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Apostila_Camara_RJ_Assistente_Web_Designer_v2/Apostilas/Atualidades.pdf Atualidades 2 Desenvolvimento Sustentável O desenvolvimento sustentável é um conceito elaborado para fazer referência ao meio ambiente e à conservação dos recursos naturais. Entende-se por desenvolvimento sustentável a capacidade de utilizar os recursos e os bens da natureza sem comprometer a disponibilidade desses elementos para as gerações futuras. Isso significa adotar um padrão de consumo e de aproveitamento das matérias-primas extraídas da natureza de modo a não afetar o futuro da huma- nidade, aliando desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental. Sabemos que existem os recursos naturais não renováveis, ou seja, aqueles que não podem re- novar-se naturalmente ou pela intervenção hu- mana, tais como o petróleo e os minérios; e que também existem os recursos naturais renováveis. No entanto, é errôneo pensar que esses últimos sejam inesgotáveis, pois o seu uso indevido po- derá extinguir a sua disponibilidade na natureza, com exceção dos ventos e da luz solar, que não são diretamente afetados pelas práticas de explo- ração econômica. Dessa forma, é preciso adotar medidas para con- servar esses recursos, não tão somente para que eles continuem disponíveis futuramente, mas também para diminuir ou eliminar os impactos ambientais gerados pela exploração predatória. Assim, o ambiente das florestas e demais áreas naturais, além dos cursos d'água, o solo e outros elementos necessitam de certo cuidado para con- tinuarem disponíveis e não haver nenhum tipo de prejuízo para a sociedade e o meio ambiente. A História Do Conceito De Desenvolvimento Sustentável O conceito de desenvolvimento sustentável foi oficialmente declarado na Conferência das Na- ções Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em 1972, na cidade de Estocolmo, Sué- cia, e, por isso, também chamada de Conferência de Estocolmo. A importância da elaboração do conceito, nessa época, foi a de unir as noções de crescimento e desenvolvimento econômico com a preservação da natureza, questões que, até então, eram vistas de forma separada. Em 1987, foi elaborado o Relatório “Nosso Futuro Comum”, mais conhecido como Relatório Brund- tland, que formalizou o termo desenvolvimento sustentável e o tornou de conhecimento público mundial. Em 1992, durante a ECO-92, o conceito “satisfazer as necessidades presentes, sem com- prometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades” tornou-se o eixo principal da conferência, concentrando os esforços internacionais para o atendimento dessa premissa. Com esse objetivo, foi elaborada a Agenda 21, com vistas a diminuir os impactos gerados pelo aumento do consumo e do crescimento da eco- nomia pelo mundo. Medidas Sustentáveis Dentre as medidas que podem ser adotadas tanto pelos governos quanto pela sociedade civil em geral para a construção de um mundo pautado na sustentabilidade, podemos citar: - redução ou eliminação do desmatamento; - reflorestamento de áreas naturais devastadas; - preservação das áreas de proteção ambiental, como reservas e unidades de conservação de matas ciliares; - fiscalização, por parte do governo e da popula- ção, de atos de degradação ao meio ambiente; - adoção da política dos 3Rs (reduzir, reutilizar e reciclar) ou dos 5Rs (repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar); - contenção na produção de lixo e direcioná-lo corretamente para a diminuição de seus impac- tos; - diminuição da incidência de queimadas; - diminuição da emissão de poluentes na atmos- fera, tanto pelas chaminés das indústrias quanto pelos escapamentos de veículos e outros; - opção por fontes limpas de produção de energia que não gerem impactos ambientais em larga e média escala; 3 - adoção de formas de conscientizar o meio políti- co e social das medidas acimas apresentadas. Essas medidas são, portanto, formas viáveis e práticas de se construir uma sociedade sustentá- vel que não comprometa o meio natural tanto na atualidade quanto para o futuro a médio e longo prazo. Ecologia Definição e objeto de estudo Ecologia é uma ciência (ramo da Biologia) que estuda os seres vivos e suas interações com o meio ambiente onde vivem. É uma palavra que deriva do grego, onde “oikos” significa casa e “logos” significa estudo. A Ecologia também se encarrega de estudar a abundância e distribuição dos seres vivos no pla- neta Terra. Importância Esta ciência é de extrema importância, pois os resultados de seus estudos fornecem dados que revelam se os animais e os ecossistemas estão em perfeita harmonia. Numa época em que o desmatamento e a extin- ção de várias espécies estão em andamento, o trabalho dos ecologistas é de extrema importân- cia. Através das informações geradas pelos estudos da Ecologia, o homem pode planejar ações que evitem a destruição da natureza, possibilitando um futuro melhor para a humanidade. Principais Ramos Por se tratar de uma ciência ampla, a Ecologia apresenta vários ramos de estudo e pesquisa. Os principais são: Autoecologia, Sinecologia (Ecologia Comunitária), Demoecologia (Dinâmica das Populações), Macroecologia, Ecofisiologia (Ecologia Ambiental) e Agroecologi- a. Importância da Ecologia A importância da ecologia está diretamente liga- do a preservação ambiental. O cuidado com o meio ambiente deve ser uma preocupação de todos e que, ao olhar o problema, é preciso fazer com que a preservação se combine com ações que permitam o desenvolvimento, pois é ele que traz benefícios para a população, gerando em- prego e renda. Alguns sugerem que o primeiro texto ecológico (Natural History of Selborne) foi publicado em 1789, por Gilbert White(1720–1793). O primeiro livro ecológico da América foi publica- do em 1905 por Frederic Edward Clements. No livro, Clements passa a ideia que as comuni- dades de plantas são como superorganismos. Essa publicação lança o debate entre o holismo ecológico e individualismo que durou até a déca- da de 1970. O conceito de Clements para superorganismo propõem quem os ecossistemas progridem por um regulado e determinado estágio de desenvol- vimento, análogo ao estágios de desenvolvimento de um organismo, cujas partes função para man- ter a integridade do todo. O paradigma de Clements foi desafiado por Henry Gleason. De acordo com Gleason, comunidades ecológicas se desenvolvem a partir da associação única de organismos individuais. Essa mudança de percepção colocado o foco para as histórias de vida de organismos individu- ais e como isso se relaciona com o desenvolvi- mento de comunidades. A teoria de superorganismo de Clements não foi completamente rejeitada, mas alguns sugerem que ela foi uma aplicação além do limite do ho- lismo. Holismo continua a ser uma parte crítica da fun- damentação teórica contemporânea em estudos ecológicos. 4 Holismo foi primeiro introduzido em 1926 por uma polarizada figura histórica, um general da África do Sul chamado Jan Christian Smuts. Smuts foi inspirado pela teoria de superorganismo de Clement's e desenvolveu e publicou o conceito de holismo, que contrasta com a visão politica do seu pai sobre o Apartheid. Quase ao mesmo tempo, Charles Eltonpioneiro no conceito de cadeias alimentares no livro "Ani- mal Ecology". Elton definiu relações ecológicas usando concei- tos de cadeias alimentares, ciclos de alimentos, o tamanho de alimentos, e descreveu as relações numéricas entre os diferentes grupos funcionais e suas relativas abundâncias. 