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Contabilidade Básica aula 6 10

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Aula 6 – Razonetes e Balancetes
Estamos acompanhando os lançamentos feitos na forma de diário, de razonete e agora vamos conferir e confirmar os lançamentos utilizando o balancete de verificação, já que a contabilidade é um trabalho contínuo.
O balancete de verificação nada mais é do que um relatório utilizado antes da elaboração das demonstrações contábeis e que, confrontando os saldos, verifica se o método das partidas dobradas foi seguido. 
É, portanto, uma ferramenta importante que possibilita que seja feito um subtotal das rotinas contábeis, permitindo que a pessoa responsável pela elaboração das demonstrações contábeis possa descobrir determinados erros e inconsistências antes da elaboração final dessas demonstrações.
O razonete ― uma versão simplificada do livro razão (Conforme afirma Ribeiro (2010), o livro razão é o mais importante da contabilidade, pois nele é possível controlar, separadamente, o movimento de todas as contas.) ― é também conhecido como gráfico em “T” ou conta em “T” por causa da sua estrutura.
Isso permite que sejam conhecidos os seus saldos, possibilitando a apuração do resultado e a elaboração das demonstrações contábeis.
Veja como o razonete pode ser utilizado para o entendimento do débito e do crédito:
Bancos
Débito Crédito
O razonete da conta Bancos apresenta o lado do débito (em que serão lançadas as entradas, conforme já vimos em resumo anterior) e o lado do crédito (em que serão lançadas as saídas).
Este raciocínio foi utilizado para uma conta de ativo (bancos). Mas como ficaria para uma conta de passivo? 
 Vamos utilizar a conta Fornecedores, para demonstrar o raciocínio:
Fornecedores
Débito Crédito
Notou que os elementos são os mesmos (débito e crédito)? Entretanto, para as contas do passivo, as entradas serão representadas pelos créditos e as saídas pelos débitos, reparou?
 Clique aqui para observar uma série de lançamentos e como eles são demonstrados de forma cumulativa nos razonetes.
Para iniciarmos o próximo tópico, relativo ao Balancete, é preciso apurar o saldo dos razonetes anteriormente apresentados.
Isso acontece quando é traçada uma linha e o saldo da conta é apresentado de acordo com a natureza da conta. 
 Vamos usar o exemplo da conta caixa que analisamos no PDF da página anterior.
Notou que há R$10.000,00 do lado do débito e R$4.500,00 do lado do crédito (que é a soma de R$2.000,00 + R$500,00 + R$2.000,00)?
Desta forma, diminuindo-se um valor do outro, temos o saldo de R$5.500,00 devedor. Confirmado pela natureza da conta caixa que é devedora.
O mesmo raciocínio pode ser utilizado para a conta Mercadorias. Veja:
A conta possui dois lançamentos: um de R$10.000,00 e outro de R$2.000,00. Isso demonstra que houve duas entradas nesta conta, certo?
O saldo devedor é confirmado pela natureza da conta, que, por ser um Bem, é considerada Ativo e tem natureza devedora.
Você se lembra que, de acordo com o método das partidas dobradas, todo valor lançado a débito possui um crédito correspondente? 
Como o próprio nome diz, ele serve para verificar se os saldos dos créditos são iguais ao saldo dos débitos.
Além disso, o balancete de verificação tem outras finalidades, como:
Apresentar possíveis erros que acabem por distorcer a contabilidade, como o erro na natureza das contas.
Se, por um acaso, a conta bancos apresentar saldo credor diferentemente da sua natureza que é devedora, o balancete de verificação apresentará este erro e será possível corrigi-lo antes de se efetuar o balanço patrimonial.
Mostrar as variações em cada elemento patrimonial, ou seja, se a conta aumentou ou diminui naquele determinado período.
O balancete de verificação poderá servir de base para a apuração do resultado e para a elaboração das mais diversas demonstrações contábeis.
Como foi dito anteriormente, comprovar definitivamente o seguimento do princípio das partidas dobradas, em que a soma dos débitos é igual à soma dos créditos.
Apresentar os saldos de todas as contas, uma vez que em suas colunas é possível ver o saldo inicial e as movimentações de cada conta apresentada nos razonetes.
Mesmo com tantas finalidades, o balancete não pode detectar alguns erros, como as contas com a natureza trocada, que acontece quando você esquece e lança a conta caixa com natureza credora. 
 Isso só será apresentado como uma inversão de valores, mas você precisa ficar extremamente atento e sempre lembrar-se da natureza das contas.
Você também deve ficar extremamente ligado na hora de debitar e creditar corretamente as contas, pois o balancete não previne erros de inversão de lançamentos nas contas.  
Porém, existem algumas formas de se evitar esse tipo de erro. Clique aqui para saber mais.
Texto de apoio Boletim de caixa para confirmação do saldo do caixa.
Tipos de Balancete
Existem três tipos de Balancete, mas, antes de conhecê-los, é preciso ficar atento a alguns elementos que sempre devem constar, como:
1. A identificação da entidade em questão;
2. A data de elaboração;
3. O período a que se refere;
4. A identificação das contas afetadas;
5. Os saldos devedores e os credores e a soma destes saldos.
Agora conheça os tipos de Balancete:
Balancete de duas colunas
Conhecido também como balancete sintético, esse é o tipo mais comum de balancete, pois é aquele de duas colunas, em que você trabalhará somente com o saldo das contas.
Observe um modelo de balancete de duas colunas:
	EMPRESA CIA LTDA.
	BALACENTE DE VERIFICAÇÃO – ELABORAÇÃO EM 31/05/2012
	REFERENTE AO PERÍODO DE 05/2012
	CONTAS
	SALDOS
	
	DEVEDORES
	CREDORES
	Caixa
	10.000
	
	Banco
	2.000
	
	Mercadorias
	6.000
	
	Móveis e utensílios
	2.000
	
	Fornecedores
	
	10.000
	Capital
	
	10.000
	TOTAIS
	20.000
	20.000
Balancete de quatro colunas
Já o balancete de quatro colunas ― conhecido também como analítico, pois permite a análise dos valores envolvidos ― apresenta a movimentação em cada conta, como pode ser visualizado ao lado:
	EMPRESA CIA LTDA.
	BALACENTE DE VERIFICAÇÃO – ELABORAÇÃO EM 31/05/2012
	REFERENTE AO PERÍODO DE 05/2012
	CONTAS
	MOVIMENTO
	SALDOS
	
	DEVEDOR
	CREDOR
	DEVEDORES
	CREDORES
	Caixa
	12.000
	2.000
	10.000
	
	Banco
	2.000
	
	2.000
	
	Mercadorias
	8.000
	2.000
	6.000
	
	Móveis e utensílios
	2.000
	
	2.000
	
	Fornecedores
	2.000
	12.000
	
	10.000
	Capital
	
	10.000
	
	10.000
	TOTAIS
	26.000
	26.000
	20.000
	20.000
Balancete de seis colunas
Também temos o modelo mais utilizado, que é o balancete de seis colunas, ou balancete complexo. Nele é possível ver o saldo do período anterior, o movimento atual e o saldo no final.
	EMPRESA CIA LTDA.
	BALACENTE DE VERIFICAÇÃO – ELABORAÇÃO EM 31/05/2012
	REFERENTE AO PERÍODO DE 05/2012
	CONTAS
	SALDO ANTERIOR
	MOVIMENTO
	SALDOS
	
