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18 Sistema respiratório

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Sistema respiratório:
VAs superiores – por onde entra o ar
Tem uma parte comum ao sistema respiratório e digestório (faringe)
Depois da faringe, há uma estrutura como se fosse um esqueleto cartilagíneo e o sistema respiratório segue para o pulmão e pleura.
Respiração -> troca gasosa -> hematose. Ela pode ocorrer em 2 situações:
Pulmões: externa ou alveolar (CO2 -> O2)
Nos tecidos: interna ou tecidual (CO2 -> O2) 
Essa é a função principal, mas esse sistema ainda contribui com outras funções essenciais: 
Olfação - ocorre na parte superior da cavidade nasal, onde ficam as terminações nervosas relacionadas ao olfato. Quando o ar passa por essa cavidade ele é turbilhonado e forma uma “cúpula”. O impulso nervoso olfatório passa pela lâmina cribriforme e chega ao bulbo olfatório, que tem 2 sentidos, o uncus, que dá a sensação de odor e a área septal, que confere reações diferentes 
Fonação - quando o ar sai pela cavidade oral, faz vibrar as pregas vocais e leva à produção de sons 
Função primária: respiração
Funções secundárias: olfação e fonação
Divisão do sistema respiratório:
Porção condutora: vias aéreas superiores e inferiores
Porção respiratória: pulmões e pleura
A pleura é a serosa que envolve o coração. O deslizamento de uma pleura sobre a outra permite que haja o movimento respiratório.
Porção condutora: 
Nariz: desde a entrada da narina até as coanas, quando começa a faringe. Formado pelo nariz externo + cavidade nasal. É onde ocorre a captação do ar, além do seu acondicionamento (processos de filtração, aquecimento ou resfriamento e umidificação.) 
Ele se divide em nariz externo (parte piramidal que está na face, composta de osso, cartilagem e pele. [NOMES: raiz, dorso, ápice, asas, narinas, ossos nasais, cavidade septal (processos laterais, cartilagens alares maior e menor, cartilagens nasais acessórias, cartilagem septal. Isso forma o arcabouço do nariz externo)] e em cavidade nasal [NOMES: vestíbulo nasal, vibrissas, coanas (aberturas da faringe), canal respiratório (trajeto que o ar fará dentro da cavidade)]. 
Limites do nariz: parede anterior, parede medial, parede lateral(conchas nasais), assoalho(lâminas palatina da maxila e horizontal do palatino) e teto(osso nasal, osso frontal, etmoide, lâmina cribriforme e parte do esfenoide)] (que inclui uma parte do nariz externo. É como se fosse uma concha. [as duas primeiras formam uma cúpula.)
Concha nasal superior e média: etmoide
Concha nasal inferior: osso próprio
O espaço entre as conchas se chama meato. Meato superior, meato médio e meato inferior. 
As conchas nasais ampliam a superfície de contato com o ar e diminuem a sua velocidade, possibilitando o turbilhonamento e fazendo com que as partículas em suspensão toquem o teto da cavidade. 
Hipertrofia do corneto – nariz entupido
Cavidade nasal e fossa nasal não é a mesma coisa (anatomicamente). A cavidade é única e dividida em duas fossas. 
Existe um recesso posterior à concha nasal posterior, chamado recesso esfeno-etmoidal. 
Lâmina perpendicular do etmoide e lâmina perpendicular do vômer. (Juntura das duas é esquindelese) 
Mucosa vestibular: não é secretora, tem muitas vibrissas
Mucosa da concha superior e o correspondente septo-nasal: mucosa olfativa, muitas terminações nervosas
Mucosa respiratória: Abaixo, ocupando a concha média e a concha inferior e o septo. Há maior congestão vascular. É onde ocorre a filtração, umidificação e a adequação a temperatura 
SEIOS PARANASAIS: situados na cabeça. Têm comunicação com a cavidade nasal, fazem com que o ar circule dentro deles. 
Funções: diminuir o peso da cabeça (pois ficam em áreas sem força óssea). Se houver processo infeccioso na cavidade nasal, a tendência é que ela migre para os seios paranasais.
