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15 ENSAIOS FÍSICOS E MECÂNICOS DAS MADEIRAS FATORES DE ALTERAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS Escolha da espécie lenhosa determinada para emprego determinado ECONOMIA E SEGURANÇA Conhecendo os valores médios que definem seu comportamento físico e sua resistência às solicitações mecânicas Realização de numerosos ENSAIOS DE QUALIFICAÇÃO que devem levar em conta todos os fatores de alteração das características do material OS FATORES NATURAIS - Espécie botânica da madeira - Massa específica aparente - Localização da peça no lenho - Presença de defeitos - Umidade OS FATORES TECNOLÓGICOS Procedimentos na execução dos ensaios de qualificação: - Forma e dimensões dos corpos de prova, - Orientação das solicitações em relação aos anéis de crescimento - Velocidade de aplicação das cargas nas solicitações mecânicas ENSAIOS NORMALIZADOS Os corpos de provas para ENSAIOS DE QUALIFICAÇÃO devem ser: - De dimensões reduzidas - Extraídos de todas as zonas de seção e altura das toras - Ensaiados em condições convencionais de: Teor de umidade Orientações das solicitações em relação à direção das fibras Velocidade de carregamento AMOSTRAGEM (MADEIRA SERRADA) - NBR 7190/1997 - Cada lote não deve ter volume superior a 12 m3. - Do lote, extrair uma amostra representativa da totalidade deste. - Retirar somente um corpo de prova (cdp) por peça. - Os cdp devem ser isentos de defeitos e retirados de regiões afastadas das extremidades das peças Número mínimo de corpos-de-prova: a) caracterização simplificada: 6 cdp; b) caracterização mínima de espécies pouco conhecidas: 12 cdp. 16 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS MADEIRAS UMIDADE - RETRATILIDADE - DENSIDADE - RESISTÊNCIA AO FOGO - CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA, TÉRMICA E ACÚSTICA Definem o comportamento do material e as alterações de seu estado físico quando ocorrem variações (ToC e UR%) no seu ambiente de emprego - Classificar as madeiras sob critérios de usos e empregos recomendados - Orientar uma escolha adequada para emprego específico - Uma melhor utilização das qualidades de cada madeira UMIDADE GRAU DE UMIDADE: quantidade de água que a madeira possui em percentagem de seu peso no estado anidro DETERMINAÇÃO: 1) MÉTODO GRAVIMÉTRICO (cdp de 2x3x5 cm3) h = [(Ph - P0) / P0 ] x 100 = [Págua / P0] x 100 2) MEDIDA DA RESISTIVIDADE OBSERVAÇÃO 1) A noção de GRAU DE UMIDADE é aplicável somente com pequenas amostras que atingiram o estado de equilíbrio homogêneo e estável; para peças de grande dimensões, o grau de umidade varia segundo a parte onde é efetuada a medida: superfície, extremidades ou coração da peça. 2) A UMIDADE TOTAL da madeira varia entre 60 e 200 % e, depende: do tipo de madeira (densidade, textura, etc.), da localização na tora (Ex.: cerne - alburno) e da estação (devido às mudanças do estado termo- higrométrico do ar). 