muito mais idade?Justamente na fase da vida 
que as pessoas necessitam mais remédios, e 
mereceriam um pouco de paz e tranquilidade 
para tentar curtir um espaço conquistado com 
muitos anos de muito trabalho. 
 
Compare-se com outros reajustes de ganhos de 
funcionários governamentais e estatais! 
 
Aposentados vêm recebendo sistematicamente 
reajustes menores que qualquer categoria profis-
sional, privada ou estatal. 
 
Os vales para a cultura, no valor de R$ 50,00 
mensais, não são destinados a aposentados! 
 
-Em 10 anos, de 2002 a 2012 foram gastos mais 
de 250 milhões de dólares, ou 500 milhões de 
reais, pelos detentores de cartões de crédito, 
sabem de quem, exatamente, de servidores pú-
blicos federais muitos desses gastos cobertos por 
sigilo, por segurança (!). 
 
A insensibilidade de Brasília toma conta dos go-
vernantes, que começam a discursar para aque-
las platéias de aplausos fáceis, de empregados 
públicos bem pagos e alimentados pelos dinhei-
ros daquela cidade que é a Corte brasileira. 
 
O Brasil foi fundado pela Corte portuguesa, e a 
nossa Capital continua sendo a sede dos felizar-
dos, com a maior média salarial do país. 
Mentiras e mitos formaram este Brasil de casa 
grande e senzala, sendo Brasilia a casa grande, a 
sede dos senhores de engenho, dos donatários 
das capitanias hereditárias. 
 
Dos ganhos expressivos pagos pelos contribuin-
tes e dos impostos altos para sugar os baixos 
salários de toda a nação. 
 
A senzala é a vida nos municípios, sempre com o 
chapéu na mão para atender as necessidades da 
cidadania, pois todas as pessoas vivem em algum 
município. 
 
-Desperdícios bilhonários com o dinheiro dos 
contribuintes, obras de usinas de geração de 
energia paradas há 25 anos, e o Brasil anuncian-
do que em 2014 haverá aumento da conta de 
 
 
 
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energia elétrica por uso de usinas termoelétricas. 
 
Enquanto isso nada se faz nos municípios para 
que todas as casas tivessem painéis fotovoltaicos 
para geração barata de energia elétrica, sem 
poluição da queima de combustíveis fósseis. 
 
-Ainda se discute se um politico que roubou R$8 
milhões de uma Assembléia Legislativa, conde-
nado, deve ou não ir já para a cadeia. 
 
-Suplente de Deputado Federal assume vaga do 
titular, mesmo estando condenado por formação 
de quadrilha e corrupção ativa, a quase 7 anos de 
cadeia,
em regime semiaberto. 
 
-Durante muitos meses, anos, o Senado da Re-
publica deixou de descontar Imposto de Renda 
dos ganhos mensais(15 salários/ano) dos Sena-
dores. 
 
Agora, cobrado pela Receita Federal o Senado 
pretende pagar a dívida de IR com recursos pú-
blicos do Congresso Nacional, dos impostos, 
quando deveria era descontar dos salários men-
sais dos Senadores, assim como todos os traba-
lhadores assalariados deste injusto, e desigual 
Brasil. 
 
-Mais de 3.000 vetos do executivo federal estão 
há muitos anos aguardando apreciação da Câma-
ra dos Deputados. 
 
-Em janeiro de 2013 a Câmara dos Deputados 
está comprando centenas de tablets para aqueles 
legisladores, que já tinham notebooks em suas 
bancadas de trabalho, e muitos outros equipa-
mentos modernos em seus gabinetes. 
 
Ou o Brasil acaba com a corrupção e a injustiça, 
ou a injustiça e a corrupção condenarão o Brasil a 
se eternizar como um país de terceira categoria. 
Mas que cobra impostos de primeira e gasta co-
mo se fosse uma nação rica e sem problemas 
sociais. 
 
Economia 
 
A economia atual nunca esteve tão interligada, 
oscilações financeiras ocorridas no Japão, podem 
refletir diretamente em outros países no globo, 
tudo isso devido à globalização que praticamente 
eliminou fronteiras comerciais entre os países, 
permitindo assim que determinado país adquira 
produtos com menor custo em outras regiões do 
globo com base nas suas vantagens comparati-
vas, no exemplo citado o Japão tem grande ca-
pacidade tecnológica que permite a exportação 
de eletrônicos a um custo mais baixo caso fosse 
produzido, por exemplo, no Brasil. 
 
O Brasil é visto por muitos como um país muito 
resistente as crises financeiras que assolaram o 
mundo nos últimos anos, como por exemplo, a 
crise imobiliária que assolou os Estados Unidos 
em 2008 foi sentida de maneira pouco impactante 
no Brasil, as políticas de incentivo ao consumo 
interno fizeram com que o país crescesse mesmo 
durante a crise. 
 
O país possui um mercado consolidado tanto 
para importações como para exportações, os 
investimentos estrangeiros também merecem 
destaque, com o selo de “grau de investimento 
seguro” cada vez mais empresas investem no 
Brasil, em sua grande maioria com lucros e retor-
nos garantidos, isso facilita a aquisição de produ-
tos importados mais baratos como, por exemplo, 
eletrônicos e roupas, bem como viagens para o 
exterior, mas a longo prazo pode diminuir a com-
petição entre empresas nacionais e consequente 
diminuição dos postos de trabalho. 
 
A solidez da economia atual no território brasileiro 
está relacionada diretamente a rígidas políticas 
financeiras para controle de inflação, manutenção 
do desemprego, câmbio flutuante, entre outros. 
Vale ressaltar a importância das políticas sociais 
e adequação do salário mínimo com base na 
inflação dos anos anteriores como ferramenta de 
diminuição da miséria do país, que ainda apre-
senta uma distribuição muito desigual. 
 
O aumento da renda per capita do brasileiro vai 
depender de uma política que invista em setores 
que combatam a desigualdade econômica: edu-
cação e saúde. 
 
Com a aplicação correta das riquezas provenien-
tes do PIB o Brasil tende a ser tornar uma potên-
cia econômica e de qualidade de vida. 
 
Sociedade 
 
Os humanos são classificados como Homo Sapi-
ens (Em latim significa Homem Sábio, Homem 
Racional) e ambos pertencem à família dos chim-
panzés, (macacos e gorilas), o ser humano está 
definido em termos biológicos, sociais e pela sua 
consciência. 
 
Os humanos possuem uma postura unicamente 
sua e diferente da dos animais, pois a mente hu-
mana possui inúmeros atributos e a inteligência 
 
 
 
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que varia conforme o grau de evolução de cada 
um. 
 
O ser humano possui diferentes papéis para com 
a sociedade, muitos se encontram onde deveriam 
estar, ambos pertencem a um grupo social, sejam 
eles: família, a escola, o trabalho, entre outros. 
Tendem a sair do seu egocentrismo, individuali-
dades para se integrar em meio à sociabilidade. 
 
A vida em sociedade traz diferentes contextos, o 
ser humano tende sair da sua disputa pelos bens 
materiais, disputa essa que engloba em seus 
universos próprios desejos maternais de onde a 
necessidade de regras é geral. 
 