	DEVEDOR
	CREDOR
	DEVEDOR
	CREDOR
	DEVEDORES
	CREDORES
	Caixa
	1.000
	
	2.000
	
	3.000
	
	Banco
	4.000
	
	2.500
	
	6.500
	
	Mercadorias
	3.000
	
	2.500
	
	5.500
	
	Móveis e utensílios
	2.000
	
	2.000
	
	4.000
	
	Fornecedores
	
	10.000
	1.000
	3.000
	
	12.000
	Capital
	
	0
	
	7.000
	
	7.000
	TOTAIS
	10.000
	10.000
	10.000
	10.000
	19.000
	19.000
Dica: Observe sempre se o valor lançado na conta de saldo anterior é igual ao movimento e o valor do saldo final.
A elaboração do balancete requer alguns passos seguidos para que não ocorram erros. Veja quais são eles:
1. Inicialmente os fatos deverão ser lançados no livro diário;
2. Depois, os lançamentos devem ser registrados no livro razão ou nos razonetes;
3. Após o término de todos os lançamentos, deverá ser feita a soma dos valores a débito e a crédito e deverá ser apurado o saldo de cada conta;
4. Posteriormente o balancete, de preferência o de seis colunas, que é o mais completo e permite a conferência de todos os valores, deverá ser elaborado;
5. Todas as contas utilizadas no razonetesdeverão ser registradas no balancete;
6. Deverá ser transferido, caso haja, o saldo inicial das contas devedoras e credoras nas duas primeiras colunas do balancete;
7. Depois, deverá ser transferido para a coluna Movimento os valores movimentados nos razonetes, ou seja, tudo o que entrou e o que saiu durante o período de elaboração dos demonstrativos;
8. Por fim, deverão ser transferidos para a coluna Saldo Final os valores devedores e credores de cada conta. Estes valores serão obtidos nos razonetes confrontando-se o saldo inicial mais as entradas, menos as saída;
9. Deverá ser feita uma verificação final de todos os totais das colunas: checar se Saldo Inicial, Movimento e Saldo Final estão batendo, ou seja, se débito e crédito têm o mesmo valor em cada uma destas colunas;
10. Além disso, já na finalização da elaboração do balancete, deverão ser conferidas as naturezas das contas, isto é, se todas as contas foram contabilizadas corretamente e não estão com a natureza trocada, o que fará com que existam problemas na hora de finalizar as demonstrações contábeis.
Balancete de verificação
Conforme a Resolução CFC nº 685/90 que aprova a NBC T 2.7, no que diz respeito ao balancete, deve ser observado:
• O balancete de verificação do Razão é a relação de contas, com seus respectivos saldos, extraída dos registros contábeis em determinada data;
• O grau de detalhamento do balancete deverá ser adequado à sua finalidade;
• Os elementos mínimos que devem constar do balancete;
Identificação da Entidade;
Data a que se refere;
Abrangência;
Identificação das contas e respectivos grupos;
Saldos das contas, indicando se devedores ou credores;
Soma dos saldos devedores e credores.
  • O balancete que se destinar a fins externos à Entidade deverá conter nome e assinatura do contabilista responsável, sua categoria profissional e número de registro no CRC;
• O balancete deve ser levantado, no mínimo, mensalmente.
Texto Exemplo prático da sequência que leva à elaboração do balancete
Aula 7 – Contas de Resultado
Anteriormente foi abordado o conceito de contas patrimoniais, que são aquelas que compõem o balanço das entidades: bens, direitos e obrigações. Agora veremos os dois últimos grupos de contas e que servem para que seja apurado o resultado das entidades: as contas de despesas e receitas. 
Essas contas são extremamente importantes para que as entidades possam verificar se estão tendo lucro ou prejuízo, e, assim, possam maximizar seus ganhos ou tentar reverter suas perdas. 
Vamos entender, nesta aula, o que são essas contas, qual a sua natureza, como são contabilizadas, como funcionam e qual o seu impacto no resultado das entidades.
Receitas e Despesas
Como você acha que a empresa sabe se está tendo lucro ou prejuízo?
Como ela sabe se a atividade dela está sendo rentável?
Bem, esse processo começa pela apuração do resultado, mas para você chegar nele, inicialmente, precisa estudar os conceitos de receita e despesa.
Imagine uma empresas. A cada exercício social, a instituição deve apurar o resultado do seu exercício, como mostra o quadro abaixo:
	Mês
	Receita
	Despesas
	Janeiro
	R$ 20.300,00
	R$ 18.146,80
	Fevereiro
	R$ 120.890,00
	R$ 66.327,88
	Março
	R$ 125.129,00
	R$ 93.942,75
	Abril
	- o -
	- o -
	Maio
	- o -
	- o -
	Junho
	- o -
	- o -
	Julho
	R$ 46.518,00
	R$ 30.488,22
	Agosto
	R$ 60.653,00
	R$ 46.887,49
	Setembro
	R$ 43.605,00
	R$ 36.292,32
	Outubro
	R$ 8.245,00
	R$ 9.345,58
	Novembro
	R$ 87.355,00
	R$ 38.834,65
	Dezembro
	- o -
	- o -
	TOTAIS
	R$ 266.319,00
	R$ 178.417,43
Para verificar se houve lucro ou prejuízo, a empresa confronta as receitas com as despesas, e se as receitas forem maiores do que as despesas, existe lucro, caso contrário, existe prejuízo.
No quadro ao lado constatamos o lucro por uma receita de R$266.319,00, e sim um lucro pelo valor da receita ser de R$266.319,00 e a despesa ser 178.417,43, logo o lucro foi de 87.901,57.
OBS.: As receitas e as despesas são confrontadas através da apuração do resultado do exercício e são apresentadas na Demonstração do Resultado do Exercício.
OBS.: Exercício social é o espaço de tempo, geralmente 12 meses, em que as pessoas jurídicas apuram seu resultado, coincidindo ou não com o ano-calendário, de acordo com o que estiver disposto no estatuto ou contrato social.
Receita
Já vimos na aula 3 que as receitas de uma entidade podem ser caracterizadas mais comumente por ingressos de elementos para a estrutura do Ativo das empresas, seja por dinheiro ou direitos a receber no curto ou no longo prazo. 
 Estes ingressos estão ligados à prestação de serviços, venda de mercadorias ou de produtos fabricados. Lembrando que as receitas têm natureza credora. 
 Veja como fica a contabilização de dois tipos de receitas diferentes:
Note que o que muda é a conta de Ativo, de Caixa para Clientes. 
 Isso acontece porque a receita, na contabilidade, ocorre de acordo com o Regime de Competência, que será explorado em breve.
De maneira adicional, as empresas podem obter receitas que decorrem de investimentos em outras empresas, caracterizados por dividendos ou juros sobre capital próprio.  
 Os dividendos e os juros sobre capital próprio estão diretamente ligados à quantidade de dinheiro investida em outras empresas como forma de diversificação de ganhos.
Lembre-se que a receita também pode ser gerada por um desconto (parcial ou total) recebido de um fornecedor ou qualquer outro credor da empresa, mas que isso é não tão comum quanto as duas situações explicadas anteriormente.  
  Nesta situação é importante ressaltar que não há ingresso imediato de recursos nem promessa de ingresso de recursos no futuro.  
O que ocorre aqui, de fato, é que uma quantia que seria paga inicialmente a este fornecedor ou credor não necessitará ser paga (nem parcial nem totalmente). Isso gerará um benefício à empresa, já que esta não necessitará devolver parte ou o todo da mercadoria ou do serviço anteriormente prestado pelo credor.
Isso ocorre, muitas vezes, para fidelizar clientes novos ou antigos, gerando maior estreitamento de relações empresariais.  
Observe abaixo as operações que contabilizam a receita de uma empresa com descontos obtidos e responda:
A diferença precisa ser reconhecida para que seja respeitado o princípio das partidas dobradas, em que a soma dos débitos é igual à soma dos créditos. Desta forma, foi feito um crédito referente ao desconto obtido no valor de R$2.000,00.
Na situação acima, a empresa tinha R$30.000,00 a pagar (crédito na conta de duplicatas a pagar). Após isso, ela deu baixa nos R$30.000,00 da operação 1, reparou? 
Porém, do caixa só houve a saída dos R$28.000,00. Desta forma, está correto afirmar que, foi feito um crédito referente ao desconto obtido no valor de R$2.000,00.
Não importando qual seja a sua origem, uma receita sempre terá poder ou influência de aumentar o patrimônio da empresa, pois este é caracterizado por ganhos, sejam eles diretos ou indiretos, durante as atividades operacionais.
Como já estudamos, as receitas podem ser definidas como entradas de elementos para o Ativo, caracterizadas como dinheiro ou por direitos a receber. 
 Essas entradas são advindas de vendas de mercadorias, produtos ou prestação de serviços. 
Pode-se dizer também que estas podem ser derivadas de juros a receber, depósitos bancários, títulos ou outros ganhos esporádicos. 
Agora veremos que a receita pode ser dividida quanto a sua Natureza, Características e Reconhecimento:
Natureza da Receita
Em relação à sua natureza, as receitas podem ser de:
Natureza operacional: As operacionais são derivadas das vendas ou prestação de serviços. 
Observe que a receita operacional não poderia existir se a entidade não fosse capaz de gerar ou produzir, utilizando seus recursos (e, como se verá, incorrendo em despesas), produtos ou serviços que o mercado aceitasse. 
Assim, antes de tudo, receita é um fluxo de produtos ou serviços durante certo período contábil.Não esqueça!
Outra natureza: Já os juros, por exemplo, são considerados receitas indiretas ou de outra natureza dentro da empresa, por não derivarem da atividade desta.
Características da Receita
Pode-se afirmar que as três principais características das receitas são:
• Para que a receita seja produzida, precisa haver, de forma direta ou indireta, uma despesa;
• O mercado é que dá a palavra final de seu valor;
 • Está relacionada à produção de bens e serviços.
Reconhecimento da Receita
Um dos princípios inerentes (próprios, inseparáveis) ao conceito de receita é o relacionado a um aumento no Ativo (ou diminuição no Passivo) e ao mesmo tempo um acréscimo de patrimônio líquido.  
 Conforme o Regime de Competência, no que diz respeito ao reconhecimento das receitas, é preciso que o produto ou serviço já tenha sido totalmente transferido ao cliente, para que estas possam ser reconhecidas.
 Dessa forma, a receita é a aceitação por parte do mercado do esforço de produção da empresa.
Para que uma receita seja reconhecida são necessários alguns fatores. Veja: 
 • Seu valor pode ser medido com segurança;
• Deve existir a probabilidade dos benefícios futuros fluírem para a empresa;
• Os custos incorridos e futuros podem ser medidos de modo confiável.
Além disso, devem ser observados também os seguintes aspectos com relação a mercadorias e serviços:
• Os riscos relevantes e também os benefícios devem ser transferidos a quem os comprou;
• Não existe mais controle por parte do vendedor sobre as mercadorias ou serviços.
