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METROLOGIA – AULA 3

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METROLOGIA – AULA 3
Sistema metrológico brasileiro
SIMBOLOGIA E TOLERÂNCIAS
Professora Fernanda maura
Sinmetro
Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
Lei nº 5.966, de 11 de dezembro de 1973
Conmetro
Conselho Nacional de Metrologia
Normalização e Qualidade Industrial
Comitês Técnicos
Comitê Brasileiro de Metrologia (CBM)
Comitê Brasileiro de Avaliação da Conformidade (CBAC)
Comitê Codex Alimentarius do Brasil (CCAB)
Comitê Brasileiro de Normalização (CBN)
Comitê Brasileiro de Regulamentação (CBR)
Comitê Brasileiro de Barreiras Técnicas ao Comércio (CBTC)
CPCON
Inmetro: 
Secretaria Executiva e Executor das Políticas
10 Ministérios
CNI
Idec
ABNT
SINMETRO - PBAC
 Conmetro: estabelece políticas e diretrizes
 Comitês Assessores: proposições
 Comitê Brasileiro de Regulamentação - CBR
 Comitê Brasileiro de Normalização - CBN
 Comitê Brasileiro de Metrologia - CBM
 Comitê Brasileiro de Avaliação da Conformidade - CBAC
 Comitê Brasileiro do Codex Alimentarius - CBAC
Organização e Gestão da Atividade
Inmetro
Principais Atividades
 Metrologia Científica e Industrial
 Metrologia Legal
 Avaliação da Conformidade 
 Acreditação de Organismos e Laboratórios
 Ponto Focal do Acordo de Barreiras Técnicas da OMC
TOLERÂNCIAS
Nas construções mecânicas é impossível obter exatidão absoluta das dimensões indicadas no desenho, por diversos motivos:
desgaste da ferramenta;
desalinhamentos, vibrações e folgas da máquina;
variações de temperatura;
erros de posicionamento da peça, da ferramenta, do operador, de medida, etc.;
determinação das medidas adequadas para as peças, isto é, falta ou excesso de precisão.
O controle de todas essas variáveis acarretaria em um alto custo da produção. Porém não é necessário que as peças sejam exatamente iguais. Certas variações dimensionais são permitidas, aceitáveis, toleráveis, em função do tipo de acoplamento e finalidade a que se destinam. Basta determinar, então, os limites máximo e mínimo toleráveis e garantir que a dimensão real da peça esteja entre eles, de forma que esta se acople adequadamente e que o conjunto funcione conforme o especificado no projeto.
Definições e Simbologias
PROJETO : É um desenho mecânico indicando a forma e as dimensões da peça, de modo a se reproduzir um número ilimitado sem necessidade de novas informações.
DIMENSÃO NOMINAL – D : É a dimensão básica da peça e que fixa a origem dos afastamentos. É a dimensão indicada no projeto, em milímetros [mm]. 
DIMENSÃO EFETIVA – dimensão medida, geralmente não coincide com a dimensão nominal. 
INTERCAMBIALIDADE: É a possibilidade de se tomar ao acaso uma peça qualquer de um lote e utilizá-la na montagem de um conjunto, sem necessidade de qualquer trabalho de usinagem e com segurança de que equipamento funcionará conforme o especificado.
SISTEMAS DE TOLERÂNCIA: Conjunto de princípios, regras, fórmulas e tabelas que permite a escolha racional de tolerâncias para a produção econômica de peças mecânicas intercambiáveis. Têm por finalidade estabelecer limites para os desvios, em relação à dimensão nominal e evitar que se tente obter uma exatidão excessiva nas dimensões das peças.
Dimensões Limites – valores máximos e mínimos admissíveis para a dimensão efetiva. 
Dimensão Máxima (Dmax) – valor máximo admissível para a dimensão efetiva. 
Dimensão Mínima (Dmin) – valor mínimo admissível para a dimensão efetiva. 
Tolerância (t) – variação permissível da dimensão da peça.
 t = Dmax - Dmin
Afastamento – diferença entre as dimensões limites e a nominal. 
Afastamento Inferior- diferença entre a dimensão mínima e a nominal. Símbolo para furo Ai e para eixo ai.
 Afastamento Superior – diferença entre a dimensão máxima e nominal. Símbolo para furo As e para eixo as.
Linha Zero – linha que nos desenhos fixa a dimensão nominal e serve de origem aos afastamentos. 