17 AS “ÁGUAS” DA MADEIRA ÁGUA LIVRE (água de embebição ou água de capilaridade) ÁGUA DE IMPREGNAÇÃO (água de adesão) ÁGUA DE CONSTITUIÇÃO (água ligada quimicamente) SECAGEM DA MADEIRA Verde ou saturada PSF Seca ao ar Totalmente seca Água livre Água de impregnação 18 PONTO DE SATURAÇÃO DAS FIBRAS (PSF): entre 25 e 30 % - Teor de umidade da madeira quando ela é colocada num ambiente com 100% de umidade relativa (saturado) - Teor de umidade da madeira quando as paredes das células estão totalmente saturadas em água de impregnação sem que essa água extravase para os vazios capilares O PSF É MUITO IMPORTANTE EM ENGENHARIA DE MADEIRA... TEOR DE UMIDADE DA MADEIRA “SECA AO AR” TEOR DE UMIDADE DE EQUILÍBRIO (entre 12 e 17 %) Quando é atingido o equilíbrio das tensões de vapor de água, a evaporação da umidade pára e ocorre estabilização do peso É quando o teor de umidade da madeira entra em equilíbrio com a umidade relativa e temperatura do ambiente no qual ela está colocada Usado como TEOR DE REFERÊNCIA nas determinações das características físico-mecânicas do material CONVENCIONALMENTE, É USADO O TEOR DE UMIDADE DE 12 %: “TEOR DE UMIDADE NORMALIZADO” OU “TEOR DE UMIDADE NORMAL” CLASSIFICAÇÃO DAS MADEIRAS EM FUNÇÃO DE SEU TEOR DE UMIDADE (AMOSTRAS DE LABORATÓRIO) Teor de umidade (h): Madeira verde 30% PSF Madeira semi-seca 23% Madeira comercialmente seca 17% Madeira seca ao ar 12% Madeira dessecada 0% Madeira complemente seca (anidra) Estado instável SECAGEM DAS MADEIRAS AO AR DEMORADO → ESTUFAS 19 OBSERVAÇÃO IMPORTANTE A madeira é HIGROSCÓPICA As trocas de umidade com o ambiente são permanentes Qualquer seja a combinação de umidade relativa e temperatura, existe um teor de umidade da madeira pelo qual a difusão de umidade até o interior da madeira é compensada pelas trocas com o ambiente externo; este teor de umidade será determinado a partir das CURVAS DE UMIDADE DE EQUILÍBRIO DA MADEIRA EM % Umidade relativa do ar em % Temperatura em oC OBSERVAÇÃO AINDA MAIS IMPORTANTE Raramente a madeira (em uso) está neste estado de equilíbrio por que as condições climáticas do ambiente sempre variam. Consequentemente, o teor de umidade de um elemento de construção em madeira se estabiliza em volta do teor de umidade de equilíbrio correspondente às temperatura e umidade relativa média de algumas semanas, sem ser afetado pelos ciclos de variações de umidade e temperatura fracos ou altos de curta duração 20 DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE DE EQUILÍBRIO MADEIRA EM AMBIENTE EXTERNO Indicações da NBR 7190/1997: classes de umidade FLORIANÓPOLIS UR% ToC H% Verão 83 24,2 17 Outono 84 19,4 17,5 Inverno 84,2 17 17,5 Primavera 81,5 20,8 16,5 Media (p/ NBR 7190/1997) 83,17 17,1 Umidade de equilíbrio: 17% (máximo = 17,5% e mínimo = 16,5%) ATENÇÃO: nesse caso pegar a media entre o maior e o menor valor de H e não a media dos 4 valores de H Pela NBR 7190/1997: 18% GOIÂNIA UR% ToC H% Verão 81,6 22,9 16,5 Outono 72,7 20,5 13,5 Inverno 55,8 21,1 10 Primavera 75,8 23,1 14,5 Media (p/ NBR 7190/1997) 71,5 13,6 Umidade de equilíbrio: 13,25% (máximo = 16,5% e mínimo = 10%) Pela NBR 7190/1997: 15% 21 MARSEILLE (FRA) UR% ToC H% Verão 60 23,5 10,5 Outono 76 16 14 Inverno 79 6 16 Primavera 71 13,5 13 Media 71,5 13,4 Umidade de equilíbrio: 13,25% (máximo = 16% e mínimo = 10,5%) Se quiser uma maior precisão: pegar a media entre o maior e o menor valor de H nos 12 meses: 22 Umidade de equilíbrio media anual Floripa pelo método super preciso: 17,2% MADEIRA EM AMBIENTE INTERNO FRANCE Ambiente externo UR% ToC H% Verão 70 20 13 Inverno 85 0-5 18 Umidade de equilíbrio media anual France externo: 