O momento exato de reconhecimento das receitas pode, contabilmente, ocorrer de três formas: 
A entrega do bem ou prestação do serviço: Geralmente representa o registro da receita.  
Quando a mercadoria está entregue, os custos e despesas são, em sua grande maioria, conhecidos.
Antes da entrega do bem ou prestação do serviço: Aqui ocorre, geralmente, com serviços.
O valor da receita pode ser determinado por contrato ou acordo. 
Antes do faturamento, já existe a criação de um direito contra o cliente.
Depois da entrega do bem ou prestação do serviço: Quando é impossível medir o valor dos Ativos recebidos em troca da prestação de serviço ou venda de mercadoria. 
Pode ser que existam muitas despesas ainda não estimadas.
Ganhos x Receitas
Os ganhos são diferenciados das receitas, pois são itens não recorrentes. 
 Eles possuem o mesmo efeito no patrimônio líquido, mas podem ou não surgir da atividade normal da empresa. 
 Inclui-se nesta categoria os que surgem de vendas e baixos de Ativos não circulantes (imobilizados, por exemplo).
Despesas
 As despesas são o sacríficio dos Ativos realizado em troca de obtenção de receitas (Não esqueça que sempre é esperado que a receita seja maior do as despesas). 
 Outro entendimento das despesas é que estas geram benefícios econômicos durante determinado período e que tem em contrapartida a saída de recursos (dinheiro), a redução de Ativos (entrega de bens) ou ainda uma criação de Passivos (quando realizados a prazo), ocasionando simultaneamente um decréscimo no patrimônio.
 Como vimos, as despesas podem ser consideradas o uso ou consumo de bens e serviços no processo de obtenção de receitas. 
 Desta forma, pode-se destacar com relação a estas:
 • A utilização ou consumo de bens e serviços no processo de produzir bens;
• Os gastos realizados no passado ou presente com realização futura;
• O fato gerador (é o esforço contínuo para a produção de receitas).
As despesas são caracterizadas pelo consumo de bens ou serviços que ajudam na geração de receitas.
Seguindo a lógica, espera-se que no conjunto as despesas possam ser inferiores às receitas para que o patrimônio da empresa possa ser elevado. 
Os custos das mercadorias vendidas ou dos serviços prestados são exemplos de despesas ligadas diretamente às receitas geradas.
Contudo, algumas despesas podem não possuir ligação direta com estas receitas, mas são imprescindíveis para que estas sejam geradas.
É o caso, por exemplo:
• da contratação de seguros para os veículos ou para a estrutura predial de uma empresa;
 • a contratação de mão de obra administrativa ou de vendas;
 • o pagamento de aluguel, condomínio ou de contas corriqueiras, como telefone, água; e 
 • as despesas ligadas às atividades de limpeza e manutenção.
Todas estas despesas ajudam a empresa a funcionar de maneira harmoniosa, concorda? Fazendo com que as receitas sejam geradas com maior frequência e efetividade. 
  Note ainda, que a despesa sempre será devedora.
O resultado econômico nada mais é do que a comparação do total de receitas com o total de despesas, sendo considerado um mesmo intervalo de tempo para as duas.
 Este intervalo de tempo pode ser um mês, um trimestre, um ano etc.
Caso as receitas superem as despesas durante este período de tempo, o resultado do período será positivo, ou seja, pode-se dizer que foi gerado lucro no período, aumentando o seu patrimônio.
Entretanto, se o total de receitas incorridas não for suficiente para superar o total de despesas dentro de um mesmo período de tempo, temos um resultado negativo, chamado de prejuízo, que tem o poder de diminuir o patrimônio das entidades.
Algumas despesas não estão diretamente ligadas ao processo produtivo, como:
 • Vendas;
• Administrativas;
• Financeiras;
• Impostos e taxas;
• Pesquisa e desenvolvimento.
 Já algumas delas estão diretamente ligadas ao processo produtivo. Podem variar de acordo com o modelo de custeio, absorção, variável ou intermediários e são diretamente ligadas aos produtos.
 Podem ser consideradas despesas diretamente relacionadas ao processo produtivo:
 • Custos de matéria-prima e de mão de obra direta; 
• Desperdício natural de matéria-prima e custo da ociosidade da mão de obra; 
• Custos indiretos de fabricação.
Normalmente uma despesa é reconhecida quando bens ou serviços são consumidos para a obtenção de receitas. 
 As despesas devem ser reconhecidas no exercício em que a receita correspondente é reconhecida (confrontação das despesas com as receitas).
As perdas
A definição de despesa inclui perdas e evita o subjetivismo da segregação. 
 Geralmente são apresentadas em separado, pois facilita a compreensão e decisão dos usuários. 
 Veja as características básicas da perda:
 • Não estão associadas às receitas;
• Não estão associadas a outros exercícios; 
• Decorrem de eventos imprevisíveis.
Observe também que o reconhecimento das perdas é semelhante ao das despesas, pois não podem ser vinculadas a receitas.
Elas devem ser registradas no exercício em que se torna evidente que um Ativo proporcionará à empresa menos do que se esperava na avaliação. 
 As perdas podem ser exemplificadas por itens resultantes de desastres, inundações, fogo etc. Além da desincorporação de Ativos.
Você sabe o que é depreciação?
A depreciação é a perda do valor econômico dos bens do imobilizado (veículos, imóveis, móveis e utensílios, computadores). 
 Esta perda ocorre devido ao desgaste pelo uso, obsolescência e ação da natureza.
A depreciação basicamente ocorre porque a empresa pode utilizar como despesa o valor gasto para comprar determinado bem, no caso de perda de valor devido ao desgaste que sofre com o tempo. 
 O método mais comum utilizado é a depreciação linear, em que são aplicadas taxas anuais estabelecidas anteriormente pelo tempo estimado de vida útil do bem.
A depreciação também é um tipo de despesa ou custo (que possui o mesmo raciocínio da despesa), e sua contrapartida será uma conta retificadora do Ativo.
Obs.: Conta retificadora é uma conta que irá diminuir o valor da conta principal.
Estas contas possuem natureza diferente da do grupo que integram. A conta de depreciação acumulada, por exemplo, apesar de ser do Ativo, tem o saldo credor.
	Conta
	Prazo de depreciação
	Taxas ao ano
	Veículos
	5 anos
	20%
	Móveis e Utensílios
	10 anos
	10%
	Instalações
	10 anos
	10%
	Imóveis
	25 anos
	4%
	Computadores 
	5 anos
	20%
Regimes contábeis:de caixa e de competência
O processo de escrituração contábil deve seguir regras, ditames legais e, corroborando com este fato, existem diversas normatizações acerca dos regimes de escrituração.
 A mais recente regulamentação é a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade n°1.282 (Esta resolução atualizou os preceitos da Resolução nº750, do ano de 1993, também do Conselho Federal de Contabilidade) , do ano de 2010, que, em seu artigo 9°,  estabelece o uso do Princípio da Competência nos registros de transações. 
Ela torna obrigatório o registro completo das operações independentemente do recebimento das receitas ou do pagamento das despesas.
As receitas e despesas deverão ser consideradas sempre no momento de seu fato gerador, ou seja, independentemente de recebidas ou pagas, elas devem compor o resultado
Texto Principais regimes utilizados na contabilidade para entender como funcionam os dois principais regimes utilizados na contabilidade
Exemplo: Tomando como exemplo a contabilização da depreciação de um veículo comprado por R$50.000,00, com vida útil de 5 anos, o que gera uma depreciação de 20% ao ano, responda:
Quanto de depreciação o veículo terá anualmente?
Valor do Veículo (R$50.000)  dividido pela vida útil (5 anos) = 10.000 
Qual seria o valor da depreciação que o veículo terá mensalmente?
Valor da depreciação (R$10.000)  dividido por 1 ano (12 meses) = 833,33 
Aula 8 – Encerramento do Resultado
Você já compreende a diferença das contas patrimoniais e de resultado e sabe que estas contas deverão ser confrontadas para se apurar o lucro ou prejuízo. Então, podemos estudar os procedimentos necessários para que finalmente seja apurado o resultado. 
Nesta aula, você vai aprender a fazer o encerramento do resultado, ou seja, como encerrar as contas de despesa e receita e, desta forma, apurar se a empresa obteve lucro ou prejuízo — o que quer dizer que suas atividades estão sendo lucrativas ou não. 
Além disso, analisaremos a importância de uma sequência que é bastante lógica, necessária e simples para que possamos ter a Demonstração do Resultado do Exercício.
Encerramento do resultado do exercício
Você já viu o que são contas de resultado, mas será que você sabe qual é o mecanismo de encerramento destas contas e como acontece a transferência do resultado (lucro ou prejuízo) para o balanço patrimonial?
Não é na Demonstração do Balanço Patrimonial como você pode ter pensado. Então, onde é?
É a Demonstração do Resultado do Exercício que congrega e apresenta os saldos das contas de resultado. Mas como isso é possível?
Na verdade, é preciso que, em primeiro lugar, haja muita organização, depois é necessário uma série de procedimentos, que veremos a seguir, para que se chegue à apuração do resultado do exercício.
Segundo Ribeiro (2010), todo o processo de apuração do resultado requer que sejam feitos inventários, conciliações de saldos de contas, bem como apuração de resultado Bruto e Líquido. Além disso, é necessário que sejam feitos cálculos e contabilizações de provisões participações, reservas e dividendos.
Trabalharemos neste primeiro momento com a demonstração de resultado simplificada.
Para exemplificar, apresentaremos a apuração dos resultados de duas formas:
• a primeira de uma prestadora de serviços, que é um processo bem mais simplificado; e 
• a segunda de uma indústria, que é um processo mais complexo.
Prestadora de Serviço
A apuração de resultado consiste em um processo relativamente simples em que são confrontadas as despesas e as receitas e depois disso é obtido o lucro ou prejuízo do exercício. 
Entretanto, é necessário seguir um roteiro para que o encerramento do resultado seja feito de forma correta. 
Suponha, então, que a sua empresa prestadora de serviços tem a seguinte situação:
Após identificada a situação, qual seria o próximo passo?
É elaborar o balancete de verificação, para analisar e conferir se todos os saldos estão corretos. 
 Neste caso, utilizaremos o balancete de duas colunas para facilitar o raciocínio. Veja:
	Empresa Ltda.
	Balancete de verificação elaborado em 31/01/2012
	Referente ao período de Janeiro de 2012
	