E cada pessoa possui para si valores intrínsecos, 
portanto não cabe falar sobre amor, ódio, conhe-
cimento, intelectualidade. 
 
Porém a sociedade atual dita suas regras e a 
mídia cria estereótipos que nem sempre condi-
zem com a situação atual de cada pessoa, pois 
cada um vive em condições diferentes das que a 
mídia prega. 
 
O ser humano cria seu universo próprio de dese-
jos, vontades, objetivos e valores. 
 
A psicologia assim como a filosofia tenta estudar 
o comportamento humano assim como seus as-
pectos mentais. 
 
Desde a gestação, nos é atribuído ao corpo o que 
chamamos de alma, ou espírito, assim sendo no 
momento da morte vai-se o corpo permanece a 
alma. 
 
A sociedade atual encontra-se literalmente perdi-
da, seja pela falta de segurança, pela violência 
que é excessiva, pela falta de maiores informa-
ções, pelo desamor, pela falta de fé e pelos prin-
cípios estes que não mais existem. 
 
O ser humano vive diante de uma situação a qual 
desperta medo, insegurança e destrói diante de si 
as perspectivas que muitos criam perante a vida e 
o futuro. 
 
Muito se fala sobre o ser humano, mas poucos se 
fazem por entender sua essência, seu íntimo. 
 
Ele vai muito além de corpo, alma e coração. 
 
Ele nada mais é que concepções as quais temos 
ou formamos e que tradicionalmente venham a 
sofrer transformações sejam elas físicas, psíqui-
cas ou emocionais. 
 
Muitos são seus componentes, mas alguns são 
de fato notáveis: um ser social, crítico, integrado, 
comunicativo e limitado, assim se resume o ser 
humano que vive e desfruta da sociedade atual. 
 
Quem é o ser humano de hoje em dia? O que é o 
ser humano? Ele nada mais é que um ser dotado 
de personalidade que possui componentes bioló-
gicos e genéticos, a sua estrutura psicológica, 
sua dimensão que pode ser cognitiva ou expres-
siva, possui um campo espiritual e ao mesmo 
tempo sensitivo, as suas relações de fraternidade, 
afetividade, dignidade, além de seus tantos outros 
campos que se baseiam na lei de ação e reação. 
 
Embora muitos sejam de fato assim, existem ou-
tros tantos que com sua frieza chocam, com seus 
atos criam suas próprias prisões, por exemplo: “É 
o caso da madrasta Vanessa Santos Martins, que 
foi condenada a 22 anos e oito meses de reclu-
são social pela morte do enteado Allan David de 
Andrade Garcia, crime praticado no ano passado 
quando a criança tinha apenas 4 anos de idade. 
 
“É o caso também da Isabela Nardoni, dentre 
muitos outros que transcorrem mundo a fora”. 
 
Por muitas vezes o ser humano não sabe se ex-
pressar de acordo com suas vontades e crenças, 
não sabe criar e manter relacionamentos simples 
e ao mesmo tempo duradouros, profundos. 
 
Muitas vezes a percepção e a distinção do certo e 
errado lhe fogem entre as mãos e quando isso 
acontece, muitos se deparam com o erro. Quem 
somos? De onde viemos? Para onde vamos? 
Tudo isso variavelmente se baseia nos seus atos, 
de onde viemos todos sabem, mas para onde 
vamos cabe a você escolher. 
 
Uma das principais características da sociedade 
atual é o fato desta ser marcada por profundas 
transformações: a rapidez de informações e o 
avanço de novas tecnologias modificaram o modo 
de pensar e de viver das pessoas. 
 
Atualmente, as regras e valores
já não possuem 
mais a mesma rigidez de cinqüenta anos atrás. 
 
Vivemos em um tempo de quebra de modelos e 
paradigmas. 
 
 
 
 
 10 
 
 
Se na época de Freud, a repressão sexual propi-
ciava o aparecimento das neuroses obsessivas e 
patologias histéricas, com certeza hoje o panora-
ma é outro. 
 
A exaltação da liberdade, desejo e satisfação 
pessoal que conhecemos hoje sejam para esco-
lher o relacionamento amoroso ou opção profis-
sional nem sempre existiu desse modo. 
 
Parte disso se deve ao fato de que historicamente 
o ser humano tem se desenvolvido cada vez mais 
rumo à individualidade. 
 
Para Foucault (1987), até o período feudal, a 
individualidade dependia da posição social, desse 
modo, individualidade era um privilégio do rei que 
era considerado indivíduo por excelência, ao pas-
so que os servos, por não serem donos de si 
mesmo, não eram vistos como indivíduos. 
 
Neste sentido, a individualidade passou a ser 
uma marca da realidade da sociedade atual, e 
representa uma conquista da humanidade. Con-
quista esta, que defende o direito da singularida-
de de cada um. 
 
As pessoas têm encontrado diferentes formas de 
constituírem suas famílias, estabelecerem seus 
acordos de relacionamentos e até mesmo de 
trabalho. 
 
Este panorama atual favorece um sentimento de 
insegurança, vazio e ansiedade que em parte 
pode explicar o aumento das chamadas “doenças 
da contemporaneidade,” como síndrome do pâni-
co e os diferentes tipos de ansiedades e depres-
sões. 
 
Apesar, da individualidade, representar um ganho 
à sociedade, ela não deixa de causar sofrimento, 
afinal isto implica em ter consciência de si, gera 
preocupação, culpa, dúvidas e incertezas, e a-
güentar tudo isso exige certa maturidade. 
 
Cabe dizer que a individualidade da qual me refiro 
nada tem a ver com egoísmo ou individualismo, 
trata-se de um processo de amadurecimento hu-
mano no qual o sujeito desenvolve-se rumo a 
torna-se um, capaz de ter responsabilidade e 
constituir sua vida a partir de si - mesmo. 
 
Segundo o olhar psicanalítico o homem precisa 
passar por um longo processo de desenvolvimen-
to para torna-se indivíduo e ser capaz de se rela-
cionar de forma efetiva com os outros e com o 
mundo, e esta conquista é um sinal de saúde 
mental. 
 
Sendo assim, não tem escapatória: atualmente 
cada um tem a difícil missão de encontrar seu 
modo pessoal e próprio de ser, viver e contribuir 
com o mundo a partir de sua singularidade! 
 
Relações Internacionais 
 
As Relações Internacionais (abreviadas co-
mo RI ou REL) visam ao estudo sistemático das 
relações políticas, econômicas e sociais entre 
diferentes países cujos reflexos transcendam as 
fronteiras de um Estado, as empresas, tenham 
como locus o sistema internacional. 
 
Entre os atores internacionais, destacam-se os 
Estados, as empresas transnacionais, as organi-
zações internacionais e as organizações não-
governamentais. 
 
Pode se focar tanto na política externa de deter-
minado Estado, quanto no conjunto estrutural das 
interações entre os atores internacionais. 
 
