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GUIA RA PIDO PARA PSICOPATOLOGIA (Completo)

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GUIA RÁPIDO PARA PSICOPATOLOGIA. 
Na súmula: 
1 – Apresentação 
2 – Atitude 
3 – Consciência 
4 – Atenção 
5 – Orientação 
6 – Sensopercepção 
7 – Memória 
8 – Inteligência 
9 – Afetividade 
10 – Vontade e pragmatismo 
11 – Pensamento 
12 – Juízo de realidade 
13 – Psicomotricidade 
14 – Linguagem 
15 – Consciência do eu 
16 – Consciência de morbidade 
17 – Planos para o futuro 
 
 
 
Radicais importantes: 
Hiper: aumento 
Eu/Normo: normal, sem alteração 
Hipo: diminuição 
A: ausência 
Para/Dis: deficiência 
 
1 – APRESENTAÇÃO: 
Tipo constitucional, condições de higiene pessoal, adequação do vestuário, cuidados 
pessoais. Não confundir com a classe social a que pertence o indivíduo. Ex: “Paciente é 
alto, atlético e apresenta-se para a entrevista em boas condições de higiene pessoal, com 
vestes adequadas, porém sempre com a camisa bem aberta. 
Pode ser: Inadequada, extravagante, excêntrica, bizarra, peculiar, desleixada etc. 
2 - ATITUDE: 
Lugar de fala do sujeito. 
Cooperativo, submisso, arrogante, desconfiado, apático, superior, irritado, indiferente, 
hostil, bem-humorado, etc. Ex: “Mostra-se cooperativo, mas irrita-se ao falar de sua 
medicação...” 
Outras possibilidades: Altiva, Responsiva, Desconfiada, Manipuladora, Sedutora, 
Desinibida, Suspicaz etc. 
 
3 - CONSCIÊNCIA (1a função psiquica): 
Definição: estado de vigília e lucidez no qual o ser humano se encontra em contato com a 
realidade. Continuum de instantes; clareza do sensório. 
•Foco: parte central, mais iluminada da consciência. 
•Margem: periferia menos iluminada, parte mais nebulosa da consciência. 
ALTERAÇOES QUANTITATIVAS 
1.Obnubilaçao/turvação: rebaixamento da consciência em grau leve a moderado. O 
paciente possui uma lentidão de compreensão e dificuldade de concentração. 
2.Sopor: marcante turvação da consciência. O paciente so ficara acordado se utilizado 
estimulo enérgico, principalmente a dor. Claramente sonolento com psicomotricidade 
mais comprometida. 
3.Coma: grau mais profundo de rebaixamento da consciência. Não é possível qualquer 
ação voluntaria consciente. 
Delirium: termo mais adequado para designar a maioria das síndromes confusionais 
agudas. Aparece muito em pacientes idosos e com doenças somáticas. Diz respeito aos 
quadros de rebaixamento da consciência leve a moderado (turvação ou obnubilaçao), 
acompanhado de desorientação temporoespacial, dificuldade de concentração, discurso 
ilógico e confuso, alucinações quase sempre visuais e ilusões. EM QUALQUER CASO 
DE DELIRIUM O REBAIXAMENTO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA É O SINTOMA 
CENTRAL. 
Casos de rebaixamento da consciência estão ligados a causas orgânicas (intoxicação ou 
abstinência) ou traumáticas (acidentes). 
Opções de respostas na súmula: 
•Preservada 
•Rebaixada 
•Rebaixada? 
4 - ATENÇÃO (2a função psiquica): 
Definição: direção da consciência, o estado de concentração da atividade mental sobre 
determinado objeto. Parte central dos momentos da consciência 
“prosexia”: radical utilizado para indicar as alterações quantitativas da atenção. 
COMPONENTES DA ATENÇAO: 
• Tenacidade: permanecer em foco em um objeto. 
• Vigilância: capacidade de mudar o foco. 
ALTERAÇOES: 
1. Normoprosexia: sem alterações. 
2. Hipoprosexia: diminuição global da atenção, ou seja, perda básica da capacidade de se 
concentrar, diminuição dos estímulos do ambiente. 
3. Hiperprosexia: estado de atenção exacerbado. Não necessariamente associado a um 
aumento de desempenho cognitivo. 
4. Aprosexia: atenção totalmente abolida. 
5. Distração (hipertenaz e hipovigil): superconcentraçao sobre um determinado objeto, 
ignorando tudo a sua volta. 
6. Distrabilidade (hipotenaz e hipervigil): instabilidade marcante e mobilidade acentuada 
da atenção, incapacidade de focar em um único objeto. A atenção facilmente é desviada 
de um objeto para outro. 
 
