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AULA 6 CONCEITOS DE PLANEJAMENTOS APLICADOS A GESTAO HOSPITALAR

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Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Identificar os tipos de organização hospitalar.
2. Reconhecer o hospital como um dos focos principais de atuação da gestão.
3. Identificar o cenário de interação do hospital com o ambiente.
4. Reconhecer o planejamento como ferramenta de gestão.
5. Identificar a utilização do Planejamento Estratégico ferramenta de mudança em saúde.
INTRODUCAO
Organizações de saúde são complexas e carregadas de incertezas em suas atividades. Do leque de organizações de saúde existentes, as organizações hospitalares são as que apresentam uma maior rede de relacionamentos internos e externos, ampliando sua complexidade.
 
Gerir uma organização de saúde deste tipo requer aplicação de conhecimentos relacionados a planejamento além de conhecermos muito bem o ambiente que a cerca. Focar neste tipo de organização de saúde para construir o conceito de gestão mais abrangente, permite que lidemos com múltiplas situações a definir e complexidades a equacionar.
Nesta aula, inicialmente iremos construir a definição de organização hospitalar, caracterizá-la em relação ao ambiente que a cerca e inserir conceitos gerais de planejamento para estruturarmos o pensamento estratégico organizacional.
TIPOS DE ORGANIZACÃO HOSPITALAR
A organização hospitalar é parte integrante de um sistema coordenado de saúde, cuja função é prestar à sociedade completa assistência no que se refere à saúde, materializou a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Considerando o hospital como a representação do conceito abrangente de organização hospitalar, a estrutura organizacional vigente evidencia a maneira pela qual a organização define e divide as funções e modela seus processos.
Nesse sentido, a estrutura organizacional pode ser construída utilizando os focos a seguir:
 Estabelecimento dos requisitos dos clientes;
Identificação dos elementos estruturais onde os processos irão ocorrer;
Rede de mecanismos de controle que vão monitorar as relações de interdependência; 
Padrões de modelos de tomada de decisão que serão utilizados.
Esses elementos serão a chave para que a hierarquia, a rede de responsabilidades e autoridade dos indivíduos, os mecanismos de comunicação e o fluxo de informações sejam construídos e implementados.
Uma das chaves da identificação das tipologias é a função que uma organização hospitalar tem para a sociedade. Em outras palavras, não é o hospital que é modelado para uma sociedade, mas ele é um reflexo do que a sociedade deseja de uma organização hospitalar.
As funções mais observadas em nossa sociedade contemporânea em relação ao que esperamos de uma organização hospitalar, como cultura social são:
Prevenir doenças;
Oferecer assistência e vigilância à população;
Contribuir para a educação sanitária e a higiene no trabalho;
Restaurar a saúde, realizando diagnóstico e tratamento curativo de enfermidades em geral;
Promover a pesquisa e a educação continuada.
De forma exemplificativa, podemos então perceber que algumas formas observadas de organizações hospitalares podem identificar uma tipologia correlacionada com as funções identificadas acima:
HOSPITAIS GERAIS
São aqueles em que o nível de atenção se restringe às especialidades básicas da medicina (clinica médica, cirurgia geral, gineco-obstetricia e pediatria) - é a maioria, sendo que nestes recursos pode-se resolver mais de 80% de todos os problemas da população. São também chamados de hospitais secundários.
HOSPITAIS ESPECIALIZADOS OU TERCIARIOS
São aqueles com grau de complexidade maior, envolvendo subespecialidades, por exemplo: dentro da cirurgia geral – cirurgia torácica, urologia, vascular, cabeça e pescoço; dentro da clinica medica – endocrinologia, reumatologia, cardiologia, de doenças transmissíveis, de doenças nervosas, psiquiátricos, maternidades, de doenças crônicas etc.
HOSPITAIS DE REFERENCIA NACIONAL OU QUARTENARIOS
São aqueles em que existem subespecialidades e grupos específicos para tratamento de doenças raras ou centros de estudo e pesquisa. Por exemplo, o hospital das clinicas de São Paulo, que é referencia nacional em diversas patologias.
HOME CARE - CUIDADO NO LAR
É um modelo de atendimento à saúde que surgiu em Genebra, na Suíça, em 1920, por iniciativa da Cruz Vermelha. Sem precisar sair de casa, o paciente recebe todo o atendimento necessário, contando com profissionais especializados como médicos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, dentistas, nutricionistas, psicólogos e assistentes social, além de toda a estrutura hospitalar convencional.
HOSPITAIS PRONTO SOCORRO
São estruturados para prestar atendimento a situações de urgência e emergência, garantindo todas a manobras de sustentação da vida e condições de dar continuidade à assistência no local ou em outro nível de atendimento referenciado.
HOSPITAIS DE ENSINO
É o hospital que, além de prestar assistência à saúde da população, desenvolve atividade de capacitação de recursos humanos.
AMBULATORIOS