Além da ciência política, as Relações Internacio-
nais mergulham em diversos campos como 
a Economia, aHistória, o Direito internacional, 
a Filosofia, a Geografia, a Sociologia, 
a Antropologia, a Psicologia e estudosculturais. 
Envolve uma cadeia de diversos assuntos inclu-
indo mas não limitados a: globalização, soberani-
a, sustentabilidade, proliferação nuclear, nacio-
nalismo, desenvolvimento econômico, sistema 
financeiro , terrorismo/antiterrorismo, crime orga-
nizado, segurança humana, intervencionismo e 
direitos humanos. 
 
As Relações Internacionais surgem como um 
domínio teórico da Ciência Política no período 
imediatamente posterior à 1ª Guerra Mundial. 
 
Usualmente, se reporta ao Royal Institute of In-
ternational Affairs, fundado em 1920, o pioneiris-
mo no estudo exclusivo às relações internacio-
nais. No mesmo período, aLondon School of E-
conomics inauguraria um Departamento de Rela-
ções Internacionais, que posteriormente seria 
importante para a construção de teorias da escola 
inglesa de relações internacionais. 
 
O primeiro programa de Doutorado em Relações 
Internacionais do Brasil foi criado em 2001 pe-
la PUC-Rio. 
 
 
 
 
 11 
 
 
Já o primeiro curso de Graduação em Relações 
Internacionais do Brasil foi criado em 1974, 
na Universidade de Brasília. 
 
Educação 
 
o propor uma reflexão sobre a educação brasilei-
ra, vale lembrar que só em meados do século XX 
o processo de expansão da escolarização básica 
no país começou, e que o seu crescimento, em 
termos de rede pública de ensino, se deu no fim 
dos anos 1970 e início dos anos 1980. 
 
Com isso posto, podemos nos voltar aos dados 
nacionais: 
O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 
países avaliados (PISA). Mesmo com o programa 
social que incentivou a matrícula de 98% de cri-
anças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda 
estão fora da escola (IBGE). 
 
O analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 
64 anos foi registrado em 28% no ano de 2009 
(IBOPE); 34% dos alunos que chegam ao 5º ano 
de escolarização ainda não conseguem ler (To-
dos pela Educação); 20% dos jovens que conclu-
em o ensino fundamental, e que moram nas 
grandes cidades, não dominam o uso da leitura e 
da escrita (Todos pela Educação). 
 
Professores recebem menos que o piso salarial 
(et. al., na mídia). 
 
Frente aos dados, muitos podem se tornar críticos 
e até se indagar com questões a respeito dos 
avanços, concluindo que “se a sociedade muda, a 
escola só poderia evoluir com ela!”. 
 
Talvez o bom senso sugerisse pensarmos dessa 
forma. 
 
Entretanto, podemos notar que a evolução da 
sociedade, de certo modo, faz com que a escola 
se adapte para uma vida moderna, mas de ma-
neira defensiva, tardia, sem garantir a elevação 
do nível da educação. 
 
Logo, agora não mais pelo bom senso e sim pelo 
costume, a “culpa” tenderia a cair sobre o profis-
sional docente. 
 
Dessa forma, os professores se tornam alvos ou 
ficam no fogo cruzado de muitas esperanças so-
ciais e políticas em crise nos dias atuais. 
 
As críticas externas ao sistema educacional co-
bram dos professores cada vez mais trabalho, 
como se a educação, sozinha, tivesse que resol-
ver todos os problemas sociais. 
 
Já sabemos que não basta, como se pensou nos 
anos 1950 e 1960, dotar professores de livros e 
novos materiais pedagógicos. 
 
O fato é que a qualidade da educação está forte-
mente aliada à qualidade da formação dos pro-
fessores. 
 
Outro fato é que o que o professor pensa sobre o 
ensino determina o que o professor faz quando 
ensina. 
 
O desenvolvimento dos professores é uma pre-
condição para o desenvolvimento da escola e, em 
geral, a experiência demonstra que os docentes 
são maus executores das ideias dos outros. Ne-
nhuma reforma, inovação ou transformação – 
como queira chamar – perdura sem o docente. 
 
É preciso abandonar a crença de que as atitudes 
dos professores só se modificam na medida em 
que os docentes percebem resultados positivos 
na aprendizagem dos alunos. 
 
Para uma mudança efetiva de crença e de atitu-
de, caberia considerar os professores como sujei-
tos. Sujeitos que, em atividade profissional, são 
levados a se envolver em situações formais de
aprendizagem. 
 
Mudanças profundas só acontecerão quando a 
formação dos professores deixar de ser um pro-
cesso de atualização, feita de cima para baixo, e 
se converter em um verdadeiro processo de a-
prendizagem, como um ganho individual e coleti-
vo, e não como uma agressão. 
 
Certamente, os professores não podem ser to-
mados como atores únicos nesse cenário. 
 
Podemos concordar que tal situação também é 
resultado de pouco engajamento e pressão por 
parte da população como um todo, que contribui à 
lentidão. 
 
Ainda sem citar o corporativismo das instâncias 
responsáveis pela gestão – não só do sistema de 
ensino, mas também das unidades escolares – e 
também os muitos de nossos contemporâneos 
que pensam, sem ousar dizer em voz alta, “que 
se todos fossem instruídos, quem varreria as 
 
 
 
 12 
 
 
ruas?”; ou que não veem problema “em dispensar 
a todos das formações de alto nível, quando os 
empregos disponíveis não as exigem”. 
 
Enquanto isso, nós continuamos longe de atingir 
a meta de alfabetizar todas as crianças até os 8 
anos de idade e carregando o fardo de um baixo 
desempenho no IDEB. 
 
Com o índice de aprovação na média de 0 a 10, 
os estudantes brasileiros tiveram a pontuação de 
4,6 em 2009. 
 
A meta do país é de chegar a 6 em 2022. 
 
Segurança pública 
 
Segurança Pública é um processo, ou seja, uma 
sequência contínua de fatos ou operações que 
apresentam certa unidade ou que se reproduzem 
com certa regularidade, que compartilha uma 
visão focada em componentes preventivos, re-
pressivos, judiciais, saúde e sociais. 
 
É um processo sistêmico, pela necessidade da 
integração de um conjunto de conhecimentos e 
ferramentas estatais que devem interagir a mes-
ma visão, compromissos e objetivos. 
 
Deve ser também otimizado, pois dependem de 
decisões rápidas, medidas saneadoras e resulta-
dos imediatos. 
 
Sendo a ordem pública um estado de serenidade, 
apaziguamento e tranquilidade pública, em con-
sonância com as leis, os preceitos e os costumes 
que regulam a convivência em sociedade, a pre-
servação deste direito do cidadão só será amplo 
se o conceito de segurança pública for aplicado. 
 
A segurança pública não pode ser tratada apenas 
como medidas de vigilância e repressiva, mas 
como um sistema integrado e otimizado envol-
vendo instrumento de prevenção, coação, justiça, 
defesa dos direitos, saúde e social. 
 
O processo de segurança pública se inicia pela 
prevenção e finda na reparação do dano, no tra-
tamento das causas e na reinclusão na sociedade 
do autor do ilícito. 
 