5 – ORIENTAÇÃO (3a função psíquica): 
Definição: capacidade de situar-se quanto a si mesmo e quanto ao ambiente é elemento 
básico da atividade mental. 
TIPOS DE ORIENTAÇAO: 
• Autopsíquica: orientação do individuo em relação a si mesmo. Revela se o sujeito sabe 
quem é: nome, idade, profissão, nascimento, etc. 
• Alopsíquica: diz respeito à capacidade de orientar-se em relação ao mundo, isto é, 
quanto ao espaço e quanto ao tempo. 
- Orientação espacial: verificar se o paciente sabe o lugar onde está, o bairro, a cidade, se 
ele sabe o caminho de casa, etc. 
- Orientação temporal: verificar se o paciente sabe o dia em que está, o mês, o ano, a 
época, a noção da duração do tempo e etc. 
Normalmente, o paciente primeiro perde a orientação temporal, depois a espacial e por 
último a autopsíquica (num quadro degenerativo). 
Opções de respostas na súmula: 
•Globalmente orientado (preservou tanto a autopsíquica quanto a alopsíquica) 
 •No caso de desorientado em apenas uma é preciso especificar, por exemplo: orientado 
autopsiquicamente, orientado espacialmente, desorientado temporalmente. 
•Duplamente orientado (possui uma orientação de si mesmo normal e, ao mesmo tempo, 
uma delirante – acredita ser outra pessoa). Acréscimo de uma narrativa delirante a uma 
orientação autopsíquica original. Implica uma alteração de Consciência da Identidade do 
Eu. 
6 – SENSOPERCEÇÃO (4a função psiquica) 
Definição: fenômeno passivo elementar gerado por estímulos físicos, químicos, ou 
biológicos, originados fora ou dentro do organismo (sensação). Fenômeno ativo onde há 
a tomada da consciência, pelo individuo do estimulo sensorial (percepção). 
“estesia”: radical utilizado para indicar as alterações quantitativas da sensopercepçao. 
ALTERAÇOES QUANTITATIVAS: 
1. Hiperestesia: percepções encontram-se anormalmente aumentadas em sua intensidade 
e duração. Comum em quadros maniformes e intoxicações. 
2. Hipoestesia: o paciente percebe o mundo como se não tivesse cor e as coisas sem 
prazeres, comum em casos depressivos. 
ALTERAÇOES QUALITATIVAS: 
1. Ilusão: tem a percepção deformada de um objeto real e presente. Ocorre em três 
condições (rebaixamento de consciência, fadiga grave e estados afetivos). As ilusões 
mais comuns são as visuais e auditivas. 
2. Alucinação: a percepção de um objeto, sem que este esteja presente, sem o estimulo 
sensorial respectivo. 
TIPOS DE ALUCINAÇAO: 
• Auditiva (mais comum) 
• Olfativas 
• Táteis 
• Visuais 
• Sinestésica (troca de uma sensação pela outra, ou a combinação delas, ex: “escuto 
cores”) 
• Cenestésica (vivências internas do corpo, ex: “sinto meu estômago se esfarelando”) • 
Cinestésica (movimentos externos em relação ao corpo, ex: “o ventilador estava vindo 
em direção a minha cabeça”) 
3. Alucinose: o paciente possui uma crítica, uma idéia de que está alucinando, de que 
aquilo não é normal. Causas orgânicas. 
4. Pseudoalucinaçao: quase uma alucinação. Impressão de uma alucinação. Os contornos 
não são tão nítidos quanto na alucinação, possui um caráter exteriforme no qual o sujeito 
cogita a imaginação. Comum em casos de histeria. 
Obs.: Alucinações são alterações paradigmáticas. Para ver algo é preciso estar 
mergulhado numa cultura e suas nuances de sentido. 
 