'Ciclos alimentares' foram substituídos por 'teias tróficas em posteriores textos ecológicas um texto posterior ecológica. Ecologia desenvolveu-se em muitas nações, in- cluindo na Rússia com Vladimir Vernadsky que fundou o conceito de biosfera na década de 1920 ou Japão com Kinji Imanishi e seu conceito de harmonia na natureza e segregação de habitat na década de 1950. O reconhecimento científico ou a importância das contribuições para a ecologia de outras culturas é dificultada por barreiras linguísticas e de tradu- ção. Técnologia Atual Quando se trata de tecnologia atual, surgem vá- rias vertentes sobre esse tema. Desde seu surgimento até os dias de hoje, esse meio que vem conquistando o mercado em diver- sas áreas e atividades, dessa forma tornou-se essencial para o desenvolvimento e crescimen- to das empresas, tal como o uso pessoal. Através de web sites e redes sociais, esse mundo virtual nos possibilita atualizações instantâneas de informações, onde em questão de segundos, vários conteúdos são expostos para todos que estão conectados. Antigamente desenvolvia-se gradativamente, aos poucos ia conquistando espaço na sociedade, hoje é totalmente diferente. Estamos sujeitos a um avanço tecnológico muito rápido, na qual adquirimos um produto tecnológi- co, na espera do lançamento de um modelo mais atualizado. Enfim, essa modernização é bastante eficaz no nosso cotidiano, cabe a nós utilizar a melhor e mais produtiva maneira. Atualmente a tecnologia tem um grande valor e importância na vida das pessoas. Enquanto estamos no computador, ou assistindo televisão, ou quando nos alimentamos, de uma maneira ou outra usamos a tecnologia. Também o combustível para transportar os ali- mentos, quando temos problemas de saúde a tecnologia ajuda, como os tratamentos que fazem uso de células-tronco e podem regenerar órgãos e tecidos. Quando nos comunicamos pela internet ou bus- camos informações das quais necessitamos rapi- damente, estamos fazendo uso da tecnologia desenvolvida pela ciência, fruto de muita pesqui- sa científica. Porém as pessoas deixam de viver com saúde ficando em um Sedentarismo, o aumento do nível de desenvolvimento tecnológico contribui para as pessoas realizarem tarefas mais facilitadas. Isso faz com que o ser humano, fique robotizado e dependente do material que usa. A tecnologia facilita o acesso a opções que antes eram inacessíveis, mas também, aproxima de um mundo onde quase não existem esforços físicos para conseguir o que se deseja. A facilidade de acesso da população à tecnologia pode romper barreiras que antes eram quase impossíveis de serem ultrapassadas. Um exem- plo claro são os estudantes. Antes, para a realização de um trabalho escolar, era necessário que ele se locomovesse até uma biblioteca para pesquisar. Atualmente é só entrar na internet está tudo pronto... Um trabalho que antes demorava horas para ser feito, hoje em poucos minutos já está pronto. Mas até quando a tecnologia utilizada nos dias atuais pode ser um ponto positivo? 5 A forma ideal para convivermos com os artefatos tecnológicos positivamente, é saber moderar a utilização de maneira coerente e criativa, deixan- do com que eles nos auxiliem, mas não compro- metam a nosso estilo de viver e de pensar. Afinal, vivemos no mundo globalizado, mas preci- samos ter idéias próprias e saber caminhar com as próprias pernas. Energia Os recursos energéticos são o foco dos interesses estatais, gerando disputas geopolíticas desde a primeira Revolução Industrial. Na segunda metade do século XX, com a expansão do meio urbano-industrial, principalmente, na Améri- ca Latina e Sudeste Asiático e, consequentemente, o crescimento populacional, houve o aumento expo- nencial da demanda energética. Nos últimos anos, a questão energética traz novas discussões: agências internacionais, estados e a sociedade, geram debate sobre consumo, recursos naturais, mudanças climáticas e, principalmente, a segurança energética dos países mais ricos. Antes de tudo, é importante conhecer os diferentes tipos de fontes de energia. Podemos classificá-las em renováveis e não renováveis; primárias e secun- dárias; convencionais e alternativas. Renováveis → Têm capacidade de se regenerar em um tempo curto, tornando-a inesgotável. Ex.: Biomassa (óleos/biodiesel a partir de cana-de- açúcar, mamona, girassol, entre outros). Não Renováveis → Oriundas de matéria orgânica decomposta por milhões de anos, não havendo tempo hábil para serem formados para uso humano. Ex.: Petróleo, gás natural e carvão. Primárias → Quando utilizamos diretamente para geração de calor/energia. Ex.: Lenha queimada para uso doméstico. Secundárias → Utiliza-se um meio de energia para obter outro. Ex.: Usina Nuclear enriquece o Urânio para aquecer a água e mover as turbinas, gerando energia elétri- ca. Convencionais → São as energias base da socie- dade contemporânea. Ex.: Petróleo, gás natural, carvão e hidroelétricas. Alternativas → Constituem uma alternativa ao mo- delo energético decorrente dos últimos dois séculos, sua introdução diversifica a matriz de energia dos países, aumentando sua segurança e seu desen- volvimento econômico e ambiental. Ex.: Solar, Eólica, Geotérmica e Maremotriz. Apesar dos avanços tecnológicos das últimas quatro décadas, proporcionados pela Revolução Técnico- Científico Informacional, o principal recurso da matriz energética é o mesmo desde a Segunda Revolução Industrial (1850) – o petróleo – tendo o carvão como segundo maior demanda e o gás natural em terceiro. Neste caso, apesar dos investimentos em fontes alternativas – solar, eólica, geotérmica, mantêm-se os combustíveis fósseis como a principal forma de obtenção de energia em nível mundial. Esquema com matriz energética mundial (Foto: Revista Escola) Combustíveis fósseis são originados a partir da de- composição de restos de seres vivos, depositados em partes mais baixas da crosta terrestre. Neste caso, podemos perceber que cerca de 85% da matriz energética mundial é baseada em recursos 6 finitos, emitindo cada vez mais CO2na atmosfera, alterando as condições climáticas do planeta. É importante frisar que há esforços em investir e aumentar o consumo de energia proveniente de fontes renováveis como a solar e a eólica. Países como Estados Unidos, China e Alemanha investem cada vez mais em pesquisas para tornar mais eficiente a captação e a distribuição de energia originada pelo vento e sol. Já no Brasil, diferente da mundial, observamos que a matriz energética nacional é diversificada, tendo quase metade dela proporcionada por fontes reno- váveis, como a hidrelétrica e biomassa (conhecida como biodiesel). Gráfico com matriz energética brasileira A diversificação demonstra que o Brasil está inserido neste novo cenário de mudanças e discussões so- bre o clima e o desenvolvimento sustentável, já que busca alternativas à importação, extração e uso em larga escala de energias não-renováveis, como o petróleo, gás natural e carvão. Investimentos em produção de biocombustíveis a partir da cana-de-açúcar e na construção de usinas hidrelétricas, principalmente, na região Norte, trazem o Brasil para um patamar de um dos países com matriz energética mais limpa do mundo. Quase tudo que fazemos e usamos hoje passa por algum gasto de energia. Ir à escola ou ao trabalho, assistir à televisão, cozinhar, tomar banho, em tudo há gasto energético. Todavia, existem diferentes formas de sua produção, distribuição e consumo, tanto de combustíveis, como de energia elétrica. A maioria dos transportes são movidos a partir de óleos refinados do petróleo (gasolina, diesel e que- rosene) sendo, então, o maior consumidor da indús- tria petrolífera. É, por isso que, uma entre diversas dificuldades em programar sistemas eficientes de transporte público – como metrôs, trens, ciclovias etc – além da intro- dução e barateamento de carros híbridos, que tam- bém são movidos à eletricidade, são originados pelas indústrias petroquímicas, que influenciam as ações governamentais na área energética. Dessa maneira, das 25 maiores empresas do mun- do em 2013, mais da metade é vinculada ao setor de energia. Podemos adquirir de diversas maneiras a energia elétrica que abastece nossas residências, parques industriais e prédios públicos. Pode-se obter pelas hidrelétricas, com o represamento d‟água, gerando quedas para fluir entre as turbinas. Também temos as termoelétricas – usinas que ge- ram energia a partir do aquecimento de grande quantidade de água pela queima de gás natural, biomassa e Urânio enriquecido. Além, obviamente, das novas fontes limpas – solar, eólica, geotérmica, maremotriz, etc. Educação: conheça as etapas do processo de tratamento da água Vale lembrar que a demanda energética vai crescer nos próximos anos, principalmente, nos chamados países emergentes, como China, Índia, Brasil, África do Sul, entre outros. O avanço do meio urbano, do potencial industrial e da população vai incrementar essas áreas como novas grandes consumidoras, principalmente de petróleo e energia elétrica. Contudo, os EUA ainda terão grande parcela na produção e no consumo da energia do mundo. Estes, inclusive, vêm investindo maciçamente em novas fontes de energia para se tornarem indepen- dentes, principalmente, dos exportadores de petró- leo do Oriente Médio, Rússia e Venezuela. Gráfico informativo sobre o futuro da energia. 