	Saldos
	CONTAS
	Devedor
	Credor
	Caixa
	10.000
	
	Móveis e utensílios
	2.000
	
	Fornecedores
	
	2.000
	Capital
	
	8.000
	Impostos
	2.000
	
	Despesas com aluguel
	1.000
	
	Receita de serviços
	
	5.000
	TOTAIS
	15.000
	15.000
Podemos verificar que os saldos estão de acordo com o princípio das partidas dobradas, ou seja, a soma dos débitos corresponde à soma dos créditos. 
 Porém, é preciso confirmar também se as contas estão lançadas de acordo com a sua natureza. 
Neste exemplo, constatamos que todas as contas foram corretamente lançadas.
O outro passo é transferir os saldos das contas de resultado para uma conta chamada de Apuração do Resultado do Exercício (ARE). Esta conta não é utilizada para operações regulares da entidade, é usada somente para o encerramento do resultado.
 No caso da prestadora de serviço que estamos analisando existem somente duas contas de resultado e estas contas deverão ser transferidas à ARE.
 Para que seja feito o encerramento do resultado, o saldo das contas (neste caso as despesas) deverá ser zerado.
No exemplo da prestadora de serviço, falamos sobre encerramento do resultado.
Vamos relembrar o esquema de lançamento e encerramento das contas de despesa e receita:
	Despesas
	Receitas
	Débito
	Crédito
	Débito
	Crédito
	Aumenta ou cria uma conta.
	• Na apuração do resultado do exercício, encerra a conta;
• Pode ser utilizado para estornar (corrigir) valores.
	• Na apuração do resultado do exercício, encerra a conta;
• Pode ser utilizado para estornar (corrigir) valores.
	Aumenta ou cria uma conta.
	As despesas possuem saldo devedor.
	As receitas possuem saldo credor.
Isso quer dizer que o saldo das contas de despesa deverá ser transferido para a conta de Apuração do Resultado do Exercício (ARE)? Exatamente! Os valores são zerados nas contas de despesa, ou seja, são creditados e são debitados na conta ARE. 
Veja a forma que são feitos, nos passos abaixo:
Primeiro Passo
Os lançamentos ficariam no Diário da seguinte forma:
 Resultado do exercício
Despesas Administrativas
Transferência da conta para apuração do resultado do exercício ................ 2.000
Segundo Passo
Resultado do exercício
a Despesa com aluguel
Transferência da conta para apuração do resultado do exercício ........ 1.000
 Já nos razonetes o lançamento ficaria da seguinte forma:
É importante notar que o valor de impostos, que estava a débito na conta, foi zerado a crédito e transferido para a conta ARE como débito, ou seja, as contas mantêm a sua natureza. 
 O mesmo ocorreu com a conta de Despesa com aluguel que era devedora. Esta foi zerada com um crédito e transferida para a conta ARE a débito, mantendo a sua natureza devedora.
Terceiro Passo
Agora no terceiro passo é preciso também transferir o saldo da conta de receitas para a ARE.
Isso será demonstrado a seguir, na forma de diário:
Receita de exercícios
a Resultado do exercício
Transferência da conta para apuração do resultado do exercício ........ 5.000
E na forma de razonetes:
 Note que a conta da ARE que já possuía os dois lançamentos do encerramento das despesas recebeu agora um crédito referente à receita. 
 No caso da conta de receitas, esta foi debitada (encerramento) e manteve a sua natureza na ARE, que é credora.
4 - Quarto Passo
Na quarta etapa deverá ser apurado no razonete o saldo da conta da apuração do resultado do exercício. 
Este procedimento será feito após a transferência de todos os saldos de despesas e receitas e irá apresentar o lucro ou prejuízo do exercício.
Verifique que o saldo da conta em questão é credor, o que quer dizer que a empresa teve lucro. Pois, como é possível notar, a empresa teve mais receitas do que despesas. 
 Caso ocorresse a situação em que as despesas fossem maiores do que as receitas, a AREteria saldo devedor e a empresa teria prejuízo.
5 - Quinto Passo
No quinto passo, deverá ser transferido o saldo da conta ARE para, neste caso, a conta Reservas, que figura no Balanço Patrimonial. 
 Se houvesse prejuízo, deveria ser utilizada a conta Prejuízo.
Osni Moura Ribeiro (2010) ressalta que na vida real o resultado do exercício, quando for apresentado na forma de lucro, tem várias destinações: 
• Uma parte vai para o governo, como imposto de renda e contribuição social;
• Outra vai para aqueles agentes que tenham direito à participação na empresa, como empregados e administradores;
• Outra parte vai para a constituição de reservas;
• Outra poderá ser destinada ao aumento de capital;
• Também poderá haver destinação aos acionistas na forma de dividendos; 
• Além disso, no caso de prejuízos acumulados, os lucros poderão ser utilizados na compensação desses valores.
O raciocínio para o zeramento da ARE é o mesmo das outras contas. 
 Neste caso, o ARE tem saldo devedor, certo? 
 Assim, para zerar seu saldo, faremos um crédito e debitaremos a conta de Reservas (pois houve lucro).
 Receita de exercícios
a Reservas
Transferência da conta ARE para Reservas (destinação dos lucros) ................ 2.000
6 – Sexto Passo
No quinto passo, deverá ser transferido o saldo da conta ARE para, neste caso, a conta Reservas, que figura no Balanço Patrimonial.
	Ativo Circulante
	Passivo Circulante
	Caixa
	10.000
	Fornecedores
	2.000
	Não circulante
	Patrimônio Líquido
	Móveis e Utensílios
	