Conjunto de consultórios, com várias especialidades médicas, preparadas para pronto atendimento em pequenos procedimentos (suturas, pequenas cirurgias, etc.) e consultas.
DAY HOSPITAL 
É uma unidade voltada para realização de procedimentos cirúrgicos de pequeno e médio porte, que demandem curta permanência de internamento do paciente, no máximo 12 horas, após a realização da cirurgia.
O hospital como um dos focos principais de atuação da gestão
Considerando que as organizações hospitalares são um subsistema das organizações de saúde, como temos visto ao longo das aulas, podemos situá-los no nível econômico terciário. 
As organizações hospitalares dependem de profissionais altamente especializados, em todas as suas dimensões, principalmente na gestão.
Nas organizações hospitalares, a precisão dos equipamentos, a tecnologia e a técnica misturam-se com processos de intervenção em tempo real e com o paciente, que além de fazer parte do próprio processo de transformação, não é plenamente estruturado; pelo contrário, cada um desses pacientes é único e trazem em si suas expectativas, necessidades, além da patologia a que veio ser tratado.
O cenário e a interação hospital - ambiente
Como organização interativa, o hospital se relaciona recorrentemente com o ambiente que o cerca. Definirmos claramente este limite é uma das tarefas que o gestor hospitalar deve fazer e refazer constantemente. 
Como sistema, definimos o que pertence a uma organização como o conjunto de variáveis controláveis pelo sistema. Deste conceito depreendemos que ambiente por exclusão é tudo aquilo representado pelas variáveis que o sistema (a organização) não controla.
Dessa forma por construção conceitual, o cenário é de forte interação, turbulência e pressão constante em ambas as direções. Se já não é fácil pensarmos em gerenciar recursos e atingir objetivos, como então fazer isto em meio à forte turbulência? Esse é o grande desafio do gestor!
O planejamento estratégico como ferramenta de gestão e de mudança em saúde
Antes de começarmos a falar sobre planejamento estratégico, reflita sobre essas perguntas:
PLANEJAR : Planejar é a arte de elaborar antecipadamente processos de mudança. Compreende um conjunto de conhecimentos práticos e teóricos ordenados de modo a possibilitar interagir com a realidade, programar as estratégias e ações necessárias, e tudo o mais que seja delas decorrente, no sentido de tornar possível alcançar os objetivos e metas desejados e nele preestabelecidos. 
No setor da saúde, o planejamento pode ser entendido como o instrumento que permite melhorar o desempenho, otimizar a produção e elevar a eficácia e eficiência dos sistemas no desenvolvimento das funções de ação em saúde.
O planejamento estratégico poderia ser definido como um processo de gestão que apresenta, de maneira integrada, o aspecto futuro das decisões institucionais, a partir da formulação da filosofia, da instituição, sua missão, sua orientação, seus objetivos, suas metas, seus programas e as estratégiasa serem utilizadas para assegurar sua implementação.
É a identificação de fatores competitivos de mercado e potencial interno, para atingir metas e planos de ação que resultem em vantagem competitiva, com base na análise sistemática de mudanças ambientais previstas para um determinado período.
Portanto, o planejamento estratégico não deve ser considerado apenas como uma afirmação das aspirações de uma empresa, pois inclui também o que deve ser feito para transformar essas aspirações em realidade.
Metodologias do planejamento estratégico
Quando se considera a metodologia para o desenvolvimento do planejamento estratégico nas empresas, têm-se duas possibilidades, que se definem:
Define-se "onde se quer chegar e depois se estabelece "como a empresa está para se chegar à situação desejada”. Essa é a possibilidade de maior criatividade no processo pela não-existência de grandes restrições.
Define-se "como se está” e depois se estabelece "onde se quer chegar".Essa apresenta a grande vantagem de colocar o executivo com o pé no chão quando inicia o processo de planejamento estratégico.
Pode-se considerar uma terceira possibilidade que é definir "onde se quer chegar" juntamente com "como se está para chegar lá". 
Com a finalidade de evitar que o desafio estratégico surja num momento em que a empresa está despreparada para enfrentá-lo, a alta administração deve estar permanentemente alerta para identificar o estímulo inicial ou, talvez mesmo, até provocá-lo em determinadas situações.
CONCLUSAO
 No atual ritmo de mudanças ambientais, nenhuma empresa pode considerar-se imune às ameaças do ambiente, tais como a obsolescência do produto ou a 
saturação do mercado. 
Por essa razão, todas as empresas devem fazer revisões periódicas de sua estratégia de produto-mercado e outras atividades dentro de um processo 
contínuo de identificação das ameaças e oportunidades externas.
Nesta aula, você:
Identificou os tipos de organização hospitalar.
Reconheceu o hospital como um dos focos principais de atuação da gestão.
Identificou o cenário de interação do hospital com o ambiente.
Reconheceu o planejamento como ferramenta de gestão.
Identificou a utilização do Planejamento Estratégico ferramenta de mudança em saúde.

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