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Teoria do Discurso Resumo

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RESUMO DO TEXTO “BREVE EXCURSO SOBRE A LINGUÍSTICA NO SÉCULO XX”
 
Luciana Ferreira Rameiro[0: Aluna do Curso de Letras - Habilitação em Língua Francesa da Universidade Federal do Pará ]
luciana_ferreirar@hotmail.com
 
Luiz Antônio Marcuschi, em seu texto, intitulado “Breve excurso sobre a Linguística no século XX” expressa-se em 5 tópicos alguns pontos mais relevantes da história da Linguística com enfoque nas últimas mudanças que a linguagem passou e absorveu, desde a Antiguidade até os tempos hodiernos.
Na introdução, o autor expõe os estudos de Panini, um linguista indiano que trabalhou com descrição linguística e também dos trabalhos dos gregos Platão e Aristóteles que com bases filosóficas levantaram a ideia da arbitrariedade do signo e então, chega-se ao século XIX, período que se desenvolveu os estudos comparativos linguísticos e que mais tarde, tais estudos deram o aporte para o linguista Ferdinand de Saussure estabelecer dicotomias e fazer da Linguística uma ciência.
O autor expõe a descoberta de novos manuscritos de Saussure que podem rever a visão saussuriana publicada durante todo o século XX, em tal novo manuscrito de Saussure há passagens que defende o estudo da linguagem considerando pontos de vista diferentes com uma visão mais ligada à língua em uso, visão que, antes, não era dada tanta atenção pela linha de pensamento saussuriana. Marcuschi faz um relato comparativo entre as ideologias linguísticas de Chomsky com as teorias desenvolvidas por Saussure e após fazer analogias declara que foi fundamental o estudo da relação parole x langue para a definição do objeto da Linguística.
O autor amplia a visão e conclui que o linguista Noam Chomsky, décadas depois, encontrou o mesmo objeto científico de Saussure, pois o americano elaborou a relação competência x desempenho no uso da linguagem. Enfim, declara que nem Chomsky, nem Saussure negam o lado social e histórico das línguas, contudo, o objeto específico do estudo para Saussure é a unidade de análise até o item lexical e para Chomsky o objeto de estudo vai até a frase.
O terceiro tópico do texto é reservado às influências e desenvolvimento dos estudos linguísticos funcionalistas que ocorreram no século XX. O autor faz um panorama de linguistas europeus desde Roman Jakobson, Trubetzkoy até John Firth que elaboraram estudos linguísticos relevantes e tendo grande atenção para os aspectos funcionais, comunicacionais no uso da língua e não se concentrando apenas no sistema, como na visão saussuriana. Aliás, expõe a influência da gramática sistêmica-funcional que nos anos 1970 relacionou o contexto social e a forma linguística com base nas funções da linguagem e na sua realização de gêneros textuais. Seguidamente, repara na aliança que ocorreu na Linguística com outras ciências e pontua que a Antropologia permitiu a Linguística a possibilidade da descrição formal da língua e sua relação com representações sociais e étnicas.
O penúltimo tópico do texto é reservado a divisão da cena linguística no século XX, Marcuschi dá relevância ao pensamento gerativista de Noam Chomsky pois fomentou os estudos linguísticos atuais e abriu novos caminhos, em que o enfoque é vinculado a mente humana, a faculdade da linguagem, contudo, o autor declara que Chomsky eliminou tudo ligado à vida social da linguagem. O autor considera a produção gerativista mais produtiva que a de Saussure e dá sentido ao seu pensamento ao expor o momento atual com problemas ainda por resolver como a origem das línguas, a natureza da mente humana e a imprecisão do sujeito e sentido. Enfim, declara que o behaviorismo foi superado e têm-se hoje a mudança do ponto de vista do sistema para a atividade comunicativa e os usos da língua.
O último tópico do texto é dedicado às últimas influências que a linguística sofreu, em especial, ligadas ao avanço tecnológico com a comunicação digital e o uso da língua. O autor defende que a linguística do século XX é plural, inacabada e chega ao século XXI com dúvidas que demandam melhores análises. Então, simplifica o percurso da Linguística e conclui que no século XX, ela foi rica em perspectivas e não foi reduzida ao estruturalismo ou ao gerativismo, mostra a perspectiva do estudioso Eduardo Guimarães que persistiu no estruturalismo saussuriano como fenômeno social; o cognitismo de Chomsky com caráter biológico.
Marcuschi não cria novas dicotomias entre formalismo e funcionalismo, apoia-se em outros autores como Geoffrey Leech que enfatiza o seu pensamento na relação formalismo x funcionalismo, apesar de criticar Leech por não considerar a análise do discurso e o cognitivismo na visão sociointeracionista. Em suma, conclui que o funcionalismo observa os processos comunicativos nas relações entre os contextos comunicativos e que os formalistas chomskyanos acreditam na pouca influência das funções externas no sistema linguístico. O autor persegue nessas comparações e por fim, conclui que formalismo e funcionalismo dispersam-se, mas comungam e não formam duas vertentes incompatíveis, sobreviveram nas aceleradas mudanças dos últimos tempos.

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