	Capital
	8.000
	
	
	Reservas
	2.000
	Total
	12.000
	Total
	12.000
Indústria
Agora vamos analisar a apuração de resultado de uma indústria, ou seja, uma empresa que possui estoque de mercadorias, tendo, por isso, maior complexidade de lançamentos.
Para iniciarmos os trabalhos precisamos dos razonetes, certo? 
Aí vão eles:
Comércio
Esses lançamentos no diário ficariam da seguinte forma:
Pelo recebimento da receita
(1) Caixa
a Receita com vendas
Vendas de mercadorias à vista................. 5.000
Pela baixa do custo da mercadoria vendida
(2) CMV
a Estoque
Baixa de estoque referente ao CMV................. 2.000
Razonetes da baixa do custo da mercadoria vendida:
Note que, neste exemplo, surge a figurado Custo da Mercadoria Vendida (CMV), que nada mais é do que um tipo de educação do lucro, pois, para termos receita (que também foi criada) com a venda de mercadoria, temos que gastar, e esse gasto é o custo.
O balancete de verificação do comércio ficaria da seguinte forma:
	Empresa Ltda.
	Balancete de verificação elaborado em 31/01/2012
	Referente ao período de Janeiro de 2012
	
	Saldos
	CONTAS
	Devedor
	Credor
	Caixa
	15.000
	
	Fornecedores
	
	
	Capital
	
	6.000
	Despesas Administrativas
	1.000
	8.000
	Despesas com aluguel
	1.000
	
	CMV
	2.000
	
	Receita de vendas
	
	5.000
	TOTAIS
	19.000
	19.000
O saldo das contas de despesa deverá ser transferido para a conta de Apuração do Resultado do Exercício (ARE).
Os valores são zerados nas contas de despesa, ou seja, são creditados e são debitados na conta ARE.
No diário, os lançamentos ficariam da seguinte forma:
Resultado do exercício
a Despesas Administrativas
Transferência da conta para apuração do resultado do exercício ................ 1.000
 (2) Resultado do exercício
a Despesa com aluguel
Transferência da conta para apuração do resultado do exercício ................ 1.000
(3) Resultado do exercício
a CMV
Transferência da conta para apuração do resultado do exercício ................ 2.000
Agora é preciso também transferir o saldo da conta de receitas para a ARE, o que será demonstrado a seguir, na forma de diário:
(4) Receita de exercícios
a Resultado do exercício
Transferência da conta para apuração do resultado do exercício ................ 5.000
E na forma de razonete:
Após isso, é feita a transferência da ARE para, neste caso, Reservas, pois houve Lucro.
(5) Apuração do Resultado do Exercício
a Reservas
Transferência da conta para reservas ..................................................... 1.000
Para finalizar, deverá ser elaborado o balanço patrimonial:
	Ativo Circulante
	Passivo Circulante
	Caixa
	15.000
	Fornecedores
	6.000
	Não circulante
	Patrimônio Líquido
	
	Capital
	8.000
	
	Reservas
	1.000
	Total
	15.000
	Total
	15.000
Desta forma, foi realizada a operação de apuração de resultados (de maneira simplificada) em uma empresa que possui estoque e por isso tem maior complexidade de lançamentos.
Exemplo: Você foi designado para apurar se houve lucro ou prejuízo em uma empresa e deverá apresentar o resultado a seus superiores de uma forma bastante simples. 
 Para concluir essa tarefa, você deve verificar as contas aqui listadas — entre elas estão as contas patrimoniais e as de resultado. 
 No primeiro momento, você deve separar as contas de resultado das contas patrimoniais, depois comparar as despesas com as receitas e ver se houve lucro (excesso de receitas) ou prejuízo (excesso de despesas). 
	Contas
	Valor
	Patrimonial
	Receita
	Despesa
	Caixa
	10.000
	x
	
	
	Energia Elétrica
	5.000
	
	
	X
	Receita com vendas
	50.000
	
	X
	
	Água
	2.000
	
	
	X
	Clientes
	20.000
	X
	
	
	Capital Social
	2.000
	X
	
	
	Despesas Admin.
	10.000
	
	
	X
	Fornecedores
	4.000
	X
	
	
	Telefone
	2.000
	
	
	X
	Gastos com Vendas
	1.000
	
	
	x
Receitas = R$50.000,00
Despesas = R$20.000,00
Lucro = R$30.000,00
A Empresa Bagunçadinha apresentou as seguintes contas de forma desordenada e lhe requisitou que as reapresentasse como Demonstração do Resultado do Exercício da forma correta.
E agora? Como a DRE deve ser apresentada? 
Analise os dados e selecione o quadro que corresponde à opção correta.
	Empresa Organizada Ltda.
	
	Receita Operacional Bruta
	50.000
	(-) Deduções com as vendas
	-
	Descontos
	0
	Devoluções
	0
	(=) Receita líquida
	50.000
	(-) CMV
	-10.000
	(=) Lucro Bruto
	40.000
	(-) Despesas operacionais
	-
	Administrativas
	-5.000
	Vendas
	-2.000
	Financeiras
	-2.500
	(+) Receita financeira
	500
	(=) Lucro
	(=) Lucro
Aula 9 – Demonstração do Resultado do Exercício
Já vimos como funciona o encerramento do exercício, agora é necessário aprender como as contas estão dispostas nesta nova demonstração, que se chama Demonstração do Resultado do Exercício.
Vamos analisar também a integração dessa demonstração com o Balanço Patrimonial, já que ela apresenta as chamadas contas de Resultado que não são dispostas no Balanço.
Você sabe o que é DRE?
A DRE ― Demonstração do Resultado do Exercício ― é uma demonstração extremamente importante para a Contabilidade e para a tomada de decisão, pois apresenta o fluxo de informações econômicas das entidades, comprovando como ela obteve seu resultado.
Isso quer dizer que a DRE mostra o lucro ou prejuízo de uma empresa em um determinado período, permitindo que saibamos se ela está ganhando ou perdendo com suas atividades.
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:
 I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
 II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
 III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
 V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
 VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, quenão se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
 VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
  § 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:
as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e
os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.
A DRE pode causar alteração no patrimônio líquido?
Sim. Basicamente a DRE apresenta as alterações que o Patrimônio Líquido sofre pelas receitas e pelas despesas, já que, como sabemos, as receitas aumentam o valor do patrimônio e as despesas o diminuem. 
Entretanto, o fluxo dessas contas não aparece no Balanço Patrimonial, pois são contas de resultado.
 
	Bens
	Obrigações
	Direitos
	Patrimônio
	
	Capital
	
	Resultado (Positivo ou Negativo)
Quando devemos fazer uma DRE?
Apesar de ser elaborada anualmente para fins de divulgação, a DRE normalmente é elaborada mensalmente pela administração e trimestralmente para fins fiscais.
De acordo com a legislação, em síntese, as empresas deverão discriminar na DRE:
• A receita bruta com vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos (PIS, COFINS, ICMS, IPI); 
• A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; 
• As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
• Outras despesas que não sejam consideradas como operacionais (doações concedidas, deduzidas das receitas não consideradas operacionais ou lucro na venda de imobilizado);
• O resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; 
• As participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados; 
• O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
Texto DRE e seus subgrupos
O princípio da competência
Como vimos, a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um resumo ordenado de receitas e despesas, evidenciando o resultado econômico da empresa, em um período, normalmente, de 12 meses. 
 Essa demonstração tem como base o princípio da competência e está delineada conforme outros dois princípios:
Princípio da Realização da Receita: As receitas devem ser reconhecidas no exercício em que são realizadas, ou seja, deverão ser registradas, independentemente do recebimento, de acordo com o seu fato gerador.
Princípio do Confronto das Despesas com as Receitas: Partindo do Princípio da Realização da Receita, este princípio trata sobre o confronto destas com as despesas.
Isso deverá acontecer no período em que as despesas ocorrerem, independentemente de seu pagamento, em virtude do raciocínio de que toda a receita deverá ter uma receita ou custo em contrapartida.  
A DRE termina na apuração do lucro ou prejuízo.
 No caso de resultado positivo e havendo distribuição de lucros, este valor vai aparecer em outra demonstração, chamada Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados. 
 A DRE ao lado é considerada uma DRE completa. Ela é exigida por lei e possui todos os grupos de forma detalhada e destaque para os impostos. 
 Entretanto, para pequenos comércios e empresas de pequeno porte poderá ser usada uma DRE simplificada.
Demonstração do Resultado do Exercício
Receita operacional Bruta
(-) Deduções
(=) Receita operacional líquida
(-) Custos
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas
(=) Lucro Operacional
(-) IRPJ/CSLL
(=) Lucro Líquido
Como chegamos ao valor de cada grupo da DRE
A Receita Bruta, como sabemos, é o total que uma determinada entidade vende em um período. 
Nesse valor estão os impostos sobre vendas, as devoluções (vendas canceladas) e os abatimentos (cancelamentos) que ocorrem no período. 
 Veja abaixo os impostos sobre vendas mais comuns:
	Imposto
	Alíquota
	IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
	As receitas possuem saldo credor.
	ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
	Variando de 18% a 25% (alíquotas interna), além de alíquotas que variam de 7% a 12% para transações externas
	ISS – Imposto Sobre Serviços de qualquer natureza
	Variando de 0% a 10%
	PIS – Programa de Integração Social
	Incidindo sobre o faturamento – 0,65% ou 1,65%
	COFINS – Contribuição para a Seguridade Social
	Incidindo sobre o faturamento – 7,65% ou 3%
Exemplo: Veja a parte inicial da DRE de uma determinada empresa que possui uma receita bruta de R$100.000,00 e um ICMS de 18%:
	Demonstração do Resultado do Exercício
	