7 Assim, o tabuleiro geopolítico vai se movimentando, conforme os interesses em investir, importar e expor- tar energia a partir de diversas fontes existentes. O mundo vem passando por transformações, sobre- tudo, no meio ambiental, tornando os novos meios de energia essenciais para todos os países, o que possibilita a segurança econômica e social em todo planeta. Política Além de ter enfrentado situações inesperadas, criadas por seus próprios aliados, o governo fede- ral se equilibra diante do quadro mundial da eco- nomia. As situações políticas, advindas da judicialização de vários temas, por ineficiência legislativa, criam espaços de indefinição. -Políticos e ex-governantes expostos a julgamen- tos criminais ou a acusações de seus próprios parceiros já criaram boas dores de cabeça no ano que se encerrou. Ameaças e bravatas são bradadas pelos acusa- dos ou culpados, que deveriam apresentar uma autocritica a toda a população, por terem usado indevidamente as prerrogativas dadas pelos elei- tores. E muito dinheiro público, também. Algumas situações beiram o ridiculo, dada a mesquinharia envolvida, e que demonstra o des- preparo dos representantes eleitos, via de regra, no trato dos temas públicos, por ausência de pos- tura ética, por voracidade, por ambição, e por falta de consciência do que seria a gestão pública ou a elaboração de políticas públicas, efetivamen- te voltadas às demandas legítimas e pertinen- tes, da sociedade. Alguns tópicos falam por si e comprovam a pobre fase política por que passa o Brasil, e a pequena visão de Estado, direitos e deveres, que assola os três poderes da República. -Em algumas instâncias estatais brasileiras paga- se auxílio moradia, no valor de R$ 4.000,00 men- salmente, a vários funcionários públicos. A saúde com problemas seríssimos, a educação com salários a desejar, a segurança com carên- cias, e valores elevados são gastos com quem já recebe bons ganhos dos cofres públicos. -Enquanto isso, o reajuste dado ao salário mínimo foi de um pouco mais de 9%, mas para o salário mínimo dos aposentados deste Brasil das dife- renças, foi de 6%. Aposentados têm menos necessidades, apesar de muito mais idade?Justamente na fase da vida que as pessoas necessitam mais remédios, e mereceriam um pouco de paz e tranquilidade para tentar curtir um espaço conquistado com muitos anos de muito trabalho. Compare-se com outros reajustes de ganhos de funcionários governamentais e estatais! Aposentados vêm recebendo sistematicamente reajustes menores que qualquer categoria profis- sional, privada ou estatal. Os vales para a cultura, no valor de R$ 50,00 mensais, não são destinados a aposentados! -Em 10 anos, de 2002 a 2012 foram gastos mais de 250 milhões de dólares, ou 500 milhões de reais, pelos detentores de cartões de crédito, sabem de quem, exatamente, de servidores pú- blicos federais muitos desses gastos cobertos por sigilo, por segurança (!). A insensibilidade de Brasília toma conta dos go- vernantes, que começam a discursar para aque- las platéias de aplausos fáceis, de empregados públicos bem pagos e alimentados pelos dinhei- ros daquela cidade que é a Corte brasileira. O Brasil foi fundado pela Corte portuguesa, e a nossa Capital continua sendo a sede dos felizar- dos, com a maior média salarial do país. Mentiras e mitos formaram este Brasil de casa grande e senzala, sendo Brasilia a casa grande, a sede dos senhores de engenho, dos donatários das capitanias hereditárias. Dos ganhos expressivos pagos pelos contribuin- tes e dos impostos altos para sugar os baixos salários de toda a nação. A senzala é a vida nos municípios, sempre com o chapéu na mão para atender as necessidades da cidadania, pois todas as pessoas vivem em algum município. -Desperdícios bilhonários com o dinheiro dos contribuintes, obras de usinas de geração de energia paradas há 25 anos, e o Brasil anuncian- do que em 2014 haverá aumento da conta de 8 energia elétrica por uso de usinas termoelétricas. Enquanto isso nada se faz nos municípios para que todas as casas tivessem painéis fotovoltaicos para geração barata de energia elétrica, sem poluição da queima de combustíveis fósseis. -Ainda se discute se um politico que roubou R$8 milhões de uma Assembléia Legislativa, conde- nado, deve ou não ir já para a cadeia. -Suplente de Deputado Federal assume vaga do titular, mesmo estando condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa, a quase 7 anos de cadeia, em regime semiaberto. -Durante muitos meses, anos, o Senado da Re- publica deixou de descontar Imposto de Renda dos ganhos mensais(15 salários/ano) dos Sena- dores. Agora, cobrado pela Receita Federal o Senado pretende pagar a dívida de IR com recursos pú- blicos do Congresso Nacional, dos impostos, quando deveria era descontar dos salários men- sais dos Senadores, assim como todos os traba- lhadores assalariados deste injusto, e desigual Brasil. -Mais de 3.000 vetos do executivo federal estão há muitos anos aguardando apreciação da Câma- ra dos Deputados. -Em janeiro de 2013 a Câmara dos Deputados está comprando centenas de tablets para aqueles legisladores, que já tinham notebooks em suas bancadas de trabalho, e muitos outros equipa- mentos modernos em seus gabinetes. Ou o Brasil acaba com a corrupção e a injustiça, ou a injustiça e a corrupção condenarão o Brasil a se eternizar como um país de terceira categoria. Mas que cobra impostos de primeira e gasta co- mo se fosse uma nação rica e sem problemas sociais. Economia A economia atual nunca esteve tão interligada, oscilações financeiras ocorridas no Japão, podem refletir diretamente em outros países no globo, tudo isso devido à globalização que praticamente eliminou fronteiras comerciais entre os países, permitindo assim que determinado país adquira produtos com menor custo em outras regiões do globo com base nas suas vantagens comparati- vas, no exemplo citado o Japão tem grande ca- pacidade tecnológica que permite a exportação de eletrônicos a um custo mais baixo caso fosse produzido, por exemplo, no Brasil. O Brasil é visto por muitos como um país muito resistente as crises financeiras que assolaram o mundo nos últimos anos, como por exemplo, a crise imobiliária que assolou os Estados Unidos em 2008 foi sentida de maneira pouco impactante no Brasil, as políticas de incentivo ao consumo interno fizeram com que o país crescesse mesmo durante a crise. O país possui um mercado consolidado tanto para importações como para exportações, os investimentos estrangeiros também merecem destaque, com o selo de “grau de investimento seguro” cada vez mais empresas investem no Brasil, em sua grande maioria com lucros e retor- nos garantidos, isso facilita a aquisição de produ- tos importados mais baratos como, por exemplo, eletrônicos e roupas, bem como viagens para o exterior, mas a longo prazo pode diminuir a com- petição entre empresas nacionais e consequente diminuição dos postos de trabalho. A solidez da economia atual no território brasileiro está relacionada diretamente a rígidas políticas financeiras para controle de inflação, manutenção do desemprego, câmbio flutuante, entre outros. Vale ressaltar a importância das políticas sociais e adequação do salário mínimo com base na inflação dos anos anteriores como ferramenta de diminuição da miséria do país, que ainda apre- senta uma distribuição muito desigual. O aumento da renda per capita do brasileiro vai depender de uma política que invista em setores que combatam a desigualdade econômica: edu- cação e saúde. Com a aplicação correta das riquezas provenien- tes do PIB o Brasil tende a ser tornar uma potên- cia econômica e de qualidade de vida. Sociedade Os humanos são classificados como Homo Sapi- ens (Em latim significa Homem Sábio, Homem Racional) e ambos pertencem à família dos chim- panzés, (macacos e gorilas), o ser humano está definido em termos biológicos, sociais e pela sua consciência. Os humanos possuem uma postura unicamente sua e diferente da dos animais, pois a mente hu- mana possui inúmeros atributos e a inteligência 9 que varia conforme o grau de evolução de cada um. O ser humano possui diferentes papéis para com a sociedade, muitos se encontram onde deveriam estar, ambos pertencem a um grupo social, sejam eles: família, a escola, o trabalho, entre outros. Tendem a sair do seu egocentrismo, individuali- dades para se integrar em meio à sociabilidade. A vida em sociedade traz diferentes contextos, o ser humano tende sair da sua disputa pelos bens materiais, disputa essa que engloba em seus universos próprios desejos maternais de onde a necessidade de regras é geral. E cada pessoa possui para si valores intrínsecos, portanto não cabe falar sobre amor, ódio, conhe- cimento, intelectualidade. Porém a sociedade atual dita suas regras e a mídia cria estereótipos que nem sempre condi- zem com a situação atual de cada pessoa, pois cada um vive em condições diferentes das que a mídia