 
7 - MEMÓRIA (5a função psíquica): 
Definição: é a capacidade de registrar, manter e evocar as experiências e os fatos já 
ocorridos. Reconstrução de narrativas. Ela se relaciona intimamente com a o nível de 
consciência, com a atenção e com o interesse afetivo. 
Memória de Fixação (curto-médio prazo) X Memória de evocação (longo prazo) -> 
Procurar dizer algo sobre ambas. 
“mnésia”: radical utilizado para indicar as alterações quantitativas da memória. 
Lei de Ribot (Lei da Regressão Mnêmica): como a memóriaregride, qual é o curso 
habitual de perda da memória: 
1. Elementos mais recentes 2. Elementos mais complexos 
3. Elementos mais estranhos 4. Elementos mais neutros/com menor carga afetiva 
ALTERAÇOES QUANTITATIVAS: 
1. Hipermnésias: super memória na qual uma lembrança “atropela” a outra e, portanto, 
essas lembranças possuem menos qualidades. Fluxo intenso que acarreta perda de clareza 
e precisão. Comum em quadros maníacos e intoxicações. 
2. Amnésia/ hipomnésia: perda de memória. Essa perda pode ser: 
- anterógrada: não consegue guardar as coisas a partir do evento que causou o trauma. 
- retrógrada: não consegue lembrar-se de fatos ocorridos antes do trauma. 
- retroanterógrada: ambos os casos. (comum em traumatismos cranianos) 
- psicogênica – perda de elementos mnêmicos focais dotados de valor simbólico ou 
afetivo 
ALTERAÇOES QUALITATIVAS (paramneses): 
1. Ilusão mnêmica: acréscimo de elementos falsos a um núcleo verdadeiro. Ex: fui a aula 
(verdadeiro) e o professor me xingou (falso). 
2. Alucinação mnêmica: totalmente delirante e falso. Peça delirante que vem sob a forma 
de recordação. 
3. Confabulações/fabulações: pessoa mente, sem querer e perceber. Ocorre geralmente 
devido a falhas na memória. Mentiras não intencionais, em geral provocadas pela própria 
interação com o entrevistador. Enxertos mnêmicos num contexto de lacunas 
preexistentes, que podem ser provocadas por sugestão. Característica de quadros 
orgânicos e geralmente ligadas a um déficit de memória de fixação. Comum no 
alcoolismo crônico. 
4. Criptomnésia: lembranças que aparecem como fatos novos aos pacientes. Típico da 
demência. 
5. Ecmnésia: recaptulação abreviada e panorâmica, recordação condensada (experiências 
de quase-morte). 
 
Opções de respostas na súmula: 
•Diferenciar, se for o caso, a memória de fixação e a de evocação 
 