15-16% Ambiente interno UR% ToC H% Verão 70 20 13 Inverno (aquecimento) 30 20 6 Umidade de equilíbrio media anual France interno: 10% 23 BRASIL: Indicações da NBR 7190/1997: nãohá Então, será que o teor de umidade de equilíbrio da madeira em ambiente interno é o mesmo que em ambiente externo? Teor de umidade de equilíbrio da madeira em ambiente interno em Florianópolis (medidas de laboratório): em volta de 13% RECOMENDAÇÃO PARA FLORIANÓPOLIS: - Ambiente externo: 17% - Ambiente interno: 13% RECOMENDAÇÃO PARA OUTRAS REGIÕES: - Ambiente externo: seguir a NBR 7190/1997 ou se quiser maior precisão fazer o levantamento das ToC e UR% ao longo do ano - Ambiente interno: medir... CONCLUSÃO As 4 CLASSES DE UMIDADE DA MADEIRA foram criadas pela NBR 7190/1997 no intuito de facilitar a vida do engenheiro na hora de especificar a umidade da madeira que deve ser alcançada (ou perto) na hora da aplicação das peças para evitar posterior secagem (ou absorção de umidade) em serviço com suas consequências tais como deformações, fissuras, descolamentos, etc. Se o método da NBR 7190/1997 dá uma estimativa razoável do teor de umidade de equilíbrio médio, dois problemas podem ser destacados: 1- Falta de precisão: não leva em conta a temperatura, não considera a media dos extremos 2- Não se aplica para ambientes internos 24 RETRATIBILIDADE Alterações de volume e de dimensões quando o teor de umidade da madeira varia entre o ponto de saturação das fibras (25-30%) e a condição de seca em estufa (0%) CONTRAÇÃO, INCHAMENTO OU "TRABALHO" DAS MADEIRAS RETRAÇÃO VOLUMÉTRICA Determinação de volumes em 3 estágios de umidade (Corpos de prova de 2 x 3 x 5 cm3) - Saturado (verde) VSAT - Seco ao ar Vh - Seco em estufa V0 (1) CONTRAÇÃO VOLUMÉTRICA TOTAL Ct = (VSAT - V0) 100 VSAT (2) CONTRAÇÃO VOLUMÉTRICA PARCIAL Ch = (VSAT – Vh) 100 VSAT (3) COEFICIENTE DE RETRAÇÃO VOLUMÉTRICA = Ct h (h = teor de umidade da madeira saturada) 25 SIGNIFICAÇÃO FÍSICA DO COEFICIENTE DE RETRAÇÃO VOLUMÉTRICA : A CADA VARIAÇÃO DE 1% DO TEOR DE UMIDADE DA MADEIRA, HÁ UMA VARIAÇÃO DE % DO VOLUME DA MADEIRA. RETRAÇÃO TOTAL: CLASSIFICAÇÃO DAS TORAS de espécies lenhosas e uma orientação na escolha da madeira para empregos adequados Retração total % Qualificação Exemplos - Usos 15-20 Forte Toras com grandes fendas de secagem; devem ser rapidamente desdobradas 10-15 Média Toras com fendas médias de secagem; podem ser conservadas e usadas em forma cilíndrica (galerias de minas, pontaletes); resinosas em geral 5-10 Fraca Toras com pequenas fendas de secagem; marcenaria e laminados COEFICIENTE DE RETRAÇÃO VOLUMÉTRICA: CLASSIFICAÇÃO DAS PEÇAS JÁ DESDOBRADAS Coeficiente de retração Qualificação Exemplos - Usos 0,75-1 Exagerada Madeiras dificilmente utilizáveis (algumas variedade de eucaliptos) 0,55-0,75 Forte Madeiras para desdobro radial 0,35-0,55 Média Madeiras de construção utilizáveis em carpintaria 0,15-0,35 Fraca Madeira para marcenaria e laminados RETRATILIDADE LINEAR Determinação de dimensões nas 3 direções (axial, radial, tangencial) em 3 estágios de umidade (corpos de prova de 2 x 3 x 5 cm) - Saturado (verde) LSAT - Seco ao ar Lh - Seco em estufa L0 26 (1) CONTRAÇÕES LINEARES TOTAIS: CLt = (Lsat - L0) 100 Lsat (2) CONTRAÇÕES LINEARES PARCIAIS: CLh = (Lsat - Lh) 100 Lsat (3) COEFICIENTES DE