	Receita Bruta
	100.000
	(-) Deduções
	
	ICMS
	(18.000)
	Receita Líquida
	82.000
E as devoluções e abatimentos?
Não podemos esquecer de que também devem ser reconhecidas as possíveis devoluções ― vendas canceladas por algum motivo (qualidade, preço, avarias) —, que podem ser parciais ou totais.
Além das devoluções, devem ser considerados os abatimentos (também conhecido como desconto incondicional), que são descontos já dados na nota fiscal.
Exemplo
Suponha que a mesma empresa que apresentou a DRE anterior teve 10% do valor das mercadorias devolvidas e 10% de desconto.
 Veja como ficaria a DRE, neste caso:
	Demonstração do Resultado do Exercício
	
	Receita Bruta
	100.000
	(-) Deduções
	
	Devoluções
	(10.000)
	Descontos
	(10.000)
	Receita Líquida
	80.000
A Hora do Lucro Bruto
Agora o próximo passo é apurar o Lucro Bruto, que basicamente é a diferença entre a venda de Mercadorias e o Custo para as vendas desta, ou seja, o Custo da Mercadoria Vendida (CMV).
Nesta etapa de apuração do Lucro Bruto, só serão utilizados os gastos como Custo da Mercadoria Vendida ou do Serviço Prestado. 
O que sobrar servirá para o pagamento das despesas de vendas, administrativas e financeiras, além da remuneração do governo (impostos) e dos sócios (lucro líquido).
Você deve lembrar que em uma prestadora de serviços o raciocínio é o mesmo, porém o CMV é trocado pelo Custo dos Serviços Prestados (CSP).
Além do CMV e do CSP, também existe a figura do CPV, que em empresas industriais é utilizada para o Custo do Produto Vendido.
	Demonstração do Resultado do Exercício
	Receita Bruta
	(-) Deduções
	(=) Receita Líquida
	(-) Custo das Mercadorias vendidas
	(=) Lucro Bruto
Você sabe qual é a diferença entre custo e despesa?
Despesa: São aqueles gastos cometidos na obtenção das Receitas e não são associados à produção.
Custo: São aqueles gastos relativos à produção de bens e serviços e estão diretamente ligados à atividade operacional da empresa.
Agora você deve estar se questionando:
Como despesas podem estar relacionadas à obtenção de Receita e não estarem associadas à produção?
Que despesas são essas?  Por que elas existem?  Como funcionam?
As despesas operacionais são utilizadas para a venda de produtos, administração da empresa e financiamento das operações.
Portanto, envolve tudo que é utilizado para a manutenção da atividade da empresa, mas não tem relação direta com a produção.
Veja como elas estão divididas:
Vendas: A venda abrange despesas diversas, como:
• Salário da área de vendas;
• Comissões sobre vendas; 
• Publicidade e propaganda;
• Provisão para devedores duvidosos (que são parcelas destinadas às perdas com vendas a prazo, que não serão recebidas);
• Marketing;
• Fretes e carretos;
• Materiais de embalagens, entre outros.
Administrativas: As despesas administrativas são aquelas geralmente gastas no escritório, utilizadas para a manutenção do negócio:
• As despesas com salários e encargos do pessoal que trabalha na área administrativa;
• Aluguéis;
• Materiais de escritório; 
• Seguro;
• Depreciação;
• Assinaturas de jornais, revistas e outros gastos.
Financeiras: As despesas financeiras estão diretamente relacionadas aos:
• Jurospagos ou incorridos; 
• Comissões bancárias;
• Descontos, entre outros. 
 O importante é notar que nesta categoria as receitas devem ser compensadas com as despesas, ou seja, o valor colocado nesta categoria deverá ser o valor líquido do confronto dos dois grupos.
Se por um acaso o valor de Receitas Financeiras for maior do que a Despesa Financeira, o valor será deduzido de outras Despesas Operacionais.
Veja o quadro que explica o funcionamento deste grupo de contas:
	Despesa financeira maior do que receita financeira
	Despesa financeira menor do que receita financeira
	Despesas financeiras
	
	Despesas financeiras
	80.000
	Receitas financeiras
	
	Receitas financeiras
	(100.000)
	Desp./Rec Financeiras
	
	Desp./Rec Financeiras
	(20.000)
	Despesas Operacionais
	Despesas Operacionais
	Vendas 
	
	Vendas
	100.000
	Administrativas 
	
	Administrativas
	80.000
	Financeiras
	
	Financeiras
	(20.000)
	
	
	
	180.000
Lucro Operacional
Na próxima etapa deverá ser apurado o Lucro Operacional, ou seja, a diferença entre o Lucro Bruto e as Atividades
Operacionais da Empresa.
	Demonstração do Resultado do Exercício
	Receita Bruta
	(-) Deduções
	(=) Receita Líquida
	(-) Custo das Mercadorias vendidas
	(=) Lucro Bruto
	(-) Despesas Operacionais
	(=) Lucro Operacional
E como fica a apuração do Lucro?
Apuração de Lucro antes do IRPJ e do CSLL
A próxima etapa na DRE é a apuração do lucro antes do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL).
	Demonstração do Resultado do Exercício
	(=) Lucro Operacional
	(-) Outras despesas
	(+) Outras receitas
	(=) Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR)
No grupo de outras receitas e despesas estão os valores que não fazem parte da atividade operacional da empresa. 
Podem entrar aqui prejuízos ou lucros na venda de imobilizado da empresa, venda com lucro ou prejuízo de ações, entre outros.
Apuração de Lucro depois do IRPJ e do CSLL
E agora? Como calcular o lucro depois do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido?
Veja:
	Demonstração do Resultado do Exercício
	(=) Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR)
	(-) Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
	(=) Lucro depois do Imposto de Renda e Contribuição Social
	Demonstração do Resultado do Exercício
Você conhece as formas de tributação nas empresas?
No Brasil existem diferentes formas de tributação nas empresas, de acordo com vários critérios previstos em lei. 
 Agora vamos ver quais são os tipos mais comuns de lucro e sua relação com a tributação.
Lucro Real: No Lucro Real, o cálculo do imposto será feito mediante a aplicação da alíquota de 15% sobre o valor do lucro real (ajustado) calculado em 31 de Dezembro. Adicionalmente, a parcela que exceder ao valor de R$240.000 estará sujeita à incidência adicional de uma alíquota de Imposto de Renda de 10%
É importante destacar que a base de tributação do Lucro Real não é apenas o Lucro Apurado pela contabilidade e sim o Lucro Ajustado.
Este, segundo disposições em lei, possui algumas particularidades com relação a adições e exclusões, ou seja, considera ou exclui alguns valores de sua base de cálculo.
Lucro Presumido: Calcula o valor do imposto de acordo com percentuais fixados pela legislação sobre a receita total da entidade.
Simples Nacional: Especial para microempresas e empresas de pequeno porte.
E agora como apurar o Lucro Líquido?
Primeiramente, você deve saber que o Lucro Líquido é o que se tem à disposição dos sócios ou acionistas. 
Veja o esquema:
	Demonstração do Resultado do Exercício
	(=) Lucro depois do Imposto de Renda e Contribuição Social
	(-) Doações e contribuições
	(-) Participações
	(=) Lucro Líquido
Neste ponto, as doações e contribuições são aquelas destinadas ao quadro de funcionários, bem como para previdência ou cooperativa dos funcionários.
Já as participações são aquelas destinadas aos debenturistas, empregados e administradores e partes beneficiárias.
As participações dos debenturistas são representadas por títulos de crédito que são emitidos por Sociedades Anônimas. Elas funcionam como garantias pelo Ativo da empresa e asseguram o resgate preferencial sobre os demais títulos da empresa.
As partes beneficiárias são títulos negociáveis e que não possuem valor nominal.
Este tipo de crédito pode ser negociado pela empresa, que os emite ou ainda os cede gratuitamente a clientes ou empregados.
Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA)
Depois da elaboração da DRE é necessária a elaboração da Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados. Vamos a ela.
A Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA) evidencia as alterações ocorridas no saldo da conta de lucros (do exercício) ou prejuízos acumulados, no Patrimônio Líquido.
Com o advento da Lei nº 11.638/07  não pode mais permanecer, nos balanços, saldo na conta de Lucros Acumulados. 
Por isso, todo resultado (Lucro do Exercício) deverá ser destinado na forma de reservas, podendo haver saldo somente na forma de Prejuízo Acumulado.
 Pode-se dizer, assim, que a DLPA é um instrumento de ligação entre a Demonstração do Resultado do Exercício e o Balanço Patrimonial.
MODELO DA DLPA
Saldo em 31-12-X0 (ou Saldo Inicial em 1Q-1-X1) 
Ajustes de exercícios anteriores                  - - - - 
Reversões de Reservas                  - - - -
Lucro Líquido do Exercício em (19X1)                 - - - - 
Saldo Disponível
Proposta da Administração para destinação do Lucro
Reserva Legal               (- - - -)
Reserva Estatutária                                  (- - - -)
Reserva para Contingência                                  (- - - -) 
Reserva Orçamentária (para expansão)               (- - - -) 
Reserva de Lucros a Realizar               (- - - -) 
Dividendos                        (- - - -)
Saldo em 31-12-X1
Conforme o artigo 186, § 2º, da Lei nº 6.404/76, a companhia poderá, à sua opção, substituir a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados pela demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL).
Você foi designado para uma missão importante:
Fazer o encerramento do exercício e, após isso, a Demonstração do Resultado do Exercício da Empresa Cia Ltda. 
 Para que você possa realizar seu trabalho, foi fornecido o Balancete de Verificação com as contas Patrimoniais e de Resultado da empresa. 
 Então, você deverá separar os dois grupos de conta, fazer o encerramento do resultado e aí apresentar a DRE.
	Empresa Cia Ltda.
	