Conselhos Comunitários de Segurança 
 
Conselhos Comunitários de Segurança (CON-
SEG) são instituições jurídicas de direito privado 
sem fins lucrativos com o objetivo principal de 
organizar as comunidades e fazê-las interagir 
com as polícias estaduais (Polícia Civil, Polícia 
Militar e Polícia Científica), e se vinculam, por 
adesão, às diretrizes emanadas da Secretaria da 
Segurança Pública, por intermédio do Coordena-
dor Estadual e pelo Conselho Permanente para 
Assuntos dos Conselhos Comunitários de Segu-
rança. 
 
Um Conselho Comunitário de Segurança não é 
um conselho formado por pessoas que cuidarão 
da segurança pública como se fossem policiais. 
Também não se trata de um conselho no qual 
pessoas irão se reunir para identificar traficantes 
e outros criminosos e dedurá-los para a polícia. 
 
O principal objetivo dos CONSEG‟s é a preven-
ção, e para prevenir é preciso identificar proble-
mas e controlar fatores de risco de múltiplas ori-
gens. 
 
Para isso é necessário integrar e organizar as 
populações das comunidades, desenvolver ações 
de fortalecimento comunitário e iniciativas de 
cultura e formação para a prevenção de maneira 
a que, através da união e interação de seus 
membros (diretoria, membros natos e comunida-
de), como também com o Estado e a Prefeitura 
(seus órgãos, departamentos e setores públicos 
competentes envolvidos direta ou indiretamente 
com a segurança pública), seja possível a exis-
tência (introdução e a manutenção) de sistemas 
de segurança comunitários preventivos que con-
tribuam para a melhoria da qualidade de vida das 
pessoas. 
 
A participação em um CONSEG compete a todo 
cidadão que assume a sua parcela na responsa-
bilidade de buscar ativamente soluções para os 
problemas de segurança pública e esteja disposto 
a colaborar com o bem-estar da comunidade da 
qual faz parte. 
 
Objetivos das reuniões mensais do CONSEG 
Discutir e analisar os problemas comunitários 
identificados, existentes, relacionados à seguran-
ça; Planejar ações e buscar a viabilização de 
alternativas de solução preventiva com vistas ao 
tratamento dos problemas de segurança detecta-
dos; Acompanhar e monitorar a evolução das 
medidas preventivas implementadas; Desenvol-
ver campanhas educativas; E estreitar laços de 
entendimento e cooperação comunitária. 
 
Literatura Atual 
 
 
 
 
 13 
 
 
Todo bom bibliófilo que se preze não abre mão 
de freqüentar livrarias, “fuçando” autores desco-
nhecidos. 
 
É pelo garimpo de lombadas anônimas que mui-
tas vezes encontramos verdadeiras obras de 
arte, escondidas à sombra do farol da mídia e da 
propaganda. 
 
Entendo esse hábito como uma responsabilidade 
dos amantes da literatura, justamente para que 
os bons autores possam sobreviver e prosseguir 
na arte. 
 
Nesse exercício, porém, é extremamente comum 
vermos contos ou romances onde a tônica é a 
violência. 
 
Proliferam autores que relatam com pormenores 
cenas de agressão, humilhação, desgraça, bar-
bárie. 
 
Quando não apelam para isso, trafegam com 
vagar e extensão por um cipoal de desencanto e 
pessimismo. 
 
Que haja uma ou outra obra com esse traço, tudo 
bem, mas por que tamanha frequência desse 
mesmo tema? 
 
Inicialmente, poderíamos dizer que a literatura é 
o reflexo da sociedade atual. E é. 
 
Vivemos numa época de banalização da violên-
cia, puxada pela televisão e também fora dela. 
 
Filmes, seriados, novelas, nacionais ou estrangei-
ros, são primorosos em explorar crimes, investi-
gações, cenas de violência gratuita, traições e 
toda sorte de vilania do espírito humano. Isso 
está nas telas e nas ruas, as mesmas ruas que 
caminhamos todos os dias. 
 
Não é natural que isso se reflita nos livros? Evi-
dente que sim. Porém, nosso mundo não se res-
tringe a isso. 
 
Em paralelo com essa realidade sem dúvida o-
pressora, existe o humor, existem as riquíssimas 
relações pessoais, existe o horizonte ilimitado 
que possibilita a exploração dos fluxos de consci-
ência. 
 
Cadê a variedade de obras que cuidam desses 
temas? Temos a impressão de que esse cenário 
opressor baixa como uma lufada de neblina sobre 
a capacidade criativa da nossa literatura, “padro-
nizando” uma produção cultural que tinha tudo 
para ser mais rica e variada. 
 
Literatura é reflexo da nossa sociedade, mas é 
também fonte de entretenimento. 
 
Critica-se a perda de leitores jovens, adolescen-
tes, mercê da concorrência desleal com a Internet 
e os vídeo-games. 
 
Aqui também a violência está impregnada, mas 
com o tempero, a acessível válvula da escape do 
lazer. 
 
Literatura também tem que ser vista como fonte 
de lazer, lazer inteligente, lazer que incita o leitor 
a pensar, refletir sobre suas atitudes e sobre a 
grandeza do mistério da vida. 
 
É exigir demais da capacidade de abstração do 
leitor ambientar os dramas humanos em porões 
úmidos e mal-cheirosos, protagonizados
por sui-
cidas, prostitutas ou traficantes. 
 
A carga de realidade que precisamos já a temos 
com uma rápida passada pelos jornais, escritos 
ou televisados. 
 
Fica complicado você ver violência no jornal, 
ouvir estórias de assalto em rodas de amigos, e 
ainda rechear livros, fonte de reflexão e lazer, 
com essa temática recorrente. 
 
Não defendo uma visão de Poliana, não defendo 
alienação, e não ignoro que num mundo cor-de-
rosa, sem sobressaltos, dificilmente teríamos a 
oportunidade de extrair lições de vida. 
 
Nas dificuldades é que somos testados, nas situ-
ações-limite é que aflora o que temos de mais 
podre e mais nobre de nossas almas. 
 
Não fosse o submundo da miséria, Dostoiesvky 
não teria nos ensinado o tanto que nos ensinou 
sobre as múltiplas facetas da alma humana. 
 
Critico é a generalização da edição de obras que 
abordem temas violentos e pessimistas, justa-
mente para que nossa sociedade possa ser retra-
tada de forma fiel, pois é impossível que nossos 
pensamentos e dilemas morais sobrevivam só 
com esses temas. 
 
Não é verdade que o humor, a leveza e o escra-
cho só possam ser trazidos por via da crônica, e 
 
 
 
 14 
 
 
um exemplo que bem ilustra essa possibilidade é 
o romance de Carlos Heitor Cony, “O piano e a 
orquestra”. 
 
O humor, por sua aparente superficialidade, não 
é gênero fácil, pela perigosa proximidade que 
guarda com a tolice, o nonsense. 
 
Nem por isso deve ser visto com aversão por 
aqueles que se propõem a escrever boa literatu-
ra. Não vejo problema em reconhecer valor literá-
rio a um texto leve. 
 
Todo escritor, reconheça ou não, tem uma alma 
inquieta, na medida em que busca traduzir o in-
tangível e impalpável, misturando reflexão e poe-
sia num texto que se propõe a atingir o leitor e 
fazê-lo ponderar, ver um outro lado de uma ver-
dade, rir, chorar, e despertar emoções escondi-
das em seu coração. 
 