8 – INTELIGÊNCIA (6a função psíquica): 
Definição: conjunto das habilidades cognitivas do indivíduo; o vetor final dos diferentes 
processos intelectivos. É a capacidade de identificar e resolver problemas novos, 
encontrar soluções, as mais satisfatórias possíveis para si e para o ambiente, respondendo 
às exigências de adaptação biológica e sociocultural. Ela é um constructo, um modo de 
ver e estudar uma dimensão do funcionamento mental. 
Retardo mental: comprometimento das habilidades cognitivas que são adquiridas ao 
longo do desenvolvimento, na infância e na adolescência. Desenvolvimento interrompido 
ou incompleto. O que difere o grau é a capacidade de autonomia do indivíduo. 
Retardo mental leve – ligado a privações psicossociais, autismo. Com frequência leva a 
transtornos emocionais, de conduta ou hiperatividade. 
Retardo mental grave – distúrbios físicos e neurológicos 
Opções de respostas na súmula: 
1. Inteligência preservada 
2. Inteligência diminuída 
9 – AFETIVIDADE (7a função psiquica): 
Definição: um termo genérico que compreende várias modalidades de vivências afetivas, 
como o humor, as emoções e os sentimentos. 
HUMOR (estado de espírito, estado emocional basal. Disposição afetiva, formado de 
afetividade mais estável, menos reativo aos acontecimentos) X SENTIMENTOS E 
EMOÇOES (relacionado com o outro, modulado pelo outro, afetado pelo outro, 
circunstâncial, reativo. Sentimentos são associados a conteúdos intelectuais) 
Teoria das emoções de James-Lange: uma emoção é uma espécie de percepção cognitiva 
sobre o que acontece no corpo durante um impacto. 
Catatimia: É a importante influência que a vida afetiva, o estado de humor, as emoções, 
os sentimentos e as paixões exercem sobre as demais funções psíquicas. Ex: ilusão 
catatímica = ilusão ilustrada pela afetividade. 
ALTERACOES PATOLÓGICAS DA AFETIVIDADE: 
a) Alterações do humor (distimia): 
1. Hipotímico: diminuído. Depressão 
2. Hipertímico: aumentado. Euforia, mania. 
3. Disforia: distimia acompanhada de mal-humor, amargura, desgosto e agressividade. 
Tonalidade desgradável do humor. Rancor, peso, trato difícil, desgosto. 
 4. Irritabilidade patológica: agressividade, hostil, hiper-atividade. Explosões, rompantes. 
B) Alterações das emoções e sentimentos 
1. Anedonia: não sente prazer. 
2. Paratimia: descompasso entre o que vivencia e como se comporta. Ex: recebe uma 
noticia boa e fica triste. Fragmentação radical, típica do sujeito cindido. 
3. Ambitimia: experimentar sentimentos opostos ao mesmo tempo. Também típica do 
sujeito cindido. 
4. Neotimia: sentir algo que não poderia imaginar que viria a sentir, algo novo. Típica do 
pródromos do surto. Afeto jamais experimentado, sentido com estranheza radical 
pulverizada. 
5. Labilidade afetiva: mudanças súbitas. Começar a chorar ou a rir do nada. Acesso 
facilitado ao choro ou riso. 
6. Incontinência afetiva: não conseguir para de rir ou de chorar. 
7. Apatia: não consegue sentir nada. Progressiva instalação da indiferença. Aplainamento, 
embotamento afetivo, esvaziamento. Típico da depressão e de quadros esquizofrênicos de 
longo tratamento. Nos casos depressivos, sugere encapsulamento, baixa interação 
emocional. 
8. Fobias: medos patológicos. 
Hipomodulação afetiva: pouca variação emocional, em qualquer sentido. Isolamento 
afetivo, afeto não acompanha o pensamento. Mecanismo defensivo não-consciente, 
característico da neurose obsessiva. 
Na súmula: diferenciar alterações do humor de alterações de sentimentos e emoções. 
Exs: 1. Humor hipertímico e labilidade afetiva e incontinência afetiva. 
 