prega. O ser humano cria seu universo próprio de dese- jos, vontades, objetivos e valores. A psicologia assim como a filosofia tenta estudar o comportamento humano assim como seus as- pectos mentais. Desde a gestação, nos é atribuído ao corpo o que chamamos de alma, ou espírito, assim sendo no momento da morte vai-se o corpo permanece a alma. A sociedade atual encontra-se literalmente perdi- da, seja pela falta de segurança, pela violência que é excessiva, pela falta de maiores informa- ções, pelo desamor, pela falta de fé e pelos prin- cípios estes que não mais existem. O ser humano vive diante de uma situação a qual desperta medo, insegurança e destrói diante de si as perspectivas que muitos criam perante a vida e o futuro. Muito se fala sobre o ser humano, mas poucos se fazem por entender sua essência, seu íntimo. Ele vai muito além de corpo, alma e coração. Ele nada mais é que concepções as quais temos ou formamos e que tradicionalmente venham a sofrer transformações sejam elas físicas, psíqui- cas ou emocionais. Muitos são seus componentes, mas alguns são de fato notáveis: um ser social, crítico, integrado, comunicativo e limitado, assim se resume o ser humano que vive e desfruta da sociedade atual. Quem é o ser humano de hoje em dia? O que é o ser humano? Ele nada mais é que um ser dotado de personalidade que possui componentes bioló- gicos e genéticos, a sua estrutura psicológica, sua dimensão que pode ser cognitiva ou expres- siva, possui um campo espiritual e ao mesmo tempo sensitivo, as suas relações de fraternidade, afetividade, dignidade, além de seus tantos outros campos que se baseiam na lei de ação e reação. Embora muitos sejam de fato assim, existem ou- tros tantos que com sua frieza chocam, com seus atos criam suas próprias prisões, por exemplo: “É o caso da madrasta Vanessa Santos Martins, que foi condenada a 22 anos e oito meses de reclu- são social pela morte do enteado Allan David de Andrade Garcia, crime praticado no ano passado quando a criança tinha apenas 4 anos de idade. “É o caso também da Isabela Nardoni, dentre muitos outros que transcorrem mundo a fora”. Por muitas vezes o ser humano não sabe se ex- pressar de acordo com suas vontades e crenças, não sabe criar e manter relacionamentos simples e ao mesmo tempo duradouros, profundos. Muitas vezes a percepção e a distinção do certo e errado lhe fogem entre as mãos e quando isso acontece, muitos se deparam com o erro. Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Tudo isso variavelmente se baseia nos seus atos, de onde viemos todos sabem, mas para onde vamos cabe a você escolher. Uma das principais características da sociedade atual é o fato desta ser marcada por profundas transformações: a rapidez de informações e o avanço de novas tecnologias modificaram o modo de pensar e de viver das pessoas. Atualmente, as regras e valores já não possuem mais a mesma rigidez de cinqüenta anos atrás. Vivemos em um tempo de quebra de modelos e paradigmas. 10 Se na época de Freud, a repressão sexual propi- ciava o aparecimento das neuroses obsessivas e patologias histéricas, com certeza hoje o panora- ma é outro. A exaltação da liberdade, desejo e satisfação pessoal que conhecemos hoje sejam para esco- lher o relacionamento amoroso ou opção profis- sional nem sempre existiu desse modo. Parte disso se deve ao fato de que historicamente o ser humano tem se desenvolvido cada vez mais rumo à individualidade. Para Foucault (1987), até o período feudal, a individualidade dependia da posição social, desse modo, individualidade era um privilégio do rei que era considerado indivíduo por excelência, ao pas- so que os servos, por não serem donos de si mesmo, não eram vistos como indivíduos. Neste sentido, a individualidade passou a ser uma marca da realidade da sociedade atual, e representa uma conquista da humanidade. Con- quista esta, que defende o direito da singularida- de de cada um. As pessoas têm encontrado diferentes formas de constituírem suas famílias, estabelecerem seus acordos de relacionamentos e até mesmo de trabalho. Este panorama atual favorece um sentimento de insegurança, vazio e ansiedade que em parte pode explicar o aumento das chamadas “doenças da contemporaneidade,” como síndrome do pâni- co e os diferentes tipos de ansiedades e depres- sões. Apesar, da individualidade, representar um ganho à sociedade, ela não deixa de causar sofrimento, afinal isto implica em ter consciência de si, gera preocupação, culpa, dúvidas e incertezas, e a- güentar tudo isso exige certa maturidade. Cabe dizer que a individualidade da qual me refiro nada tem a ver com egoísmo ou individualismo, trata-se de um processo de amadurecimento hu- mano no qual o sujeito desenvolve-se rumo a torna-se um, capaz de ter responsabilidade e constituir sua vida a partir de si - mesmo. Segundo o olhar psicanalítico o homem precisa passar por um longo processo de desenvolvimen- to para torna-se indivíduo e ser capaz de se rela- cionar de forma efetiva com os outros e com o mundo, e esta conquista é um sinal de saúde mental. Sendo assim, não tem escapatória: atualmente cada um tem a difícil missão de encontrar seu modo pessoal e próprio de ser, viver e contribuir com o mundo a partir de sua singularidade! Relações Internacionais As Relações Internacionais (abreviadas co- mo RI ou REL) visam ao estudo sistemático das relações políticas, econômicas e sociais entre diferentes países cujos reflexos transcendam as fronteiras de um Estado, as empresas, tenham como locus o sistema internacional. Entre os atores internacionais, destacam-se os Estados, as empresas transnacionais, as organi- zações internacionais e as organizações não- governamentais. Pode se focar tanto na política externa de deter- minado Estado, quanto no conjunto estrutural das interações entre os atores internacionais. Além da ciência política, as Relações Internacio- nais mergulham em diversos campos como a Economia, aHistória, o Direito internacional, a Filosofia, a Geografia, a Sociologia, a Antropologia, a Psicologia e estudosculturais. Envolve uma cadeia de diversos assuntos inclu- indo mas não limitados a: globalização, soberani- a, sustentabilidade, proliferação nuclear, nacio- nalismo, desenvolvimento econômico, sistema financeiro , terrorismo/antiterrorismo, crime orga- nizado, segurança humana, intervencionismo e direitos humanos. As Relações Internacionais surgem como um domínio teórico da Ciência Política no período imediatamente posterior à 1ª Guerra Mundial. Usualmente, se reporta ao Royal Institute of In- ternational Affairs, fundado em 1920, o pioneiris- mo no estudo exclusivo às relações internacio- nais. No mesmo período, aLondon School of E- conomics inauguraria um Departamento de Rela- ções Internacionais, que posteriormente seria importante para a construção de teorias da escola inglesa de relações internacionais. O primeiro programa de Doutorado em Relações Internacionais do Brasil foi criado em 2001 pe- la PUC-Rio. 11 Já o primeiro curso de Graduação em Relações Internacionais do Brasil foi criado em 1974, na Universidade de Brasília. Educação o propor uma reflexão sobre a educação brasilei- ra, vale lembrar que só em meados do século XX o processo de expansão da escolarização básica no país começou, e que o seu crescimento, em termos de rede pública de ensino, se deu no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980. Com isso posto, podemos nos voltar aos dados nacionais: O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados (PISA). Mesmo com o programa social que incentivou a matrícula de 98% de cri- anças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda estão fora da escola (IBGE). O analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64 anos foi registrado em 28% no ano de 2009 (IBOPE); 34% dos alunos que chegam ao 5º ano de escolarização ainda não conseguem ler (To- dos pela Educação); 20% dos jovens que conclu- em o ensino fundamental, e que moram nas grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita (Todos pela Educação). Professores recebem menos que o piso salarial (et. al., na mídia). Frente aos dados, muitos podem se tornar críticos e até se indagar com questões a respeito dos avanços, concluindo que “se a sociedade muda, a escola só poderia evoluir com ela!”