RETRAÇÃO LINEAR: L = CLt h (h = teor de umidade da madeira saturada) Comportamento geral: 1) A retração longitudinal é “quase” desprezível MAS CUIDADO COM AS PEÇAS COM GRANDE COMPRIMENTO EXEMPLO Seja uma viga de 10 m de comprimento Coeficiente de retração linear axial da madeira usada: L = 0,3/25,5 = 0,012 (% / 1% do teor de umidade da madeira) Na aplicação, a umidade inicial da madeira era de 23%. Após se equilibrar com as condições de UR% e ToC do ambiente na qual foi colocada, ela vai passar para 13%. Calculo da contração axial: [(23 - 13) 0,012 /100] x 1000 = 1,2 cm ! CAUSA: ângulo de cerca de 15o que fazem as microfibras de celulose das paredes dos tubos em relação ao eixo principal destes (camada S2): 27 2) A retração tangencial é entre 1,5 e 3,5 vezes maior que a radial (na prática usa-se a média da duas ) 3) A retração volumétrica é a somatório das três retrações lineares SIGNIFICAÇÃO PRÁTICA: Para evitar a retração depois da aplicação, a madeira deve estar seca até um teor de umidade que estará em equilíbrio com as condições de umidade relativa e temperatura do ambiente aonde a peça vai se localizar. 28 SENÃO, PODE OCORRER UMA RETRAÇÃO EM SERVIÇO Perda das juntas Folga nas conexões Rachas na pintura Flambagem Delaminação de lâminas ANISOTROPIA DA RETRATILIDADE LINEAR TENSÕES INTERNAS E DIFERENCIADAS EMPENOS, RACHAS E FENDAS DE SECAGEM 29 REPARTIÇÃO DESIGUAL DE UMIDADE DEPOIS DE COLOCAÇÃO SOLUÇÕES PARA A ATENUAÇÃO DOS EFEITOS DA RETRATILIDADE: - Emprego de peças de madeira com TEORES DE UMIDADE COMPATÍVEIS COM O AMBIENTE (usar as curvas de equilíbrio higroscópico para estimativa e, em seguida, deixar no futuro ambiente de emprego ou secagem controlada em estufas). - Emprego do DESDOBRO ADEQUADO - IMPREGNAÇÃO das peças com óleos e resinas impermeabilizantes (no entanto complicado e caro) Onde a madeira está sujeita a GRANDES VARIAÇÕES DE UMIDADE NO AMBIENTE DE EMPREGO, prestar atenção às variações dimensionais. Onde ela está sujeita a VARIAÇÕES DE UMIDADE NUMA MESMA PEÇA, prestar atenção às variações dimensionais diferenciais. MONTE DE OBSERVAÇÕES 1) FENÔMENOS DEVIDOS À DILATAÇÃO TÉRMICA SÃO DESPREZÍVEIS FRENTE ÀS MUDANÇAS DIMENSIONAIS DEVIDAS À RETRATILIDADE 2) AMPLITUDE DAS DEFORMAÇÕES IMBUIA: CRad = 2,7%; CTang = 6,3% CANELA-SEBO: CRad = 4,6%; CTang = 10,7% 30 3) FORMA DAS DEFORMAÇÕES JEQUITIBÁ-ROSA: CRad= 3,0%; CTang= 5,2% CARVALHO-BRASILEIRO: CRad= 3,2%; CTang= 14% 4) TEMPO PARA DEFORMAR EUCALYPTUS CITRIODORA: 19,4% PINHO-BRASILEIRO (ARAUCÁRIA): 15% Eucalyptus: Araucária: TEMPO: t0 t1 t2 t3 t4 LEMBRE-SE - A UMIDADE DE EQUILÍBRIO da madeira depende unicamente das condições do ambiente (ToC e UR%) mas nunca do tipo de madeira - A amplitude das variações dimensionais depende do tipo de madeira. - Para EVITAR AS DEFORMAÇÕES EM SERVIÇO, deve-se usar madeiras já secas até uma umidade próxima da umidade de equilíbrio. - A umidade da madeira é expressa pela relação entre o peso de água e o peso da madeira anidra - A madeira começa retrair quando sua umidade passa abaixo de 25-30% (PSF) - Cada madeira tem seus próprios coeficientes de retratilidade que são diferentes segundo a direção - TEMOS SEMPRE: L 0 e T > R 31 DENSIDADE MASSA ESPECÍFICA (DENSIDADE) APARENTE Mundo: 100 kg/m3 (balsa - ochroma pyramidale – Peru/Bolivia) 