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Recurso Suspensão ao direito de dirigir 28.09

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ILUSTRISSIMO SENHOR DIRETOR DA JUNTA ADMINISTRATIVAS DE RECURSOS DE INFRAÇÕES DO ESTADO DE SÃO PAULO
Número do procedimento administrativo: 0242519-1/2017
Data da defesa prévia: 08/05/2017
Data julgamento: 09/07/2017
Data emissão da decisão: 11/09/2017
Osmar Alves Pereira, brasileiro, divorciado, garçom, cadastrado no número de pessoas físicas 115.917.788-08, endereço eletrônico ana.alves.pereira@hotmail.com, residente e domiciliado á Rua dos Mascarinos número 70, apartamento 41, CEP n° 05868830, no Bairro Cohab Adventista, no estado de São Paulo, vem à presença de vossa senhoria, com fundamento nos artigos 285, Código de Trânsito Brasileiro, interpor TEMPESTIVAMENTE, RECURSO CONTRA DECISÃO DE DEFESA PRÉVIA, mediante razões e direitos a seguir aduzidos:
SÍNTESE DA DEFESA PRÉVIA E DA DECISÃO:
O Requerente foi surpreendido ao receber em sua ATUAL RESIDÊNCIA, no endereço Rua dos Mascarinos número 70, apartamento 41, CEP n° 05868830, no Bairro Cohab Adventista, no estado de São Paulo, a notificação de penalidade de multa a infração de trânsito, da qual aduzia “No dia 13/03/17 as 07:32, foi aplicada infração por conduzir motocicleta com os faróis apagados, natureza gravíssima, prevista no artigo 244, inciso IV do CTB, com data para propor defesa prévia até o dia 20/06/2017”. Nesse passo, o Requerente propôs TEMPESTIVAMENTE a defesa prévia através de envio postal no dia 08/05/2017 as 12:50 VIDA SEDEX, consoante comprovante postal anexo. 
No entanto, no dia 13/09/17 o Requerente recebeu a ligação da sua antiga LOCADORA, informando que “o Detran havia enviado uma notificação para o seu endereço”, o endereço é Rua Guaeca número 00784, cidade IPAVA, São Paulo, conforme notificação anexa. O Requerente desesperado, saiu de seu trabalho e foi rapidamente até o seu antigo endereço e abriu a notificação que aduzia “DATA DE CADASTRAMENTO DA DECISÃO 11/09/2017, RESULTADO INDEFERIDO: Comunicamos a Vossa Senhoria que após a instauração do procedimento administrativo e não tendo sido apresentada DEFESA ESCRITA, no prazo de trinta dias, seu processo foi julgado e sua penalidade é de 02 mêses, nos termos da Lei 13.281/2016. Assim solicitamos que entregue sua CNH...”. 
 
Por tais fatos, a decisão deve ser ANULADA pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. 
DO CABIMENTO E DA TEMPESTIVIDADE:
O Código de Trânsito Brasileiro informa os requisitos que devem ser preenchidos para o conhecimento do presente Recurso. Para tanto, a decisão é recorrível artigo 285 caput do CTB, é tempestivo § 4°, artigo 282, do CTB, é legitimo artigo 288, § 1° do CTB, e por fim, não precisa pagar a multa para a interposição artigo 286 CTB. 
Destarte, tendo em vista que foram preenchidas todas as condições o presente Recurso deve ser conhecido. 
DAS RAZÕES PARA ANULAÇÃO DA DECISÃO: 
Falta de fundamentação da decisão:
O Órgão julgador ERROU e foi OMISSO em seu julgamento devido ao fato que, o Requerente apresentou defesa prévia no dia 08/05/2017 às 12h50min VIDA SEDEX, consoante comprovante postal anexo. Sendo assim, os Artigos 265 caput e Artigo 73 caput do Código de Transito Brasileiro determinam:
 “As penalidades de suspensão do direito de dirigir e de cassação do documento de habilitação serão aplicadas por decisão fundamentada da autoridade de trânsito competente, em processo administrativo, assegurado ao infrator amplo direito de defesa”. 
“Os órgãos ou entidades pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito têm o dever de analisar as solicitações e responder, por escrito, dentro de prazos mínimos, sobre a possibilidade ou não de atendimento, esclarecendo ou justificando a análise efetuada, e, se pertinente, informando ao solicitante quando tal evento ocorrerá”.
Desse modo a presente decisão DEVE SER ANULADA por falta de fundamentação. É cediço que os atos da Administração Pública são vinculados a LEI, portando o DETRAN por ser órgão da Administração tem o DEVER E OBRIGAÇÃO de cumprir a lei, sendo todos os seus atos viciados e anulados. 
Responsabilidade por erro na execução:
A decisão da defesa prévia foi encaminhada ao endereço ERRADO, sendo que o endereço está devidamente ATUALIZADO conforme comprovante anexo. O artigo 282 § 1° do CTB, expõem que: 
“Art. 282. Aplicada a penalidade, será expedida notificação ao proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa postal ou por qualquer outro meio tecnológico hábil, que assegure a ciência da imposição da penalidade. § 1º A notificação devolvida por desatualização do endereço do proprietário do veículo será considerada válida para todos os efeitos”.
O Órgão julgador colocou o Requerente em risco de sofrer futuros danos, como a APREENSÃO DE SEU VEÍCULO ao passo que encaminhou a resposta do recurso ao endereço errado, se o Requerente não tivesse tomado ciência a tempo da notificação do indeferimento da decisão, o prazo para interposição do Recurso iria precluir. Portanto é responsabilidade objetiva do DETRAN manter seus sistemas atualizados, o Requerente e nenhum outro cidadão pode ficar a mercê da boa vontade do órgão publico, que encaminha a notificação ao endereço atualizado e a resposta ao errado? O artigo 1° § 3° do CTB aduz:
 “ Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas competências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro”. 
DO EFEITO SUSPENSIVO E RETIRADA DOS PONTOS:
O artigo 285 § 3° do CTB determina que, se o Recurso não for julgado em até 30 dias vai ser aplicado o efeito suspensivo. Portanto o Requerente requer a aplicação do efeito suspensivo para que não seja aplicada a pena de suspensão do direito de dirigir, sob pena de infringir o contraditório e ampla defesa. 
Requer a retirada da computação dos pontos na carteira de habilitação, tendo em vista que Na Resolução do CONTRAN nº 182/2005, em seu artigo 6° determina que APENAS seja computado os pontos, após esgotar todas as vias administrativas. No entanto, as vias administrativas não foram esgotadas e os pontos já foram computados. Ademais o artigo 280 § 3° do CTB assevera que a atuação da penalidade deve ser PESSOAL, ou seja, deve ser feita por agente fiscal, sendo a natureza da penalidade distinta daquela da cobrança da multa em dinheiro. Não foi feita abordagem do condutor, portanto não pode o motorista receber uma pena restritiva de direito sequer sem a abordagem e a certeza absoluta da identidade do Condutor. Portanto tal medida infringe o princípio da legalidade, pois aos órgãos da Administração Pública cabe o DEVER DE CUMPRIR A LEI.
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS:
Diante de todo o exposto, requer:
Conhecimento e provimento do Recurso, para ANULAR a decisão da Defesa Prévia;
Requer a admissibilidade do efeito suspensivo, para suspender a aplicação da penalidade de suspender o direito de dirigir;
Requer a retirada da computação dos pontos por não ter sido abordado, no ato da infração.;
Termos em que,
Pede deferimento.
São Paulo, 29 de Setembro de 2017.
OSMAR ALVES PEREIRA

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