É mais natural que essa tradução ocorra num 
ambiente de alguma angústia, alguma opressão, 
mas com inteligência e criatividade acredito que 
se possa manter a grandiosidade de um texto 
tornando-o mais leve e convidativo. 
 
E apesar de todo pessimismo que os dados obje-
tivos possam nos incutir, é da índole do ser hu-
mano buscar dias melhores, contra tudo e contra 
todos. 
 
Que esse otimismo possa ser melhor explorado 
por nossa literatura e levado ao massacrado lei-
tor. 
 
Barroco 
 
A literatura barroca é fruto do conflito característi-
co de sua época. 
 
Pressionado pela Igreja e pelo racionalismo, o 
homem perde-se entre dois polos opostos: 
 
Igreja X pensamento renascentista / salvação X 
pecado / céu X inferno / espírito X carne / fé X 
razão. 
 
Atormentado por este conflito, o homem produz 
textos literários com características bastante níti-
das. São elas: 
 
“Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, de 
vossa alta clemência me despido; porque quanto 
mais tenho delinqüido, vos tenho a perdoar mais 
empenhado.” - Gregório de Matos 
 
Podemos perceber uma analogia entre o poema 
de Gregório de Matos e a imagem, Vendo que 
tanto na época barroca quanto na atual o homem 
continua sendo atraído pelas tentações ao peca-
do, e que depois vai a procura pelo perdão divino. 
 
Características da imagem e do poema: 
 
Uso de contrastes. 
 
Tentativa de conciliação entre a religiosidade e o 
racionalismo. 
Tentações mundanas. 
 
Anjos e Demônios 
 
É escrito em estilo irresistível e acessível. 
 
Ele trata de questões que passam pela cabeça de 
todos: a existência de Deus, a possibilidade de se 
ter fé em um Universo que parece ter profunda 
indiferença por nós, a reconciliação entre o cientí-
fico e o espiritual. 
 
Só que o livro leva o conflito entre razão e fé a 
uma conflagração apocalíptica. 
 
Em Anjos e Demônios, Dan Brown demonstra 
sua extraordinária habilidade de entremear sus-
pense com fascinantes informações sobre ciên-
cia, religião e história da arte, despertando a curi-
osidade dos leitores para os significados ocultos 
deixados em monumentos e documentos históri-
cos. 
 
O duelo entre os conflitos do homem nos remete 
a um dualismo, o dualismo barroco que coloca 
em contraste a matéria e o espírito, o bem e o 
mal, Deus e o Diabo, céu e a terra, pureza e o 
pecado, a alegria e a tristeza, a vida e a morte, 
Anjos e demônios. 
 
Arcadismo 
 
O Arcadismo é um movimento de reação ao exa-
gero barroco, que havia alcançado um ponto de 
saturação. Racionalmente, influenciados pelas 
idéias iluministas francesas, os poetas buscam a 
retomada da simplicidade e resgatam alguns 
princípios da Antiguidade, por considerarem ser 
este o período de maior equilíbrio e pureza. 
 
Há três princípios latinos básicos para a compre-
ensão desse estilo de época: 
 
 
 
 
 15 
 
 
a) Carpe diem (aproveita o dia): máxima proposta 
pelo poeta latino Horácio. Significa viver o presen-
te, aproveitando-o ao extremo, visto que o tempo 
passa rapidamente. 
b) Inutilia truncat (cortar o inútil): desejo de retirar 
dos textos tudo o que for excessivo, exagerado 
ou redundante. 
 
c) Fugere urbem (fugir da cidade): princípios de 
valorização da natureza, vista como lugar de per-
feição e pureza, em oposição à cidade, onde tudo 
é conflito. 
 
d) locus amoenus - o lugar ameno, onde se en-
contra a paz para o amor 
 
A partir destes três princípios fundamentais o 
Arcadismo, é possível compreender as demais 
características do período: 
 
1 – retomada da teoria aristotélica da arte como 
imitação da natureza, usando a razão. O poeta 
apreende o sentido de perfeição expresso pela 
natureza e tenta reproduzi-lo ao escrever; 
 
2 – respeito às teorias literárias dos antigos, utili-
zando as normas poéticas da Antiguidade; 
 
3 – simplicidade na forma e no conteúdo dos po-
emas; versos curtos; ausência de rimas em al-
guns versos; 
 
4 – bucolismo (exaltação da vida do campo, uso 
de cenários pastoris); 
 
5 – presença da mitologia, num retorno aos valo-
res clássicos; 
 
6 – equilíbrio entre a razão e a fantasia, através 
de uma “disciplina literária” a ser estabelecida 
pelas Arcádias e seguida por seus membros; 
 
7 – uso de palavras simples, de fácil entendimen-
to, sem serem vulgares; 
 
8 – desejo de dar à literatura uma função social, 
de caráter didático e doutrinário. A literatura deve 
ser acessível a todos. 
 
 
“Aqui, no Recanto da Benção, você encontrará o 
ambiente perfeito para a realização de seu even-
to. Um lugar abençoado, cujo cenário é propor-
cionado pela diversidade de elementos da natu-
reza. Longe da conturbada vida urbana, o Recan-
to da Benção oferece uma infraestrutura perfeita 
para atender às necessidades de seu evento.” 
 
Nesta propaganda notamos diversas característi-
cas árcades, á exemplo da fugere urbem (fuga da 
cidade), Locus amoenus (Lugar harmonioso, on-
de se encontra a paz e o amor), a valorização da 
natureza, á exaltação da ambiente bucólico. 
 
Na atualidade muitas pessoas estão à procura 
desse tipo de ambiente para aproveitar a essên-
cia árcade, fugindo da vida conturbada da cidade, 
assim podendo desfrutar das belezas da nature-
za, e sentir a tranquilidade e a paz, inexistentes 
na cidade. 
 
Podemos notar essas mesmas características 
neste trecho do poema de Cláudio Manuel da 
Costa: 
 
“Quem deixa o trato pastoril, amado, Pela ingrata 
civil correspondência, Ou desconhece o rosto da 
violência, Ou do retiro da
paz não tem provado.” 
 
Outra analogia que podemos fazer em relação as 
características árcades e a vida atual, é o grande 
número de pessoas adotando o “Carpe Diem” 
como estilo de vida. Notamos isso pelo fato do 
grande número de pessoas que vem tatuando se 
corpo com esta frase. 
 
 
 
Romantismo 
 
O Romantismo assumiu em nossa literatura um 
significado secundário, de um movimento antico-
lonialista e antilusitano, de rejeição à literatura 
 
 
 
 16 
 
 
produzida na época colonial, aos modelos cultu-
rais portugueses. 
 
Por isso a primeira geração romântica tinha a 
preocupação de garantir uma identidade nacional 
que nos separassem de Portugal, buscam no 
passado histórico elementos de origem nacional. 
 
