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resenha critica gestão de recursos

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E SAÚDE
DISCIPLINA: POLÍTICAS E PLANEJAMENTO DE SAÚDE 
RESENHA CRITICA
OBRA ORIGINAL: Financiamento, gasto público e gestão dos recursos em saúde:
o cenário de um estado brasileiro.
( Valéria Rodrigues Leite, Kenio Costa Lima, Cipriano Maia de Vasconcelos. 
In.: Revista Ciência & Saúde Coletiva, v. 17, n. 7, 2012.)
TERESINA – PI
2017
Valéria Rodrigues Leite é graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, mestre em Engenharia da Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente é professora Associada II da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, possuindo experiência na área de Economia das Empresas e Gestão de Políticas Públicas, atuando principalmente em temas como qualidade, descentralização, saúde, conselho, gestão e eficiência.
O artigo intitulado “Financiamento, gasto público e gestão dos recursos em saúde: o cenário de um estado brasileiro” é uma das obras desta autora que trabalha na área de gestão em saúde. O artigo em questão examinou a composição, a direção e a gestão dos recursos na área da saúde em um estado do nordeste do Brasil. Com o presente trabalho foi possível concluir que o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) é feito com pequena participação dos recursos estaduais, sendo majoritariamente financiado por recursos federais e municipais. Quanto à gestão, foi observado uma centralização das ações nas prefeituras e que os gastos eram maiores com a atenção básica. 
Dentre os serviços públicos prestados à população, é quase consenso que o serviço de saúde é um dos mais importantes, conforme indica um estudo realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (ROSA, 2011). Devido a este panorama, a saúde é uma das áreas que devem receber maior atenção dos entes governamentais dada a sua importância para o bem-estar da população. Para isso, faz-se necessária uma gestão financeira adequada dos recursos públicos como um todo, assumindo pressupostos básicos como os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, conforme preconiza o artigo 37 da Constituição Federal de 1988.
A descentralização da gestão em saúde no sistema brasileiro implica na ampliação da autonomia das esferas estaduais e municipais, que requisitarão qualificação para a realização de um conjunto de funções públicas (PASCHE, et al., 2006). No entanto, as secretarias municipais e os conselhos de saúde só cumprem em parte a legislação e apresentam dificuldades na autonomia e no controle social. Os instrumentos de planejamento e gestão destes órgãos, bem como seu papel fiscalizador são limitados em função das contradições presentes no contexto institucional, político e cultural no âmbito regional de atuação destes órgãos. 
É importante destacar também o problema do planejamento financeiro dos serviços de saúde, visto que na maioria das vezes é feito por pessoas que não tem conhecimento técnico e operacional na área de saúde. Devido a esta incapacidade técnica da maioria dos gestores é comum encontrar investimentos que não condizem com a realidade/necessidade do serviço de saúde. Dias e colaboradores (2013) citam a má administração, não pagamento de tributos pelo município, fraca fiscalização do Conselho Municipal de Saúde e processo licitatório irregular como alguns dos principais fatores que geram ineficiência relacionada à aplicação de recursos da saúde repassados pela União aos municípios.
 Em parte, a culpa destes erros é devido principalmente aos conselhos de saúde e os representantes sociais que fazem parte do mesmo. Este órgão e seus participantes, principalmente os representantes populares, devem ter um papel primordial de fiscalizador em todos os passos dados na gestão dos serviços de saúde. Porém a falta de qualificação técnica destes conselheiros e até mesmo o cenário político que os envolve leva a realização de um processo que não é totalmente representativo. 
Desta forma, os conselhos de saúde e a própria população, na maioria das vezes, ficam a margem das decisões tomadas na gestão do serviço e são somente meros coadjuvantes em um cenário político dominado pelo interesse dos burocratas que administram os municípios. Para mudar este cenário é necessário políticas que incentivem a participação popular na fiscalização da gestão pública dos recursos de saúde, além de qualificar os gestores e conselheiros sobre o seu papel como agentes públicos e representantes do povo. Outra mudança importante que pode melhorar a gestão em saúde, consiste em dar mais autonomia aos conselhos de saúde e seus conselheiros, evitando assim as influencias do cenário de interesses políticos do sistema administrativo municipal. 
Referências 
ROSA, L. Depois da casa própria, o maior sonho do brasileiro é dar plano de saúde à família. Clipping de Notícias Abramge, Brasil Econômico, Especial Seguros. Abril/2011 
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. (1988). Disponível em http://www.senado.gov.br/legislacao/const/con1988/CON1988_29.03.2012/CON1988.pdf. Acesso em: 25/03/2017
PASCHE, D.F., RIGHI, L.B.,THOME, H.I., STOLZ, E.D. Paradoxos das políticas de descentralização de saúde no Brasil. Rev Panam Salud Publica; 20(6):416- 422. 2006.
DIAS, L.N.S. et al. Fatores associados ao desperdício de recursos da saúde repassados pela união aos municípios auditados pela Controladoria Geral da União. 2013.

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