Eixo – Termo convenientemente aplicado para fins de tolerâncias e ajustes, como sendo qualquer parte de uma peça cuja superfície externa é destinada a alojar-se na superfície interna da outra.
 Furo - Termo convenientemente aplicado para fins de tolerâncias e ajustes, como sendo todo o espaço delimitado por superfície interna de uma peça e destinado a alojar o eixo. 
Folga ou Jogo (F) – diferença entre as dimensões do furo e do eixo, quando o eixo é menor que o furo. 
Folga Máxima (Fmax) – diferença entre as dimensões máxima do furo e a mínima do eixo, quando o eixo é menor que o furo. 
Folga Mínima (Fmin) - diferença entre as dimensões mínima furo e a máxima do eixo, quando o eixo é menor que o furo. 
Interferência (I) – diferença entre as dimensões do eixo e do furo, quando o eixo é maior que o furo. 
Interferência Máxima (Imax) – diferença entre a dimensão máxima do eixo e a mínima do furo, quando o eixo é maior que o furo. 
Interferência Mínima (Imin) – diferença entre a dimensão mínima do eixo e a máxima do furo, quando o eixo é maior que o furo. 
Ajustes ou Acoplamentos
Ajuste com Folga – o afastamento superior do 
eixo é menor ou igual ao afastamento inferior do
furo. 
Ajuste com Interferência – o afastamento superior 
do furo é menor ou igual ao afastamento inferior
 do eixo. 
Ajuste Incerto – o afastamento superior do eixo é maior que o afastamento inferior do furo e o afastamento superior do furo é maior que o afastamento inferior do eixo. 
Eixo Base – é o eixo em que o afastamento superior é pré-estabelecido como sendo igual a zero.
 Furo Base - é o furo em que o afastamento inferior é pré-estabelecido como sendo igual a zero. 
Campo Tolerância – é o conjunto de valores compreendidos entre o afastamento superior e inferior. Por convenção, as tolerâncias que estão sobre a linha zero são positivas (+) e as que estão sob tal linha são negativas (-). 
SISTEMA ISO DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES
As principais características do sistema ISO são:
• divisão em grupos de dimensões nominais, variando de 1 a 500 mm
• série de 20 tolerâncias fundamentais para cada grupo de dimensões acima.
• série de posições, em relação a linha zero, que determinam a categoria do ajuste (folga ouinterferência)
Este conjunto de características é resumido em uma das mais importantes tabelas, Tabela de tolerâncias fundamentais.
O sistema ISO possui uma extensão para dimensões acima de 500 mm.
 A partir dos números normalizados da tabela acima, a norma ABNT NB-86 fixa grupos dedimensões utilizados para elaboração do ajuste.
Exemplo de ajuste : 55 F7/h6
EIXO: 55 h6 
• dimensão nominal [mm]: D = 55 • posição no campo de tolerância: h 
• afastamento superior [μm]: as = 0 • afastamento inferior [μm]: ai = -19
• dimensão máxima [mm]: Dmáx = D + as = 55 + 0 = 55 
• dimensão mínima [mm]: Dmín = D + ai = 55 + (-0.019) = 54.981
• tolerância de fabricação [μm]: te = as - ai = 0 - (-19) = 19
FURO: 55 F7 
• dimensão nominal [mm]: D = 55 • posição no campo de tolerância: F
• afastamento superior [μm]: As = 60 • afastamento inferior [μm]: Ai = 30
• dimensão máxima [mm]: Dmáx = D + As = 55 + 0.060 = 55.060 
• dimensão mínima [mm]: Dmín = D + Ai = 55 + 0.030 = 55.030
• tolerância de fabricação [μm]: tf = As - Ai = 60 - 30 = 30 
AJUSTE 55 F7/h6 
• ajuste com folga, livre, normal.
• folga máxima [μm]: F = As - ai = 60 - (-19) = 79
• folga mínima [μm]: f = Ai - as = 30 - 0 = 30
• tolerância de funcionamento [μm]: T = F - f = 79 - 30 = 49
Referências 
Apostila de metrologia/ Flávio de Marco Filho, José Stockler C. Filho. - Rio de Janeiro: UFRJ, Sub-Reitoria de Ensino de Graduação e Corpo Discente/SR-1, 1996.106 p. – (Cadernos Didáticos UFRJ; 29)
Introdução à Metrologia/ Dr. Eduardo Braga. Disponível em: http://ufpa.br/getsolda/docs_graduacao/AULA%20METROLOGIA.pdf

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