10 - VONTADE E PRAGMATISMO (8a função psiquica): 
Definição: vontade é a capacidade de escolha, enquanto o pragmatismo é a vontade 
colocada em prática. Um pode estar preservado e o outro não. 
“bulia”: radical utilizado para indicar as alterações quantitativas da vontade. 
Ato volitivo ou processo volitivo: 
1. Intenção 
2. Deliberação 
3. Decisão 
4. Execução – atos psicomotores são postos em funcionamento afim de realizar o que 
mentalmente foi decidido. 
ALTERAÇOES QUANTITATIVAS: 
1. Hipobulia: diminuição da atividade volitiva. Comum na depressão. 
2. Hiperbulia: aumento dos atos volitivos. Comum na mania. 
3. Abulia: abolição quase completa dos atos volitivos. 
ALTERAÇOES QUALITATIVAS: 
1. Impulso: pula da fase de intenção do ato volitivo para a execução em função da 
intensidade que o individuo tem com seus desejos. É egossintônico, ou seja, o individuo 
não percebe tal ato como inadequado. Ele não tenta evitar-lo ou adiar-lo. 
2. Compulsão: o individuo fica transitando entre as três primeiras fases do ato volitivo. É 
egodistônica por ser reconhecida pelo individuo como um ato indesejável e inadequado. 
O sujeito tenta adiá-lo ou evitá-lo. 
TIPOS: 
- IMPULSO OU COMPULSAO AGRESSIVOS E DESTRUTIVOS: podem ser auto-
dirigidos ou dirigidos à alguém. Ex: automutilação, tricotilomania (arrancar o cabelo), 
frangofilia (destruir objetos), piromania (colocar fogo), ato suicida... 
- IMPULSO OU COMPULSAO DE INGESTAO DE SUBSTÂNCIA: dipsomania 
(álcool), bulimia, polidisia(sentir mutia sede), potomania (beber muita água sem sede)... - 
IMPULSO OU COMPULSAO SEXUAIS: fetichismo, exibicionismo, pedofilia, 
pederastia, gerontofilia, zoofilia... 
- OUTROS: negativismo, sitiofasia (recusa de alimentos), fenômenos do eco... 
Na súmula: diferenciar vontade de pragmatismo. Ex: aumento da vontade (hiperbulia), e 
pragmatismo diminuído. 
Obs.: Obsessão – pensamento com forte impulso ou imagem vivido de forma intrusiva, 
com forte intenção e deliberação. Vivido com angústia, frequentemente com temáticas 
difíceis, que se chocam com o conjunto de crenças morais. 
Compulsão – ação que pode ou não ter relação com a obsessão. 
Impulso – curto-circuito da vontade, execução direta, que não impede uma elaboração 
posterior. 
“Acting out” (mostração) –intencionado a um objeto mas demonstrado a outro 
“Passagem ao ato” – Sujeito se ausenta da cena e escoa em direção à ação 
 
11 – PENSAMENTO (9a função psíquica): 
Dimensões do processo de pensar: curso (fluir do pensamento), forma (estrutura do 
pensamento) e conteúdo. 
ALTERACOES DO CURSO: 
1. Aceleração 
2. Lentificação 
3. Bloqueio 
4. Roubo 
5. Inserção: pensamento que não me pertencem, rejeição de um conteúdo pelo sujeito. 
ALTERACOES DA FORMA: desarrumações 
1. Fuga de idéias: pensamento mais organizado. Fazer desvios. Volubilidade associativa, 
desvios por associação ou assonância. 
2. Dissociação (afrouxamento dos nexos associativos, descarrilhamento, desagregação): 
Os pensamentos passam progressivamente a não seguir uma seqüência lógica e bem-
organizada. 
Os principais conteúdos que preenchem os sintomas psicopatológicos são: 
• Persecutórios 
• Depreciativos 
• Religiosos/Místicos 
• Sexuais 
• De poder, riqueza, prestigio ou grandeza 
• De ruína ou culpa 
• Conteúdos hipocondríacos 
 
Na súmula: dizer algo sobre o curso, a forma e o conteúdo. 
 