. Talvez o bom senso sugerisse pensarmos dessa forma. Entretanto, podemos notar que a evolução da sociedade, de certo modo, faz com que a escola se adapte para uma vida moderna, mas de ma- neira defensiva, tardia, sem garantir a elevação do nível da educação. Logo, agora não mais pelo bom senso e sim pelo costume, a “culpa” tenderia a cair sobre o profis- sional docente. Dessa forma, os professores se tornam alvos ou ficam no fogo cruzado de muitas esperanças so- ciais e políticas em crise nos dias atuais. As críticas externas ao sistema educacional co- bram dos professores cada vez mais trabalho, como se a educação, sozinha, tivesse que resol- ver todos os problemas sociais. Já sabemos que não basta, como se pensou nos anos 1950 e 1960, dotar professores de livros e novos materiais pedagógicos. O fato é que a qualidade da educação está forte- mente aliada à qualidade da formação dos pro- fessores. Outro fato é que o que o professor pensa sobre o ensino determina o que o professor faz quando ensina. O desenvolvimento dos professores é uma pre- condição para o desenvolvimento da escola e, em geral, a experiência demonstra que os docentes são maus executores das ideias dos outros. Ne- nhuma reforma, inovação ou transformação – como queira chamar – perdura sem o docente. É preciso abandonar a crença de que as atitudes dos professores só se modificam na medida em que os docentes percebem resultados positivos na aprendizagem dos alunos. Para uma mudança efetiva de crença e de atitu- de, caberia considerar os professores como sujei- tos. Sujeitos que, em atividade profissional, são levados a se envolver em situações formais de aprendizagem. Mudanças profundas só acontecerão quando a formação dos professores deixar de ser um pro- cesso de atualização, feita de cima para baixo, e se converter em um verdadeiro processo de a- prendizagem, como um ganho individual e coleti- vo, e não como uma agressão. Certamente, os professores não podem ser to- mados como atores únicos nesse cenário. Podemos concordar que tal situação também é resultado de pouco engajamento e pressão por parte da população como um todo, que contribui à lentidão. Ainda sem citar o corporativismo das instâncias responsáveis pela gestão – não só do sistema de ensino, mas também das unidades escolares – e também os muitos de nossos contemporâneos que pensam, sem ousar dizer em voz alta, “que se todos fossem instruídos, quem varreria as 12 ruas?”; ou que não veem problema “em dispensar a todos das formações de alto nível, quando os empregos disponíveis não as exigem”. Enquanto isso, nós continuamos longe de atingir a meta de alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade e carregando o fardo de um baixo desempenho no IDEB. Com o índice de aprovação na média de 0 a 10, os estudantes brasileiros tiveram a pontuação de 4,6 em 2009. A meta do país é de chegar a 6 em 2022. Segurança pública Segurança Pública é um processo, ou seja, uma sequência contínua de fatos ou operações que apresentam certa unidade ou que se reproduzem com certa regularidade, que compartilha uma visão focada em componentes preventivos, re- pressivos, judiciais, saúde e sociais. É um processo sistêmico, pela necessidade da integração de um conjunto de conhecimentos e ferramentas estatais que devem interagir a mes- ma visão, compromissos e objetivos. Deve ser também otimizado, pois dependem de decisões rápidas, medidas saneadoras e resulta- dos imediatos. Sendo a ordem pública um estado de serenidade, apaziguamento e tranquilidade pública, em con- sonância com as leis, os preceitos e os costumes que regulam a convivência em sociedade, a pre- servação deste direito do cidadão só será amplo se o conceito de segurança pública for aplicado. A segurança pública não pode ser tratada apenas como medidas de vigilância e repressiva, mas como um sistema integrado e otimizado envol- vendo instrumento de prevenção, coação, justiça, defesa dos direitos, saúde e social. O processo de segurança pública se inicia pela prevenção e finda na reparação do dano, no tra- tamento das causas e na reinclusão na sociedade do autor do ilícito. Conselhos Comunitários de Segurança Conselhos Comunitários de Segurança (CON- SEG) são instituições jurídicas de direito privado sem fins lucrativos com o objetivo principal de organizar as comunidades e fazê-las interagir com as polícias estaduais (Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Científica), e se vinculam, por adesão, às diretrizes emanadas da Secretaria da Segurança Pública, por intermédio do Coordena- dor Estadual e pelo Conselho Permanente para Assuntos dos Conselhos Comunitários de Segu- rança. Um Conselho Comunitário de Segurança não é um conselho formado por pessoas que cuidarão da segurança pública como se fossem policiais. Também não se trata de um conselho no qual pessoas irão se reunir para identificar traficantes e outros criminosos e dedurá-los para a polícia. O principal objetivo dos CONSEG‟s é a preven- ção, e para prevenir é preciso identificar proble- mas e controlar fatores de risco de múltiplas ori- gens. Para isso é necessário integrar e organizar as populações das comunidades, desenvolver ações de fortalecimento comunitário e iniciativas de cultura e formação para a prevenção de maneira a que, através da união e interação de seus membros (diretoria, membros natos e comunida- de), como também com o Estado e a Prefeitura (seus órgãos, departamentos e setores públicos competentes envolvidos direta ou indiretamente com a segurança pública), seja possível a exis- tência (introdução e a manutenção) de sistemas de segurança comunitários preventivos que con- tribuam para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. A participação em um CONSEG compete a todo cidadão que assume a sua parcela na responsa- bilidade de buscar ativamente soluções para os problemas de segurança pública e esteja disposto a colaborar com o bem-estar da comunidade da qual faz parte. Objetivos das reuniões mensais do CONSEG Discutir e analisar os problemas comunitários identificados, existentes, relacionados à seguran- ça; Planejar ações e buscar a viabilização de alternativas de solução preventiva com vistas ao tratamento dos problemas de segurança detecta- dos; Acompanhar e monitorar a evolução das medidas preventivas implementadas; Desenvol- ver campanhas educativas; E estreitar laços de entendimento e cooperação comunitária. Literatura Atual 13 Todo bom bibliófilo que se preze não abre mão de freqüentar livrarias, “fuçando” autores desco- nhecidos. É pelo garimpo de lombadas anônimas que mui- tas vezes encontramos verdadeiras obras de arte, escondidas à sombra do farol da mídia e da propaganda. Entendo esse hábito como uma responsabilidade dos amantes da literatura, justamente para que os bons autores possam sobreviver e prosseguir na arte. Nesse exercício, porém, é extremamente comum vermos contos ou romances onde a tônica é a violência. Proliferam autores que relatam com pormenores cenas de agressão, humilhação, desgraça, bar- bárie. Quando não apelam para isso, trafegam com vagar e extensão por um cipoal de desencanto e pessimismo. Que haja uma ou outra obra com esse traço, tudo bem, mas por que tamanha frequência desse mesmo tema? Inicialmente, poderíamos dizer que a literatura é o reflexo da sociedade atual. E é. Vivemos numa época de banalização da violên- cia, puxada pela televisão e também fora dela. Filmes, seriados, novelas, nacionais ou estrangei- ros, são primorosos em explorar crimes, investi- gações, cenas de violência gratuita, traições e toda sorte de vilania do espírito humano. Isso está nas telas e nas ruas, as mesmas ruas que caminhamos todos os dias. Não é natural que isso se reflita nos livros? Evi- dente que sim. Porém, nosso mundo não se res- tringe a isso. Em paralelo com essa realidade sem dúvida o- pressora, existe o humor, existem as riquíssimas relações pessoais, existe o horizonte ilimitado que possibilita a exploração dos fluxos de consci- ência. Cadê a variedade de obras que cuidam desses temas? Temos a impressão de que esse cenário opressor baixa como uma lufada de neblina sobre a capacidade criativa da nossa literatura, “padro- nizando” uma produção cultural que tinha tudo para ser mais rica e variada. Literatura é reflexo da nossa sociedade, mas é também fonte de entretenimento. Critica-se a perda de leitores jovens, adolescen- tes, mercê da concorrência desleal com a Internet e os vídeo-games. Aqui também a violência está impregnada, mas com o tempero, a acessível válvula da escape do lazer. Literatura também tem que ser vista como fonte de lazer, lazer inteligente, lazer que incita o leitor a pensar, refletir sobre suas atitudes e sobre a grandeza do mistério da vida. É exigir demais da capacidade de abstração do leitor ambientar os dramas humanos em porões úmidos e mal-cheirosos, protagonizados por sui- cidas, prostitutas