	
	Balancete de Verificação elaborado em 31/05/2012
	
	
	Referente ao período de Maio de 2012
	
	
	Contas
	Movimento
	Saldo
	
	Devedor
	Credor
	Devedor
	Credor
	Caixa
	20.000
	2.000
	18.000
	
	Duplicatas a receber
	2.000
	2.000
	
	
	Duplicatas a pagar
	2.000
	2.000
	
	
	Salários a pagar
	2.000
	10.000
	
	8.000
	Capital
	
	15.000
	
	15.000
	Receita com venda de mercadorias
	
	25.000
	
	25.000
	Juros Recebidos
	
	50
	
	50
	Descontos obtidos
	
	10
	
	10
	Energia
	2.000
	
	2.000
	
	Juros pagos
	5.000
	
	5.000
	
	Descontos concedidos
	5.000
	
	5.000
	
	Salário
	10.000
	
	10.000
	
	CMV
	8.060
	
	8.060
	
	Totais
	56.060
	56.060
	48.060
	48.060
	Demonstração do Resultado do Exercício
	
	Empresa Cia Ltda.
	
	Receita Operacional Bruta
	25.000
	(-) Deduções com as vendas
	
	Descontos
	0
	Devoluções
	0
	(=) Receita líquida
	25.000
	(-) CMV
	8.060
	(=) Lucro Bruto
	16.940
	(-) Despesas operacionais
	
	Vendas (salário + energia)
	(12.000)
	Financeira (juros pagos + descontos concedidos)
	(10.000)
	(+) Receita financeira (juros + descontos)
	60
	(=) Prejuízo
	(5.000)
De forma resumida, a elaboração de uma DRE possui os seguintes passos:
Fazer os lançamentos do período
Apurar os saldos dos razonetes
Elaborar o balancete de verificação com todas as contas eseus respectivos saldos
Elaborar toda a estrutura da DRE com os respectivos espaços para os subgrupos que serão inseridos
Transcrever os saldos apresentados no Balancete de verificação para a DRE
Fazer as devidas adições e subtrações de acordo com os sinais que são apresentados em cada grupo ou subgrupo de contas
Agora vamos fazer uma atividade em três etapas, para explorar todo o seu conhecimento sobre esse assunto.
Primeira Etapa
Com o balancete de verificação a seguir, classifique as contas, na coluna “Classificação de Contas”, em resultado ou patrimonial.
Depois, na coluna “Natureza da Conta”, classifique-as em devedora ou credora.
Segunda Etapa
Em posse dos razonetes das contas de resultado abaixo faça a transferência das despesas e das receitas.
Além disso, no ARE, você deve fazer a apuração do Lucro ou Prejuízo do Exercício.
Terceira Etapa
Nesta etapa, você deve preencher a Demonstração do Resultado do Exercício, lembrando que o saldo encontrado na DRE será o mesmo encontrado anteriormente no ARE:
Aula 10 – Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial é uma das últimas etapas do processo que começa com os Lançamentos Contábeis, passa pelos Razonetes e pelo Balancete de Verificação, e termina na Demonstração do Resultado do Exercício e no Balanço Patrimonial. 
Como verificaremos nesta aula, esta demonstração é obrigatória e extremamente importante, pois demonstra o fluxo financeiro na empresa.
É no Balanço Patrimonial que é possível verificar os bens, direitos e obrigações, bem como o fluxo financeiro que ocorre nas entidades. 
Além disso, é uma demonstração extremamente importante para vários tipos de análises que fornecem aos interessados — como acionistas, sócios e proprietários — informações para a tomada de decisão.
Balanço Patrimonial: É uma demonstração contábil que tem por objetivo mostrar a situação financeira e patrimonial de uma entidade numa determinada data. Representando, portanto, uma posição estática, sintética e ordenada da mesma.
Conforme vimos na aula 3, o Balanço apresenta a seguinte estrutura:
	Ativo
	Passivo
	Ativo Circulante
	Passivo Circulante
	Ativo Não Circulante
	Passivo Não Circulante
	
	Patrimônio Líquido
No Ativo Circulante, os valores  são rapidamente conversíveis em moeda ou já são moeda efetivamente.
No Ativo Não Circulante estão os valores que ainda possuem prazo de resgate maior, como as aplicações financeiras com prazo superior a 360 dias ou o imobilizado da empresa.
No Passivo Circulante estão as dívidas que deverão ser pagas em até 360 dias.
No Passivo Não Circulante ficam as dívidas com prazo superior a 360 dias.
Já o Patrimônio Líquido é o grupo que apresenta os valores não exigíveis e que pertencem aos sócios.
O Balanço apresenta:
• Os Ativos (bens e direitos), que são considerados como aplicações dos recursos;
• Os Passivos (exigibilidades e obrigações). O lado do Passivo também é conhecido como o de origem dos recursos, já que são entradas de valores – sejam eles de terceiros (exigíveis ou de terceiros) ou recursos próprios (Patrimônio Líquido); e 
• O Patrimônio Líquido, que é resultante da diferença entre o total do Ativo e do Passivo.
Note que o Balanço apresenta a situação patrimonial da empresa de forma equilibrada, apresentando bens, direitos e obrigações em um único relatório.
Agora vamos analisar um resumo ordenado dos principais grupos e contas do Balanço Patrimonial:
	Modelo de Balanço Patrimonial
	
	Ativo
	Passivo
	Circulante
Contas em constante giro, sendo que a conversão em dinheiro será no máximo no mesmo exercício social.
	Circulante
São obrigações exigíveis que serão liquidados nos próximos 365 dias após o levantamento do balanço.
	Não Circulante
Realizáveis em longo prazo.
Bens e direitos que se transformam em dinheiro após um ano do levantamento do balanço.
Investimentos
Valores de caráter permanente que geram rendimento e que não são necessários à manutenção da atividade da empresa.
Imobilizado
Itens corpóreos de natureza permanente que serão utilizados para a manutenção da atividade básica da empresa
	Não Circulante
Exigível em longo prazo.
São obrigações exigíveis que serão liquidadas com prazo superior a um ano.
	
