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SUJEITO PROCESSUAL 
 
 ASSISTENTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
Apesar de figurar como terceiro interessado, o assistente possui muitas 
faculdades processuais. 
Cumpre explicitar que apesar da redação do artigo 268 do CPP, ao 
assistente do Ministério Público não é permitido intervir em todos os termos da 
ação penal, sua atividade é meramente supletiva daquela atribuída ao 
Ministério Público. 
Só pode o assistente ingressar na ação penal, após a instauração da 
demanda, ou seja, com o recebimento da denúncia. Ademais, uma vez 
rejeitada a denúncia, não se reconhece a legitimidade do assistente, conforme 
artigo 271 do CPP. 
O assistente somente pode interpor recurso próprio nas hipóteses 
possíveis, a exemplo da inércia do Ministério Público. A decisão de extinção 
de punibilidade não mais afetará recurso em sentido estrito. 
Também não é facultado ao assistente aditar denúncia, nem arrolar 
testemunhas, já que a nova Lei do Júri, 11.689/2008, eliminou a figura do 
libelo, ao qual era permitido ao assistente a hipótese de aditamento. 
Entretanto, apesar de não haver previsão expressa, passou a ser 
possível ao assistente a inclusão de testemunhas não arroladas pelo Ministério 
Público, desde respeite o número máximo de cinco reservado à acusação. 
Além disto, o assistente também pode indicar diligências probatórias, 
desde que, ouça o Ministério Público. 
Em suma, na ação penal, pode o assistente: indicar meios probatórios, 
arrolar testemunhas, apresentar arrazoados, e participar de debates orais. 
Uma vez prolatada a decisão, o assistente tem legitimidade recursal, nas 
hipóteses de inércia do parquet, impugnar sentença absolutória e extintiva de 
punibilidades e nas decisões de impronúncia. 
Se o Ministério Público interpuser recurso, ao assistente caberá, 
somente, apresentar suas razões. Se o órgão não apresentar recurso, o 
assistente pode fazer referente às decisões supramencionadas. Pode, assim, o 
assistente opor embargos de declaração, apelação, recurso especial, 
extraordinário. 
Ademais, havendo recurso parcial pelo MP, pode o assistente recorrer 
da parte não suscitada por aquele. Consoante a súmula 208 do STF não pode 
o assistente recorrer de sentença que concedeu habeas corpus. 
Vale registrar que o prazo para o assistente recorrer é o mesmo 
reservado ao MP, quando já tiver habilitado no processo. Caso não esteja, o 
prazo será de 15 dias, segundo o artigo 598, CPP. 
 
 
EXCEÇÕES 
 
É um procedimento incidental, ou seja, procedimento da competência do 
juízo da ação penal, cujo objeto se fundamentará, segundo Eugênio Pacelli de 
Oliveira: 
Em uma questão preliminar, a reclamar solução prévia, antes da 
apreciação do mérito da pretensão punitiva; 
Em uma questão de natureza cautelar, ou a cautelatória dos interesses 
patrimoniais que emergem do processo principal; 
Em uma questão probatória, atinente tanto à comprovação da imputabilidade 
do agente, caso do incidente de sanidade mental, quanto à constatação da 
materialidade do delito, como ocorre no incidente de falsidade. (Artigo 145 ao 
148, do Código de Processo Penal)” 
As questões prejudiciais se referem ao próprio mérito do fato criminoso, 
enquanto as questões preliminares se referem à validade do processo. As 
exceções são empregadas para afirmar ausência de condições da ação ou 
pressupostos processuais. São classificadas como exceções dilatórias e 
exceções peremptórias, constituindo matéria de defesa indireta, não referente 
ao mérito da ação, mas sim às questões cuja solução antecede ao julgamento 
daquele.São dilatórias aquelas cuja solução não põe fim ao processo principal 
(a ação penal), e sim apenas implica em uma delonga ou atraso do julgamento 
final, assim como ocorre com a exceção de incompetência do juízo, de 
suspeição, impedimento ou incompatibilidade. São peremptórias aquelas que, 
uma vez acolhidas, põe fim a relação processual principal, encerrando a ação 
penal em curso. É o caso da exceção de coisa julgada, de litispendência e, por 
fim, da ilegitimidade de parte. Importante ressaltar que implicará a extinção do 
processo, mas não impedirá a instauração de uma nova ação penal pela parte 
legitimada. 
 
 
EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO 
 
Não há distinção no tratamento da matéria, sendo que todas elas se 
ocupam da tutela de um único e mesmo valor positivado no ordenamento 
processual: a imparcialidade da jurisdição. Lembrando que a imparcialidade do 
juiz é requisito de validade do processo, inserido no princípio constitucional do 
devido processo legal. Tanto as causas que estabelecem a suspeição quanto 
aquelas que determinam casos de impedimento do juiz se referem a fatos e 
circunstâncias, subjetivos ou objetivos, que de alguma forma podem prejudicar 
a imparcialidade do julgador na apreciação do caso concreto. 
 