ou traficantes. A carga de realidade que precisamos já a temos com uma rápida passada pelos jornais, escritos ou televisados. Fica complicado você ver violência no jornal, ouvir estórias de assalto em rodas de amigos, e ainda rechear livros, fonte de reflexão e lazer, com essa temática recorrente. Não defendo uma visão de Poliana, não defendo alienação, e não ignoro que num mundo cor-de- rosa, sem sobressaltos, dificilmente teríamos a oportunidade de extrair lições de vida. Nas dificuldades é que somos testados, nas situ- ações-limite é que aflora o que temos de mais podre e mais nobre de nossas almas. Não fosse o submundo da miséria, Dostoiesvky não teria nos ensinado o tanto que nos ensinou sobre as múltiplas facetas da alma humana. Critico é a generalização da edição de obras que abordem temas violentos e pessimistas, justa- mente para que nossa sociedade possa ser retra- tada de forma fiel, pois é impossível que nossos pensamentos e dilemas morais sobrevivam só com esses temas. Não é verdade que o humor, a leveza e o escra- cho só possam ser trazidos por via da crônica, e 14 um exemplo que bem ilustra essa possibilidade é o romance de Carlos Heitor Cony, “O piano e a orquestra”. O humor, por sua aparente superficialidade, não é gênero fácil, pela perigosa proximidade que guarda com a tolice, o nonsense. Nem por isso deve ser visto com aversão por aqueles que se propõem a escrever boa literatu- ra. Não vejo problema em reconhecer valor literá- rio a um texto leve. Todo escritor, reconheça ou não, tem uma alma inquieta, na medida em que busca traduzir o in- tangível e impalpável, misturando reflexão e poe- sia num texto que se propõe a atingir o leitor e fazê-lo ponderar, ver um outro lado de uma ver- dade, rir, chorar, e despertar emoções escondi- das em seu coração. É mais natural que essa tradução ocorra num ambiente de alguma angústia, alguma opressão, mas com inteligência e criatividade acredito que se possa manter a grandiosidade de um texto tornando-o mais leve e convidativo. E apesar de todo pessimismo que os dados obje- tivos possam nos incutir, é da índole do ser hu- mano buscar dias melhores, contra tudo e contra todos. Que esse otimismo possa ser melhor explorado por nossa literatura e levado ao massacrado lei- tor. Barroco A literatura barroca é fruto do conflito característi- co de sua época. Pressionado pela Igreja e pelo racionalismo, o homem perde-se entre dois polos opostos: Igreja X pensamento renascentista / salvação X pecado / céu X inferno / espírito X carne / fé X razão. Atormentado por este conflito, o homem produz textos literários com características bastante níti- das. São elas: “Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, de vossa alta clemência me despido; porque quanto mais tenho delinqüido, vos tenho a perdoar mais empenhado.” - Gregório de Matos Podemos perceber uma analogia entre o poema de Gregório de Matos e a imagem, Vendo que tanto na época barroca quanto na atual o homem continua sendo atraído pelas tentações ao peca- do, e que depois vai a procura pelo perdão divino. Características da imagem e do poema: Uso de contrastes. Tentativa de conciliação entre a religiosidade e o racionalismo. Tentações mundanas. Anjos e Demônios É escrito em estilo irresistível e acessível. Ele trata de questões que passam pela cabeça de todos: a existência de Deus, a possibilidade de se ter fé em um Universo que parece ter profunda indiferença por nós, a reconciliação entre o cientí- fico e o espiritual. Só que o livro leva o conflito entre razão e fé a uma conflagração apocalíptica. Em Anjos e Demônios, Dan Brown demonstra sua extraordinária habilidade de entremear sus- pense com fascinantes informações sobre ciên- cia, religião e história da arte, despertando a curi- osidade dos leitores para os significados ocultos deixados em monumentos e documentos históri- cos. O duelo entre os conflitos do homem nos remete a um dualismo, o dualismo barroco que coloca em contraste a matéria e o espírito, o bem e o mal, Deus e o Diabo, céu e a terra, pureza e o pecado, a alegria e a tristeza, a vida e a morte, Anjos e demônios. Arcadismo O Arcadismo é um movimento de reação ao exa- gero barroco, que havia alcançado um ponto de saturação. Racionalmente, influenciados pelas idéias iluministas francesas, os poetas buscam a retomada da simplicidade e resgatam alguns princípios da Antiguidade, por considerarem ser este o período de maior equilíbrio e pureza. Há três princípios latinos básicos para a compre- ensão desse estilo de época: 15 a) Carpe diem (aproveita o dia): máxima proposta pelo poeta latino Horácio. Significa viver o presen- te, aproveitando-o ao extremo, visto que o tempo passa rapidamente. b) Inutilia truncat (cortar o inútil): desejo de retirar dos textos tudo o que for excessivo, exagerado ou redundante. c) Fugere urbem (fugir da cidade): princípios de valorização da natureza, vista como lugar de per- feição e pureza, em oposição à cidade, onde tudo é conflito. d) locus amoenus - o lugar ameno, onde se en- contra a paz para o amor A partir destes três princípios fundamentais o Arcadismo, é possível compreender as demais características do período: 1 – retomada da teoria aristotélica da arte como imitação da natureza, usando a razão. O poeta apreende o sentido de perfeição expresso pela natureza e tenta reproduzi-lo ao escrever; 2 – respeito às teorias literárias dos antigos, utili- zando as normas poéticas da Antiguidade; 3 – simplicidade na forma e no conteúdo dos po- emas; versos curtos; ausência de rimas em al- guns versos; 4 – bucolismo (exaltação da vida do campo, uso de cenários pastoris); 5 – presença da mitologia, num retorno aos valo- res clássicos; 6 – equilíbrio entre a razão e a fantasia, através de uma “disciplina literária” a ser estabelecida pelas Arcádias e seguida por seus membros; 7 – uso de palavras simples, de fácil entendimen- to, sem serem vulgares; 8 – desejo de dar à literatura uma função social, de caráter didático e doutrinário. A literatura deve ser acessível a todos. “Aqui, no Recanto da Benção, você encontrará o ambiente perfeito para a realização de seu even- to. Um lugar abençoado, cujo cenário é propor- cionado pela diversidade de elementos da natu- reza. Longe da conturbada vida urbana, o Recan- to da Benção oferece uma infraestrutura perfeita para atender às necessidades de seu evento.” Nesta propaganda notamos diversas característi- cas árcades, á exemplo da fugere urbem (fuga da cidade), Locus amoenus (Lugar harmonioso, on- de se encontra a paz e o amor), a valorização da natureza, á exaltação da ambiente bucólico. Na atualidade muitas pessoas estão à procura desse tipo de ambiente para aproveitar a essên- cia árcade, fugindo da vida conturbada da cidade, assim podendo desfrutar das belezas da nature- za, e sentir a tranquilidade e a paz, inexistentes na cidade. Podemos notar essas mesmas características neste trecho do poema de Cláudio Manuel da Costa: “Quem deixa o trato pastoril, amado, Pela ingrata civil correspondência, Ou desconhece o rosto da violência, Ou do retiro da paz não tem provado.” Outra analogia que podemos fazer em relação as características árcades e a vida atual, é o grande número de pessoas adotando o “Carpe Diem” como estilo de vida. Notamos isso pelo fato do grande número de pessoas que vem tatuando se corpo com esta frase. Romantismo O Romantismo assumiu em nossa literatura um significado secundário, de um movimento antico- lonialista e antilusitano, de rejeição à literatura 16 produzida na época colonial, aos modelos cultu- rais portugueses. Por isso a primeira geração romântica tinha a preocupação de garantir uma identidade nacional que nos separassem de Portugal, buscam no passado histórico elementos de origem nacional. Primeira Geração - Nacionalista ou Indianista Características: Exaltação da natureza, excesso de sentimentalismo, amor indianista, ufanismo (exaltação da pátria) A Copa do Mundo, que ocorreu no Brasil em 2014, é um grande exemplo de exaltação a pátria. Todos os jogadores obrigatoriamente devem can- tar, antes do jogo, o hino nacional do seu País. Não só nas Copas, mas em todo evento esportivo como os jogos Pan Americanos (que ocorreu em Guadalajara), as Olimpíadas, entre outros. Segunda Geração - Ultra Romântica ou Mal Século A Segunda Geração Romântica é caracterizada por morte, tristeza, entre outros males. Tudo isso pode ser encontrado facilmente no meio “Gótico”. Pessoas que movida por tais situações, acabam isolando-se da sociedade e passam a viver em pequenos grupos com o objetivo apenas de “compartilhar” as dores e sofrimentos. Esta imagem demonstra tristeza e solidão (apesar de estarem em grupo, os góticos vivem na maio- ria das vezes sozinhos), morte e solidão vividas pela sociedade “gótica”. Outra característica interessante da 2ª Geração é a idealização da mulher e o sentimentalismo. A novela “Fina Estampa – Globo” faz uma exalta- ção a personagem Pereira (interpretada por Lilia Cabral). Segue o texto: “Para sobreviver e criar seus meninos, passou a fazer uma das únicas tarefas que havia aprendido fora do serviço doméstico: mecânica. Griselda conserta de tudo um pouco, desde trocar pneus a mexer com eletricidade, ou reparos em eletrodo- mésticos, fazendo pequenos serviços de casa em casa, sempre usando um macacão de oficina. É conhecida como „Marido de Aluguel‟ ou „Perei- rão‟ por seus serviços”. Traz característica de exaltação a mulher e o amor a seus filhos e ao trabalho. A música “Coisa Bonita – Roberto Carlos” fala a respeito da valorização das mulheres “gordinhas”. Terceira Geração – Condoreira É marcada por poemas lírico-amorosos, onde a mulher é apresentada de forma concreta, real, tocável, onde a relação sexual acontece, e a at- mosfera divinal que envolve a mulher na 2ª gera- ção é substituída por uma atmosfera sensual. Além disso, na 3ª geração ocorre um forte traço social, os poetas dessa geração se preocupam em denunciar a escravidão e qualquer outra forma de barbárie contra os seres humanos em seus poe- 17 mas, normalmente esses autores defendiam políti- cas abolicionistas. “Raquel (Deborah Secco) era uma jovem da clas- se média paulistana, que estudava num colégio tradicional da cidade. Um dia ela tomou uma decisão surpreendente: virar garota de programa. “Com o codinome de Bruna Surfistinha, Raquel viveu diversas experiências “profissionais” e ga- nhou destaque nacional ao contar suas aventuras sexuais e afetivas num blog, que depois acabou virando um livro e tornou-se um Best seller.” O filme “Bruna Surfistinha” retrata a mulher como ser sensual, tocável e onde relações sexuais a- contecem com frequência. Realismo Na literatura brasileira o realismo manifestou-se principalmente na prosa. Os romances realistas tornaram-se instrumentos de crítica ao comportamento burguês e às institui- ções sociais. Muitos escritores românticos começaram a entrar para a literatura realista. Os especialistas em literatura dizem que o marco inicial do movimento no Brasil é a publicação do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis. Nesta obra, o escritor fluminense faz duras críticas à sociedade da época. Está imagem mostra uma das características do Realismo que é a sociedade usando máscaras, as características do realismo estão intimamente ligadas ao momento histórico e às novas formas de pensamento: Objetivismo: negação do subjetivismo romântico, homem volta-se para fora, o não-eu Universalismo: substitui o personalismo anterior Materialismo: que leva à negação do sentimenta- lismo e da metafísica Autores: são antimonárquicos e defendem os ideais republicanos Nacionalismo: e volta ao passado histórico são deixados de lado para enfatizar o presente, o contemporâneo Determinismo: influenciando o homem e a obra de arte por 3 fatores: meio, momento e raça (he- reditariedade) Degenerescência: Física, Psicológica e Moral Um filme que tem características do realismo é “Quase Deuses” que mostra o tema à ambição, preconceito, a intolerância. Naturalismo O naturalismo ocorre basicamente na mesma época do realismo; alguns dizem que o naturalis- mo é apenas uma manifestação do realismo mas as diferenças são bem visíveis. O naturalismo tenta explicar que o homem é mo- dificado pelo ambiente em que vive e que a natu- reza influi na razão. Diferente do romance realista que preza a classe social dominante, o romance naturalista preza a comunidade mais pobre. Po- demos ver isso claramente ao ler a obra o cortiço de Aluísio de Azevedo O Naturalismo surgiu na França, em 1870, com a publicação da obra “Germinal” de Émile Zola. O livro fala das péssimas condições de vida dos trabalhadores das minas de carvão na França do século XIX. Os naturalistas abordam a existência humana de forma materialista. O homem é encarado como produto biológico passando a agir de acordo com seus instintos, chegando a ser comparado com os animais (zoomorfização). 18 Segundo o Naturalismo, o homem é desprovido do livre-arbítrio, ou seja, o homem é uma máqui- na guiada por vários fatores: leis físicas e quími- cas, hereditariedade e meio social, além de estar sempre à mercê de forças que nem sempre con- segue controlar. Para os naturalistas, o homem é um brinquedo nas mãos do destino e deve ser estudado cientificamente. Características: A principal característica do Naturalismo é o cientificismo exagerado que transformou o ho- mem e a sociedade em objetos de experiências. Descrições minuciosas e linguagem simples Preferência por temas como miséria, adultério, crimes, problemas sociais, taras sexuais e etc. A exploração de temas patológicos traduz a vonta- de de analisar todas as podridões sociais e hu- manas sem se preocupar com a reação do públi- co. Ao analisar os problemas sociais, o naturalista mostra uma vontade de reformar a sociedade, ou seja, denunciar estes problemas era uma forma de tentar reformar a sociedade. Esta imagem pode ser considerada como Natura- lista, pois apresenta problemas sociais que ge- ralmente é vivido por muitos pobres de hoje em dia! O Cortiço é um clássico romance do maranhense Aluísio de Azevedo, a segunda versão desse marco do naturalismo brasileiro ficou a cargo do diretor, roteirista e produtor Francisco Ramalho Jr. Lei Federal 8.027/ 12 Abril de 1990 O Presidente Da República, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1º Para os efeitos desta lei, servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo ou em emprego público na administração direta, nas autarquias ou nas fundações públicas. Art. 2º São deveres dos servidores públicos civis: I - exercer com zelo e dedicação as atribuições legais e regulamentares inerentes ao cargo ou função; II - ser leal às instituições a que servir; III - observar as normas legais e regulamentares; IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; V - atender com presteza: a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas pelo sigilo; b) à expedição de certidões requeridas para a defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; VI - zelar pela economia do material e pela con- servação do patrimônio público; VII - guardar sigilo sobre assuntos da repartição, desde que envolvam questões relativas à segu- rança pública e da sociedade; VIII - manter conduta compatível com a moralida- de pública; IX - ser assíduo e pontual ao serviço; X - tratar com urbanidade os demais servidores públicos e o público em geral; XI - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XI deste artigo será obrigatoriamente apre- ciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representa- do ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. 19 Art. 3º São faltas administrativas, puníveis com a pena de advertência por escrito: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do superior imediato; II - recusar fé a documentos públicos; III - delegar a pessoa estranha à repartição, exce- to nos casos previstos em lei, atribuição que seja de sua competência e responsabilidade ou de seus subordinados. Art. 4º São faltas administrativas, puníveis com a pena de suspensão por até 90 (noventa) dias, cumulada, se couber, com a destituição do cargo em comissão: I - retirar, sem prévia autorização, por escrito, da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; II - opor resistência ao andamento de documento, processo ou à execução de serviço; III - atuar como procurador ou intermediário junto a repartições públicas; IV - aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro, sem licença do Presidente da República; V - atribuir a outro servidor público funções ou atividades estranhas às do cargo, emprego ou função que ocupa, exceto em situação de emer- gência e transitoriedade; VI - manter sob a sua chefia imediata cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; VII - praticar comércio de compra e venda de bens ou serviços no recinto da repartição, ainda que fora do horário normal de expediente. Parágrafo único. Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão pode- rá ser convertida em multa, na base de cinqüenta por cento da remuneração do servidor, ficando este obrigado a permanecer em serviço. Art. 5º São faltas administrativas, puníveis com a pena de demissão, a bem do serviço público: I - valer-se, ou permitir dolosamente que terceiros tirem proveito de informação, prestígio ou influên- cia, obtidos em função do cargo, para lograr, dire- ta ou indiretamente, proveito pessoal ou de ou- trem, em detrimento da dignidade da função pú- blica; II - exercer comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como acionista, cotista ou co- manditário; III - participar da gerência ou da administração de empresa privada e, nessa condição, transacionar com o Estado; IV - utilizar pessoal ou recursos materiais da re- partição em serviços ou atividades particulares; V - exercer quaisquer atividades incompatíveis com o cargo ou a função pública, ou, ainda, com horário de trabalho; VI - abandonar o cargo, caracterizando-se o a- bandono pela ausência injustificada do servidor público ao serviço, por mais de trinta dias conse- cutivos; VII - apresentar inassiduidade habitual, assim entendida a falta ao serviço, por vinte dias, inter- poladamente, sem causa justificada no período de seis meses; VIII - aceitar ou prometer aceitar propinas ou pre- sentes, de qualquer tipo ou valor, bem como em- préstimos pessoais ou vantagem de qualquer espécie em razão de suas atribuições. Parágrafo único. A penalidade de demissão tam- bém será aplicada nos seguintes casos: I - improbidade administrativa; II - insubordinação grave em serviço; III - ofensa física, em serviço, a servidor público ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; IV - procedimento desidioso, assim entendido a falta ao dever de diligência no cumprimento de suas atribuições; V - revelação de segredo de que teve conheci- mento em função do cargo ou emprego. Art. 6º Constitui infração grave, passível de apli- cação da pena de demissão, a acumulação re- munerada de cargos, empregos e funções públi- cas, vedada pela Constituição Federal, estenden- 20 do-se às autarquias, empresas públicas, socieda- des de economia mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e fundações mantidas pelo Poder Público. Art. 7º Os servidores públicos civis são obrigados a declarar, no ato de investidura e sob as penas da lei, quais os cargos públicos, empregos e fun- ções que exercem, abrangidos ou não pela veda- ção constitucional, devendo fazer prova de exo- neração ou demissão, na data da investidura, na hipótese de acumulação constitucionalmente vedada. § 1º Todos os atuais servidores públicos civis deverão apresentar ao respectivo órgão de pes- soal, no prazo estabelecido pelo Poder Executivo, a declaração a que se refere o caput deste artigo. § 2º Caberá ao órgão de pessoal fazer a verifica- ção da incidência ou não da acumulação vedada pela Constituição Federal. § 3º Verificada, a qualquer tempo, a incidência da acumulação vedada, assim como a não apresen- tação, pelo servidor, no prazo a que se refere o § 1º deste artigo, da respectiva declaração de acu- mulação de que trata o caput, a autoridade com- petente promoverá a imediata instauração do processo administrativo para a apuração da infra- ção disciplinar, nos termos desta lei, sob pena de destituição do cargo em comissão ou função de confiança, da autoridade e do chefe de pessoal. Art. 8º Pelo exercício irregular de suas atribuições o servidor público civil responde civil, penal e administrativamente, podendo as cominações civis, penais e disciplinares cumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa. § 1º Na aplicação das penas disciplinares defini- das nesta lei, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração e os danos que dela provie- rem para o serviço público, podendo cumular-se, se couber, com as cominações previstas no § 4º do art. 37 da Constituição. § 2º A competência para a imposição das penas disciplinares será determinada em ato do Poder Executivo. § 3º Os atos de advertência, suspensão e demis- são mencionarão sempre a causa da penalidade. § 4º A penalidade de advertência converte-se automaticamente em suspensão, por trinta dias, no caso de reincidência. § 5º A aplicação da penalidade de suspensão acarreta o cancelamento automático do valor da remuneração do servidor, durante o período de vigência da suspensão. § 6º A demissão ou a destituição de cargo em comissão incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de cinco anos. § 7º Ainda que haja transcorrido o prazo a que se refere o parágrafo anterior, a nova investidura do servidor demitido ou destituído do cargo em co- missão, por atos de que tenham resultado prejuí- zos ao erário, somente se dará após o ressarci- mento dos prejuízos em valor atualizado até a data do pagamento. § 8º O processo administrativo disciplinar para a apuração das infrações e para a aplicação das penalidades reguladas por esta lei permanece regido pelas normas legais e regulamentares em vigor, assegurado o direito à ampla defesa. § 9º Prescrevem: I - em dois anos, a falta sujeita às penas de ad- vertência e suspensão; II - em cinco anos, a falta sujeita à pena de de- missão ou à pena de cassação de aposentadoria ou disponibilidade. § 10. A falta, também prevista na lei penal, como crime, prescreverá juntamente com este. Art. 9º Será cassada a aposentadoria ou a dispo- nibilidade do inativo que houver praticado, na ativa, falta punível com demissão, após apurada a infração em processo administrativo disciplinar, com direito à ampla defesa. Parágrafo único. Será igualmente cassada a dis- ponibilidade do servidor que não assumir no pra- zo legal o exercício do cargo ou emprego em que for aproveitado. Art. 10. Essa lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 11. Revogam-se as disposições em contrário. Decreto Federal n° 1.171/ 22 de Junho de 1994 21 O presidente da república, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da Constitui- ção, bem como nos arts. 116 e 117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 1992, DECRETA: Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissio- nal do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com este baixa. Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta implementarão, em sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive me- diante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três servidores ou emprega- dos titulares de cargo efetivo ou emprego perma- nente. Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à Secretaria da Adminis- tração Federal da Presidência da República, com a indicação dos respectivos membros titulares e suplentes. Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. Das Regras Deontológicas I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos. II - O servidor público não poderá jamais despre- zar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Cons- tituição Federal. III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administra- tivo. IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administra- tiva se integre no Direito, como elemento indisso- ciável de sua aplicação e de sua finalidade, eri- gindo-se, como conseqüência, em fator de legali- dade. V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio. VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particu- lar de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. VII - Salvo os casos de segurança nacional, in- vestigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem pre- servados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qual- quer ato administrativo constitui requisito de efi- cácia e moralidade, ensejando sua omissão com- prometimento ético contra o bem comum, imputá- vel a quem a negar. VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servi- dor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que con- trária aos interesses da própria pessoa interessa- da ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder cor- ruptivo do hábito do erro, da opressão ou da men- tira, que sempre aniquilam até mesmo a dignida- de humana quanto mais a de uma Nação. IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tem- po dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma for- ma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que de- 22 dicaram sua inteligência, seu tempo, suas espe- ranças e seus esforços para construí-los. X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuá- rios dos serviços públicos. XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evi- tando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública. XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas. XIII
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