	Patrimônio Líquido
São recursos dos proprietários aplicados na empresa
Ativo
Característica, sentido e definição
Cada um dos elementos que integram o Ativo tem a característica de oferecer um benefício econômico futuro ou provável e que são obtidos ou controlados por uma determinada entidade, em consequência de transações que ocorreram no passado, certo?
Outro sentido possível para o Ativo, é que seus valores são controlados por uma determinada entidade, e podem, de alguma forma, gerar fluxos de caixa, ou seja, gerar dinheiro para a empresa.
Além disso, podemos defini-lo como a potencialidade de serviços em sua essência, que irão gerar, de forma direta ou indireta, imediatamente ou no futuro, fluxos de caixa.
Para que determinado bem seja considerado um Ativo é preciso considerar as seguintes características simultâneas:
• Bens ou direitos;
• Propriedade (há exceções, que podem ser ilustradas pela figura do leasing financeiro);
• Mensurável em dinheiro;
• Benefícios presentes ou futuros.
Texto Conceitos do Ativo que devem ser destacados:
Tipos de Ativos
Pode-se afirmar que o ativo possui quatro grupos principais:
Ativos Tangíveis
Como vimos na aula 2, podem ser consideráveis tangíveis os Ativos que de certa forma podem ser tocados, medidos, ou mensurados de alguma forma. 
 Pode-se afirmar que estes integram o patrimônio físico das entidades, e podem ser exemplificados por máquinas, instalações, terrenos, entre outros.
Neste grupo surgirá a seguinte estrutura:
 Veículos
(-) Depreciação acumulada de veículos
 Máquinas e equipamentos
(-) Depreciação acumulada de máquinas e equipamentos
 Esses valores são retificadores das contas do Permanente, ou seja, corrigem o valor dos itens deste grupo, e isto é utilizado para evidenciar a perda do valor econômico destes bens.
Ativos Intangíveis
Vimos também na aula 2 que os ativos intangíveis (que deverão possuir as mesmas características de reconhecimento dos tangíveis) são aqueles oriundos da aquisição de direitos ou serviços. 
 Entram neste contexto os direitos autorais, marcas e patentes, fundo de comércio, licenças, locações, entre outros que possibilitem benefícios futuros, mas que não possuam as mesmas características corpóreas dos tangíveis.
Ativos Monetários
São aqueles que podem ser expressos ou transformados em moeda, e cujos valores nominais são definidos pelo título ou documento que o suporta.
Nesta categoria também podem ser reconhecidos os valores como as disponibilidades em forma de caixa, bancos, títulos a receber, depósitos entre outros que possuam estas características.
 Neste grupo será apresentada, em algumas empresas, a seguinte estrutura:
 Clientes
(-) Provisão Estimada para Créditos de Liquidação Duvidosa
As contas que possuem o sinal de (-) são consideradas contas retificadoras, ou seja, são contas que “corrigem” o saldo de outras contas. No caso da Provisão Estimada para Créditos de Liquidação Duvidosa, são valores que resguardam a conta de Clientes, uma vez que é feita uma provisão, ou seja, ou proteção para a probabilidade de uma perda ou desembolso no futuro originada pelo não pagamento de Clientes.
Anteriormente, no caso do desconto de duplicatas, estas eram registradas como redutoras das contas Clientes ou Duplicatas a Receber, sendo que tanto as despesas bancárias e os juros a transcorrer eram considerados como despesas antecipadas, agora de acordo com as mudanças evidenciadas de acordo com o CPC 38 as Duplicatas Descontadas deverão ser registradas como Conta de Passivo, sendo os encargos registrados como redução do Passivo correspondente (IUDÍCIBUS et al, 2010).
Ativos Não Monetários
Os Ativos Não Monetários são representados basicamente por bens e direitos de existência física. 
 Este conceito aplica-seaos bens imobilizados e suas depreciações, bem como investimentos, estoques, adiantamentos a fornecedores, funcionários e estoques.
Nas empresas industriais, por exemplo, o estoque é dividido em etapas, de acordo com o processo produtivo:
• Estoque de produtos em processo — são os itens necessários à fabricação de um determinado produto final, que se encontram nas diversas fases da produção;
• Estoque de matéria-prima ― composto pelo estoque das principais matérias que irão compor o produto;
 • Estoque de produtos acabados — é aquele estoque composto por produtos que já tiveram o seu processo finalizado. São materiais que estão em depósito e que estão prontos para expedição ou entrega.
Passivo
Pode-se definir Passivo como um sacrifício provável, que originará benefícios futuros e que são resultantes de obrigações presentes.
Por isso, a essência da exigibilidade está baseada em obrigações, deveres ou responsabilidades.
O passivo apresenta as obrigações em ordem decrescente de liquidez. Veja:
Passivos Monetários
São obrigações em termos nominais, ou seja, envolvem o pagamento de quantias pré-determinadas.
Passivos Circulantes: Com relação aos Passivos Circulantes, normalmente têm vencimento de curto prazo. Assim, podem ter o seu valor apresentado pelo valor de face.
Passivos Não Circulantes: Já nos Passivos Não Circulantes, o valor tende a ser representativo. Dessa forma, eles devem ser avaliados por seu valor presente.
Passivos Não Monetários
São configurados como obrigações de fornecimento de bens e serviços que possuem uma determinada quantidade e qualidade. 
Como exemplos temos os adiantamentos de clientes, que foram valores recebidos anteriormente e que deverão ser honrados pela empresa na forma de entrega de bem ou serviço.
Passivos Onerosos
São aqueles que custam à empresa mensalmente juros e encargos. 
Como, por exemplo, financiamentos e empréstimos.
Passivos Não Onerosos
São aqueles sobre os quais a empresa não paga encargos, pois decorrem da atividade normal dela.
Exemplos: duplicatas a pagar, fornecedores, empréstimos, entre outros que não possuem juros em sua composição.
Passivos Exigíveis Fixos
Não variam com o volume de Renda da empresa. 
Os exemplos mais comuns são as contas de salários dos funcionários, que recebem valores fixos todos os meses. 
Os Passivos Exigíveis também podem ser:
Exigíveis de Coligadas: Nesse modelo, as dívidas com coligadas são as mantidas com as empresas do mesmo grupo.
Exigíveis de Terceiros: São advindas de dívidas junto a empresas que não possuem nenhuma ligação com a empresa, tendo, assim, maior risco.
Exigíveis de Quirografários: Neste modelo, em caso de falência, as dívidas serão liquidadas nessa ordem:
• Empregados e Encargos Sociais; 
• Dívidas com garantias reais (hipotecas, penhor mercantil);
• Governo (impostos, outros).
Passivos Variáveis
Guardam certa relação com o volume de vendas.
São exemplos os impostos que aumentam ou diminuem conforme a quantidade vendida.
Patrimônio Líquido
De forma simples, Patrimônio Líquido pode ser definido como a diferença entre o valor do Ativo e do Passivo. 
Porém, o detalhamento deste grupo pode ser aprofundado, pois contém, entre outros recursos conferidos pelos acionistas, reservas que representam distribuição de lucros, ajustes de capital, entre outros.
Também fazem parte do Patrimônio Líquido:
• Valores pagos por acionistas; 
• Doações para investimentos recebidas de terceiros; 
• Valores integralizados pelos sócios;
• Capital integralizado pelos sócios;
• Reservas de lucros;
• Reservas especiais de capital;
•  (-) Prejuízos Acumulados;
•  (-) Ações em tesouraria.
As ações em tesouraria representam, segundo Ribeiro (2010), ações da própria empresa, que são adquiridas por ela mesma.
Esta conta é retificadora do Patrimônio Líquido, registrando a origem dos recursos investidos na sua aplicação.
A aquisição destas ações pode ser feita de duas formas:
Com a compressa das ações no mercado de capitais;
Mediante o reembolso dos sócios retirantes da sociedade.
Desta forma as ações permanecerão na tesouraria da empresa até que sejam novamente negociadas.
Para que serve uma reserva?
Sua criação pode ser exigida por disposição estatutária ou legal e serve para proteger a entidade e seus credores dos efeitos de possíveis perdas. 
 Muitas vezes, a existência e o valor dessas reservas são considerados relevantes para a tomada de decisões. 
 As reservas estão distribuídas da seguinte forma:
a) Reserva de Correção Monetária do Capital Realizado;
b) Reserva de Ágio na Emissão de Ações;
c) Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias;
d) Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição;
e) Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures; (excluída desde 01/01/2008, por força da Lei 11.638/2007); 
f) Reserva de Doações e Subvenções para Investimento; (excluída desde 01/01/2008, por força da Lei 11.638/2007);
g) Até 31/12/2007, a Reserva de Incentivo Fiscal. A partir de 01/01/2008, a respectiva reserva passa a fazer parte do grupo de Reservas de Lucros.
Agora você precisa apresentar o Balanço Patrimonial da Cia. Bagunçada Ltda., que começamos a organizar na aula passada, lembra?
 Esta empresa apresenta as contas, relacionadas a seguir. Porém, há um probleminha: ela não classifica os saldos em devedores ou credores. 
 Portanto, você deverá identificar a natureza das contas, organizar o Balanço Patrimonial de acordo com a estrutura delineada em lei e informar quais são os valores reais dessas contas.
Para finalizar, após ter estruturado todas as contas responda:
	Em quanto fechou o Ativo Circulante?
	17.000
	E o Não Circulante?
	12.500
	Qual foi o valor do Passivo Circulante?
	10.000
	E do Passivo Não Circulante?
	10.000
	E o Patrimônio Líquido? Qual foi o seu valor final?
	7.500

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