Segundo o Professor Wolfram da Cunha Ramos Filho: 
 
 • “Se o juiz reconhece a suspeição ele deve suspender o processo, 
juntar toda a documentação trazida pelo excipiente e remeter os autos ao 
substituto. 
• Se o juiz não aceitar a suspeição o processo não é suspenso e a 
exceção é autuada em apartada, remetendo os autos ao Tribunal para 
julgamento. 
• Se a exceção for julgada procedente, os atos do processo são 
anulados e o juiz deve pagar as custas em caso de erro inescusável . 
Não há recurso para atacar essa decisão. 
• As exceções também podem ser arguidas contra: serventuários, 
peritos, intérpretes. 
 • Quem julga exceção de suspeição arguida contra membro do MP é o 
juiz singular. 
Não cabe exceção de suspeição contra autoridade policial durante o inquérito 
policial. 
• Se o membro do MP (Ministério Público) participar das investigações 
criminais, não ficará impedido ou suspeito de atuar no processo criminal. 
(súmula 234 STJ)” 
 
 
 
EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA 
 
 Excepcionada ou não a incompetência, reconhecida espontaneamente 
ou não pelo juiz, o processo poderá ser anulado a qualquer tempo, quando 
este for referente à incompetência absoluta. Assim, se tratando da 
incompetência territorial, ou seja, incompetência relativa, o interesse que 
prevalece é o das partes litigantes na justiça, já que se atribui a elas a função 
do ônus da prova de suas alegações. O Código de Processo Penal 
atribuiu ao juiz que mesmo a incompetência relativa seja reconhecida de ofício, 
que deve ser realizada o quanto antes possível, desde que respeitadas as 
garantias constitucionais do acusado. Para se evitar a repetição de atos 
processuais, como regra, a incompetência relativa deverá se resolver até a 
fase de instrução. Da decisão que aceitar declinatória, reconhecendo a 
incompetência, caberá recurso em sentido estrito, com fundamento no art. 
581, III, do CPP. Quando for recusada exceção, a regra é o não cabimento de 
qualquer recurso previsto na lei, podendo ter cabimento, todavia, o habeas 
corpus, com fundamento no art. 648, III, do CPP. 
 
 
DEMAIS EXCEÇÕES 
 
 Para apreciação das exceções de litispendência, ilegitimidade de parte 
e de coisa julgada, será utilizado o mesmo procedimento previsto para o 
julgamento da exceção de incompetência. Sendo que por ilegitimidade das 
partes, quando proposta por quem não possui legitimidade ativa, a exceção 
poderá ser oposta tanto como matéria de defesa quanto mediante 
exceção, autuada em apartado. Na ilegitimidade ad processum, poderá ser 
feita mediante exceção de ilegitimidade de parte, assim como por via de defesa 
direta, nos autos principais. 
A litispendência, neste caso, é a repetição de causa já instaurada 
anteriormente, com as mesmas partes e o mesmo fatodelituoso. Já a coisa 
julgada, é a decisão judicial que tenha apreciado o fato principal, ou seja, 
aquele indicado na parte dispositiva da sentença. Somente o que faz coisa 
julgada no processo penal é o fato real objeto da imputação feita na inicial, ou 
se já, o que acontece em julgado é a realidade histórica, ou seja, o que 
ocorreu, e não a realidade imputada ou descrita na acusação. Sendo que a 
coisa julgada por sentença condenatória, não permite uma nova ação penal, 
mas permite que haja revisão criminal, no interesse do acusado. As questões 
referentes à exceção, mesmo as de incompetência absoluta, podem ser 
alegadas como matéria de defesa, em qualquer tempo. E caso haja mais de 
uma exceção, estas devem constar em uma única petição. As exceções serão 
realizadas em autos apartados e não suspenderão o processo principal. 
 