Primeira Geração - Nacionalista ou Indianista 
Características: Exaltação da natureza, excesso 
de sentimentalismo, amor indianista, ufanismo 
(exaltação da pátria) 
 
A Copa do Mundo, que ocorreu no Brasil em 
2014, é um grande exemplo de exaltação a pátria. 
Todos os jogadores obrigatoriamente devem can-
tar, antes do jogo, o hino nacional do seu País. 
 
Não só nas Copas, mas em todo evento esportivo 
como os jogos Pan Americanos (que ocorreu em 
Guadalajara), as Olimpíadas, entre outros. 
 
Segunda Geração - Ultra Romântica ou Mal 
Século 
 
A Segunda Geração Romântica é caracterizada 
por morte, tristeza, entre outros males. 
 
Tudo isso pode ser encontrado facilmente no 
meio “Gótico”. 
 
Pessoas que movida por tais situações, acabam 
isolando-se da sociedade e passam a viver em 
pequenos grupos com o objetivo apenas de 
“compartilhar” as dores e sofrimentos. 
 
 
Esta imagem demonstra tristeza e solidão (apesar 
de estarem em grupo, os góticos vivem na maio-
ria das vezes sozinhos), morte e solidão vividas 
pela sociedade “gótica”. 
 
 
Outra característica interessante da 2ª Geração é 
a idealização da mulher e o sentimentalismo. 
 
A novela “Fina Estampa – Globo” faz uma exalta-
ção a personagem Pereira (interpretada por Lilia 
Cabral). 
 
Segue o texto: 
 
 
“Para sobreviver e criar seus meninos, passou a 
fazer uma das únicas tarefas que havia aprendido 
fora do serviço doméstico: mecânica. Griselda 
conserta de tudo um pouco, desde trocar pneus a 
mexer com eletricidade, ou reparos em eletrodo-
mésticos, fazendo pequenos serviços de casa em 
casa, sempre usando um macacão de oficina. 
 
É conhecida como „Marido de Aluguel‟ ou „Perei-
rão‟ por seus serviços”. 
 
Traz característica de exaltação a mulher e o 
amor a seus filhos e ao trabalho. 
 
 
A música “Coisa Bonita – Roberto Carlos” fala a 
respeito da valorização das mulheres “gordinhas”. 
 
Terceira Geração – Condoreira 
 
É marcada por poemas lírico-amorosos, onde a 
mulher é apresentada de forma concreta, real, 
tocável, onde a relação sexual acontece, e a at-
mosfera divinal que envolve a mulher na 2ª gera-
ção é substituída por uma atmosfera sensual. 
 
Além disso, na 3ª geração ocorre um forte traço 
social, os poetas dessa geração se preocupam em 
denunciar a escravidão e qualquer outra forma de 
barbárie contra os seres humanos em seus poe-
 
 
 
 17 
 
 
mas, normalmente esses autores defendiam políti-
cas abolicionistas. 
 
“Raquel (Deborah Secco) era uma jovem da clas-
se média paulistana, que estudava num colégio 
tradicional da cidade. 
 
Um dia ela tomou uma decisão surpreendente: 
virar garota de programa. 
 
“Com o codinome de Bruna Surfistinha, Raquel 
viveu diversas experiências “profissionais” e ga-
nhou destaque nacional ao contar suas aventuras 
sexuais e afetivas num blog, que depois acabou 
virando um livro e tornou-se um Best seller.” 
 
O filme “Bruna Surfistinha” retrata a mulher como 
ser sensual, tocável e onde relações sexuais a-
contecem com frequência. 
 
Realismo 
 
Na literatura brasileira o realismo manifestou-se 
principalmente na prosa. 
 
Os romances realistas tornaram-se instrumentos 
de crítica ao comportamento burguês e às institui-
ções sociais. 
 
Muitos escritores românticos começaram a entrar 
para a literatura realista. 
 
Os especialistas em literatura dizem que o marco 
inicial do movimento no Brasil é a publicação do 
livro Memórias Póstumas de Brás Cubas 
de Machado de Assis. 
 
Nesta obra, o escritor fluminense faz duras críticas 
à sociedade da época. 
 
 
Está imagem mostra uma das características do 
Realismo que é a sociedade usando máscaras, 
as características do realismo estão intimamente 
ligadas ao momento histórico e às novas formas 
de pensamento: 
 
Objetivismo: negação do subjetivismo romântico, 
homem volta-se para fora, o não-eu 
 
Universalismo: substitui o personalismo anterior 
 
Materialismo: que leva à negação do sentimenta-
lismo e da metafísica 
 
Autores: são antimonárquicos e defendem os 
ideais republicanos 
 
Nacionalismo: e volta ao passado histórico são 
deixados de lado para enfatizar o presente, o 
contemporâneo 
 
Determinismo: influenciando o homem e a obra 
de arte por 3 fatores: meio, momento e raça (he-
reditariedade) 
 
Degenerescência: Física, Psicológica e Moral 
 
Um filme que tem características do realismo é 
“Quase Deuses” que mostra o tema à ambição, 
preconceito, a intolerância. 
 
Naturalismo 
 
O naturalismo ocorre basicamente na mesma 
época do realismo; alguns dizem que o naturalis-
mo é apenas uma manifestação do realismo mas 
as diferenças são bem visíveis. 
 
O naturalismo tenta explicar que o homem é mo-
dificado pelo ambiente em que vive e que a natu-
reza influi na razão. Diferente do romance realista 
que preza a classe social dominante, o romance 
naturalista preza a comunidade mais pobre. Po-
demos ver isso claramente ao ler a obra o cortiço 
de Aluísio de Azevedo 
 
O Naturalismo surgiu na França, em 1870, com a 
publicação da obra “Germinal” de Émile Zola. O 
livro fala das péssimas condições de vida dos 
trabalhadores das minas de carvão na França do 
século XIX. 
 
Os naturalistas abordam a existência humana de 
forma materialista. O homem é encarado como 
produto biológico passando a agir de acordo com 
seus instintos, chegando a ser comparado com os 
animais (zoomorfização). 
 
 
 
 
 18 
 
 
 
Segundo o Naturalismo, o homem é desprovido 
do livre-arbítrio, ou seja, o homem é uma máqui-
na guiada por vários fatores: leis físicas e quími-
cas, hereditariedade e meio social, além de estar 
sempre à mercê de forças que nem sempre con-
segue controlar. Para os naturalistas, o homem é 
um brinquedo nas mãos do destino e deve ser 
estudado cientificamente. 
 
Características: 
A principal característica do Naturalismo é 
o cientificismo exagerado que transformou o ho-
mem e a sociedade em objetos de experiências. 
Descrições minuciosas e linguagem simples 
Preferência por temas como miséria, adultério, 
crimes, problemas sociais, taras sexuais e etc. A 
exploração de temas patológicos traduz a vonta-
de de analisar todas as podridões sociais e hu-
manas sem se preocupar com a reação do públi-
co. 
Ao analisar os problemas sociais, o naturalista 
mostra uma vontade de reformar a sociedade, ou 
seja, denunciar estes problemas era uma forma 
de tentar reformar a sociedade. 
Esta imagem pode ser considerada como Natura-
lista, pois apresenta problemas sociais que ge-
ralmente é vivido por muitos pobres de hoje em 
dia! 
 