Seio frontal, seio maxilar (muitas vezes a parede é tão fina que a raiz do dente pode perfura-la. Um processo infeccioso do dente pode migrar para ele e levar a um quadro de sinusite), seio esfenoidal, seio etmoidais (divididos em células: anteriores, médias e posteriores. A comunicação com a cavidade nasal em cada célula é diferente) 
Comunicações com a cavidade nasal: 
Recesso esfenoetmoidal -> seio esfenoidal 
Células etmoidais posteriores -> meato superior
Hiato semilunar -> seio frontal e maxila. Mais acometido por sinusite. Essa fenda grande do seio semilunar possibilita a eficácia da nebulização 
No meato inferior, quem se abre é o ducto nasolacrimal. O canal respiratório passa por ali. É a lágrima que umidifica o ar 
Faringe: segmento seguinte. É comum ao sistema respiratório e ao digestório. O ar e o alimento se cruzam nela, de modo que se houver respiração e deglutição ao mesmo tempo, o indivíduo se engasga. Os esqueletos cartilagíneos mantêm a laringe sempre aberta, para que o ar passe da faringe e vá para a laringe, em vez do esôfago. 
Divisão: Naso-faringe vai das duas coanas até a úvula, aproximadamente na altura de C2. [NOMES: coanas, óstio interno da tuba auditiva, tórus tubal (que tem 2 braços, 2 expansões: prega salpingo-palatina e prega salpingo-faríngica), tonsila faríngica (hipertrofia dela: adenoide) ]
Buco-faringe/Oro-faringe: porção faríngica da língua, ponta da epiglote, aproximadamente entre C2 e C3. [NOMES: Istmo da fauce (estreitamento da garganta), ponta da epiglote, tonsila lingual, (parte da língua atrás do sulco terminal, com tecido linfoide), fossa tonsilar (onde ficam as amigdalas palatinas), 
Laringofaringe: Epiglote até aproximadamente o esôfago. De C3 a C5. [NOMES: ádito da laringe, recessos piriformes
Músculos extrínsecos da laringe: estilofaríngeo, constritor superior, médio e inferior
Músculos intrínsecos: levantador do véu palatino, tensor do véu palatino, salpingo-faríngico, palato-faríngico
Laringe: muito relacionada com a fonação. Há músculos que movimentam as cartilagens dela para permitir movimento das pregas vocais
Limites: superior – exatamente quando termina a bucofaringe
	Inferior – quando inicia a traqueia
	Posterior – laringofaringe e também o músculo constritor inferior da faringe
	Anterior – lâmina chamada pré-traqueal 
Esqueleto cartilaginoso: Está presente para manter as VAs abertas e o ar poder passar. Algumas são consideradas ímpares (dão estrutura física e também contribuem no movimento de deglutição. Se elevam e regulam a passagem do alimento. São elas: tireoide, epiglote e cricoide.) Quando a laringe sobe e o alimento empurra a epiglote para trás, ela empurra a parede da laringe. 
Cartilagens pares: fonação
Adito da laringe: camada de membrana interaritenoidea. Uma prega com uma artéria aritenoide cada uma
Tireoide: Membrana se prendendo ao hioide. Se o hioide sobe, sobe a laringe. Se o hioide desce, desce a laringe. A tireoide tem duas 2 laminas e há distancias diferentes na população. Isso faz com que haja maios ou menos
[NOMES: incisura tireóidea, membrana tireóidea, epiglote (ligamentos: tiroioide, tireoepiglotico) 
Traqueia: tubo cheio de anéis cheios de ligamentos. Aneis = mantêm a forma. Ligamentos = permitem o movimento sanfona durante a respiração. No final, ela se bifurca em brônquios principais, que por sua vez se dividem em brônquios segmentares ao longo dos lobos do pulmão, formando a árvore traqueo-brônquica
Bulbo constituído de anéis cartilaginosos. Fica entre a laringe e a bifurcação dos brônquios. Essa bifurcação se dá aproximadamente ao nível de T4 e o ângulo esternal. 
Estrutura da traqueia: composta por vários anéis incompletos dorsalmente, o que permite dilatações ou constrições. Em média são de 15 a 20, unidos por ligamentos anulares. Há o músculo traqueal. Corte transversal: Anel traqueal não é completo dorsalmente, tem um epitélio de revestimento interno com glândulas e cílios (que é a primeira porta de defesa de partículas estranhas no ar). Tem também uma estrutura de extrema importância, que se chama Carina traqueal. Ela tem receptores de pressão, que forçam o movimento de expulsão daquilo que encostar ali. 
Brônquios: Divisão: 
Brônquio principal direito(2,5 cm, além de ser mais largo, sua posição é como se fosse uma continuação da traqueia) 
 Brônquio principal esquerdo (5 cm). 
3 brônquios lobares no lado direito, 
2 brônquios lobares no lado direito. 