12 – JUIZO DE REALIDADE (10a função psíquica): 
A alteração do juízo de realidade é uma alteração do conteúdo do pensamento. Se o que 
julgo como realidade é compatível com o que se chama de realidade. 
Percepção delirante: sintoma inaugural do delírio, muito característico na esquizofrenia. 
Feito de duas partes: 1. Percebe-se algo 2. Pensa-se algo 
Idéias prevalentes ou sobrevaloradas (idéias errôneas por superestimação afetiva): mais 
ou menos uma fantasia, ela não resiste a um encontro com a realidade, pode ser desfeita. 
Não sobrevive a uma evidência suficientemente forte do seu contrário. 
Delírio: Juízos patologicamente falsos. Sua base é mórbida, pois é motivado por fatores 
patológicos. Uma idéia aceita como irrefutável, ela resiste a um confronto com a 
realidade. Inabalável mesmo diante das mais concretas evidências contrárias. O máximo 
que as evidências fazem é que o delírio seja retrabalhado. É um trabalho psíquico sobre a 
experiência do surto. O surto é uma queda de crenças, enquanto o delírio é a tecitura de 
novas. 
• Idéia delirante: delírio primário. (Esquizofrenia/Psicoses) 
• Idéia deliróide: delírio secundário, decorrente de outro sintoma psicopatológico. É 
explicado por outro acontecimento, orgânico, tóxico, de transtornos de humor, de 
personalidade ou quadros demenciais. 
 
TIPOS DE DELÍRIOS SEGUNDO SEUS CONTEÚDOS: 
• De perseguição 
• De referência (tipo de perseguição): diz ser alvo freqüente ou cosntante de referencias 
depreciativas, caluniosas. 
• Mecanismo de projeção: inconscientemente, o individuo “projeta” para fora de seu 
mundo mental, no mundo externo, o conteúdo (deformado) que seria insuportável se 
fosse percebido como pertencente a seu mundo interno. 
• De relação: o individuo delirante constrói conexões significativas (delirantes) entre os 
fatos normalmente percebidos. 
 • De influencia ou controle (também denominado vivencias de influencia): o individuo 
vivencia intensamente o fato de estar sendo controlado, comandado ou influenciado por 
forca, pessoa ou entidade externa. Afeta a Consciência de Limite do Eu e de Atividade do 
Eu. 
• De grandeza: o individuo acredita ser extremamente especial, dotado de capacidades e 
poderes. Acredita ter um destino espetacular, 
• Místico ou religioso: o individuo afirma ser um novo messias um Deus, Jesus, um santo 
poderoso ou, ate um demônio. Podem-se distinguir delírios místico-religiosos de crenças 
ou idéias religiosas intensas, sustentadas, às vezes, com considerável fanatismo, por meio 
dos seguintes elementos: 
1. A experiência vinculada à ideação tem as características descritas de um verdadeiro 
delírio. 
2. Há outros sintomas de transtornos psicóticos. 
3. O estilo de vida, o comportamento eas relações sociais são consistentes com o 
transtorno psicótico e não com a experiência de alguém socialmente envolvido com fé 
religiosa. 
• De ciúmes e de infidelidade 
• Erótico (erotomania) 
• De conteúdo depressivo: congruente com o humor ou incongruente com o humor. 
• De ruína (niilista): o individuo vive em um mondo repleto de desgracas, está condenado 
à miséria. 
• De culpa e de auto-acusação: o individuo se sente culpado por tudo de ruim que 
acontece no mundo. 
• De negação de órgãos 
• Hipocondríaco: o individuo crê com convicção extrema que tem uma doença grave, 
incurável. 
• De reivindicação (querelância): afirma ser vitima de terríveis injustiças e discriminações 
e, em conseqüência disso, envolve-se em intermináveis disputas legais, querelas 
familiares, processos trabalhistas, etc. 
• De invenção ou descoberta: o individuo, mesmo completamente leigo na ciência, revela 
ter descoberto a cura de uma doença grave. 
• De reforma (salvacionismo): ocorre entre indivíduos que se sentem destinados a salvar, 
reformar, revolucionar ou redimir o mundo ou a sua sociedade. 
• Cenestopático: o individuo afirma que existem animais ou objetos dentro de seu corpo. 
• De infestação (síndrome de EKBOM): o indivíduo acredita que seu corpo está infestado 
por pequenos organismos. 
• Fantástico ou mitomaníaco: o individuo descreve historias fantásticas com convicção 
plena, sem qualquer crítica. 
Na súmula: estabelecer se é delirante e deliróide e qual é o cunho. Ex: idéia delirante de 
cunho místico. 
13 – PSICOMOTRICIDADE (11a função psiquica): Definição: ato 
motor/psicomotricidade: componente final do ato volitivo. 
ALTERAÇOES: 
1. Agitação 
2. Lentificacao 
3. Inibição 
4. Estupor: perda total da atividade espontânea. 
5. Catalepsia: exagero do tônus muscular. 
6. Flexibilidade cerácea: tipo de catalepsia, quando uma parte do corpo do paciente é 
colocada numa posição, e fica assim, rigidamente, como um boneco de cera moldado por 
alguém. 
7. Cataplexia: perda do tônus. 
8. Estereotipias motoras: repetição do ato motor, perda de controle do movimento. 
9. Maneirismo: tipo de estereotipia motora, movimento exagerado e bizarro, ritualizado. 
10. Tiques 
11. Conversão 
12. Ecopraxia – repetição de gestos do entrevistador 
 