 
 
O Cortiço é um clássico romance do
maranhense 
Aluísio de Azevedo, a segunda versão desse 
marco do naturalismo brasileiro ficou a cargo do 
diretor, roteirista e produtor Francisco Ramalho 
Jr. 
Lei Federal 8.027/ 12 Abril de 1990 
 
O Presidente Da República, faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte lei: 
 
Art. 1º Para os efeitos desta lei, servidor público é 
a pessoa legalmente investida em cargo ou em 
emprego público na administração direta, nas 
autarquias ou nas fundações públicas. 
 
Art. 2º São deveres dos servidores públicos civis: 
 
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições 
legais e regulamentares inerentes ao cargo ou 
função; 
 
II - ser leal às instituições a que servir; 
 
III - observar as normas legais e regulamentares; 
 
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando 
manifestamente ilegais; 
 
V - atender com presteza: 
 
a) ao público em geral, prestando as informações 
requeridas, ressalvadas as protegidas pelo sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para a 
defesa de direito ou esclarecimento de situações 
de interesse pessoal; 
 
VI - zelar pela economia do material e pela con-
servação do patrimônio público; 
 
VII - guardar sigilo sobre assuntos da repartição, 
desde que envolvam questões relativas à segu-
rança pública e da sociedade; 
 
VIII - manter conduta compatível com a moralida-
de pública; 
 
IX - ser assíduo e pontual ao serviço; 
 
X - tratar com urbanidade os demais servidores 
públicos e o público em geral; 
 
XI - representar contra ilegalidade, omissão ou 
abuso de poder. 
 
Parágrafo único. A representação de que trata o 
inciso XI deste artigo será obrigatoriamente apre-
ciada pela autoridade superior àquela contra a 
qual é formulada, assegurando-se ao representa-
do ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes. 
 
 
 
 
 19 
 
 
Art. 3º São faltas administrativas, puníveis com a 
pena de advertência por escrito: 
 
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, 
sem prévia autorização do superior imediato; 
 
II - recusar fé a documentos públicos; 
 
III - delegar a pessoa estranha à repartição, exce-
to nos casos previstos em lei, atribuição que seja 
de sua competência e responsabilidade ou de 
seus subordinados. 
 
Art. 4º São faltas administrativas, puníveis com a 
pena de suspensão por até 90 (noventa) dias, 
cumulada, se couber, com a destituição do cargo 
em comissão: 
 
I - retirar, sem prévia autorização, por escrito, da 
autoridade competente, qualquer documento ou 
objeto da repartição; 
 
II - opor resistência ao andamento de documento, 
processo ou à execução de serviço; 
 
III - atuar como procurador ou intermediário junto 
a repartições públicas; 
 
IV - aceitar comissão, emprego ou pensão de 
Estado estrangeiro, sem licença do Presidente da 
República; 
 
V - atribuir a outro servidor público funções ou 
atividades estranhas às do cargo, emprego ou 
função que ocupa, exceto em situação de emer-
gência e transitoriedade; 
 
VI - manter sob a sua chefia imediata cônjuge, 
companheiro ou parente até o segundo grau civil; 
 
VII - praticar comércio de compra e venda de 
bens ou serviços no recinto da repartição, ainda 
que fora do horário normal de expediente. 
 
Parágrafo único. Quando houver conveniência 
para o serviço, a penalidade de suspensão pode-
rá ser convertida em multa, na base de cinqüenta 
por cento da remuneração do servidor, ficando 
este obrigado a permanecer em serviço. 
 
Art. 5º São faltas administrativas, puníveis com a 
pena de demissão, a bem do serviço público: 
 
I - valer-se, ou permitir dolosamente que terceiros 
tirem proveito de informação, prestígio ou influên-
cia, obtidos em função do cargo, para lograr, dire-
ta ou indiretamente, proveito pessoal ou de ou-
trem, em detrimento da dignidade da função pú-
blica; 
 
II - exercer comércio ou participar de sociedade 
comercial, exceto como acionista, cotista ou co-
manditário; 
 
III - participar da gerência ou da administração de 
empresa privada e, nessa condição, transacionar 
com o Estado; 
 
IV - utilizar pessoal ou recursos materiais da re-
partição em serviços ou atividades particulares; 
 
V - exercer quaisquer atividades incompatíveis 
com o cargo ou a função pública, ou, ainda, com 
horário de trabalho; 
 
VI - abandonar o cargo, caracterizando-se o a-
bandono pela ausência injustificada do servidor 
público ao serviço, por mais de trinta dias conse-
cutivos; 
 
VII - apresentar inassiduidade habitual, assim 
entendida a falta ao serviço, por vinte dias, inter-
poladamente, sem causa justificada no período 
de seis meses; 
 
VIII - aceitar ou prometer aceitar propinas ou pre-
sentes, de qualquer tipo ou valor, bem como em-
préstimos pessoais ou vantagem de qualquer 
espécie em razão de suas atribuições. 
 
Parágrafo único. A penalidade de demissão tam-
bém será aplicada nos seguintes casos: 
 
I - improbidade administrativa; 
 
II - insubordinação grave em serviço; 
 
III - ofensa física, em serviço, a servidor público 
ou a particular, salvo em legítima defesa própria 
ou de outrem; 
 
IV - procedimento desidioso, assim entendido a 
falta ao dever de diligência no cumprimento de 
suas atribuições; 
 
V - revelação de segredo de que teve conheci-
mento em função do cargo ou emprego. 
 
Art. 6º Constitui infração grave, passível de apli-
cação da pena de demissão, a acumulação re-
munerada de cargos, empregos e funções públi-
cas, vedada pela Constituição Federal, estenden-
 
 
 
 20 
 
 
do-se às autarquias, empresas públicas, socieda-
des de economia mista da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, e fundações 
mantidas pelo Poder Público. 
 
Art. 7º Os servidores públicos civis são obrigados 
a declarar, no ato de investidura e sob as penas 
da lei, quais os cargos públicos, empregos e fun-
ções que exercem, abrangidos ou não pela veda-
ção constitucional, devendo fazer prova de exo-
neração ou demissão, na data da investidura, na 
hipótese de acumulação constitucionalmente 
vedada. 
 
§ 1º Todos os atuais servidores públicos civis 
deverão apresentar ao respectivo órgão de pes-
soal, no prazo estabelecido pelo Poder Executivo, 
a declaração a que se refere o caput deste artigo. 
 
§ 2º Caberá ao órgão de pessoal fazer a verifica-
ção da incidência ou não da acumulação vedada 
pela Constituição Federal. 
 
§ 3º Verificada, a qualquer tempo, a incidência da 
acumulação vedada, assim como a não apresen-
tação, pelo servidor, no prazo a que se refere o § 
1º deste artigo, da respectiva declaração de acu-
mulação de que trata o caput, a autoridade com-
petente promoverá a imediata instauração do 
processo administrativo para a apuração da infra-
ção disciplinar, nos termos desta lei, sob pena de 
destituição do cargo em comissão ou função de 
confiança, da autoridade e do chefe de pessoal. 
 
