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6 A Era Vargas 1930 a 1945

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A ERA VARGAS: 1930-1945
JOSÉ AUGUSTO PAZ XIMENES FURTADO
Antes da Revolução de 1930: Brasil foi governado pelas oligarquias de MG e SP.
Usando de eleições fraudulentas, as oligarquias se mantinham no poder e conseguiam alternar, na presidência da República, políticos que representavam seus interesses: era a política do café-com-leite.
Houve descontentamento em setores militares (tenentes) que buscavam a moralização política do País.
Ano 1920: muitas agitações políticas.
A política dos governadores esgotava-se: burguesia cafeeira de SP articulada com as oligarquias dos demais estados da federação.
Ocorrência da Revolução de 1930: movimento armado que deu golpe de Estado, depondo Washington Luiz. Teve apoio de líderes militares. Getúlio chega à presidência.
Com o Golpe de 1930 terminou o domínio das oligarquias no poder. Vargas governou o Brasil de forma provisória entre 1930 e 1934 (governo provisório). 
Em 1934, foi eleito pela Assembleia Constituinte como presidente constitucional do Brasil, com mandato até 1937. 
Depois, através de um golpe com apoio de setores militares, permaneceu no poder até 1945, período conhecido como Estado Novo.
Era Vargas: primeiro, como governo provisório (1930 a 1934).
Constituição de 1934: Promulgada em 16/07/34 no Governo Provisório de Getúlio Vargas. 
Previa: Estados federativos; eleições diretas para presidente; mandato presidencial de quatro anos; extinguiu o cargo presidencial de vice-presidente; 
Limitou as garantias do habeas-corpus; criação do mandato de segurança; Instituiu a Justiça do Trabalho; 
Criou a Justiça Eleitoral; voto era universal secreto; nacionalizou os bancos; 
Permitia a organização de sindicatos e viabilizava uma melhor organização das massas trabalhadoras; proibições de diferenças salariais para o mesmo trabalho; salário mínimo; jornada de trabalho de oito horas diárias; proibição do trabalho infantil; 
Repouso semanal; férias remuneradas; indenização por demissão sem justa causa; assistência médica; criação da Previdência Social Pública (aposentadoria); extensão do direito de voto a homens e mulheres com mais de dezoito anos. 
Recepcionou o constitucionalismo social de Weimar. 
Fixou direitos sociais. 
Implantou a Justiça do Trabalho. 
Regime federativo, entre outras conquistas: foi o período do governo constitucional (1934-1937). 
Mudanças com o Estado Novo (1937-1945): Vargas ditador. 
Veio uma nova Constituição (1937), também chamada de polaca (inspirada nas Constituições fascistas da Itália e da Polônia). 
Vargas passou a ser chamado de protetor dos trabalhadores, o pai dos pobres. 
A Constituição de 1937 sofreu também influência da Constituição portuguesa de 1933 (governo Salazar), da Carta del Lavoro (legislação fascista de 1927), além da Constituição gaúcha de 1891.
Durante todo o Estado Novo, Vargas governou por intermédio de decretos-leis. 
No artigo 187, a Constituição determinava a sua necessidade de ser submetida a um plebiscito nacional para sua aprovação definitiva. Tal não ocorreu. 
Também não houve as eleições para o Parlamento, que deveriam acontecer após o plebiscito. 
Os estados passaram a ser governados por interventores. 
O Senado foi extinto, mas continuavam a Câmara dos Deputados, Conselho Federal (que substituiu o Senado), e Câmaras Municipais. 
O Governo Federal poderia intervir nos estados. 
Nada dizia sobre partidos políticos. 
Não fazia referência à Justiça Eleitoral. 
Os direitos e garantias individuais foram mantidos – artigo 122. 
Foram mantidos os preceitos pertinentes à legislação trabalhista, conquistados na Constituição de 1934. 
Quanto à família, o casamento era indissolúvel. 
O Estado Novo foi definhando ao longo do tempo. Getúlio Vargas foi afastado do poder em 1945.
Questões marcantes nesse período de seu afastamento: concessão de anistia; realização de eleições presidenciais; o queremismo (continuidade de Vargas no poder), e a convocação da Assembleia Constituinte. 
Houve, em 1943, o Manifesto dos Mineiros, pedindo que fosse instalado no Brasil um regime democrático, e favor do povo brasileiro. 
Em 1945 foram criados os três grandes partidos políticos que se manteriam influentes até 1964: PSD (Partido Social Democrático), UDN (União Democrática Nacional) e o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro).
Havia também o PCB (Partido Comunista Brasileiro), que apoiava Vargas, sob a orientação do governo soviético. 
Vargas foi obrigado a renunciar. 
Os militares, a oposição liberal, e os dois candidatos à presidência (Eduardo Gomes e Dutra), acordaram que poder deveria ser entregue, temporariamente, ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro José Linhares.

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