14 – LINGUAGUEM (12a função psiquica): 
Afasia: perda linguagem, falada e escrita, por incapacidade de compreender e utilizar os 
símbolos. A afasia é sempre a perda de habilidade lingüística que foi previamente 
adquirida no desenvolvimento cognitivo do individuo; tal perda se deve, em regra, a lesão 
neuronal do SNA. 
ALTERAÇOES : 
1. Logorréia: produção aumentada e acelerada. 
2. Loquacidade: Aumento da fluência verbal sem qualquer prejuízo da lógico do 
discurso. 
3. Bradifasia/Bradilalia: o paciente fala muito vagarosamente. 
4. Mutismo: ausência de resposta verbal oral por parte do doente. 
5. Palilalia: repetição automática e estereotipada pelo paciente da ultima ou das ultimas 
palavras que ele próprio emitiu em seu discurso. 
6.Logoclonia: Repetição automática e involuntária das últimas sílabas que o paciente 
pronunciou. 
7. Ecolalia: repetição das ultimas palavras do entrevistador. 
8. Tiques verbais ou fonéticos: produções de fonemas ou palavras de forma recorrente, 
imprópria e irresistível. 
9. Coprolalia: emissão involuntária e repetitiva de palavras obscenas, vulgares ou 
relativas a excrementos. 
10. Verbigeracao: repetição, de forma monótona e sem sentido comunicativo aparente, de 
palavras, sílabas ou trechos de frases. Falar sozinho de forma audível. 
11. Mussitacao: produção repetitiva de uma voz muito baixa, murmurada, sem 
significado comunicativo. Falar sozinho em baixo volume. 
12. Glossolalia: produção de uma fala gutural, pouco compreensível, um verdadeiro 
conglomerado ininteligível de sons. Línguas inexistentes 
13. Neologismo:palavras novas ou que recebem um novo sentido, comum na 
esquizofrenia. 
14. Jargonofasia: salada de palavras comum na esquizofrenia. 
15. Inibição: lentificação especialmente pronunciada. 
 
15 – CONSCIÊNCIA DO EU (13a função psiquica): 
Dimensões: 
1. Atividade: o próprio Eu realiza as atividades psíquicas (autonomia). 
2. Unidade: o Eu é só um. 
3. Limite: divisão entre o Eu e o mundo. 
4. Identidade: o Eu é o mesmo através do tempo. 
Alterações quase específicas da psicose: 
• Delírio de influencia implica uma alteração na atividade e limite do EU 
• Publicação do pensamento implica uma alteração no limite do EU 
• Dupla orientação implica uma alteração na identidade do EU 
16 – CONSCIÊNCIA DE MORBIDADE (14a função psiquica): Definição: noção de seu 
transtorno. O paciente reconhecer que tem um problema e que precisa ser tratado. 
Na súmula: presente ou ausente. 
17 – PLANOS PARA O FUTURO (15a função psiquica): Na súmula: pode estar ausente 
ou presente (caracterizar no caso de ser macabro, delirante...) 
Congruentes ou não com o delírio (se houver).

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