Brônquios -> bronquíolos segmentares -> bronquíolos terminais (até aqui é condução de ar) -> bronquíolos respiratórios (condução de ar e trocas gasosas)
Porção respiratória:
Pulmão: Pleura colada ao pulmão = visceral. Pleura encostada na parede da cavidade costal e diafragma: pleura parietal. Entre as duas há a cavidade pleural, com líquido, e elas deslizam.
Passa da clavícula e da primeira costela, até aproximadamente a sétima costela. Passa entre o corpo e o processo xifoide no lado direito. Lado esquerdo: porção em contato com o coração, passa na primeira clavícula e costela, vem até aproximadamente à sétima costela. Órgão cônico, age como um fole, há um a cada lado do mediastino. Tem uma face voltada para as costelas (face costal), uma face que se apoia no diafragma (face diafragmática) e uma face voltada para a parte central do tórax, o mediastino (face mediastínica). O pulmão direito tem uma fissura que o divide em lobo superior, outra que o divide em lobo médio e lobo inferior. O pulmão esquerdo tem apenas uma fissura, que o divide em lobo superior e inferior. Recessos de pleura: locais no finalzinho da pleura para onde o pulmão se expande na respiração. Para fazer ausculta, o lobo superior e o lobo médio devem ser abordados frontalmente. Já o lobo posterior deve ser abordado posteriormente. 
FACE FRONTAL:
Partes do pulmão direito: ápice, base, fissura horizontal (separa lobo superior do médio), fissura oblíqua (lobo inferior do médio e do superior) 
Partes do pulmão esquerdo: Ápice, base, fissura oblíqua (separa lobo superior do lado inferior), língula (que “substitui” o lobo médio, topograficamente) 
Face mediastínica:
PD: Brônquio principal direito, artéria pulmonar, veias pulmonares, linfonodos bronco-pulmonares direitos. Brônquio é acima e artéria é media e as veias são inferiores/anteriores
PE: artéria é acima, brônquio é médio e a veia é inferior e posterior 
SEGMENTAÇÃO PULMONAR:
O que caracteriza um segmento: uma artéria segmentar (ramo da artéria pulmonar) e um brônquio segmentar. O território de irrigação e o responsável pela entrada de ar e saída de ar uma determinada porção do pulmão é chamado SEGMENTO. Veia não faz parte do segmento, é interssegmentar. São 10 segmentos em cada pulmão.
LOBO SUPERIOR
S1: apical. 
S2: posterior
S3: Anterior
LOBO MÉDIO
S4: lateral
S5: medial
LOBO INFERIOR:
S6: Superior 
S7: Basilar medial
S8: Basilar anterior
S9: Basilar lateral
S10: Basilar posterior
Pulmão esquerdo:
Comprimido pelo coração, mais longo. Alguns segmentos se fundem.
LOBO SUPERIOR:
S1+S2: Ápicoposterior
S3: Anterior
S4: Lingular superior
S5: Lingular inferior
LOBO INFERIOR:
S6: Superior
S7+S8: Basilar Anteromedial
S9: Basilar lateral
Parênquima do pulmão
Pleura: 
Parietal: acompanha o diafragma
Costal: em contato com as costelas
Mediastínica: voltada para o mediastino
Diafragmática: voltada para o diafragma
Visceral: colada ao pulmão 
Cúpula pleural: parte acima da clavícula e da primeira costela, significando que se um projetil ou algum instrumento perfurante entrar acima da clavícula, vai atingir o pulmão 
Recessos costodiafragmáticos/costofrênicos: ????
Recessos costomediastínicos: ????
Mecânica respiratória:
Pulmão – fole (puxa o ar e joga pra fora)
Vias superiores: condicionamento do ar
Movimentos da caixa torácica: 
Precisa haver expansão lateral, anteroposterior e superoanterior 
Antes da pleura parietal existe uma fáscia revestindo toda a parede das cavidades. Em qualquer movimento de costela ou esterno, ela também se movimentará. A Pleura parietal e a visceral, assim como o líquido pleural, estão aderidas a ela. Tudo se move, por tensão superficial. 
Aumento no diâmetro longitudinal: principal elemento é o diafragma, que contrai.
Aumento no diâmetro lateral: junturas sinoviais que grudam as costelas ao esterno levantam e abaixam (movimento de alça de balde). Todos os músculos que se prendem às costelas fazem isso.
Aumento no diâmetro anteroposterior: esterno, no movimento de braço de bomba 
Quando houver movimento nesses três sentidos, o pulmão vai se encher de ar. 
Quem promove a expiração: intercostal interno
Quem promove a inspiração: intercostal externo

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