Art. 8º Pelo exercício irregular de suas atribuições 
o servidor público civil responde civil, penal e 
administrativamente, podendo as cominações 
civis, penais e disciplinares cumular-se, sendo 
umas e outras independentes entre si, bem assim 
as instâncias civil, penal e administrativa. 
 
§ 1º Na aplicação das penas disciplinares defini-
das nesta lei, serão consideradas a natureza e a 
gravidade da infração e os danos que dela provie-
rem para o serviço público, podendo cumular-se, 
se couber, com as cominações previstas no § 4º 
do
art. 37 da Constituição. 
 
§ 2º A competência para a imposição das penas 
disciplinares será determinada em ato do Poder 
Executivo. 
 
§ 3º Os atos de advertência, suspensão e demis-
são mencionarão sempre a causa da penalidade. 
 
§ 4º A penalidade de advertência converte-se 
automaticamente em suspensão, por trinta dias, 
no caso de reincidência. 
 
§ 5º A aplicação da penalidade de suspensão 
acarreta o cancelamento automático do valor da 
remuneração do servidor, durante o período de 
vigência da suspensão. 
 
§ 6º A demissão ou a destituição de cargo em 
comissão incompatibiliza o ex-servidor para nova 
investidura em cargo público federal, pelo prazo 
de cinco anos. 
 
§ 7º Ainda que haja transcorrido o prazo a que se 
refere o parágrafo anterior, a nova investidura do 
servidor demitido ou destituído do cargo em co-
missão, por atos de que tenham resultado prejuí-
zos ao erário, somente se dará após o ressarci-
mento dos prejuízos em valor atualizado até a 
data do pagamento. 
 
§ 8º O processo administrativo disciplinar para a 
apuração das infrações e para a aplicação das 
penalidades reguladas por esta lei permanece 
regido pelas normas legais e regulamentares em 
vigor, assegurado o direito à ampla defesa. 
 
§ 9º Prescrevem: 
 
I - em dois anos, a falta sujeita às penas de ad-
vertência e suspensão; 
 
II - em cinco anos, a falta sujeita à pena de de-
missão ou à pena de cassação de aposentadoria 
ou disponibilidade. 
 
§ 10. A falta, também prevista na lei penal, como 
crime, prescreverá juntamente com este. 
Art. 9º Será cassada a aposentadoria ou a dispo-
nibilidade do inativo que houver praticado, na 
ativa, falta punível com demissão, após apurada a 
infração em processo administrativo disciplinar, 
com direito à ampla defesa. 
 
Parágrafo único. Será igualmente cassada a dis-
ponibilidade do servidor que não assumir no pra-
zo legal o exercício do cargo ou emprego em que 
for aproveitado. 
 
Art. 10. Essa lei entra em vigor na data de sua 
publicação. 
 
Art. 11. Revogam-se as disposições em contrário. 
 
Decreto Federal n° 1.171/ 22 de Junho de 1994 
 
 
 
 21 
 
 
 
O presidente da república, no uso das atribuições 
que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda 
tendo em vista o disposto no art. 37 da Constitui-
ção, bem como nos arts. 116 e 117 da Lei n° 
8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 
10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 
1992, 
 
DECRETA: 
 
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissio-
nal do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal, que com este baixa. 
 
Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração 
Pública Federal direta e indireta implementarão, 
em sessenta dias, as providências necessárias à 
plena vigência do Código de Ética, inclusive me-
diante a Constituição da respectiva Comissão de 
Ética, integrada por três servidores ou emprega-
dos titulares de cargo efetivo ou emprego perma-
nente. 
 
Parágrafo único. A constituição da Comissão de 
Ética será comunicada à Secretaria da Adminis-
tração Federal da Presidência da República, com 
a indicação dos respectivos membros titulares e 
suplentes. 
 
Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua 
publicação. 
 
Das Regras Deontológicas 
 
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a 
consciência dos princípios morais são primados 
maiores que devem nortear o servidor público, 
seja no exercício do cargo ou função, ou fora 
dele, já que refletirá o exercício da vocação do 
próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos 
e atitudes serão direcionados para a preservação 
da honra e da tradição dos serviços públicos. 
 
II - O servidor público não poderá jamais despre-
zar o elemento ético de sua conduta. Assim, não 
terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o 
justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, 
o oportuno e o inoportuno, mas principalmente 
entre o honesto e o desonesto, consoante as 
regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Cons-
tituição Federal. 
 
III - A moralidade da Administração Pública não 
se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo 
ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o 
bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a 
finalidade, na conduta do servidor público, é que 
poderá consolidar a moralidade do ato administra-
tivo. 
 
IV- A remuneração do servidor público é custeada 
pelos tributos pagos direta ou indiretamente por 
todos, até por ele próprio, e por isso se exige, 
como contrapartida, que a moralidade administra-
tiva se integre no Direito, como elemento indisso-
ciável de sua aplicação e de sua finalidade, eri-
gindo-se, como conseqüência, em fator de legali-
dade. 
 
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público 
perante a comunidade deve ser entendido como 
acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como 
cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse 
trabalho pode ser considerado como seu maior 
patrimônio. 
 
VI - A função pública deve ser tida como exercício 
profissional e, portanto, se integra na vida particu-
lar de cada servidor público. Assim, os fatos e 
atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua 
vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu 
bom conceito na vida funcional. 
 
VII - Salvo os casos de segurança nacional, in-
vestigações policiais ou interesse superior do 
Estado e da Administração Pública, a serem pre-
servados em processo previamente declarado 
sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qual-
quer ato administrativo constitui requisito de efi-
cácia e moralidade, ensejando sua omissão com-
prometimento ético contra o bem comum, imputá-
vel a quem a negar. 
 
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servi-
dor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que con-
trária aos interesses da própria pessoa interessa-
da ou da Administração Pública. Nenhum Estado 
pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder cor-
ruptivo do hábito do erro, da opressão ou da men-
tira, que sempre aniquilam até mesmo a dignida-
de humana quanto mais a de uma Nação. 
 
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tem-
po dedicados ao serviço público caracterizam o 
esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa 
que paga seus tributos direta ou indiretamente 
significa causar-lhe dano moral. Da mesma for-
ma, causar dano a qualquer bem pertencente ao 
patrimônio público, deteriorando-o, por descuido 
ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa 
ao equipamento e às instalações ou ao Estado, 
mas a todos os homens de boa vontade que de-
 
 
 
 22 
 
 
dicaram sua inteligência, seu tempo, suas espe-
ranças e seus esforços para construí-los. 
 
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à 
espera de solução que compete ao setor em que 
exerça suas funções, permitindo a formação de 
longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso 
na prestação do serviço, não caracteriza apenas 
atitude contra a ética ou ato de desumanidade, 
mas principalmente grave dano moral aos usuá-
rios dos serviços públicos. 
 
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção 
às ordens legais de seus superiores, velando 
atentamente por seu cumprimento, e, assim, evi-
tando a conduta negligente. Os repetidos erros, o 
descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às 
vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até 
mesmo imprudência no desempenho da função 
pública. 
 
XII - Toda ausência injustificada do servidor de 
seu local de trabalho é fator de desmoralização 
do serviço público, o que quase sempre conduz à 
desordem nas relações humanas. 
 
XIII

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