1300 kg/m3 (guaiaco – guaiacum officinale – America central) Brasil: 350 kg/m3 (garapuvu - schizolobium parahyba) 1100 kg/m3 (gombeira – melanoxylon brauna) SEMPRE REFERIDA AO TEOR DE UMIDADE:Dh = Mh/Vh (g/cm 3 ou kg/m3) NBR 7190/1997: densidade aparente medida para o TEOR DE UMIDADE NORMAL de 12% Para comparação de densidades de madeiras diferentes e calculo estrutural. É UM ÍNDICE DE COMPACIDADE DA MADEIRA Concentração de tecido lenhoso resistente por unidade de volume aparente (massa específica da parede das células: cerca de 1500 kg/m3). CORRELAÇÕES COM AS CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS VARIA DE PEÇA PARA PEÇA conforme a localização no lenho; VARIA DE EXEMPLAR P/ EXEMPLAR conforme as condições regionais de crescimento 32 FOLHOSAS densas 0,8 - 1kg/dm3 muito densas > 1 kg/dm3. RESINOSAS normais 0,3 - 0,6 kg/dm3 densas > 0,7 kg/dm3 OBSERVAÇÃO: DENSIDADE BÁSICA OU MASSA ESPECÍFICA CONVENCIONAL (NBR 7190/1997): Dbásica = M0/Vsat (g/cm 3 ou kg/m3) Para comparação com valores apresentados na literatura internacional CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA BEM SECA: isolante (resistência elétrica elevada) ÚMIDA: condutora PARA UM TEOR DE UMIDADE DADO, A RESISTIVIDADE DEPENDE: - da espécie lenhosa - da massa específica - do sentido em relação à principal direção das fibras Teor de umidade % Resistividade transversal M/cm 7 22000 10 600 15 18 25 0,5 Concreto: 20000 M/cm Tijolo: 2000 M/cm Aço: 100.10-11 M/cm Vidro: 10000 M/cm RESISTIVIDADE: AVALIAÇÃO INDIRETA DO TEOR DE UMIDADE Método não destrutivo mas pouco preciso 33 CONDUTIBILIDADE TÉRMICA Material K (SI) a 298 K Material K (SI) a 298 K Material muito isolante 0,04 Aço 50 Madeiras leves 0,1 Cobre 300 Madeiras densas 0,3 Água 0,6 Alvenaria de tijolos 0,5 - 1 Ar 0,025 Pedras naturais 2 - 3 Lã de vidro 0,04 Vidro 1 Coeficiente de resistividade térmica; 1/K MADEIRA: PÉSSIMO CONDUTOR TÉRMICO - Celulose - Ar CONDUTIBILIDADE TÉRMICA e - teor de umidade - densidade - orientação das fibras CONDUTIBILIDADE ACÚSTICA MADEIRAS: - Contra-indicadas para isolamento acústico - Bons materiais p/ tratamento de absorção acústica NOÇÕES DE ACÚSTICA SOM: VIBRAÇÕES OU ONDAS propagando-se em qualquer substância. 343 m/s ar; 1000 - 2000 m/s madeira; 5000 m/s aço; 40 - 150 m/s borracha. VELOCIDADE DO SOM: COMPRIMENTO DE ONDA X FREQUÊNCIA 20 e 20000 Hz: recepção do ouvido humano > 20000 Hz: ultra-sons. VIBRAÇÕES QUE CAUSAM O SOM AÉREO PRODUZEM UMA MUDANÇA DE PRESSÃO DO AR: Limiar de audição humana: 20 x 10-6 Pa Limiar de dor: 20 Pa INTENSIDADE DO SOM: DECIBEL (dB) i = 10 Ln(I/I0) i = intensidade fisiológica do som (dB); I = intensidade física do som I0 = intensidade do som correspondente ao limiar de percepção. 34 O DECIBEL COMPARE DOIS SONS * Limiar de percepção 0 dB * Farfalhar de folhas 10 dB * Barulho de fundo numa Biblioteca pública 40 dB * Conversação normal (1 m) 60 dB * Tráfego de uma estrada 80 dB * Decolagem de avião (747 a 100m de distância); Limiar da dor 120 dB 2 SONS NÃO SE SOMAM: A (60 dB) + B (60 dB) = 63 dB A (60 dB) + B (60 dB) + C(60 dB) = 65 dB A (60 dB) + B (65 dB) = 66 dB ISOLAMENTO ACÚSTICO (SONS AÉREOS) LEI DA MASSA Atenuação do som (dB) Massa / unidade de superfície (kg/m2) 35 EXEMPLOS: - Parede de tijolos maciços (2000 kg/m3) de 10 cm (0,1m) de espessura Massa/unidade de superfície = 200 kg/m2 Atenuação acústica = 42 dB - Parede de madeira (800 kg/m3) de 10 cm (0,1m) de espessura Massa/unidade de superfície = 80 kg/m2 Atenuação acústica = 35 dB - Vidraça (2500 kg/m3) de 3 mm (0,003m) de espessura Massa/unidade de superfície = 7,5 kg/m2 Atenuação acústica = 22 dB EFEITO MASSA-MOLA-MASSA EVITAR PONTES ACÚSTICAS Argamassa Canalizações Granulados Pregos, parafusos PROJETOS DE ISOLAMENTO ACÚSTICO: [Nível de som exterior] – [Nível de som compatível com ambiente] = [Queda de som a ser realizada com paredes e vedações] MADEIRA ? 36 CONDICIONAMENTO ACÚSTICO (CORREÇÃO ACÚSTICA) CONDICIONAMENTO ACÚSTICO Procura-se: tempo ótimo de reverberação (eco) + boa distribuição acústica COEFICIENTE DE ABSORÇÃO ACÚSTICA MEDE A PROPORÇÃO DE SOM ABSORVIDO = f(frequência do som) Coeficiente de absorção acústica, por m2 de parede (Ex. p/ 500 Hz) Alvenaria rebocada Piso cimentado Concreto simples Piso de madeira Cortina leve Chapas acústicas de fibras de madeira 0,025 0,012 0,02 0,09 0,10 0,64 De uma maneira geral, a absorção acústica depende da dureza dos materiais e do seu estado de superfície. ASSIM, MATERIAIS COM GRANDE DUREZA SUPERFICIAL REFLETEM O SOM E MATERIAIS “MOLES” ABSORVEM MAIS OS SONS. MADEIRA ? RUÍDOS DE IMPACTO VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO: FUNÇÃO DA HOMOGENEIDADE E DA ELASTICIDADE (MODULO) DO MATERIAL Material Velocidade de propagação (m/s) Modulo de Young (GPa) Borracha 40-150 0,01-0,1 Madeira 1000-2000 7-14 (axial) 0,5-1 (transversal) Tijolo de barro 2500 14 Concreto 3500 20-50 Aço 5000-6000 207 37 COMPORTAMENTO AO FOGO CONFORME OS MATERIAIS ENVOLVIDOS, UM INCÊNDIO NASCE, SE PROPAGA E SE EXTINGUE FASE DE DESENVOLVIMENTO Combustibilidade e capacidade de inflamação do material Velocidade de propagação do fogo ou da chama na sua superfície Quantidade de calor emitida por ela FASE DE INCÊNDIO GENERALIZADO Manutenção da capacidade portante e resistente Não propagação do fogo nas zonas adjacentes MATERIAIS: CLASSIFICADOS CONFORME RESISTÊNCIA A 850C Extinção de um fogo: devem resistir a 850 C. MADEIRAS ? MADEIRA NATURAL PEGA FOGO ESPONTANEAMENTE POR VOLTA DE 250-300C (a ignição é função do fluxo de calor) Velocidade de combustão: 0,4 e 0,8 mm/min (umidade e densidade) 38 A 275 C, o fogo é superficial: forma-se uma cortiça de madeira dura e frágil, mas com baixa condutividade térmica que protege o coração da peça. ASSIM, DURANTE UM INCÊNDIO, OCORRE MAIS UMA REDUÇÃO DA SEÇÃO RESISTENTE DO QUE PERDA DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS MANTENDO A CAPACIDADE PORTANTE DA PEÇA DURANTE UM CERTO TEMPO. OBSERVAÇÃO: Se a relação superfície/volume das peças aumenta, a combustão inicia mais rapidamente e as chamas se propagam mais facilmente (Ex.: grandes fendas são prejudicáveis). Estrutura de aço Estrutura de madeira Depois de um incêndio 39 OBSERVAÇÕES: 1) PARA LIMITAR O RISCO DE IGNIÇÃO DO FOGO Produtos ignífugos ou retardantes de ignição do fogo à base fosfatos ou silicatos, p/ pintura superficial ou impregnação sob pressão Aumentam a temperatura de ignição e/ou diminuem a velocidade propagação das chamas na sua superfície. 2) PARA LIMITAR A COMBUSTÃO Usar revestimentos protetores
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