 
IMPEDIMENTO OU INCOMPATIBILIDADE 
 
É necessário distinguir que enquanto a suspeição advém do vínculo ou 
relação do juiz com as partes do processo, o impedimento revela o interesse do 
juiz em relação ao objeto da demanda, e a incompatibilidade, na maioria das 
vezes encontra amparo nas Leis de Organização Judiciária, e suas causas 
estão amparadas em razões de conveniência. 
Com o intuito de obstar a atuação no processo do juiz, do membro do 
Ministério Público, dos servidores da justiça e dos peritos ou intérpretes, o 
art. 112 do CPP reza que quando sobre esses recair incompatibilidade ou 
impedimento legal, impõe-se o dever de exarar declaração nos autos. 
Entretanto, caso não se dê espontaneamente a abstenção, a incompatibilidade 
ou impedimento poderá ser arguido pelas partes, seguindo-se o processo 
instituído para a exceção de suspeição. É aplicável também aos juízes e 
tribunais de instâncias superiores, ainda que tenham a designação de 
desembargadores ou ministros. O reconhecimento do impedimento tem efeito 
retro operante, haja vista que, por impedir a jurisdição, os atos praticados pelo 
magistrado serão invalidados, via de regra, sem possibilidade de serem 
sanados. 
A exceção de impedimento ou de incompatibilidade segue o mesmo 
procedimento da exceção de suspeição, de acordo com o que determina o 
art. 112 do CPP. 
O juiz pode se averbar impedido ou afirmar a incompatibilidade, 
mediante despacho escrito nos autos, com a indicação do motivo legal, 
remetendo o processo a seu substituto e ordenando a intimação das partes. 
Porém, caso não haja reconhecimento espontâneo por parte do magistrado, a 
parte poderá arguir a incompatibilidade ou o impedimento, por petição assinada 
por própria ou por procurador com poderes especiais, com suas razões 
acompanhadas de prova documental ou do rol de testemunhas. 
Se o juiz não aceitar o impedimento ou a incompatibilidade, ordenará a 
autuação da petição em apartado e dará sua resposta no prazo de três dias. 
Nessa oportunidade, poderá instruir documentalmente suas informações e 
oferecer testemunhas, para, seguidamente, determinar a remessa dos autos da 
exceção ao juiz ou ao tribunal a quem competir o julgamento, no prazo de vinte 
e quatro horas. As partes deverão ser intimadas da arguição. O juiz ou o 
tribunal, se reconhecer preliminarmente a relevância do incidente, marcará dia 
e hora para oitiva de testemunhas e, ato contínuo, julgará a exceção 
independentemente de outras alegações. Por outro lado, se a exceção de 
impedimento ou de incompatibilidade for manifestamente improcedente, o juiz 
ou o relator proferirá decisão liminar de rejeição. 
Quando a parte contrária reconhecera procedência da arguição, poderá 
ser sustado, a seu requerimento, o processo principal, até que se julgue o 
incidente de impedimento ou de incompatibilidade, não sendo relator nem 
revisor, o juiz que houver de dar-se por impedido ou incompatível, deverá fazê-
lo verbalmente, na sessão de julgamento, registrando-se na ata a declaração. 
Caso se tratar de presidente de tribunal, competirá ao seu substituto designar 
dia para o julgamento e presidi-lo, o incidente, por sua vez, não sendo 
reconhecido o impedimento ou a incompatibilidade, será julgada pelo tribunal 
pleno, funcionando como relator o presidente. 
No que toca à autoridade policial, não é cabível a arguição, embora deva 
ela, quando presente motivo legal, reconhecer o impedimento ou a 
incompatibilidade. 
O impedimento ou a incompatibilidade dos jurados, a seu turno, deve ser 
pronunciado em plenário, cuja decisão será tomada pelo juiz presidente do 
tribunal do júri, de tudo consignando em ata, podem também as partes levantar 
a incompatibilidade ou o impedimento dos peritos, dos intérpretes e dos 
funcionários de justiça, decidindo o juiz de plano e sem recurso, à vista da 
matéria alegada e prova imediata. 
 
 
EFEITOS 
 
Se a incompatibilidade ou o impedimento for acolhido, o CPP, em seu 
art. 101, prevê a nulidade dos atos do processo principal, com a imposição de 
pagamento das custas ao juiz, se o fundamento era evidente, caracterizando-
se erro indesculpável por parte do magistrado. Se houver rejeição do pleito, 
evidenciando-se a malícia do excipiente, a este será imposta multa, que, por 
falta de atualização da moeda prevista na legislação, encontra-se sem eficácia. 
 
 
RECURSOS 
 
Contra a decisão que julgar a exceção de impedimento ou 
incompatibilidade não cabe recurso. De todo modo, é admissível a impetração 
do mandado de segurança como sucedâneo recursal, ou de habeas corpus, a 
depender do interesse versado na alegação. 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
ALENCAR, Rosmar Antonni; TÁVORA, Nestor. Curso de Direito Processual Penal. 
3ª ed. Salvador: JusPodivm, 2009. 
 
OLIVEIRA, Eugênio Pacelli. Curso de Processo Penal – 13° edição - 
http://ensinejus.blogspot.com.br/2017/06/direito-processual-penal-questoes-e.html 
 
http://ensinejus.blogspot.com.br/2017/06/direito-processual-penal-questoes-e.html 
 
TÁVORA, Nestor. Curso de direito processual penal. 7ª ed. Revista ampliada e 
atualizada. Editora juspovidm. 
 
OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de processo penal. 17. Ed. Rev, e ampl. 
Atualizada, 2012.

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