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Estagio I atividade I

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Sabrina Eunice Oliveira Santiago Mat.: 201308105691
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA 10ª VARA CIVEL DA COMARCA DE FORTALEZA DO ESTADO DO CEARÁ.
Processo Nº 1234
 
CONSTRUTORA JUSTA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 202030304040, com sede em Fortaleza-Ce na Av. Barão de Studart, nº 1020, bairro Meireles, tendo como proprietátio o Sr. LUCAS, brasileiro, casado, engenheiro civil, portador do RG nº 5083, CPF nº 321, vem, por seu advogado (procuração anexa), que esta subscreve com escritório profissional á Rua Fiuza de Pontes, nº 268, bairro Centro, onde recebe intimações, a presença de V. Exa., apresentar CONTESTAÇÃO à AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE REPARAÇÃO DE DANOS proposta por ROGERIO, brasileiro, solteiro, técnico de informática , RG nº 1015, CPF nº 045 e Luana, brasileira, estudante de enfermagem, RG nº 1510, CPF nº 540, com base nos fatos e fundamentos a seguir expostos:	
SINTES DA INICIAL
 
 
 Os Requerentes ingressaram com ação de obrigação de fazer c/c pedido de reparação de danos alegando receio de não receber o imóvel até a data de seu casamento marcado para Julho, pois o mesmo tinha como prazo o mês de Janeiro. Por fim, pleiteiam a condenação da provida ao pagamento de danos patrimoniais de aluguel durante 2 anos e danos morais. 
PRELIMINAR – INÉPCIA DA INICIAL POR AUSÊNCIA DA CAUSA DE PEDIR
 
 Inicialmente, Nobre Julgador, flagrante se mostra a inépcia da inicial por ausência da causa de pedir, uma vez que não houve dano, pois a construtora ainda está no prazo de prorrogação de 6 meses do contrato.
 Neste sentido, analisamos o Código de Processo Civil que em seu art.330 em seu parágrafo 1º, inciso I dispõe:
 art. 330.  A petição inicial será indeferida quando:
 I - for inepta;
II - a parte for manifestamente ilegítima;
 III - o autor carecer de interesse processual;
 IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
§ 1o Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
(...)
 Por fim, diante o acima explanado, requer-se, em sede de preliminar o reconhecimento da ausência de causa de pedir.
 
 
MÉRITO 
 III.1) REALIDADE FÁTICA
 
 		 Efetivamente, nobre julgador há dois anos os requerentes realizaram contrato Promessa de Compra e Venda com a construtora no valor de R$350.000,00 (trezentos e cinquenta mil reais), cumprindo estas todas as suas obrigações contratuais, pagando as parcelas e balões relativos ao empreendimento, restando um saldo remanescente de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), a ser financiado após a entrega do bem, que tinha como prazo de entrega para o mês de Janeiro de 2013.
			 Contudo, a construtora prevê em seu contrato uma possível prorrogação de 6 meses para a entrega do empreendimento. Tendo o atraso nas obras decorrido por problemas de greve da categoria da construção civil, sendo este o motivo da dilatação da entrega. 
			Todavia, a contestante garante que no atual ritmo das obras, o empreendimento será concluído dentro da prorrogação.
 III.2) FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
 A Promovente, ajuizou ação exigindo reparação de danos patrimoniais e morais. Porém não há que se falar em danos, pois a obra ocorre dentro do prazo de prorrogação que é de 6 meses prevista no contrato. Desta forma a inicial seria inepta por não haver motivos para causa de pedir, conforme art. 330 do Código de Processo Civil em seu parágrafo 1º, inciso I.
 Ocorrem que tal situação ocorreu por motivos de força maior, causado por greve da categoria da construção civil, motivos este alheios à construtora. 
 Ademais ainda destacar que, o valor da causa esta desconexo do valor destacado no pedido, pois o valor do pedido serve de parâmetro para o valor da causa, desse modo, ambos devem estar em sintonia, entre eles não pode haver discrepância.
 Segundo  Humberto Theodoro Junior (2008, p. 284) :
  
(...) Determina-se, portanto, o valor da causa 
apurando-se a expressão econômica da 
relação jurídica material que o autor quer 
opor ao réu. 
 Com o até aqui explanado segue entendimento sobre o assunto:
TRF-2 - APELAÇÃO CIVEL AC 0 RJ 95.02.24366-8 (TRF-2)
Data de publicação: 13/08/1996
Ementa: PROCESSO CIVIL - CORREÇÃO DA INICIAL - VALOR DA CAUSAINCOMPATÍVEL COM O PEDIDO - PRESSUPOSTOS DO PROCESSO. I - NA CONDUÇÃO DO FEITO EXERCE O MAGISTRADO O PODER FISCALIZADOR E PROCEDIMENTAL DE ORGANIZAR OS ATOS E TERMOS FEITO, A TEOR DA LEI ADJETIVA. II - A NÃO ATRIBUIÇÃO DO VALOR COMPATÍVEL COM O BENEFÍCIO PATRIMONIAL É ELEMENTO SUFICIENTE PARA QUE SE MANTENHA A DECISÃO RECORRIDA.
 
 Por todo aqui o explanado duvidas não pairam sobre o a questão tratada, não podendo, por consequência, prosperar na demanda.
 
 
CONCLUSÃO
Ante o exposto, requer a Promovida a V. Exa.:
Premilinarmente, reconhecer a inépcia da petição inicial por ausência da causa de pedir.
No mérito que julgue a presente demanda TOTALMENTE IMPROCEDENTE. 
Condenar o autor ao pagamento das custas e honorários sucumbênciais, de acordo com o art. 85, paragrafo 2º do Código de Processo Civil, 20% sobre o valor da causa.
 Protesta por todos os tipos de prova em direito admitidas, em especial, depoimento do representante legal do promovente, juntada de documentos e oitiva de testemunhas.
Diante o exposto,
Pede Deferimento,
Fortaleza, 04 de setembro de 2017.
Sabrina Eunice Oliveira Santiago
OAB 12.354/ CE

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